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História Pokémon - O Vínculo Perdido - Capítulo 01 - O Elo que se Oculta nas Sombras


Escrita por: V_tu

Notas do Autor


Olá, olá!
Então, pessoal, esta obra é na verdade minha participação num desafio que entrei no Amino. O AleatoryShot é um concurso onde você deve criar uma One Shot com um gênero aleatório que lhe dão.
Para minha desgraça e infelicidade, eu peguei logo essa droga de gênero que não sei lidar.
Eu também decidi contemplar meu próprio ódio tentando escrever em terceira pessoa, pra ter experiência, sair da zona de conforto etc. Foi muito diferente, estressante e legal escrever essa história, deu trabalho parir cada palavra aí, espero que gostem tanto quanto eu. Boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo 01 - O Elo que se Oculta nas Sombras


Fanfic / Fanfiction Pokémon - O Vínculo Perdido - Capítulo 01 - O Elo que se Oculta nas Sombras

Faziam três meses que misteriosos casos de desaparecimento vinham ocorrendo e Jasmine sabia disso, talvez até mais do que muitos. Mas tanto seus alertas, quanto a própria jovem investigadora foram rejeitados pela Polícia Internacional.

Revoltada, sozinha e cheia de dúvidas, ela seguiu as suas pistas e intuição investigativa por sua própria conta e risco, o que a levou ao Castelo Relíquia, local onde jurava encontrar respostas e expor a verdade, sendo essa a missão.

— Por que este lugar? Por que a esta noite? Por que eu nunca tenho uma lanterna sempre quando necessário? – Jasmine se queixou pelo fato de não estar bem preparada. – Ao menos, aqui é escuro e distante de qualquer coisa, este lugar não apresenta possibilidade de encontrar civilização ou vida selvagem nativa, pode parecer desvantagem, mas é bom não encontrar alguém quando todos podem se voltar contra mim. – Concluiu seu pensamento em voz alta, e em contraparte do despreparo, seu senso analítico mostrou ser seu melhor apetrecho, aliado ao raciocínio para lidar com situações como essa.

Na procura por suas primeiras pistas, Jasmine analisou aquela área de entrada, decidindo por onde seguir. Notou que o lugar era bastante assustador, mas principalmente silencioso, significa que qualquer movimento poderia representar uma pista, ou até problema.

— Pegadas, hein? — Ela se aproximou de marcas no solo arenoso. — São pegadas de pessoas, duas, não, são três pessoas – Jasmine agachou-se. Mas antes que a garota pudesse analisar melhor, ouviu movimentos vindo do final do corredor. – Merda! – Ela se levantou, em seguida, caminhou rapidamente e cobriu suas próprias pegadas com a areia, usando seus pés.

Atravessando o tenebroso corredor do palácio, Jasmine entrou numa sala escura, onde se escondeu atrás de uma pilastra. Ela fugia e se escondia, mas não sabia de quem ou o quê, não com exatidão. Ela queria entender o porquê de todas suas pistas apontar para um lugar tão velho como esse.

O bolso da sua jaqueta tremeu, pois o pequeno Joltik resmungava sua fome, agitando-se ali dentro. Diferente dos pokémon comum, essa espécie se alimentava de eletricidade, coisa difícil obter em alguns momentos.

— Desculpa, Ray, eu não trouxe nenhuma bateria comigo — Jasmine sussurrou desculpas ao bolso da jaqueta negra, sendo julgada pelo olhar furioso do minúsculo pokémon.

De repente, ela ouviu um movimento abafado vindo de fora, então atentou-se a escutar com clareza, precisando até segurar sua respiração.

— Eu disse que ele estaria nos andares mais baixos, não disse? — falou uma jovem loira, estressada e impaciente. — Por que subimos?

— Talvez haja outro alguém aqui, além de nós dois — disse um rapaz loiro de pele clara, semelhante a moça ao seu lado.

Jasmine tremeu, ouvindo os passos ficarem cada vez mais próximos. Ela levou sua mão ao rosto, tapando boca e nariz para evitar emitir qualquer som.

— Vamos logo com isso, por favor! — falou a mulher ao se afastar daquele perímetro, seguida pelo homem.

Escutando esses dois tomarem distância, Jasmine saiu do esconderijo.

— Não sei o que é mais prazeroso agora — Jasmine respirou fundo, tomando fôlego. — Saber que há realmente algo acontecendo, ou poder respirar normalmente de novo — Ela olhou as pegadas mais recentes de relance. — Castelo Relíquia… andares baixos… sei o que desejam, e eles disseram "nós dois", eu vi três pegadas, não sei se isso é bom, ou ruim, mas irei descobrir. Eu acho que já tenho mais do que o necessário para desvendar o caso, mas preciso de provas, o que você pensa, Ray? – Ela recebeu nenhuma resposta do inseto ainda zangado. – Ah, tudo bem, eu lido sozinha.

Jasmine avançou pelos corredores, seguindo rastros que deixaram aquela dupla estranha. Ela chegou até os andares mais baixos do complexo. Este era bem sombrio e morto, cheio de pilastras com o mesmo material do lugar. Havia algumas chamas acesas em candeeiros presos nas paredes e ainda mais areia.

As pegadas que a garota acompanhou, levou-a para uma trifurcação, por onde adentrou uma sala bem vasta, em um dos caminhos. O cômodo era bem largo, tinha um altar ao seu final, com um tipo de trono feito inteiramente de rochas, tinham também pilastras muito limpas, que assim como todo aquele local, parecia bem mais conservado que o resto do calabouço.

— Já estudei isso... — comentou Jasmine, caminhando pelo salão. — O trono para o substituto do Sol — disse ela, decifrando as escrituras. — Volcarona, é você quem essas pessoas buscam, não é? — Jasmine questionou a arte antiga fixada no local.

— Você viu um, por acaso? — perguntou o jovem, fazendo Jasmine pular com susto de ouvir uma manifestação tão de repente. Ao observar quem falava, enxergou um rapaz com uma moça e se espantou mais ainda.

— Se veio pelo Volcarona, pode esquecer — ordenou a mulher, que Jasmine estava reconhecendo. — Já estamos de olho nele. Não vamos deixar que outra pessoa leve-o de nós! — A voz da loira foi firme e ameaçadora.

— Merda, não esperava ser descoberta agora — Jasmine pensou alto novamente. – Mas espera aí, eu sei quem são – Jasmine apontou seu indicador, engolindo em seco. — Vocês estavam desaparecidos, não? Elizabeth e Christopher! — recordou os nomes das pessoas em sua frente. Eles não tinham os mesmos aspectos que nas fotos que havia conseguido. Pelo menos, não mais. Apesar de estarem usando luxuosas roupas semelhantes as da foto, sua aparência atual é desgastada, pálida e fria.

— Oh, droga! Ela é uma investigadora! — disse Elizabeth, irada. — Não era pra ter falhas nessa missão, ou seríamos descartados, Chris! — Tentou sussurrar para o loiro ao seu lado, mas tudo que fez foi falar mais alto que o normal.

— Calma, Liz, sabe o que significa? — Christopher sorriu, porém não era aquele sorriso de de felicidade ou quando alguma coisa legal acontecia, parecia mais um pensamento obscuro e cruel. — Vamos ter que corrigir esse erro.

— Mas o quê? É uma ameaça? — exclamou Jasmine, espantada, não era o rumo que ela esperou tomar.

Logo depois, os treinadores jogaram uma Pokéball cada um. Bisharp se libertou da esfera de Elizabeth, pisando no chão de modo tão brutal que podia ser escutado até da entrada do Castelo. Ao sair de sua cápsula, Hydreigon plana sombriamente ao lado do Christopher.

Jasmine nem precisou analisar os Pokémon para perceber que havia algo de muito errado com eles. Pareciam mortos, sem cor, sem vida. As pupilas dos olhos de Bisharp não tinha brilho. Pareciam robôs, ou talvez zumbis.

— É uma pena que você seja investigadora. Não vamos permitir que escape daqui com vida — determinou Christopher.

“Treinadores de caça, Volcarona, Pokémon de olhos vazios, se eu estiver teorizando corretamente, o que todos pensam ser uma lenda urbana, é real, na verdade" Jasmine pensava. “Mas eu preciso escapar dessa imediatamente".

— Ah, acabe com isso, Bisharp, Guillotine! — disse a moça na frente de Jasmine.

— Hydreigon, Crunch! — exclamou o rapaz, com mais firmeza que sua parceira.

Jasmine tentou não demonstrar aflição, buscando uma Pokéball em sua bolsa, mas os Pokémon oponentes se moviam em ziguezague de modo tenebroso e voraz, o que disparou o nervosismo pelo seu corpo e a fez derrubar no solo o objeto com seu mais forte campeão.

As presas do Hydreigon são destacadas, enquanto Bisharp focalizou suas lâminas extremamente afiadas, fazendo Jasmine cambaleiar para trás apenas pelo medo.

Na tentativa de recuperar a Pokéball, ela tem seu pé sugado pelo solo. Seu corpo passou a ser absorvido pela terra, contra sua vontade. Os Pokémon inimigos avançaram, então, prestes a receber um golpe mortal, ela decidiu parar de lutar contra o poço de areia movediça e usá-lo para fugir, sendo engolida pelo mesmo. Como resultado, ela escapou dos dois Pokémon sombrios e seus treinadores.

Levantando-se desnorteada de um monte de areia, Jasmine se encontrou num pequeno cômodo deserto, com apenas uma porta que ligava o corredor e a sala. Ela tossiu com a poeira, se chacoalhou para tirar toda terra de seu corpo, mas o suor que a envolvia não contribuía muito.

— Consegui sair daquela, mas onde vim parar? — resmungou Jasmine, sacudindo suas vestes.

Visualizando o espaço e notando que não havia muito ali, apenas montes de terra que caía dos andares superiores e sua Pokéball.

— Dante! — pronunciou a morena, com alívio, recuperando a sua Pokéball do monte de areia, mas mantendo em sua mão por precaução.

Observando que não havia opções de esconderijo, Jasmine voltou aos corredores. Ela andava apressadamente, com a imagem daqueles Pokémon de olhos vazios em sua mente.

— Aqueles dois são nada profissionais, na verdade, eu já tenho muito gancho, eles estão desaparecidos e procurados, são suspeitos, disseram que poderiam ser descartados, suas aparências e seus Pokémon, tudo está ficando muito claro. Eu já vi tudo isso antes — Ela criava uma nota mental, determinada. — Não só palavras podem ser as provas, tudo pode ser vestígio. Se eu conseguir mais um pouco de informação, vou chegar ao objetivo deles e o cabeça de tudo isso.

Alcançando uma bifurcação, Jasmine ficou aflita por sua própria indecisão. Ela olhou profundamente um quarto, sendo este mais escuro. Ela sentiu uma presença ali, mas não como uma ameaça, algo, ou alguém, pareceu ter lhe chamado.

– Isso aqui também é estranho, Ray, eu lembro de ter registrado até três pessoas... é melhor evitar mais encontros, ou não? — Receando adentrar o cômodo, ela olhou o caminho que fez até aqui e notou sombras crescendo no final do corredor. — Pelo menos, por agora, vou me distanciar daqueles dois!

Sem opções, ela entrou no quarto o mais rápido possível e sentou-se atrás de uma pilastra caída. Após guardar o Dante no bolso, sentiu sua respiração tornando-se regular novamente.

Jasmine sentiu também um calor crescendo naquele lugar, era diferente de todo o palácio. Analisando essa anomalia, a garota percebeu aquela mesma presença de novo. Olhando no fundo da sala, ela viu um encosto na parede. Alguém estava ali, olhando para ela.

— Jasmine? — disse a sombra. Jasmine gritou e colidiu com a estrutura atrás de si com o susto que levou, apesar de ter reconhecido a voz rouca. Agora ela estava apavorada, e se levantou rapidamente, preparando-se para qualquer ação. — Jasmine... — disse novamente, fazendo a garota escancarar os olhos.

— Como sabe meu nome? Essa voz. — Ela virou-se para o familiar corpo encostado.

— Sou eu, o Joshua. — Se fosse mais claro, qualquer um poderia ter visto a incrédula reação da jovem.

— Mas o que você está fazendo aqui?! — alterou-se ela com sua voz alta.

Jasmine seguiu até o Joshua, rapidamente. Sem querer, tropeçou num piso falso, caindo sobre o garoto. Um líquido toca a pele da jovem.

— Não grite, não, caralho! Vão nos achar! – ele retrucou não tão alto quanto ela.

– Você também tá gritando! E... — Um cheiro forte penetrou as narinas da Jasmine, olhando o corpo do Joshua e esfregando os dedos, percebeu o estranho líquido espesso e quente. — Você está sangrando? — Jasmine criou calma a partir dessa preocupação.

— Estive pior, acredite. – O rapaz tentou se levantar. Jasmine viu sua dificuldade em se manter de pé e deixou que ele usasse seu corpo de apoio.

– Ah, desculpe, eu te ajudo.

— Eu consigo andar sozinho... — Ele se afastou da garota, assim que ficou de pé, saiu das sombras, seu cabelo moreno pareceu presto naquele lugar, sua pele normalmente clara estava bem escura devido a sujeira e ficou visível uma mancha de sangue no tronco do sobretudo marrom em seu corpo. — Precisamos sair daqui urgentemente, não temos sinal para pedir ajuda nesta sala.

— Quem fez isso contigo? — questionou Jasmine.

— Foram eles. — Joshua parou, de frente para a porta da sala.

Em choque, Jasmine olhou a única saída por porta, que neste momento estava ocupada por Elizabeth e Christopher acompanhado de seus Pokémon.

— Oh, mas assim vocês facilitam para nós — Elizabeth cruzou os braços. — Será possível pegar dois Bunnelby com uma Pokéball, Chris?

— Vamos descobrir — disse Christopher. — Já resistiram bastante, pra ser sincero, porém temos trabalho a fazer.

— Eu tenho Pokémon que dá pra usar, e você? — sussurrou Jasmine. Joshua mostrou a Pokéball que tirou do bolso.

— O problema não é esse. Esse lugar não aguenta batalhas, não por muito tempo e entre Pokémon desse nível. Descobri isso ganhando boas feridas. — Joshua disse, contagiando a sua colega com inquietude. — Se você tem uma ideia mirabolante dessa vez, a hora é essa.

– Talvez haja uma forma de reverter a situação, mas vamos precisar iniciar essa batalha — Sussurrou ela, seu amigo não mostrava segurança. — Apenas confie em mim.

— Não temos mais escolhas mesmo. — Ele disse propositalmente alto, para que todos pudessem ouvir, e Jasmine mostrou-se confiante com isso.

— Dante, eu escolho você! — Jasmine liberou seu Dragonite a partir da Pokéball que segurava. Joshua apontou sua Pokéball contra os adversários.

As cápsulas esféricas da dupla soltaram um raio azulado que materializou um Weavile, que surgiu de joelhos, devido a ferimentos que já tinha e um grande Dragonite no quarto. A entrada bruta daqueles dois criou um pequeno eco naquele local, ameaçando tremores.

— Iron Head naquele Weavile! — Elizabeth iniciou o confronto, dando a ordem para seu Bisharp, fazendo o pokémon de aço passar a encarar Weavile sombriamente.

— Weavile, use o Blizzard! — Weavile aspirou o ar, enchendo seu peito.

Bisharp disparou com tudo na tentativa de acertar um golpe no pokémon de Joshua. Porém, Weavile saltou habilmente por cima do pokémon de aço e liberou um potente vento congelante que lhe retardou o golpe.

— Use Tri-Attack! — disse Christopher. Hydreigon apontou seus braços e sua cabeça para Dragonite, que aguardava um comando.

— Dante, Flamethrower! — Dragonite assentiu e liberou uma chama incinerante contra o raio triplo do Hydreigon. A colisão dos movimentos dos dragões criou uma névoa escura que cobriu parte do quarto.

— Dragon Rush! — Christopher gritou. Hydreigon surpreendeu o Dragonite ao atravessar a cortina de fumaça e desferir-lhe uma esmagadora investida. Dragonite foi impactado contra o chão com tanta força que criou um certo tremor no local, mas, apesar de tudo, ele se levantou bravamente.

— Dante! — chamou Jasmime, preocupada.

Ele pisou forte no solo, bateu as asas e chacoalhou a cabeça, era seu sinal de aquecimento, Jasmine sabia que ele estava bem. A névoa dos últimos golpes havia se dissipado, já se via toda a sala normalmente.

— Night Slash nesse Weavile! — Elizabeth disse. As lâminas prateadas de Bisharp tornaram-se negras e sinistras.

— Waevile, Night Slash também! — A garra de Weavile tomou o mesmo brilho do seu adversário. Ambos investiram no mesmo momento, começando um duelo de lâminas.

— Crunch, Hydreigon! — Christopher falou. Hydreigon avança para Dragonite de modo ameaçador.

— Dragon Claw! — Jasmine disse firme. Foi então que Dragonite bradou vôo. Seus punhos ganharam uma aura de cor esverdeada, que tomou forma de garras afiadas.

O Dragão Noturno exibiu suas presas negras e investiu no Dragão Voador, mas este segura o pescoço do Hydreigon com uma de suas garras, apertando com bastante força.

Hydreigon ativou o Crunch em seus braços e atacou a barriga do Dragonite, que, por sua vez, usou sua segunda garra para também apertar o pescoço do Hydreigon, forçando um estrangulamento. Continuando com aquilo, Hydreigon gritou de dor, e Dragonite usou suas garras para arremessar seu adversário. Hydreigon foi jogado contra o Bisharp e o Weavile que ainda lutavam. Porém cancelaram seu confronto para evitar ser alvo do Hydreigon, que por pouco não atingiu a parede, pois graças a suas asas, evitou esse acidente.

— Chega disso! Giga Impact!

Com o comando de seu treinador, Hydreigon expeliu uma força esmagadora ao seu redor, uma aura poderosa cobria seu corpo por completo.

“Ele veio com tudo, essa é minha situação perfeita!” Jasmine estava esperançosa.

— Dante, é a nossa chance! Hurricane! — Dragonite pisou firme no solo. Abriu e bateu suas asas num ritmo muito rápido. Uma ventania começou, levantando poeira por todo o local.

Quando todos os outros estavam recuados, para evitar a poeira levantada, Hydreigon usou seu corpo para atingir o Dragonite com uma esmagadora colisão. No entanto, sem ao menos fazer contato, o Hydreigon foi levado com o furacão que Dragonite formou. Tendo seu curso manipulado, o Dragão Sombrio atravessou o cômodo com tanta potência que derrubou a parede, indo daquele quarto para outro.

Todos os outros pararam, olhando com surpresa o que acabou de acontecer. De repente, um zumbido alto e estridente foi escutado próximo dali. Neste momento, o Hydreigon retornou, rugindo de raiva.

— Mas o que foi isso? Não pareceu nem um tremor e nem o Hydreigon — perguntou Jasmine, procurando a origem do som pelos arredores do quarto. Christopher ficou alerta e volta-se para sua parceira. — Será atraímos a atenção daquele?

— Ele é nosso objetivo principal — lembrou Christopher para sua cúmplice. — Está por perto.

No meio daquela tensão que acabava de ser instalada, um zumbido entorpecente ressoou novamente através do complexo, era tão agudo e potente que todos levaram as mãos aos ouvidos de forma automática para proteger daquela frequência.

— Esse zumbido foi do Volcarona! — Joshua gritou, quando aquele som se encerrou. Os adversários entreolharam-se com raiva e indecisão. Joshua realizou a mesma ação para sua colega, ele havia entendido o plano.

“Perfeito, agora eles tem dois focos de atenção.”

— O templo é uma obra criada em homenagem ao Volcarona. Após seu poder ser emprestado aos humanos, este local foi levantado em forma de gratidão, então continuar esta batalha aqui não coloca só tudo em risco, mas o Pokémon que buscam também sai afetado. — Jasmine ganhou a atenção de todos. — Destruir seu lar não vai facilitar sua captura, certo? E agora que pode estar irritado, não ajuda, pois todos sabemos que ele não é um Pokémon qualquer. Mas o que vocês querem? Digam logo, é uma questão de tempo até que eu descubra.

— Vocês são sagazes mesmo, hein? — Christopher olhou para Elizabeth, ele pretendia ganhar tempo dessa forma.

— Como pessoas como vocês duram pouco, nós contamos. — Elizabeth esboçou um sorriso. Joshua havia ganhado uma expressão de confiança nessa batalha de palavras.

“O quê? Assim tão fácil?! Eu esperava mais pistas de outra forma. Só podem estar querendo tentar algo. Só pode ser alguma estratégia. Mas qual?”

— Somos caçadores mesmo. Viemos aqui para pegar o Volcarona, pois ele é um Pokémon com o potencial desejado e bastante forte, isso é óbvio. Você mesmo deu essa informação. — Jasmine ficou séria. — Deve estar frustrada, ou com dúvidas, isso estava implícito todo o tempo, não?

“Não dá pra absorver nada com isso, só estão falando coisas que eu já sei. Merda.”

— Para quê?

Joshua realizou sua pergunta, mas antes que eles respondessem, o choro do Pokémon de minutos atrás foi escutado de novo, com mais clareza e trazendo um calor consigo. Christopher manda um sinal para sua companheira, se afastando dela ao lado do Hydreigon para acessar a única porta do quarto. Então o Joshua e a Jasmine criam confusão em seus rostos.

— Vá, eu posso cuidar disso aqui sozinha — ela respondeu, alternando o olhar entre Jasmine e Joshua, com um sorriso sinistro. — Eu lhes digo. Pretendemos pegar os Pokémon que são especiais como Volcarona, os quais entraram para a história por seu potencial de se vincular aos humanos, e os quais ainda podem entrar. Nosso objetivo? Estender o poder e energia mais forte já visto. Não é algo que os dois possam entender apenas por palavras, então deixe-me clarear essa ideia, nem que seja a última coisa que irão ver na vida. Mas lembrem-se, vocês pediram isso. Vamos lá, Bisharp.

— Acha mesmo que isso foi uma boa ideia? Estamos numa clara vantagem aqui. — Joshua apontava para si e sua colega em meio a frase.

— Se vocês pensam que podem me vencer só por isso, estão enganados! Vou mostrar o porquê! — Elizabeth tirou uma pulseira do bolso, e equipando-a no próprio pulso. Era preta, e havia uma orbe vermelha e lustrosa presa ao acessório. — Power Bond! — Elizabeth pressionou o acessório, e pelo visto, o orbe era um botão.

Erguendo a mão para o alto, uma luz sinistra e roxa tomou conta do corpo da Elizabeth e do Bisharp. Eles gritaram alto, era como se fosse doloroso sentir aquilo. Jasmine ficou tão atônita quanto Joshua, observando os dois em sua frente, brilhando e gritando de modo mais intenso. Todos os efeitos visuais bizarros cessaram, mas a Elizabeth e o Bisharp exalavam uma aura sinistra e medonha.

— O quê que aconteceu aqui?! — Jasmine liberou seus pensamentos.

— Você nunca vai saber o que é isso! — Elizabeth falou, mas sua voz era pesada e macabra. Jasmine analisou tudo com muita surpresa e um certo pavor. — É a força total entre treinador e Pokémon, como eu havia falado! O poder que supera a evolução, a Mega Evolução e o Movimento Z. Este é o definitivo Poder do Vínculo!

— Eu não sei o que é mesmo, mas nossa batalha ainda está valendo! Brick Break! — Weavile impulsionou seu corpo para um ataque. Jasmine sentiu receio, nenhuma movimentação vinda de Elizabeth ou do Bisharp.

— Dragon Claw!

Dragonite acompanhou Weavile para um ataque duplo ao Bisharp, ambos acertaram o Pokémon com sucesso. Bisharp reclamou e sentia incômodo, mas não era dos ataques que acabou de receber. Ele sequer se moveu, ou pareceu se incomodar.

— Ha, ha, ha, ha! — rindo de modo doentio, Elizabeth assustou Joshua e Jasmine. — Vocês não conseguem fazer um arranhão no meu Pokémon!

— O quê? Meu golpe deveria ser bastante eficaz! — Joshua mostrou-se confuso. — Weavile! Tente o Blizzard!

— Não tenha tanta pressa. Bisharp, Iron Head! — Bisharp moveu-se mais rápido, em comparação a minutos atrás.

Seu corpo se moveu para cima do Weavile, usando a mortal lâmina afiada na sua cabeça numa investida. O Pokémon de Gelo foi ricocheteado contra uma pilastra no cômodo, e o impacto rachou a mesma. Weavile não tornou a levantar, deixando Jasmine estática.

— Weavile! — Joshua correu, com as mãos na ferida em seu estômago, até seu Pokémon. Jasmine encarou a face intimidadora de Elizabeth, que sorria vendo aquilo. — Retorne! — O rapaz desmaterializou seu pokémon, guardando-o na Pokéball.

— Ótimo! Falta um agora. — disse Elizabeth. — Bisharp, Slash!

— Fuja daí, Dante! — gritou Jasmine, mas era tarde demais. O Bisharp golpeou a barriga do pokémon com extrema força, fazendo-o cuspir. Dragonite tentou segurar ele, para não ter o mesmo destino do Weavile. — Flamethrower! — falou Jasmine de modo atropelado.

Dragonite buscou energia, preparando um ataque, até que Elizabeth correu numa velocidade fora do comum. As mãos da jovem tornaram-se afiadas garras feitas de energia, e as usa para golpear as costas do Dragonite. O Dragão sofreu de dor e as mãos de Jasmine foram até sua própria boca. Dragonite, de joelhos no chão, tentou resistir.

— Daaanteee!— Jasmine estava incrédula e apavorada. Bisharp e Elizabeth liberam o Pokémon concluindo o ataque, e o Pokémon cambaleia.

— Mas que droga foi essa?! — Joshua perguntou para Jasmine, que estava trêmula, tentando entender o que acontecia. — Ela usou uma técnica?!

— Esse é o Poder do Vínculo. — Elizabeth falou, enquanto Jasmine não tirou mais os olhos do Bisharp. Apesar do desempenho na batalha, ele tremia, parecia conturbado, partes do seu corpo estavam rachadas. O coração de Jasmine sentiu um aperto. — Agora viu que não podem nos vencer?

— Nós não conseguimos ferir o Pokémon dela, e ela está nos derrotando sem esforço algum. — Jasmine sibilou, ela se sentiu incapaz, não conseguia lutar contra algo que não conhece.

— É a arma definitiva! Nós atingirmos esse nível de poder graças ao... — Elizabeth se auto-interrompe, julgava ter falado demais.

— Ao? — Jasmine anseia uma conclusão. — Olha, eu não sei que tipo de... coisa é essa, mas tenho certeza que não é natural! — exclamou a garota.

Entre essas palavras, era possível sentir movimentos e gritos sendo trocados em outro cômodo, uma batalha em outro cômodo havia sido intensificada.

— Isso não é nenhum vínculo! Olhe o Bisharp! — Jasmine se exaltou, apontando para o mesmo. Elizabeth olhou, por um breve momento, suas pupilas ganham outro aspecto. Parecia mais a Elizabeth que Jasmine viu numa foto do que durante toda essa noite.

— Você está diferente. Seu Pokémon está diferente. Embora estejam ridiculamente fortes, isso não é algo que possa ser chamado de vínculo, mutação talvez! — Elizabeth e Bisharp levaram suas mãos para a cabeça, parecendo sentir incômodos. Jasmine ficou interrogativa.

— Argh! Você está falando bobeira! — Elizabeth volta ao seu aspecto anterior. — Tens inveja do meu vínculo! Nosso poder é ilimitado e você não tem a mínima chance! — retrucou Elizabeth, alta e descontrolada. — Argh! Você está falando bobeira! — Vamos acabar logo com isso! Night Slash! — Dragonite ficou em guarda, esperando uma ação.

Bisharp e Elizabeth se moveram sincronizadamente. Nas mãos da garota nasciam garras negras e afiadas, assim como seu Pokémon.

— Tire seu Dragonite de lá! Agora! — Mesmo do lado de Jasmine, Joshua não conteve seu grito. Assustada, Jasmine aponta sua Pokéball e consegue recuperar seu parceiro para dentro da cápsula.

Como consequência, Elizabeth e seu Pokémon golpeiam o solo, no local onde Dragonite deveria estar. Uma cratera tanto quanto profunda se formou ali. Jasmine e Joshua engoliram em seco assistindo aquilo, ignorando a estrutura do local estar por um fio de um desabamento.

— Bem esperta... — Elizabeth disse. — Ou talvez não, agora vocês são nossos alvos! — A mulher tinha uma olhar de louca.

Jasmine tem seu coração disparado, sentindo o órgão tremer até sua garganta. Seus oponentes ainda estavam com suas técnicas ativas, e se preparam para um único golpe. Jasmine segurou o braço de Joshua num reflexo, ambos não tinham mais opções.

Naquele momento, a parede atrás de Elizabeth foi destruída. Um Pokémon enorme com asas vermelhas acabou invadindo o quarto como um projétil. Joshua e Jasmime se jogam contra a direção oposta, evitando colisão.

— Aaah! — gritou Elizabeth. O Pokémon atingiu a jovem e seu Bisharp, arrastando-os pelo quarto e deixando um rastro de destruição. Jasmine viu tudo de queixo caído.

— Volcarona. — Jasmine pronunciou o nome do pokémon de chamas. Ele se levantou, revelando Elizabeth e Bisharp caídos, inconscientes, entre algumas pedras. O Pokémon flutuava o bater de suas asas, uma luz irradiante crescia diante dele, e uma onda de calor tomava conta do quarto.

— Elizabeth! — gritou Christopher, assim que entrou no cômodo pelo rastro de destruição deixado pelo Volcarona. Ele e o seu Dragão estavam com uma aparência semelhante a de Elizabeth e Bisharp, foi certo que também passaram pela mesma transformação momentos atrás. — Eu vou acabar com vocês! — Gritou para Jasmine e Joshua.

Neste ponto, Volcarona voa saindo daquele quarto, desviando de pedras que começam a cair do teto, o quarto estava indo abaixo, e os outros não fizeram diferente.

— Precisamos sair desse lugar. — falou Joshua, enquanto apressou-se puxando Jasmine pelo braço, através do corredor. Ele conseguia andar, mas sempre mantivera a mão no estômago, onde havia uma ferida. Jasmine protestou.

— E quanto ao Volcarona? — perguntou Jasmine. — Esses caras são horríveis, não podemos deixar ele aqui com esses caras. Aliás, não podemos recuar justo agora. Estou muito perto de desvendar todo o plano deles agora que estou vendo coisas das quais não sabia! — Ela viu o Christopher e seu Hydreigon perseguir o Volcarona até outro cômodo.

— E o que podemos fazer?! — indagou Joshua, como se sentisse dor ao falar. Jasmine arfou, cancelando a corrida e encarando o rapaz.

— Eu não sei, mas tenho muitas pistas, e se quer saber, estou a fazer meu trabalho — Jasmine se estressou. — Bem, eu, pelo menos! O que você está fazendo aqui pra começo de conversa?

— Como você mesma disse, o meu trabalho.

— Então, só agora eles tem interesse — Jasmine ironizou.

— Do que está falando? — Joshua estava um tanto quanto confuso.

— Você sabe. Eu enchi você e o Departamento de Investigação de Unova com alertas, mas, pelo visto, ninguém me escuta!

— Aquelas suas conspirações? Confesso que achei loucura desde o começo, mas as coisas estão estranhas ultimamente — disse o rapaz, pensativo. Ele se recordou das discussões que tiveram há um tempo atrás com a garota na sua frente. — Será que vão me achar louco por relatar que dois treinadores usaram técnicas com seus Pokémon zumbis praticamente imune à golpes? — Jasmine reagiu seriamente para Joshua, e viu sua mão suja de sangue.

— Como isso aconteceu?

— Aquela mulher, ela é louca — disse Joshua. Jasmine voltou a sua atenção para o quarto ao lado, assim que se lembra de Elizabeth. — Mandou o Bisharp dela me atacar! Por sorte, meu Swoobat me salvou, é uma pena que tenha sido abatido, ou quase — explicou para Jasmine, que ousava espiar a disputa feroz entre Volcarona, Hydreigon e o próprio Christopher usando um Dragon Rush.

— Meu Deus! — gritou a investigadora, desacreditada, vendo o Volcarona ir ao chão por causa do Hydreigon, mas esquivando-se por pouco do Christopher.

— Precisamos ajudá-lo! — ela exclamou, virando-se para Joshua. Ela o vê segurando um celular, apertando o único botão no centro repetitivamente. — O que está fazendo?

— O que acha? Precisamos de ajuda! — respondeu a ela, como se sentisse dor ao falar. O rapaz bufa de raiva, e começa a apertar furiosamente o botão no aparelho. — Mas que droga aconteceu com esse celular?! Não está com carga?! — Jasmine arregalou os olhos, e por reflexo passou a mão no bolso da jaqueta.

— Ah, não... — disse ela, dando falta do Joltik. — Ray?! — A pequena pulga amarela salta do bolso na calça do Joshua, assustando o rapaz.

— Tá vendo! Graças a seu ótimo cuidado com seus Pokémon, nós vamos morrer! — reclamou o rapaz. Joltik esbravejou um choro, fuzilando Joshua com seus dois pares de olhos azuis.

Jasmine pensou em responder, porém foram surpreendidos por uma explosão ardente no quarto ao lado. Ao passar o efeito incandescente do golpe do Volcarona, eles observam Hydreigon, cheio de queimaduras no corpo, mas ainda de pé e com muito vigor. Christopher se enfurece e golpeia o Pokémon de Chamas com um Dark Pulse.

— Podemos conseguir! Não vê? — disse Jasmine. O Joltik caminhou pelo corpo da garota, firmando-se no ombro. Ele esbravejou novamente, levantando sua pequena perna dianteira, numa demonstração de determinação. — E esses caras de fato querem o Volcarona para algum tipo de experimento, mesmo que não fosse raro e protegido, experimentos com Pokémon não podem ser feitos sem uma válida aprovação da justiça, e se esses caras estão fazendo isso na surdina, provavelmente são caçadores ilegais, vamos fazer nosso trabalho!

— Não é que não temos opção, mas vamos! — Joshua tira uma Greatball suja do bolso, para a surpresa de Jasmine. — Ainda tenho mais um chance. — Jasmine séria, já segurava a esfera do Dante.

Eles correram ao quarto, andando até o Volcarona, para o susto do raro Pokémon selvagem. Christopher os olhava sombriamente sério.

— Vai ser mais fácil pra mim, se todos estiverem juntos — falou Christopher, mantendo a expressão.

— Swoobat, eu preciso de sua ajuda! — Joshua libertou o Pokémon.

Seu Swoobat não estava nas melhores condições. Havia arranhões por todo corpo, e parte de uma asas parecia dilacerada.

Sentindo-se ameaçado, o Volcarona recuou. Jasmine soltou seu Dragonite neste momento. O Pokémon Dragão pisou forte no solo, vibrando rochas e estilhaços próximos.

Uma tensão se formou no quarto. Em cada lado do local, havia alguém receando receber um ataque de ambos lados. Swoobat bateu suas asas de modo agitado ao lado do Dragonite. Christopher estava num polo distante alternando seu olhar entre Jasmine e o Volcarona que estava mais próximo do Hydreigon, criando uma formação de batalha múltipla.

— Josh, me escuta, eu tenho uma teoria — Ela sussurrou, ele devolveu com um olhar de "estou ouvindo". — Quando nós atacamos esses Pokémon, nada acontece com eles, a dor que sentem não são dos nossos ataques. O Pokémon não.

— Por outro lado... — Joshua disse.

— Sim, eu notei isso quando a Elizabeth foi atacada acidentalmente pelo Volcarona.

— Calem a boca! — Christopher berrou.

O corpo de Christopher brilhou estranhamente. Ele esticou seus braços, alvejando próximo do Volcarona, Dragonite e Swoobat. Então, um pulso de energia azul, vermelha e amarela materializou-se diante do rapaz, indo em encontro com os alvos.

— É o Tri-Attack! Dante, Flamethrower! — Dragonite realizou o golpe contra o Tri-Attack pela segunda vez.

Volcarona agitou seu corpo, suas asas liberam um brilho caloroso e o pokémon colidiu um tornado de chamas com um dos raios do reproduzidos por Christopher. No entanto, o Tri-Attack dessa vez estava mais forte, não só fez frente aos outros golpes, mas estava superando-os também.

— É agora que você ataca, Joshua! — Jasmine gritou.

— Swoobat! Charge Beam! — ordenou Joshua ao seu pokémon.

Swoobat ergue-se no ar, e joga uma corrente elétrica no Christopher. Hydreigon grita de dor assim como seu treinador que cancela seu movimento jogando-se no chão. Swoobat continua a atacá-lo. Mas, num momento Hydreigon salta feroz e joga uma onda pulsante e obscura em Swoobat.

— Não! — Joshua gritou, vendo o seu pokémon sem a menor resistência ir ao chão. — Eu sinto muito... descanse, por favor... — Ele disse retornando o Swoobat para sua Great Ball.

— Ele se feriu muito! — berrou Jasmime. — Você viu isso?!

— E olha o que ganhamos! — esbravejou Joshua, irritado, segurando Swoobat encapsulado. — Agora estamos fodidos!

— Ele é realmente o ponto fraco! — Jasmine olhou o Christopher ferido, no chão. Joshua a encarava, esperando fazer sentido. — Acho que se atacarmos ele, ao invés do Hydreigon... Talvez esse vínculo se quebre, quem sabe?

— Argh! Vai pagar caro por isso! — interrompeu Christopher, ao se recuperar do choque, de forma rancorosa e cheio de ira, enquanto se levanta do chão, bastante ferido. — Giga Impact!! — Christopher disse.

Com o comando de seu treinador, Hydreigon expeliu uma energia bruta ao seu redor, uma aura poderosa cobriu seu corpo por completo, inciando o ataque ele investiu no Joshua. O corpo do Christopher respondeu da merda forma, e ele seguiu ao lado do Hydreigon, mas tendo Jasmine como alvo.

— Pare o Hydreigon! Dragon Claw! — Dante olhou de relance para sua Treinadora. Havia dois oponentes e uma única defesa. Jasmine abaixa sua cabeça, fechando seus olhos. Ela pensara que o treinador seria o ponto fraco do vínculo. Porém, não podia permitir o Joshua se prejudicar mais. — Vai!

Dragonite colidiu ferozmente com Hydreigon. Num susto, Joshua dá pra trás, caindo diante de dois enormes Pokémon na sua frente. Dragonite era arrastado, não resistindo ao Dragon Rush. Até que Hydreigon é empurrado para longe ao receber um Fiery Dance de Volcarona.

Enquanto isso, há alguns centímetros de Christopher chocar-se com seu alvo, que era Jasmine, o rapaz é surpreendido por uma onda de energia elétrica que consome seu corpo por completo, retardando seu movimento.

— Aaaah! — gritou Christopher, em sincronia com seu Pokémon. O rapaz sentiu sua força esvair, suas energias lhe deixavam. Porém, antes de sentir seu elo se partir, Christopher efetuou um potente golpe no estômago do seu alvo. A garota é rebatida contra uma parede com força.

Jasmine sentiu uma força esmagadora cobrir seus nervos. Seu corpo lhe passou uma sensação de dor pronfunda, sua mente girou, fazendo-lhe sentir o gosto do sangue. A garota tentou responder aos gritos desesperados de Joshua, mas acabou apagando ali.

『••✎••』

Jasmine acordou. Seus olhos iam se abrindo lentamente e sua cabeça ainda estava embaralhada, mas seu corpo ainda doía extremamente. Sua visão estava turva, mas podia ver Joshua conversando com um homem ao seu lado. Joshua percebeu sua presença consciente ali.

— Jasmine! Oh, meu Deus! — disse Joshua, alto rapidamente. — Se não fosse pelo Joltik! Ah, Joltik! Retiro tudo que eu pensei e falei sobre essa pulga!

— Joshua... — Ela tentou erguer-se, mas em suas condições era impossível.

— Aguente mais um pouco, aquele golpe te prejudicou muito. — Ela tentou levantar sua cabeça, sentindo uma pressão em sua barriga. — Não, não tente se mover! Perdeu muito sangue.

— Eu... — falava Jasmine, mas a aproximação daquele homem a interrompeu.

— Você vai ficar bem. A equipe médica está vindo para tratar de vocês, que merecem depois do que fizeram... — disse o homem, que agora pouco falava com Joshua. — E também... fique calma, o Volcarona está indo em segurança para outro local e a Polícia Internacional agora está cuidando de tudo, pegamos os dois caçadores procurados graças a você. Você só precisa resistir.

Jasmine viu umas luzes distantes, escutou carros trafegando próximo dali, soando sirenes ambulatórias. Uma luz mais forte se destacava no alto. Todos encararam o Pokémon Sol planar sobre o terreno arenoso na direção dos céus.

A garota abriu seus olhos para enxergar com clareza. Ela viu o Volcarona partir, zumbindo e batendo suas asas brilhantes como um sol naquele céu noturno. Um pequeno sorriso brotou no rosto da garota.

— Minha missão foi concluída aqui. — sibilou Jasmine, antes de fechar seus olhos e sua mente apagar novamente. Mas, desta vez, sentia o mundo sumir, enquanto seu corpo afundava na escuridão. Jasmine já não tinha mais forças para voltar.


Notas Finais


Se encontraram alguns erros, me perdoem! Mas vocês podem me alertar aí nos comentários, junto do que achou até agora. Eu agradeço pela leitura e até a próxima!


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