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História Pink Lips - Capítulo 2


Escrita por: Oxya

Notas do Autor


não era pra ter saído tão grande assim, socorro.

Capítulo 2 - Capítulo 2


— Para com isso! — estapeei minha próxima testa, claramente frustrado com a minha indecisão. — É claro que ele não vai se importar. Talvez nem note. — disse a mim mesmo, tomando coragem e me decidindo de vez que sim, eu vou.

Apesar de continuar achando que essa não vai ser uma boa ideia.

                             ✴

Olhei para o estabelecimento à minha frente. Nesse exato momento, encontrava-me estagnado na calçada do cabeleleiro, — que descobri no caminho que agora pertence ao filho do dono — não tendo nenhum tipo de coragem de avançar ou retroceder. Levantei minha cabeça à medida que analisava o tamanho do imóvel gigantesco, chegando a ficar tonto com a altura e todas as luzes ligadas, umas anunciando que estava aberto e outra com o nome do local, mesmo sendo de tarde.

Engoli em seco enquanto sentia meu corpo cada vez mais rijo. O barulho do trânsito e a movimentação de pessoas de um lado para o outro já estava me dando náuseas, minha cabeça não estava conseguindo diferenciar cada coisa e isso me deixava enjoado. Nunca fui de gostar de sair, — inclusive, quando me mudei para Seul a minha maior dificuldade foi me adaptar à cidade — sempre preferi ficar no dormitório mexendo no celular ou dormindo. Mas nunca chegou ao extremo como agora está, nunca me senti tão perdido em uma multidão de pessoas como agora. Mas é claro que eu me sentiria assim, afinal, não queria e nem deveria estar aqui. Por mais que tivesse tomado uma decisão, minha cabeça ainda dizia que aquilo não era o certo a se fazer. E cá estou eu, tendo um conflito interno com a minha verdadeira vontade.

— Mingyu hyung, você tá bem? — Assustei-me com uma mão pequena e gordinha pousando sobre meu ombro, chegando a dar um espasmo com o acontecimento.

Ao virar, dei de cara com o semblante preocupado de Seungkwan, que me encarava com a cabeça levemente pendida para o lado e um meio bico nos lábios. — É, eu estou sim.

— Não parece — prossegiu, — Você está meio pálido. O que aconteceu? — questionou novamente.

— Eu só… não tenho certeza ainda. — falei, vendo seu cenho franzir em confusão. — Não sei se devo fazer isso. Algo me diz que isso tá errado.

— Aish, ainda pensando no Jeongguk? — bufou em frustração, retirando a mão do meu ombro e cruzando os braços. — Quantas vezes eu já não te falei que ele não vai se importar com isso?

— Eu sei, Boo, eu sei… mas é qu…-

— Mas o que, Mingyu? — e explodiu, fazendo uma carranca se formar em seu rosto bonitinho e redondinho. — Eu não acredito que você vai parar de se cuidar por causa disso! Olha pra você, tá parecendo um mendigo! — engasguei com o comentário, não evitando olhá-lo indignado, esse que Seungkwan fez questão de revirar os olhos ao ver e bufar novamente. — Olha, eu não tenho nada contra você gostar dele, ok? É só que isso já tá ficando um absurdo, saca? Você está deixando de se cuidar por causa de um amor não correspondido!

— Boo… — tentei ir contra, mas tudo o que saiu da minha boca foi um suspiro. Eu sei disso. — Eu tento, Kwannie, eu tento, mas nunca dá certo… quando eu vejo, já estou voltando a ficar triste com a verdadeira realidade. — passei a fitar meus pés, não sendo capaz de encarar o ser à minha frente.

Senti suas mãozinhas sobre a minha bochecha, erguendo minha face e fazendo-me olhar em seus olhos. — Eu só estou preocupado com você, hyung. O pior que não é só o seu cabelo, você faz ideia do quanto se isolou dos seus amigos? De mim? — passou a acariciar a pele, olhando-me triste. — Isso não pode continuar a acontecer.

— Eu sei. — foi tudo o que consegui pronunciar, abaixando a vista novamente. — Eu sei, Seungkwan.

— Não fique assim, com essa cara triste. — a feição emburrada voltou e eu não evitei sorrir da fofura. — Assim mesmo. — referiu-se ao sorriso. — Mas tem que continuar assim, tá bom? Vamos lá, você consegue, hyung! — incentivou.

— Se você diz. — ri baixinho, acompanhando suas mãos descendo dos meus ombros e agarrando as minhas.

— Vamos lá, então? Não aguento mais andar com gente feia assim, cadê o Mingyu bonitão de antes? — caçoou com um sorriso divertido.

— Para de me chamar assim, eu sou mais velho que você! — reclamei, vendo-o rir mais uma vez, voltando a me olhar com expectativa. Sorri amarelo. — Tudo bem, Boo, eu vou.

Por mais que eu não quisesse, foi impossível para mim resistir àquelas palavras de Seungkwan, que estava verdadeiramente preocupado comigo. Outra coisa que eu mais odeio além de multidões é eu ser o problema da história, ainda mais quando eu reconheço o meu erro e percebo não estou fazendo nada para mudá-lo.

Sem que percebesse, Seungkwan já havia me puxado para dentro do grande salão de beleza e eu senti as luzes artificiais acertarem meu rosto em cheio, semicerrando os olhos em desconforto. Após o mesmo passar, olhei atentamente para cada canto do estabelecimento, acabando por notar a grande diferença de alguns anos atrás. De fato, ali dentro estava cheio de pessoas, mas cada uma em seu respectivo canto e sem nenhum tipo de confusão, automaticamente tornando-se mais confortável que o lado de fora.

Entretanto, apenas a sensação ruim continuava a preencher todo o meu corpo. Sentia ainda o friozinho na boca do meu estômago, fazendo-me encarar tudo ao redor com um pesar na consciência. Jesus, desde quando eu me tornei tão idiota assim?

— É 'pra lá, Jeonghan hyung já está te esperando — apontou para uma das cabines medianas.

— Jeonghan? Como assim ele já está me esperando? — crespei as sobrancelhas quando indaguei, sendo respondido apenas com o arquear das suas. Suspirei. Não conseguia acreditar que ele já tinha feito tudo, ainda mais sem me avisar. Mas preferi não reclamar. — E você vai aonde?

— Lembra quando eu falei que não tinha todo o tempo do mundo? Pois bem, o Seokmin não parou de encher meu saco desde quando eu deixei o Hansol com ele.

— Como assim você deixou seu primo com o Seokmin? — nem fiz questão de disfarçar meu tom chocado, mas Seungkwan apenas deu de ombros.

— Foi ele quem quis, agora que aguente. — estalei a língua com o sua afirmação despreocupada. Ele não tinha jeito mesmo. — Além do mais, você acredita que meus tios simplesmente jogaram ele em cima de mim e disseram que era 'pra eu cuidar dele enquanto eles saíam de férias? Isso é um absurdo! Não posso passar dez segundos sem o olhar que aquele projeto de demônio já bota fogo na sala!

Minha gargalhada saiu bem mais alta com a sua expressão de descaso. Certo que o Chwe era um traquina mesmo, mas era quase impossível não zoá-lo naquela situação. — Boa sorte para você, Kwannie.

Foi a última coisa dita antes de eu vê-lo confirmar e andar em direção da entrada, sumindo do meu campo de visão ao passar pela porta. Soltei o ar pela boca enquanto balançava a cabeça negativamente.

O que eu faço agora?

Seungkwan não estava mais aqui, podia muito bem sair correndo e fingir nunca nem ter pisado aqui — e pensando bem, essa até que era uma ótima ideia, mesmo com a grande probabilidade de reclamações mais tarde. Assenti mentalmente a minha escolha, mas antes que eu pudesse realmente dar início a ela, uma voz bem conhecida por mim atravessou os meus tímpanos,o que me fez ficar enraizado no local.

— Mingyu? — virei-me lentamente, com os lábios espremidos. Um ser mais baixo que eu e com os cabelos longos e amendoados me encarava com dúvida, tendo essa toda essa jogada fora quando viu minha face, repuxando os lábios em um sorriso gracioso. — Mingyu, eu sabia que era você!

— Jeonghan… hyung? — disse pausadamente após analisar mais o mais velho. Ele ainda havia mudado muito, fazia tempo que não nos víamos, estava tão... bonito. — É você mesmo?

— Que cara é essa? Até parece que viu um fantasma. — riu, provavelmente da minha expressão surpresa. Aproximou-se em passos lentos, fazendo-me abaixar um pouco a cabeça para encará-lo no rosto. — Qual é, você cresceu mais ainda? E para de me olhar assim! — bufou.

— A-Ah… desculpe, hyung. — pisquei os olhos repetidas vezes enquanto recuperava a noção, — É que faz tanto tempo que eu não te vejo, e agora parece tão bonito quanto antes. — fui sincero, vendo-o arregalar os olhos por alguns segundos.

— Ya! — reclamou e eu não pude deixar de rir da suas bochechas coradas, ainda mais quando me deu um tapa no peito. Colocou as mãos na cintura. — Seungkwannie falou que você vinha aqui

— É, eu soube. — ri sem graça, talvez deixando claro que eu não sabia disso.

— Sua cara realmente não está uma das melhores — continuou, após gargalhar, — Tive que aguentar trinta minutos na chamada com ele me falando que você estava parecendo um mendigo.

— Pra quem tanto ele falou isso? — rangi os dentes. — Esse moleque!

Por fim, Jeonghan apenas riu novamente, e eu o acompanhei. Sempre foi assim, esse sorriso fácil e angelical. — Você veio alterar seu cabelo, não é? — fiquei calado com a quase certeza, percebendo-o franzir o cenho com o silêncio, mas antes que refizesse a pergunta, respondi:

— Hm, sim… eu vim. — porém, desviei do seu olhar acusador. Jeonghan, após longos segundos, apenas suspirou e sorriu.

— Acho que já entendi, — voltei a olhá-lo, indagando o porquê da sua afirmação. — Enfim, você pode seguir reto que lá é a minha sala de trabalho. Sente-se na cadeira e me espere, vou só pegar meus materiais.

Ditou tudo com pouca calma, apontando para o local onde deveria ir e logo passando reto por mim, sumindo mais para dentro daquele salão que eu não fazia mais a mínima ideia de onde terminava. Por outro lado, andei, mesmo que contra a minha vontade, à direção indicada pelo o Yoon. A cortina longa e negra era a única coisa que impedia a minha passagem, então logo passei para dentro da cabine, percebendo, logo em seguida, que o gosto de Jeonghan não havia mudado em todos esses anos. As decorações de ursinhos e flores eram bastante fofas, além do cheiro agradável que tinha — pessoalmente, eu gostava demais. Ainda gosto, no caso.

Sentei-me assim como fora mandado por ele, mas foi apenas isso acontecer que a sensação esquisita retornou. O clima agradável que antes instalava-se no ar pareceu ir para o espaço em questão de segundos, me deixando ali, remexendo na cadeira enquanto sentia a comida voltando para minha garganta, mesmo não tendo comido absolutamente antes de vir para cá. Continuo me prendendo à algo do passado e, ainda por cima, me arrependendo profundamente de ter vindo para cá, mas não exatamente por causa dele.

Na verdade, é por causa do que eu fiz por causa dele. Em relação ao Jeonghan, eu realmente achei que quando ele me visse novamente, iria atacar o meu pescoço e me esganar até a morte, mas com toda essa recepção com sorrisos e tudo, percebi que fui um verdadeiro idiota por ficar ignorando-o quase todo o tempo. E tudo por causa da promessa. Definitivamente, eu não merecia amigos como eu tenho agora, principalmente o Yoon, que sempre foi e continua sendo gentil comigo mesmo pelas cagadas que eu já fiz.

Em meio à mais confusões internas, me questionei mais uma vez se aquilo que eu iria fazer era certo. Claro que eu sabia que eu tinha que me cuidar, é óbvio. Mas, então, qual seria o motivo de todo esse desconforto?

E, novamente, a única coisa que me trouxe de volta à realidade foi a vibração no bolso da minha calça.

Tateei o local a procura do aparelho celular, desbloqueando a tela e indo direto à barra notificações após conseguir encontrá-la. Apenas uma, — sendo essa do Instagram — que me chamou atenção pelo fato de ser o centro dos meus pensamentos à segundos antes. Cliquei com delicadeza no vidro, sentindo um embrulho no meu estômago ao finalmente visualizar a foto. Era uma foto como todas as outras, mas lá estava Jeongguk, sentado no colo daquele cara, tendo seus rostos extremamente próximos e suas bochechas encostas. Rolei para baixo, lendo a legenda:

Esse é @KimNam, o melhor hyung de todos os tempos! Certamente a melhor pessoa com quem já saí em toda a minha vida. Eu te amo, Nannie hyung~ <3

O sangue subiu à cabeça, aquele foi literalmente o ápice para qualquer dúvida que eu sentia se deveria fazer algo ou não. Foi realmente um tapa bem dado da realidade; Por que eu ainda insistia em algo que não era real? Era óbvio que ele não se importava, que não se lembrava. Jeongguk estava com outro e eu tinha aceitar aquela realidade, de uma forma ou outra.

— Você vai realmente fazer? — Jeonghan questionou assim que entrou na cabine, colocando os materiais necessários em cima da bancada. — Olha, eu sei que foi o Seungkwan que te obrigou a vir aqui, ele é insistente mesmo, mas não precisa se forçar a fazer algo que não quer, sabe? Além disso, eu sei que você tem outros motivos, então…

— Eu vou fazer. — respondi com convicção, dando uma última olhada na foto antes de me virar ao mais velho, que me olhava confuso. — Eu quero fazer.

— Tem certeza? Não vai ter nenhum problema? — perguntou com incerteza e preocupação, o que, sinceramente, me causou uma pontada esquisita no peito.

Respirei fundo, todo o ar que eu podia entrou em meus pulmões e voltou para para fora novamente. Não pensei duas vezes antes de responder:

— Não terá. — senti minha voz quase falhar ao dizer. Mas já estava decidido, eu ia fazer, eu precisava fazer. Não podia mergulhar mais ainda nesse mundo de ilusão, não mais.

◻◻◻

E é nessas horas que eu penso: eu sou idiota pra caralho.

Em toda a minha vida, eu nunca pensei que iria cometer uma burrada dessa de ser movido pelo puro ciúme. É nessas horas, também, que eu deveria ter seguido as ordens do meu cérebro e não ter feito nada no meu cabelo porque, realmente, deu merda.

Contudo, não foi exatamente no sentido que eu pensava que seria, até porque meu novo estilo ficou ótimo, mas para certa pessoa não, e esta, desde o dia que me viu, me ignora com todas as forças que possui. Fazem mais de cinco dias que Jeongguk não olha na minha cara, e quando olha, é apenas para deixar uma careta desgostosa antes de se virar novamente. E eu não vou mentir, isso dói demais, e como dói.

Além do mais, fui obrigado a aturar Seungkwan e seus xingamentos direcionados à mim por querer defender ele de seus atos, sempre usando os mesmos argumentos: "o cabelo é seu ou é dele?", "eu sou mais novo que ele  e mais maduro" ou então "que se foda a merda dessa promessa!"

Suspirei antes de encarar a porta em frente por longos segundos, preparando-me para ser ignorado mais uma vez pelo mais novo. Levei minha mão à maçaneta, girando-a com calma e entrando no quarto do dormitório na mesma velocidade, encontrando quem me atormenta com seus olhares julgadores lançados todos os dias em cima de mim, deitado de pernas cruzadas no colchão de sua cama e distraído com seu celular nas mãos.

— Ah… cheguei. — disse após um bom tempo parado ali, apenas o observando.

Em troca, Jeongguk afastou apenas um pouco a tela de sua frente, — infelizmente, sendo o suficiente para olhar na minha cara — deixando só os seus olhos à mostra. Seu cenho franziu em questão de segundos, e eu pude ver sua íris rolar para dentro da órbita; Mais uma facada. Evitei cerrar os lábios diante da sua atitude, aquilo já estava começando a ficar sério demais, ainda mais quando o Jeon levantou da sua cama, pegou sua toalha da cabeceira e se enfiou dentro do banheiro.

Não passara muito tempo ali dentro, dando tempo apenas de me ajeitar confortavelmente em minha cama que ficava ao lado da sua. Porém, uma coisa que me chamou atenção foi o fato de ter saído de lá arrumado, — e cheiroso, tenho que admitir — olhando-se uma última vez no espelho do lado de fora antes de ir em direção da porta. Não consegui não falar.

— Aonde você vai? — perguntei, vendo-o apenas continuar a se arrumar e continuar a fingir que não me escutava. — Ei!

Senti o sangue correr rápido nas minhas veias bufei em frustração, levantando de supetão da superfície macia, segurando seu pulso e impedindo Jeongguk de agarrar o trinco da porta. Por conta da pressa, vi-o tropeçar um pouco para trás, logo voltando o olhar para mim, cerrando os olhos enquanto fechava a cara com raiva.

— O que você quer? — falou após longos segundos encarando, sua voz num tom raivoso o suficiente para me fazer encolher ao sentir uma pontada no peito.

— Eu perguntei aonde você vai. — repeti, vendo-o arquear as sobrancelhas e soltar uma risada nasal.

— Isso não tem nada a ver com você. — sua voz emanava sarcasmo, fitando-me com ódio novamente por tentar se livrar do aperto, não tendo sucesso. — Me solta! — exclamou.

— Dá pra você parar de ignorar? — agarrei-o pelo outro pulso, conseguindo finalmente com que voltasse a me olhar com dúvida na expressão, mas sem deixar a irritação de lado. — Por que você está fazendo isso?

— Que saco! Dá pra me largar, fazendo o favor? — tentou se desvencilhar das minhas mãos, mas eu apenas aumentei o aperto. — Porra, será que dá para parar com isso? Para onde ou com quem eu saio não é da sua conta, que merda! — continuou a tentar sair, mas foi em vão, enfim falando: — Se quiser saber com quem eu vou sair, é óbvio que é com o Namjoon hyung! Agora dá pra me deixar em paz?

De novo aquele cara. Trinquei os dentes.

— Qual é, você está assim só por causa do meu cabelo? — irritei-me também, o fazendo parar de se debater e me encarar como se eu tivesse acabado de falar a maior asneira do universo. — Se for por isso, eu também nunca fui com a cara desse tal de Namjoon, e nunca te proibi de sair com ele!

— Isso é diferente!

— É óbvio que não é! — gritei de volta, observando-o abaixar a cabeça e encarar os próprios pés. Mordi o lábio inferior com a cena e soltei seus pulsos lentamente. — Eu não vou deixar você sair até termos uma conversa e você parar de me ignorar.

Afastei-me devagar do corpo do menor, mas antes que pudesse pronunciar mais alguma coisa, senti o peso de suas mãos sendo colocado sobre meu peito, logo sendo empurrado para trás com força. Cambeleei cerca de três vezes tentando manter o equilíbrio, caindo de bunda no chão por não conseguir estabelecê-lo. Resmunguei com a dor que alastrou-se pelo meu cóccix, logo levantando a cabeça e vendo Jeongguk ainda em pé — na mesma posição que tinha me empurrado. Mas antes que eu pudesse abrir minha boca, ele o fez por mim:

— É óbvio que é diferente! — aumentou a voz alguns oitavos e eu arregalei os olhos, ainda mais com o tom irritado e com uma pitada de… mágoa? — Você nunca disse para mim que não gostava do hyung, enquanto eu sempre deixei bem claro que nunca gostei do Jeonghan! — Juntei as sobrancelhas em mais choque quando vi seus olhos castanhos brilhando. Seus punhos cerraram e Jeongguk espremia os lábios. — Além do mais, você me prometeu, hyung! Prometeu que não iria mais fazer, e fez! Tem ideia do quanto isso é sério?

A sensação de meus órgãos estarem lutando entre si voltou novamente. Abri a boca e fechei várias vezes, sendo capaz apenas de desviar o meu olhar dos seus, sendo incapaz de encará-lo daquele jeito. Então quer dizer que ele ainda se lembrava?

O silêncio que se estabeleceu no ar pareceu que iria me sufocar à qualquer momento — o que eram segundos, pareceram virar minutos. Então, eu mesmo, tentei:

— Jeongguk, me desculp-…

— Além disso, você não acha que está sendo injusto?

Levantei meu olhar com a acusação esquisita que sua parte, percebendo só nesse momento que Jeongguk se encontrava em pé bem próximo do meu corpo. Meu choque só aumentou quando suas pernas se afastaram o suficiente para chegar mais perto de mim, agaichando-se logo em seguida, sentando sobre minhas coxas. Perdi o ar quando notei o quão próximos estavamos — era favorável? Claro que era, mas eu não esperava esse tipo de atitude vindo do menor.

— Você não acha que é injusto começar a me ignorar de uma hora para outra, sem nenhum motivo aparente, sem me dar nenhuma explicação? — aquela pergunta me acertou em cheio e eu senti que poderia cair caso não estivesse apoiado com minhas mãos quando as suas pousaram sobre meus ombros, apertando-os levemente e aproximando-se ainda mais. — Não há como eu te perdoar, hyung.

Meu corpo tremeu quando a voz suave, grave e baixa — demais — atravessou meus ouvidos e, novamente, encontrava-me paralisado. Ainda mais com aquele apelido novamente.

— E-eu… — minha voz falhara ao encarar os olhos de Jeongguk, que em momento sequer deixavam de me fitar; E por mais que eu quisesse, não conseguia desviar.

Logo, em seu rosto sério, um pequeno sorriso repuxou seus lábios rosados e eu me vi mais uma vez perdido neles pela pequena distância.

— Mas… eu acho que tem uma coisa que você possa fazer. — escutei, e senti meu estômago embrulhar com a proposta. Droga, não consigo me concentrar com essa boca perto de mim! — Você poderia me dar um selinho, não é, Mingyu? — sussurrou, seu hálito quente colidindo com minha pele me causou arrepios.

— Do… do que você está falando, Jeongguk? — tentei permanecer forte ao arrastar minhas unhas no piso e não tentar focar nos seus lábios perigosamente próximos dos meus.

— Se você me der um selinho, eu vou te perdoar. — repetiu novamente, e me sentia prestes a atacar o outro.

— J-Jeongguk… eu não posso fazer isso… — não consegui prosseguir.

— Está recusando o meu perdão? — um beicinho filho da puta contornou sua boca à medida que sua expressão mudava para ofendida. — Não se lembra de quando éramos crianças? Nós vivíamos fazendo isso, qual é o problema? — quanto mais falava, mais aproximava seu rosto do meu. — Vai ser só um… por favor, hyung.

Meu coração disparou a mil com a última fala e eu senti minhas pernas fraquejarem com um pedido desse. Olhei Jeongguk nos olhos e, se antes havia alguma distância entre nós, ele acabou com ela completamente, juntando nossos lábios em um selar simples. As borboletas começaram a bater contra meu intestino e eu podia escutar minha caixa torácica pedindo penico de tanto que meu coração batia contra si. Os lábios macios sobre os meus me causavam um formigamento estranho na ponta dos dedos e, sinceramente, não eu iria aguentar mais um segundo naquele ato.

Jeongguk desgrudou-se de mim ao se afastar e, quando abri os olhos, não parecia que tínhamos dado apenas um beijinho simples. Ele não se distanciou o suficiente para sua respiração desregular deixar de chocar contra a minha e eu também não me manifestei para fazer tal coisa. Sua respiração estava mais pesada que o normal e ele continuava a me olhar com aquele brilho — e eu não estava diferente. Eu queria mais, eu precisava de mais.

— Você quer me beijar, Mingyu? — foi apenas nesse momento que voltei a vê-lo de verdade, saindo dos meus desvaneios. O sorriso voltou à tona. — Eu sei que você quer… — respirou fundo antes de prosseguir, — Mas não tem problema, porque eu também quero.

Engoli em seco.

Merda.

Não dei tempo para falar mais, que se foda tudo e todos. Usei uma das minhas mãos que estava me sustentando no chão para agarrar sua nuca, puxando-o para perto e beijando-o de novo. Diferente do outro, deixei minha língua entrar pela sua cavidade, causando-me espasmos involuntários quando finalmente nossos músculos quentes se tocaram.

Jeongguk ajeiteira-se melhor em meu colo, rodeando meu pescoço com seus braços musculosos, o que aprofundou mais ainda nosso ósculo, que não permaneceu lento por muito tempo. Nossas línguas se enroscavam de forma perfeita e eu só conseguia me sentir no céu — era melhor do que qualquer outro tipo de pensamento que eu já tive. Senti meus lábios sendo fincados pelos seus dentes e sendo chupados com força, o que me fez gemer involuntariamente enquanto levava minha outra mão para sua cintura a fim de apertá-la e puxá-lo mais para perto.

Meu corpo se estremecia a cada vez que Jeongguk se disponibilizava para alternar entre sugar minha língua e arranhar minha nuca com suas unhas curtas. Sentia o ar faltar, mas eu poderia passar a vida inteira beijando aquela boca. Contudo, o Jeon fez questão se separá-los contra a minha vontade, não deixando de morder meu lábio inferior e arrastá-lo durante o processo, dando uma ardência ao cortá-lo com suas presas.

Foi só nesse momento em que eu percebi a necessidade de ar em meus pulmões. Fechei meus olhos ao sentir um impacto contra a minha testa e a respiração irregular do mais novo se mesclando com a minha. Jeongguk me fitou com um sorrisinho de canto, o que me fez arquear uma sobrancelha e, ainda ofegante, questioná-lo com o olhar.

— Você realmente queria me beijar.

Foram apenas essas palavras e o sangue se acumulou em minhas bochechas, tornando-as quentes o suficiente para, infelizmente, mudarem de cor. O Jeon riu de novo, plantando outro selinho demorado sobre os meus lábios, mas logo descendo-os em direção do meu pescoço. Os pelos daquela região se eriçaram quando sua respiração quente entrou em contato com minha pele. Arfei sem querer quando o mesmo começou a distribuir beijos molhados sobre minha pele e começar a se movimentar sutilmente sobre meu colo, causando uma fricção gostosa entre nossos íntimos cobertos.

A língua em contato com a minha tez quente fez-me arrepiar novamente e um gemido se desprendeu do fundo da minha garganta quando passou a sugá-la e atacá-la com mordidas logo em seguida. Pendi minha cabeça para o lado e segurei seu quadril com força a partir do momento em que começou a intensificar as reboladas no meu colo, e eu, automaticamente, comecei a movimentar minha cintura em busca de mais contato.

— Você geme tão manhoso, Mingyu. — segredou enquanto mordia o lóbulo da minha orelha, rindo soprado logo em seguida. Arrepiei-me de novo. — Será que é assim também quando está fodendo…? — Jeongguk mordeu o lábio enquanto apoiava-se nos meus ombros para continuar se esfregando, soltando o ar enquanto fazia tal ato.

— O quê… ah. — acabei não aguentando e jogando minha cabeça para trás ao sentir meu pênis entre suas nádegas cobertas. Meu pescoço acabou sendo alvo do mais novo outra vez.

— Ou quando está sendo fodido? — completou, rindo baixinho e com a voz doce e provocante. Não evitei arregalar os olhos com o comentário ousado do mais novo, mas sendo incapaz de falar algo. — Qual dos dois você vai querer, hyung? — arrastou a voz enquanto mordia delicadamente minha pele mais uma vez e eu já sentia o gosto metálico do sangue em meus lábios maltratados. — Vamos, diga. Estou até sendo generoso, porque você foi muito malvado comigo. Poderia te deixar sem voz em questão de segundos de eu quisesse.

Puta merda!

Meu Deus, o que está acontecendo comigo? A forma como falou pareceu um grunido que fez até os dedinhos dos meus pés estremecerem-se e meu membro pulsar dentro calça, ainda mais com suas mãos acariciando meus mamilos — detalhe, eu nem vi minha blusa ser tirada — com carinho. Mas foi por pouco tempo, pois no segundo seguinte senti todos os toques pararem e o corpo alheio sair de cima do meu. Abri os olhos confuso e ofegante com a falta das sensações deliciosas, vendo Jeongguk abrir um sorriso malicioso ao me encarar enquanto descia com as mãos pelo meu peitoral até a barra da minha calça.

— Eu vou deixar você escolher, hyung.

Ditou simples, antes de continuar com sua ação — essa ainda sendo desconhecida por mim. Porém, ao ver o mesmo desbotoar e abri o zíper em uma velocidade lenta demais para aquela situação em que estavamos, consegui compreender o que significava. Levantei minhas pernas para que o tecido de couro saísse com mais facilidade e fosse jogado em algum canto sem importância daquele quarto.

Em questão de segundos, meu foco voltou novamente para o Jeon, que pôs a mão na região pélvica e aproximou seu rosto do meu membro que já molhava a cueca vermelha com pré-gozo. A respiração quente sobre meu íntimo ainda coberto me causou espasmos involuntários e não evitei gemer assim que passou sua língua por cima do pano fino — este que, logo foi para o mesmo destino que a calça. Agora, sem mais nada para cobrir, suspirei de alívio ao finalmente ser liberado, mas logo pensei que poderia morrer sufocado com a dificuldade que o simples "respirar" se tornou para mim.

O olhar pesado e cheio de malícia se encontrou com meu e eu jurei estar sendo engolido pelo mesmo a cada parte que fitava delicadamente — ou não — do meu corpo, de baixo para cima. Não tinha asma, mas parecia que a quantidade de ar naquele quarto não era o suficiente e, a cada vez que sentia sua boca mais perto do meu pênis, mais esse recurso fazia falta. Minha garganta estava seca de tanto respirar e eu fui obrigado ao engolir um gemido ao ser minhas coxas seres agarradas e afastadas com delicadeza. Jeongguk me lançou uma piscadinha e eu senti meu coração quase sair pela boca.

Dessa vez, foi impossível segurar o gemido. Após meu membro ter sido abrigado por sua cavidade quente por completo, minha coluna se arqueeou e minha respiração voltou à falhar. A altura do som que saiu pela minha boca chegou a me assustar, pois eu tinha vizinhos e caso eles houvessem escutado, não seria nada bom — mas não era capaz, não com Jeongguk me pagando um boquete tão delicioso daquele. Sua língua circundou a minha glande, logo enfiando-o inteiro novamente e acertando em cheio a sua garganta, fazendo meu baixo-ventre formigar e minhas pernas perderem a força com o prazer que estava me proporcionando.

Mordi as costas da mão, tentando inutilmente segurar os gemidos que desprendiam-se mais das minhas cordas vocais e eram abafados pelas paredes daquele cômodo. Meu abdômen se contorcia e meus dedos encolhiam toda vez que era colocado todo de uma vez dentro de sua boca. Sem nem perceber, minha mão restante já tinha ido parar em seu cabelo e agora eu comandava o vaivém de sua cabeça contra a minha pelve, que literalmente ia de encontro com seu rosto. Um arrepio percorreu por todo o meu corpo e uma pontada se fez presente em meu baixo-ventre. Após isso, Jeongguk imediatamente parou com os movimentos, retirando completamente meu membro de sua boca, enquanto eu continuava com a cabeça pendida para trás e com a boca aberta, a procura de ar.

Voltei o pescoço para frente, localizando um Jeongguk ofegante e corado, com pequenas gotas de água nos olhos e com um filete do meu prazer e baba juntos ao canto de sua boca, mas que logo foi tirado por sua língua atrevida que foi passada sobre a região. Aproximou nossos rostos novamente e nos beijamos mais uma vez, mas agora sentia meu próprio gosto em sua saliva. Separou-se do ósculo e me olhou mais uma vez.

— Decidiu? — mordeu meu maxilar e distribuiu beijinhos pelo mesmo. — Você quer aqui… — prosseguiu, colocando minha mão sobre sua cintura, que logo foi apertada novamente pelos sussurros contra meu pescoço sensível. — Ou… aqui?

Com cada perna ao lado do seu corpo, o ato do Jeon agarrar meu quadril e me puxar para mais perto se tornou muito simples, ainda mais com fraqueza que se manifestava no meu ser pelos toques recebidos anteriormente. Seu membro ainda coberto se roçou no meu fortemente, logo indo em direção da minha entrada, que prontamente recebeu a mesma saudação, o que me fez soltar um murmúrio sem sentido pelo formigamento delicioso que isso causou naquela parte.

— Jeongguk… por favor! — supliquei. Aquilo já estava sendo uma tortura para mim, minha cabeça não conseguia raciocinar do jeito certo.

— Diga-me o que você quer, Mingyu. Se não me disser, não vai ter como te ajudar, uh? — sua mão começou a masturbar meu membro de forma lenta e contínua, e eu acabei envolvendo minhas mãos em seu pescoço enquanto minhas pernas tremiam. — Vamos, hyung, eu quero ouvir de você.

— Por favor… — choraminguei. Com toda a força que eu tinha, afastei-me o suficiente para encará-lo nos olhos e finalmente dizer: — Só me fode logo, por favor.

Jeongguk riu anasalado mais uma vez com o meu pedido humilhante e, após eu mesmo me dar conta do que eu tinha falado, meu rosto esquentou de uma forma absurda e eu senti que poderia enfiar minha cabeça no cu de um avestruz para depois ele se enfiar na terra. Não estava em meus planos dar para ele, porque sinceramente, era para ser ao contrário. Mas eu não sei o que deu em mim, só de imaginar a sensação de tê-lo dentro de mim aumentava a temperatura do local — ainda mais com ele se arrastando descaradamente em mim.


Meu peitoral conseguiu sentir a superfície macia da cama batendo contra ele enquanto finalmente me deitava de bruços contra ela. Estremeci-me quando Jeongguk começara a distribuir uma cadeia de beijos que iam da parte de trás da minha orelha até o final das minhas costas. Suas mãos grandes apertaram minhas coxas com tanta força que eu jurei que elas ficaram marcadas — assim como as outras partes do meu corpo, como clavícula e pescoço. Fiquei confuso com a falta dos toques por alguns segundos, mas foi apenas para soltar um gritinho de surpresa quando algo gelado foi despejado na região do cóccix e escorregava em meio as minhas pernas.

— O que é isso? — virei-me o suficiente para olhá-lo por cima dos ombros, identificando também um potinho branco em suas mãos, que logo soube o que era. — Desde quando você tem lubrificante?

— Sempre achei que eu iria precisar. — deu de ombros ao responder minha pergunta, lambuzando os dedos durante isso. Novamente o sorriso carregado de malícia adornou seus lábios. — Só que não desse jeito, mas posso dizer que é bom mesmo assim.

Meus olhos duplicaram de tamanho e, mais uma vez, eu corei naquele dia. Minha cabeça voltou-se para frente quando seus dedos melecados percorreram pelas minhas coxas até chegar na polpa da minha bunda. Senti seu indicador contornando minha entrada por pouco tempo, afundando-o de uma vez no segundo seguinte. Mordi o lábio inferior quando o desconforto se fez presente após tal coisa, mesmo ele não sendo grande coisa, ainda não deixava de ser chato; Entretanto, não levou muito tempo até me acostumar um pouco com aquilo.

Com o segundo dedo, me dei o luxo de esconder meu rosto no travesseiro e abafar um arfar com a ardência, recebendo logo em seguida, de Jeongguk, selares carinhosos sobre minhas costas. Deixei um gemido mais alto escapar quando seus dedos rasparam em uma parte sensível demais, remexendo-me em busca de mais contato naquela parte. Ataquei travesseiro com meus dentes quando o Jeon começou a mirar só naquele ponto, fazendo meu baixo-ventre se contrair com aquela sensação deliciosa meus dedos dos pés agarraram o pano do colchão. Resmunguei baixinho quando Jeongguk os retirou de lá, mas foi apenas para derramar mais lubrificante antes de agarrar minhas nádegas e separá-las de uma vez, empinando-me no processo. Que agressividade, gostei, mas um arrepio estranho percorreu meu ser quando senti sua glande circulando em minha entrada contraída.

Quando Jeongguk me invadiu com seu pênis, não consegui segurar um grito nada másculo de sair. Jesus, aquilo ardia como o inferno e eu tinha a sensação de que estava sendo separado em dois; Nunca que aquela seria a minha primeira vez, mas realmente já fazia um tempinho que eu havia feito sexo, — principalmente sendo o passivo da história — então é óbvio que seria desconfortável, porém eu nunca iria me lembrar que seria tanto assim.

Agradeci mentalmente pelo mais novo ter ficado parado no mesmo lugar por um tempo, mas logo empinei mais em sua direção em busca de mais contato, pois apesar dar dor, em segundo sequer eu havia deixado de sentir as pontadas gostosas na região. Jeongguk retirou seu membro por completo e, logo na primeira investida, meu gemido soou alto por todo o quarto à medida em que sentia minhas pernas perderem as forças com meu ponto sendo esmurrado de uma vez só.

Quando vi, já estava rebolando sobre seu membro, aumentando mais ainda a velocidade das suas violações, profundas o suficiente para me fazer ver estrelas em todas as vezes. Sentia meu abdômen se contrair e meu baixo-ventre se repuxar. Não conseguia mais controlar meus gemidos, — e também estava pouco me importando com o que as outras pessoas iriam pensar — que ecoavam por todo quarto juntamente aos de Jeongguk.

Seus dedos envolveram meus fios acinzentados, logo os puxando com brutalidade para trás, fazendo-me gemer ainda mais alto ao sentir meu membro entrando cada vez mais fundo. Minhas costas foram de encontro com seu peito e logo seus arfares e gemidos roucos estavam sendo desferidos contra a minha orelha na medida em que ele sugava meu lóbulo e fincava as unhas no meu quadril enquanto me puxava para trás e investia ao mesmo tempo. Eu sentia que poderia entrar em ebulição a qualquer momento, como se estivesse num forno ligado em 200 graus celsius. Com mais um puxão, fui obrigado a me apoiar somente com uma mão, já que a minha outra foi até seu braço e eu comecei à arranhá-lo sem pena.

— C-Como eu pensei… seus gemidos são deliciosos desse jeito. — deu mais uma afundada e eu gritei ao sentir minha visão ficar turva e minha entrada contrarir sobre seu membro. — Puta merda, você é tão apertado, hyung… tão quente. — atacou meus lábios eu já sentia o gosto metálico junto com sua saliva, só não sabia de quem era. — Não pense que acabou, tá? Eu ainda quero sentí-lo bem fundo em mim.

Jesus, eu vou enlouquecer.

◻◻◻

Mesmo com os olhos cerrados, conseguia sentir a quentura e claridade do Sol contra eles, o que me fez soltar um murmúrio de insatisfação ao pensar que não havia fechado a cortina antes de dormir. Abri as pálpebras lentamente, sentindo a ardência da luz neles, mas logo me deparando com uma cena que não via à muito tempo.

Jeon Jeongguk, com os braços e pernas envolvendo minha cintura, dormindo serenamente enquanto sua respiração morna batia contra minha pele, apoiado com a cabeça na curvatura do meu pescoço. Meu peito se aqueceu com a cena e não consegui evitar rir ao notar as marcas avermelhadas que cobriam e se destacavam na sua pele branquinha, indo do seu maxilar até um pouco mais embaixo do lençol que cobria-nos até o peitoral. Os acontecimentos da noite passada me acertaram em cheio e eu logo senti estar no céu:

— H-Hyung… — em meio à todos aqueles gemidos desconexos por ser a terceira vez que fazíamos aquilo, Jeongguk me chamou manhosamente.

O mais novo, com a boca entreaberta, corpo suado e rosto corado, com vestígios de lágrimas nos cantos dos olhos, encarou-me em meio aos gemidos que soltava a cada estocada profunda que  eu dava. Abriu os braços, em um pedido mudo de envolvê-los ao redor do meu corpo, que foi prontamente atendido.

— Eu te amo. — falou baixinho, deixando um selar em minha bochecha. Não consegui não sorrir.

— Eu também, Jeonggukie. 

Poderia passar o resto do dia observando a sua figura dormindo, mas quando percebi o mesmo se mexendo e abrindo os olhos, descobri que ele tornava-se ainda mais fofo com os olhos semicerrados e a carinha sonolenta — completamente diferente de ontem.

— Bom dia, Jeongguk. — desejei ao sorrir para o mesmo.

— Hyung. — ah, ele voltou a me chamar assim. Senti vontade de morder aquele biquinho que se formou em seus lábios – agora vermelhos e machucados. — Que horas são? — questionou enquanto esfregava os olhos com as costas das mãos. Ele é muito fofo, senhor!

— Não sei. — respondi sincero, realmente não sabia e nem fazia questão. Ouvi-o rir. — O que foi?

— Você não para de encarar a minha boca. — e foi apenas nessa hora que percebi continuar a fitar ela. Jeongguk riu novamente ao levar as mãos para minhas bochechas. — Não precisa mais ficar na vontade, eu sei que você quer me beijar.

Balancei minha cabeça negativamente, convencido demais. É óbvio que eu queria beijá-lo, mas não iria dar esse gostinho à ele. No segundo seguinte, levantei-me rapidamente da cama e o deixei sozinho ali em cima, encarando o relógio em cima do criado-mudo e percebendo que já eram doze e meia.

— Já são doze horas, é melhor irmos arrumar algo para comer. — disse enquanto me espreguiçava e voltando a olhá-lo, percebendo estar emburrado.

Provavelmente por ter saído do seu lado, mas continua sendo fofo.

— Ah, não, Mingyu! — reclamara enquanto sentava na cama, soltando um muxoxo. — Eu não quero sair daqui!

— Você vai ter que sair. Olha a hora, tem que se alimentar e tomar um banho. — argumentei.

— Mas eu tô todo dolorido. — bufou, apontado para sua bunda ainda coberta pelo pano branco da cama. Foi inevitável rir.

— Foi você quem quis. — gargalhei com o tom indignado que o "cala a boca" saiu.

— Me ajuda a levantar pelo menos, por favor. 

Suspirei, não tinha como resistir àqueles olhos pidões e novamente o biquinho nos lábios. Diminuí a distância entre nós dois e me inclinei para pegá-lo pelas axilas e o levantar, mas assim que o fiz, seus braços se enroscaram pelo meu pescoço e botaram força, fazendo-me cair na cama de uma vez.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, ao abrir os olhos de novo, Jeongguk se pôs por cima de mim, agarrando meus pulsos e colocando-os ao lado do meu corpo. Inclinou-se levemente, deixando um selar demorado em meus lábios.

— Bom dia, hyung. — sorriu, sua bochechas ficando vermelhinhas logo em seguida.

E eu não acredito que isso aconteceu só por eu ter mudado a cor do meu cabelo.


Mas talvez não tenha sido tão ruim assim.


Notas Finais


Bom gente, e foi isso o/ é aqui que termina a twoshot. Me desculpem a demora, mas é eu não tive tempo e também fiquei encalhada na parte do Lemon. Sobre esse, me perdoem também, não sou muito confiante quanto a safadezas akslsl

Obrigada à quem leu até aqui <3 não deixem de comentar, okay? Qualquer errinho basta me avisar que eu olho depois
xoxo~


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