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História Pérola Negra - Capítulo III


Escrita por: ohprince

Notas do Autor


Oi oi marujos. Aí está mais uma atualização. Espero que gostem e boa leitura!

Capítulo 3 - Capítulo III


Fanfic / Fanfiction Pérola Negra - Capítulo III

– Aqui está. – Kyungsoo depositou a bandeja de comida sobre a mesa frente a Chanyeol que a encarou em silêncio. 

– Pode levar para a cabine de Junmyeon, Luhan? – Chanyeol se pronunciou, ignorando o olhar curioso do cozinheiro que possivelmente esperava que o próprio capitão fosse levar a comida de Red já que havia sido ele a pedir o preparo do prato.

– Deixa que eu levo! – Sehun se colocou de pé de imediato, mas foi impedido por Luhan quando ameaçou pegar a bandeja. – O quê? – franziu o cenho para o mais velho.

– Você por acaso se chama Luhan? – este revirou os olhos, então se colocando de pé com a bandeja em mãos. Sehun protestou e mesmo contra a vontade do outro, seguiu-o para fora da cozinha insistindo que também fosse para a cabine de Junmyeon, curioso para conhecer Red.

– Vou dar uma olhada lá fora e ver se está tudo bem. – Kris anunciou e se levantou sem ninguém protestar. 

– Ele tem agido estranho ultimamente. – comentou Kyungsoo após o amigo desaparecer pela porta. Retirou o avental da cintura e se sentou frente a Chanyeol, recebendo um suspiro baixo em resposta. – O que está te incomodando?

– Nada. – meneou a cabeça.

– Você é um péssimo mentiroso, Park Chanyeol.

O capitão soltou outro suspiro, não deixando de sorrir para o amigo. Sua cabeça andava um pouco cheia desde o encontro com Red e Chen, e via-se questionando constantemente sobre o que poderia vir pela frente dependendo do que fosse decidir em relação aos dois piratas.

– O que você acha do Chen? – questionou ao cozinheiro que franziu o meio das sobrancelhas, confuso com a pergunta repentina.

– Hm... – prendeu o lábio inferior entre os dentes, pensativo. – Teimoso e orgulhoso como Kris, se quer saber a verdade. Ele é ousado, principalmente com as palavras. E se não fosse por Junmyeon, eu já teria lhe cortado a língua há dias, mas ele tem sido bem útil na cozinha. 

O comentário fez Chanyeol soltar uma risada curta.

– Embora hostil, ele não mostrou ameaça ou perigo para o navio. – Kyungsoo tornou a dizer. – E ele tem esse olhar... o mesmo olhar de culpa que eu costumava ter.

– Kyungsoo...

– Eu estou bem, Chanyeol. Já faz um tempo que estou bem com isso, na verdade. – os cantos de seus lábios se repuxaram em um leve sorriso. – Não é tão doloroso quanto costumava ser, sabe.

Chanyeol alcançou as mãos do moreno sobre a mesa, segurando-as firmemente. Ele sabia que Kyungsoo estava dizendo a verdade, entretanto, sabia também que o que aconteceu no passado ainda era algo doloroso. Muitos ali no navio eram cautelosos quando falavam sobre o passado. Não só Kris, mas Kyungsoo, Luhan, Sehun e Junmyeon também possuíam uma história o qual eles preferiam muitas vezes esquecer.

Kyungsoo nunca teve uma vida rodeada de luxo e conforto. E sua família sempre esteve endividada, tendo que recorrer a empréstimos atrás de empréstimos. Até o dia em que tudo lhes foi tomado, inclusive a vida de seus pais e a inocência de sua irmã. E para que a mais nova também fosse poupada na época, Kyungsoo se viu na necessidade de obedecer a qualquer e todo o tipo de trabalho que lhe era imposto.

– Suas mãos não foram feitas para fazer o mal, Soo. O que aconteceu, tudo o que você fez foi para um bem maior.

– Mas isso não muda o fato de eu ter tirado vidas de pessoas inocentes. E ao final de tudo, eu não consegui salvar minha irmã.

– Ei... – puxou as mãos do amigo, obrigando-o levantar a cabeça e encontrar seu olhar. – Lembre-se das últimas palavras da sua irmã. Ela te amava e era grata por você ter estado ao lado dela até o final.

Kyungsoo mordeu o lábio inferior, contendo as lágrimas que inevitavelmente preencheram os cantos de seus olhos. Então balançou a cabeça em concordância e sorriu fracamente para o amigo.

– Você comentou do Chen ter o mesmo olhar. – Chanyeol tornou a dizer após um tempo. – Por acaso sabe de alguma coisa? – questionou curioso.

– Na verdade, não. É só que... ele me lembrou a mim mesmo no passado. – respondeu, e Chanyeol assentiu em silêncio. – Chen não é muito de falar, então nem me dei o trabalho de perguntar, mas fico curioso para saber que tipo de história ele e Red têm. E o que aconteceu para os dois estarem no navio da Marinha naquela noite em que os encontramos.

– Eu também me faço essa pergunta desde então... – confessou Chanyeol.


 


 

O sorriso de Jongdae era algo novo para Junmyeon. Foi a primeira vez que o viu sorrir daquela forma tão descontraída, e curiosamente ele se viu admirando a cena. De fato, o sorriso caía melhor em Jongdae do que a expressão sempre tão séria e angustiada em seu rosto, algo que por trás daqueles olhos avelã estranhamente lhe pareceu familiar.

Sentado em sua cadeira, próximo à cama onde Baekhyun e Jongdae estavam, Junmyeon parecia presenciar a mesma cena de cinco anos atrás. A diferença era que, no passado, nenhum sorriso era exposto nos lábios de Kyungsoo e o corpo que jazia no colchão já não possuía mais vida. “É minha culpa. É minha culpa. Tudo minha culpa.” Essas eram as únicas palavras que saíam da boca do cozinheiro na época, abraçado ao corpo gelado da irmã.

– Não é sua culpa. – sentiu-se na necessidade de dizer aquilo a Jongdae, as mesmas palavras as quais disse a Kyungsoo há alguns anos. – Baekhyun está bem agora.

O moreno levantou os olhos, encarando-o com uma leve expressão de confusão.

– Ele está certo. – a voz rouca fez com que ambos virassem a cabeça na direção de Baekhyun, surpresos. – Eu já disse para parar de pensar sobre o que aconteceu... – os cantos de seus lábios se ergueram num sorriso singelo ao mesmo tempo em que se sentava na cama com a ajuda de Jongdae e Junmyeon quando ambos se aproximaram.

– É um prazer finalmente te conhecer, Baekhyun. – Junmyeon sorriu para o ruivo que o encarou de volta curiosamente. Ninguém além de sua tripulação sabia seu verdadeiro nome. – Ou Red, como preferir. – corrigiu assim que percebeu o olhar do outro. – Pode me chamar de Junmyeon.

– Ele é o médico deste navio. – disse Jongdae, ciente das perguntas que Baekhyun provavelmente estaria fazendo dentro de sua cabeça neste exato momento. – Você ficou em coma e aos cuidados dele. – apoiou a mão sobre o colchão, um ato que não passou despercebido por Baekhyun quando percebeu que não sentiu o toque do amigo em sua perna direita, mais especificamente abaixo do joelho.

– Sinto muito. – Junmyeon, que percebeu o olhar do outro, tratou de se explicar. – O ferimento na sua perna, eu não tive escolha.

– Está tudo bem. Agradeço mesmo assim, doutor. – sorriu fracamente. A atenção de Baekhyun então foi desviada para duas pessoas que adentraram a cabine repentinamente, ambas discutindo em alto tom.

– Oh. – Sehun paralisou diante da porta assim que viu o ruivo olhando em suas direções. Luhan, que havia desistido e deixado que o mais novo pegasse a bandeja de comida, também ficou imóvel. – Seus olhos não são vermelhos. – o rapaz disse visivelmente desapontado.

– E eles deveriam ser? – Baekhyun levantou uma das sobrancelhas sem deixar de sorrir para o pirata.

– Quem liga para a cor dos seus olhos quando você tem um rosto bonito como esse? – Luhan não permitiu que o mais novo respondesse, dirigindo-se a Baekhyun. Foram pouquíssimas as vezes em que Luhan havia entrado na cabine de Junmyeon e mesmo quando o fazia, não se deu o trabalho de reparar no ruivo.

Sehun levantou as sobrancelhas diante do elogio e se Luhan tivesse visto sua expressão diria que era ciúme.

– De fato, um belo rosto. – Sehun não deixou de concordar. – A propósito, sou Sehun. E este é Luhan. – o mais novo sorriu para o ruivo e depositou a bandeja sobre seu colo, dizendo ser Kyungsoo quem a preparou. 

Baekhyun agradeceu com um sorriso.

– Qual o propósito de se apresentarem? – Jongdae então questionou, seu tom de voz levemente irritado. – Não estamos aqui para fazermos amizade. Aposto que o mesmo vale para vocês com seus prisioneiros.

Baekhyun percorreu os olhos pelo rosto do amigo em busca de explicação, embora não precisasse de fato de uma.

Junmyeon encarou seus companheiros em silêncio, pensativo diante do que foi dito pelo pirata. Não havia como discordar, pois os dois eram de fato prisioneiros do Pérola Negra, embora parte de Junmyeon tivesse deixado isso em esquecimento, distraído pela sua preocupação em tentar fazer o seu melhor como médico para manter Jongdae e Baekhyun vivos.

O silêncio na cabine foi interrompido quando a voz de Kris soou ao longe, chamando pelo capitão do Pérola Negra. Curiosos, Luhan e Sehun foram os primeiros a saírem, seguidos de Junmyeon que pousou os olhos nas costas de seu capitão assim que atravessou a porta da sua cabine.

Chanyeol apoiou as mãos no parapeito de seu navio quando parou ao lado de Kris, deparando-se mais uma vez com a mesma cena daquela noite em que haviam encontrado Red e Chen, só que desta vez sob a luz do dia. O capitão percorreu os olhos pelo local, onde vestígios de combate foram deixados para trás em meio ao mar.

– De novo um navio da Marinha. – relatou Kyungsoo assim que se aproximou de Chanyeol, observando a bandeira Britânica flutuando sobre as águas. – Há algo havendo e não estamos sabendo?

– Devem ser piratas. – deduziu Kris.

– Mas quem?

Não houve resposta já que ninguém fazia ideia de quem era o causador daquilo, mas um par de olhos que encarava o que restou do navio galeão, sentiu-se familiarizado com a cena de destruição. 

Não parecia ser a primeira vez que presenciava aquilo, pensou Baekhyun.

– O mesmo aconteceu com o navio em que nós dois estávamos. – Jongdae firmou a mão na cintura de Baekhyun, mantendo-o de pé ao seu lado, ambos parados na porta da cabine de Junmyeon. – Foi o que doutor me disse. – informou-lhe, fazendo o ruivo assentir em silêncio.

– Devemos procurar por sobreviventes? – ouviram Luhan questionar ao capitão que concordou e ordenou que os marujos subissem as cordas e as velas em seguida.

– Junmyeon. – Chanyeol virou a cabeça em sua direção, não muito longe de onde estava. Entretanto, seus olhos foram imediatamente atraídos para um rosto desconhecido e ao mesmo tempo familiar logo atrás do médico. Seus lábios se partiram, mas nada foi dito. Não era como se fosse a primeira vez que estivesse vendo o filho do Barba Negra, mas sentia como se fosse. Especialmente por causa daqueles olhos negros e intensos que ansiou ver quando ainda estavam fechados.

Não demorou muito para que Baekhyun percebesse estar sendo observado e quando seus olhos ameaçaram encontrar os de Chanyeol, este rapidamente os desviou, virando-se desta vez para Junmyeon.

– Prepare suas coisas caso encontremos algum sobrevivente.

– Ok.

– Aquele é Park Chanyeol. – Jongdae sussurrou para Baekhyun que acompanhou o pirata com os olhos enquanto este se ocupava em instruir seus tripulantes.

Nunca o havia visto, mas Baekhyun ouviu falar demasiado sobre o capitão daquele navio. Não tinha certeza – ainda – quanto à sua bravura nem mesmo sua competência como capitão e caçador de recompensa como diziam os rumores, mas as pessoas não mentiram quando disseram ser um homem atraente, de traços firmes e vigorosos, com sua notável cicatriz que atravessava seus lábios verticalmente, chegando até o final do seu queixo.

– Então estamos no Pérola Negra. – Baekhyun dirigiu-se ao seu amigo que concordou com a cabeça. – O que significa que nosso destino ainda é a Inglaterra. – novamente Jongdae concordou, olhando de soslaio para Junmyeon que havia passado pelos dois com seus utensílios em uma bolsa de couro. – E você está bem? – perguntou-lhe e acompanhou o olhar de seu amigo que seguiu Junmyeon até o convés.

– Deveria se preocupar com você mesmo, Baek. – revirou os olhos quando o ruivo o encarou, buscando quaisquer indícios de lesões pelo seu rosto e corpo. – Quem ficou duas semanas em coma e perdeu uma perna foi você.

– Estou bem agora. E graças aos tripulantes do Pérola Negra, devo dizer. – seus olhos então pousaram novamente em Chanyeol e seus companheiros. – Devo acreditar que eles nos salvaram apenas por causa de dinheiro? – questionou, levemente curioso.

Jongdae nada disse, embora soubesse – assim como Kris havia deixado bem claro naquele dia – que dinheiro não era tudo para a tripulação Pérola Negra. Não que ele acreditasse totalmente em suas palavras, no entanto.

– Deveria voltar para a cama e descansar. – pronunciou-se, praticamente arrastando o ruivo de volta para a cabine assim que percebeu Kris olhando na direção dos dois. Foi bastante visível, ainda que ele não soubesse o real motivo, a antipatia do loiro por Baekhyun desde o começo e isso, de alguma forma, o preocupava. – Não importa o que aconteça, nunca fique sozinho com o de cabelos claros, nomeado como Kris.

– Por que diz isso?

– Apenas me escute, está bem? – não se deu o trabalho de explicar, ajudando-o a se sentar na cadeira de Junmyeon. Ajoelhou-se frente ao amigo e olhou para a porta, certificando-se de que não havia ninguém por perto. – Nós precisamos sobreviver até conseguirmos descobrir uma forma de sairmos daqui. Minseok e os outros provavelmente estão à nossa procura... – soltou um suspiro, não totalmente convicto quanto à última parte. – Não podemos confiar em ninguém daqui. Ninguém. Você sabe o que nos causou por eu ter confiado demais.

– Não precisamos falar sobre isso de novo, Jongdae.

– Você pode negar quantas vezes quiser, Baekhyun. – ignorou o ruivo, tornando a dizer. – Mas foi minha culpa, eu sei disso. Eu confiei no meu próprio sangue e ele nos traiu. E por eu ter confiado demais nós fomos capturados, você foi torturado e quase morto. – então se levantou, dando-lhe as costas. – Eu não vou cometer o mesmo erro.

– Você não é responsável pelo o que aconteceu em Bahamas. – Baekhyun insistiu, mas o moreno não olhou para trás e nem lhe deu ouvidos, descansando o ombro na batente da porta enquanto observava o movimento do lado de fora. Baekhyun soltou um suspiro e se colocou de pé novamente, apoiando-se nos móveis até chegar ao amigo. – Não importa o que aconteceu. Eu sei o quanto fez por mim, para me proteger.

– Mas isso nã–…

– Jongdae. – interrompeu-o. – Eu preciso que você pare. Culpar a si mesmo não vai te fazer se sentir melhor. E se eu estou dizendo que não foi sua culpa, não foi. Jin nos traiu. Tudo o que aconteceu foi porque ele ficou contra nós.

– Mas eu deveria ao menos–…

– Ele é seu irmão, eu sei, mas você não imaginaria. – segurou-o pelos ombros, obrigando-o a levantar a cabeça para encontrar seus olhos. – Eu não preciso de você culpando a si mesmo. O que eu preciso é que você levante essa cabeça e coloque seus pensamentos em ordem. Se vamos descobrir uma forma de sairmos daqui, eu preciso do Chen, meu braço direito. Está me ouvindo?

– Aye. – o moreno assentiu e Baekhyun sorriu em resposta.


 

– Não há ninguém. Deveríamos ir. – Chanyeol ouviu a voz de Kris, próximo de si, obrigando-o a desviar os olhos do mar para encarar o amigo ao seu lado. Visto que não havia nenhum sobrevivente à vista, concordou e deu os comandos para que subissem as velas novamente. – Então ele acordou.

Chanyeol, que soube de imediato a quem Kris estava se referindo, assentiu. Não foi preciso que o loiro dissesse alguma coisa, pois foi como se ele tivesse lido o pensamento do outro.

– Eu sei. – pronunciou-se. 

– Eles irão dar um jeito de escapar na primeira oportunidade que tiverem. – Kris se justificou, embora realmente não precisasse, pois Chanyeol sabia que ele estava certo. – A não ser que você não se importe e não esteja realmente interessado em levá-los para a Inglaterra.

Chanyeol voltou a encarar o mar, mantendo-se em silêncio por um tempo.

– Somos caçadores de recompensa. É o que fazemos. – respondeu por fim e apertou o ombro do amigo antes de dar as costas, deixando passar despercebido o olhar hesitante que Kris lhe direcionou.

Não havia por que hesitar tanto, nem mesmo pensar a respeito. O fato de Baekhyun ser o filho do Barba Negra não mudava nada. Assim como qualquer outro prisioneiro com quem eles se depararam durante esses anos de navegação, Red também estava na lista dos procurados e seu destino não seria outro se não atrás das grades ou com uma corda no pescoço. 

– Junmyeon. – alcançou-o ainda no convés antes do médico se dirigir para a própria cabine. – Eles vão para a cela. – informou-lhe.

– Mas–...

– Red acordou e ele me parece melhor. – olhou na direção da cabine onde Jongdae estava na porta com os braços cruzados frente ao peito, encarando-o de volta. – E Chen é uma ameaça, principalmente agora que seu capitão acordou.

– Ainda tenho que ficar de olho no Baekhyun. 

– Não vejo problemas nisso desde que seja na cela. – alegou e viu o médico assentir sem questioná-lo. – Em poucos dias estaremos em Cabo Verde. Depois de lá seguiremos direto para a Inglaterra sem paradas, somente se necessário. Faremos essa viagem o mais rápido que pudermos e então poderemos voltar a seguir nossa rota para Singapura.

– Tudo bem.

– Apenas... – voltou a olhar na direção de Jongdae e, agora, Red parado ao seu lado. Viu o moreno assentir com algo que o filho do Barba Negra disse e então, sem que percebesse, permitiu que seu olhar se encontrasse ao de Baekhyun pela primeira vez.

Um ato que o fez se arrepender no mesmo instante quando se viu perdido e fascinado naquela cor escura de seus olhos que tanto o lembravam pérolas negras.

– Chanyeol? – ouviu Junmyeon chamar seu nome, obrigando-o a finalmente desviar os olhos de Baekhyun.

– Apenas se certifique de manter distância. – respondeu enfim. – Red pode continuar a ser seu paciente, mas não crie laços, Junmyeon. – apoiou a mão sobre o ombro do médico que balançou a cabeça em concordância, ciente da regra do navio. – Você possui um grande coração e eu não quero que ninguém se aproveite disso. – explicou-se, fazendo o outro revirar os olhos com um sorriso nos lábios.

– Eles não são pessoas ruins, sabe.

– Talvez. Talvez não. Não há como saber, Jun. Eles são piratas. – o capitão sorriu, tapeando seu ombro. – Direi a Luhan para que os leve até lá.

Junmyeon assentiu e mirou os olhos em Jongdae parado na porta com seu capitão ao seu lado. Pensativo quanto ao que fora dito por Chanyeol, o médico ficou a observar o moreno de longe, de repente, sentindo a urgência de ver novamente seu sorriso, o mesmo o qual havia visto quando lhe deu a notícia de que Baekhyun finalmente estava fora de perigo.

– Não criar laços, huh? – sussurrou a si mesmo.

Talvez Chanyeol tivesse se referido à pessoa errada,  pois a pessoa que Junmyeon provavelmente deveria manter distância não era Baekhyun, mas sim Jongdae.

 


Notas Finais


Yay. Finalmente Baek entrou em cena!
Bom... não há segredos quanto ao o que aconteceu com BaekChen em Bahamas. Eles foram enganados por Jin e por conta disso foram pegos pela Marinha. Mas estarei explicando isso melhor ao longo dos capítulos.

Obrigada por lerem e nos vemos na próxima semana!


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