História Arco - Íris da minha tempestade - Shoto Todoroki - Descoberta.

Continuação.....

Sinto eu estar me movimentando, ouço vozes distantes, meus cabelos se movimentando, e um perfume masculino inigualável a qualquer um que eu já senti. É um cheiro forte, másculo,um pouco doce, está empreguinado nas minhas narinas, sem contar que eu também estou sentindo mãos em cada uma das minhas coxas. Eu acordo com os olhos minimizados afim de tentar me acostumar com a claridade, eu os abro direitinho e vejo que estou sendo carregada, levanto minha cabeça que estava deitada no pescoço de quem me carrega e eu tomo um baita de um susto, a pessoa quem me carrega é nada mais ninguém menos que Todoroki Shotō, esse mesmo, o bicolor olhava pra frente e percebeu que eu tinha acordado, ele diminui os passos e vira a cabeça afim de me ver pelo menos um pouco.

-  Já acordou? - Ele diz essa pergunta óbvia e eu bato com a mão na testa, quem vai fazer esse tipo de pergunta a alguém que está acordado?

-  Sim, Por que você está me carregando? - Eu pergunto e ele toma sua caminhada para a U.A.

- Kirishima - san fez a prova e acabou saindo machucado, tanto ele quanto o Bakugou, e não tinha quem fosse te carregar - Ele diz sem cerimônias, simplista e frio, uma personalidade peculiar, porém ao meio dessa frieza ele é gentil, se não fosse não teria me carregado teria me deixado lá mesmo.

-  Obrigada Todoroki  - Eu agradeço e eu sou respondida pelo belo e lindíssimo vácuo.

- Para onde tu está me levando?  -  Eu digo e o  picolé de pimenta aponta para a U.A, eu me conformo, teria de ficar observando se eu quisesse saber para onde ele está me levando.

-  Por que você anda me seguindo? Eu sinto e vejo vultos, eu já ouvi sua voz algumas das vezes em que eu volto para casa, está planejando me assaltar? - Ele diz essa bomba na maior naturalidade do mundo, eu estou bolando mil e umas desculpas até que eu desisto e decido contar a verdade a ele, oque eu realmente quero seguindo ele? Ele está me atiçando a curiosidade desde o dia em que ele passou pela porta da sala se sentando na última cadeira da fila em que eu me sento. É simplesmente curiosidade.

- Eu apenas fiquei curiosa sobre onde você mora, não se preucupe, não quero assaltar você - Eu digo tentando ficar tão calma quanto ele, mas quem disse que eu consigo? Eu estou nervosa, vai que ele descobre que eu entrei nós computadores da U.A com os meus dotes hackers? Além da minha reputação ir pro lixo eu ainda serei presa se ele me denunciar, tenho certeza que a U.A percebeu que alguém teve acesso aos seus computadores, eu estava me cagando de medo toda vez que eu ia para a escola, tudo isso por causa da minha curiosidade. 

-  Poderia me perguntar, não me seguir - Ele diz e eu me encolhi nas suas costas, eu estou com medo, não tem nenhum ano que eu consiga estudar sem fazer alguma merda, eu sempre entro nos computadores da escola, o motivo? Eu quero ver antecipadamente as minhas notas, eu sou ansiosa e isso já me levou a fazer isso. A forma que ele diz foi fria, por que eu quero tanto saber sobre aquela cicatriz?

- Me desculpe Todoroki - Eu digo baixo. Conforme o tempo passa a caminhada diminui mais a distância do local para onde nós estamos indo diminui, nós chegamos a nossa sala, ele deixa sua maleta lá e me leva até o vestiário feminino.

- Você consegue andar né? - Ele diz e eu murmuro um sim e desço de suas costas sem mesmo olhar para seu rosto, eu pego a minha maleta que estava em suas mãos e eu me viro e entro para dentro do vestiário, eu coloco o meu uniforme rapidamente, eu saio com a maleta e deixo encaixada no mesmo local onde eu a encontrei, eu entro na sala cabisbaixa, preucupada, com medo, por que eu fiz tamanha burrada?

Eu me sento e nem olho para o resto da sala, caço o Kirishima com os olhos, nem ele, nem Bakugou, e nem Denki estava aqui, eu estava sozinha, assim que a aula acabou eu recolhi as minhas coisas e as dos meninos e fui na enfermaria, eles estão machucados, todos eles estão, Kaminari está no seu estado normal porém com apenas alguns ferimentos superficiais, eu entrego pra cada um suas mochilas.

- Katsuki oque aconteceu? Parece que um caminhão passou em cima de vocês dois - Eu digo apontando para ele e para Kirishima, Bakugou só vira a cabeça com o seu típico semblante irritado. Eu ignoro esse semblante e faço um breve cafuné nós seus cabelos e dou um selar no topo da cabeça, faço o mesmo com todos eles, eu acabo cuidando muito deles por serem meus amigos, os meus únicos amigos.

- Vou ter que ir meninos, tchauuu! - Eu digo mandando um beijinho no ar e saio da enfermaria, eu pego as minhas coisas e vou até às meninas que me esperavam no portão. 

- Afinal, como vocês foram no teste? Desculpa meninas, eu não sei controlar muito a minha individualidade e acabo dormindo - Eu digo com uma gota na cabeça. Elas me explicam tudo no caminho de casa. Até que elas tocam em um assunto bem espantoso:

- Vocês virão que os computadores da U.A foram invadidos?- A Mina diz e eu me assusto, parece que se tornou pública a notícia na escola.

- Parece que não terá expulsão o culpado, mas quem é que vai ter merda na cabeça de fazer isso? - Quando Jiro diz isso eu me engasgo com o ar, eu começo a rir por causa do seu comentário e por causa do nervosismo, mal sabe elas que fui eu que fiz isso, pelo menos eu não vou ser expulsa, obrigada Kami-sama.

- Fui eu - Eu digo na maior simplicidade com a cara mais limpa do mundo e com um sorrisinho perverso no rosto, as duas sebolham e começam a rir.

- É sério isso Margarita? Você é a garota que falta um parafuso a menos e que raqueou os computadores dos professores? - Mina diz entre risadas e Jiro a acompanha já chorando de tanto rir.

- Eu esperava mais de ti Margarita - Dos Jirō e elas se abrem na risada, eu começo a rir e completo.

- Esperava mais de mim? Eu assisto Mônica toy - Pronto, esse foi o gatilho para elas rirem até a hora em que eu cheguei em casa, eu me despeço delas dando um beijo na testa das mesmas e entro dentro de casa. Subo as escadas e tomo uma ducha rápida, coloco meu pijama e desço para comer, depois disso nem deu tempo para mim fazer tarefa porque eu capotei na minha adorável e fiel cama.