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História Pokémon Adventures: Rumo a Liga Pokémon de Kanto! - Até o fim


Escrita por: Valerei

Notas do Autor


ME DESCULPEM, MAS ESSE CAPÍTULO É OUTRO CAPÍTULO DE TRANSIÇÃO
E sim eu já voltei, e sim se acostumem, quarentena não tá me fazendo bem não.

Gente, eu fui escrevendo e aí vocês sabem né? EU NÃO ME CONTROLO. Eu até poderia me estender mais, mas eu queria terminar o capítulo nesse clima mesmo e até que eu gostei bastante. MAS EU JURO POR ARCEUS QUE NO PRÓXIMO CAPÍTULO TEREMOS SAFFRON. O que é bom, porque vocês tem mais tempo para votar em quem vai batalhar contra a Sabrina: Green ou Red? A disputa tá acirrada, vou deixar o placar atual nas notas finais e outra pergunta que tenho para fazer para vocês.

E FALANDO EM VOTAÇÃO, temos casal novo lá no spin-off de hentais e nesse vocês também podem votar e escolher com quem nosso protagonista da vez vai ficar, ISSO MESMO, escolher o futuro dele. Quero ver! Estou esperando todos lerem e opinarem para dar continuidade a esse arco. Tá imperdível, vai! (link nas notas finais)

Bom, agora a fanfic começa a voltar para o molde de jornada e começamos mesmo a reconstruí-la para o próximo grande ápice.

QUERIA PARABENIZAR O @Zodte por ter sido o único (até agora) a sacar a referencia/tread que eu coloquei no Capítulo 64 - Guerra. Agora eu tenho certeza que eu posso esconder mensagens mesmo que criptografadas nos capítulos que ele vai desvendar! ISSO É LEITOR ATENTO AAAAAAAH (quando eu responder seu comentário você vai entender, meu anjo)

Bom, sem mais delongas, vamos ao capítulo que tá gostosinho. Tenham uma boa leitura.

Capítulo 66 - Até o fim


Fanfic / Fanfiction Pokémon Adventures: Rumo a Liga Pokémon de Kanto! - Até o fim

< Por Blue >

Depois que todo mundo havia prestado as condolências, um helicóptero veio buscar o caixão do Surge e levá-lo para Johto. Ele seria enterrado em um memorial em Ecruteak feito a todos os bravos homens que perderam suas vidas servindo a F.A.J e defendendo o continente, assim ele poderia descansar em paz ao lado de seus amigos. Os militares que estavam no funeral do sargento dispararam uma saraivada de balas de festim enquanto seu caixão era levado, foi muito bonito.

Três dias haviam se passado desde então e nós quatro continuávamos em Vermilion. Eu passei a maior parte do tempo no quarto desenhando, já que ainda tinha dificuldades de andar por conta da perna. No primeiro dia me empenhei em fazer um desenho do Tauros do Cristofer e mandar para o ruivo pelo Pokégear em uma tentativa de confortá-lo e me desculpar por não podermos estar presentes no enterro de seu Pokémon, ele disse que ia até tatuar o desenho, o que me deixou muito surpresa e feliz.

Green me fez companhia a maior parte do tempo, das vezes que nós saímos do quarto era para comer ou só treinar um pouco com nossos Pokémons. Todo esse treinamento havia rendido a Yellow a evolução de dois de seus Pokémons, seu Doduo se tornou um Dodrio e seu Horsea evoluiu para Seadra, já que ela aproveitou o máximo para treiná-lo na costa marítima da cidade.

Eu estava agora sentada numa maca de uma das diversas salas do CP. Eu aguardava a Enfermeira Joy terminar com um paciente Pokémon para vir dar uma olhada na minha perna. Sabe, nem todas as cidades do continente de Kanto tem hospitais para humanos, mas todos tem Centros Pokémons, de modo que muitas vezes estes também prestam pequenos atendimentos médicos aos humanos, os encaminhando para hospitais especializados somente se o caso for muito grave. Descobri que poções também podem ser usadas em nossas feridas, assim como muitos conceitos médicos para as criaturas serviam para a gente também. Todos os dias eu tirava a gaze do meu ferimento e espirrava um pouco de poção, ardia muito, pior que Merthiolate, mas era mais eficiente, porque além de desinfetar o ferimento, depois que ardência passava causava uma sensação anestesiante no local e ajudava muito na cicatrização, claro que eu fazia isso enquanto tomava os medicamentos que foram passados pelos médicos do hospital de Celadon, e andava sempre de muletas, não tendo pisado no chão com minha perna ruim nenhuma vez desde o ocorrido na Silph.

Eu balançava minhas pernas ansiosamente enquanto a aguardava. Como eu mesma vim passando remédio no meu ferimento nesses dias, acompanhava também sua cicatrização, e sabia que tinha chances de eu ficar com uma cicatriz horrível na panturrilha, por isso estava ansiosa para ver como ela estava.

— Pronto, agora tenho um tempinho para você – falou a Joy, entrando sorridente no quarto. 

A antiga Joy de Vermilion havia se aposentado, e entrou em seu lugar uma Joy de pele negra, que tinha seus cabelos rosas trançados no formato do habitual penteado. Descobri, também, conversando com ela (porque eu vinha passando muito tempo aqui) que ser uma enfermeira Pokémon era uma profissão permitida apenas para mulheres, todas elas pintavam seus cabelos de rosa no final da formação e o mantinham assim até o aposentadoria, e que durante o expediente todas respondiam pelo nome de Joy, não usando seus verdadeiros nomes. 

Em uma dessas conversas acabei comentando que era raro ver Joys “como ela”, me arrependendo logo em seguida de ter dito isso com medo de que ela se ofendesse com esse comentário, para minha surpresa ela sorriu e concordou comigo. Descobri então que, mais antigamente, só mulheres brancas e de olhos claros eram permitidas serem Joys, por isso elas eram quase todas iguais, o que sinceramente? Era algo extremamente racista, que foi propagado sobre a ideia de que as Joys tinham que ser todas o mais parecidas possível, a fim de criar uma identidade para todas elas, que fosse mais facilmente assimilada pelos Pokémons, uma vez que uma Joy ganhava a confiança de um deles, se esse fosse tratado posteriormente em outro CP diferente, muito provavelmente associaria a imagem daquela mulher que cuidou dele a essa outra, apesar de serem pessoas diferentes, e cooperaria mais com o tratamento. Esses estudos só ajudavam a reforçar esse ideal racista, me explicou Joy, só o uniforme e o cabelo rosa já são mais do que o suficiente para eles assimilarem que aquela pessoa é alguém que vai cuidar deles, Red disse que isso era algo quase como um inconsciente coletivo das criaturas – ele tem mãe psicóloga, então.

— Mas os tempos mudaram. Esses estudos caíram por terra. Agora é permitido que qualquer mulher, independente da aparência, entre para a faculdade de Enfermagem Pokémon. Não foi uma conquista fácil, mas nós conseguimos. Minha turma foi uma das primeiras a se formar depois da abolição daquela regra estúpida. Você vai ver com cada vez mais frequência Joys com vários tamanhos, medidas e tons de pele – me explicou ela uma vez. – E quem sabe um dia, eles não permitam que homens sejam enfermeiros Pokémon também? Muitos se queixam de não poder exercer a profissão, mas sabe como eles são, muitos gostam bastante de reclamar, mas não saem do lugar para lutar pelos seus direitos, diferente de nós que temos que fazer isso desde o berço. Acho que eles são mal acostumados.

— Eles que lutem – respondi a ela, quando ela me deu essa explicação. Meu comentário a fez rir.

Joy tirou-me de minhas lembranças sobre as nossas conversas quando senti ela tocando na minha panturrilha enfaixada. Gemi de dor com o seu toque repentino, ela sorriu me tranquilizando e começou a tirar a gaze.

— Cicatrizou muito bem, Blue – falou ela passando a mão levemente no antigo ferimento. A lateral da minha panturrilha agora era marcada por uma enorme cicatriz quase do tamanho de um palmo, era um rasgo largo que descia na diagonal com a pele enrugada e funda. Sinceramente? Estava horrível. – Ainda dói quando toca? – meneei a cabeça positivamente. – Quer tentar andar?

Novamente concordei, pulando da maca primeiramente com a perna boa e arriscando dar uma passo com a perna machucada.

— Dói um pouco – resmunguei. – Como uma pontada quando eu piso, mas não é nada que me impeça de andar.

— Ótimo, então vamos fazer assim: pode suspender o uso das poções, da gaze e das muletas. Vai continuar tomando os remédios que os médicos de Celadon te passaram e vamos ver como fica se você voltar a andar normalmente, mas procure repousar bastante essa noite. Quem sabe amanhã de manhã eu já te dou alta? Claro que não vai poder correr por um bom tempo, ou caminhar de mais, fazer muito esforço… Mas talvez vá poder prosseguir sua jornada, desde que vá com calma. 

— Tudo bem, Joy, obrigada – lhe dei um sorriso fraco. Ela assentiu e já ia se retirando do quarto, quando eu toquei em seu ombro, fazendo ela se virar novamente para mim. – Você não teria… Algo para eu passar na cicatriz, para… Deixar menos feio?

— Claro, Blue – ela sorriu novamente. – Posso te dar uma receita de uma pomada que ajuda a diminuir a marca da cicatriz, mas você precisa saber que não existe nada na medicina que consiga deixar sua perna como era antes, vai ter que se acostumar – abaixei minha cabeça, tentando não chorar. – Hey, mas lembre-se o que essa cicatriz representa pra você, uma luta sua e dos seus amigos como você me contou, não é? Toda guerreira tem suas marcas. Quando olhar pra ela lembre-se de quem fez isso com você e use para prosseguir todos os dias mais forte! E você continua linda – os doces olhos escuros dela eram reconfortantes, de fato. 

Sorri fraco, enquanto assentia e a acompanhei até a recepção, uma pontadinha de dor a cada passo, mas eu estava aliviada de poder voltar a andar normalmente. Joy me deu a receita da pomada e eu agradeci novamente, indo para o meu quarto no andar de cima em seguida, subir escadas fazia minha perna doer um pouco mais.

Entrei no nosso quarto e por sorte ambos os beliches estavam vazios, provavelmente Red, Yellow e Green deviam estar treinando. O desafio com Sabrina estava próximo e ela era considerada uma das líderes de ginásio mais fortes de toda Kanto, então tínhamos mesmo que nos preparar.

Peguei uma muda de roupas limpas na minha mochila, juntamente com a minha toalha e me dirigi ao banheiro para tomar um banho. Me despi rapidamente e me sentei na tampa da privada, encarando e passando a mão pela minha cicatriz, sentindo a pele enrugada, quase áspera ao toque.

— Blue? – uma batida na porta fez com que eu me assustasse momentaneamente. Era a voz do Green.

— Estou aqui – respondi. – Vou tomar um banho.

— Como foi lá com a Joy?  – indagou ele através da porta.

— Já estou podendo andar normalmente, só vou precisar continuar com os remédios e evitar fazer esforço.

— Isso é ótimo. Hey, nós já terminamos o treinamento de hoje e Red teve a ideia de darmos um passeio pelo porto da cidade. Eu disse que só iria se você já pudesse andar, como está melhor… O que acha?

— Por mim tudo bem, só vou tomar um banho e já me arrumo pra ir.

— Ok, vamos estar te esperando na recepção.

Me levantei rapidamente e tratei de tomar meu banho, depois que ele saiu do quarto.

< Por Green > 

Já fazia quase vinte minutos que estávamos esperando a Blue. Ela não costumava demorar tanto assim no banho... Red já havia começado a resmungar que iríamos perder o pôr do sol assim, na verdade ele queria mesmo era dar um passeio romântico com a Yellow e achou que seria legal se Blue e eu fossemos juntos, como… um… encontro duplo de casal, eu acho.

Me levantei bufando porque não aguentava mais ele reclamando e disse que iria chamar a Blue. Adentrei o nosso quarto e encontrei ela sentada em uma das camas enquanto encarava o colorido e felpudo tapete que ficava entre os beliches, parecia distante.

— Pronta? – indaguei.

Blue assentiu, enquanto se levantava e foi quando eu notei que havia algo de muito estranho nela.

— Blue, tá tudo bem? – indaguei.

— Sim, por quê não estaria?

— Acho que eu nunca vi você usar uma calça desde que a gente se conhece – falei, ao ver que ela não usava uma de suas saias, e sim uma calça jeans escura que lhe caia reta pelas pernas, ficando bem larga em seu corpo.

— Eu só… quis mudar um pouco.

Hoje deveria ser uma das tardes mais quentes desde que nós saímos em jornada, até por isso Red sugeriu o passeio, para tomarmos um refrigerante e relaxar. Blue amava usar saias, tinha várias de diversas cores, às vezes usava shorts também, mas eu sabia que ela gostava muito de deixar suas pernas amostras. Não parecia fazer sentido ela resolver usar uma calça do nada e bem agora.

— É por causa da perna, não é? – indaguei. 

< Por Blue >

Abri a minha boca para inventar alguma desculpa qualquer, mas Green me encarava com aqueles indagadores olhos verdes. Eu não ganharia nada mentindo para ele, ou tentando esconder. Me rendi e balancei a cabeça positivamente.

— Está horrível! – bradei, tentando conter as lágrimas. – Não quero que ninguém veja.

Eu me sentia uma verdadeira idiota por estar tão abalada com uma simples cicatriz. Eu tinha era muita sorte de estar viva. Enfermeira Joy me disse que se o Nidoking estivesse usando o Injeção Venenosa na hora que rasgou a minha panturrilha, eu teria, no minimo, perdido a perna do joelho para baixo.

Mas ali estava eu, tentando não chorar a todo custo na frente do Green por causa de uma bobagem dessas.

Ele veio na minha direção e segurou uma das minhas mãos levemente.

— Deixa eu ver – pediu.

— Não acabou de ouvir o que eu disse? – minha pergunta saiu ligeiramente irritada. – E você é a última pessoa no mundo que eu quero que veja.

— Ah, fala sério, Blue! – exclamou ele, colocando uma das mãos em meu ombro e me empurrou levemente, fazendo eu me sentar novamente na cama. Ajoelhou-se lentamente diante de mim, sem desviar seus olhos dos meus.

— Deixa eu ver, vai – pediu novamente. – Tenho certeza que não é nada de mais.

— Você não vai ver nada! – bradei. Eu estava prestes a chutá-lo, até senti-lo segurar firme na minha perna esquerda. Gemi com a momentânea dor.

— Cuidado! – exclamei. – Ainda está doendo.

— Foi mal – desculpou-se começando a levantar a barra da minha calça. 

Eu queria xingá-lo, mas sentir as mãos dele deslizando o tecido jeans pela minha perna fazia com que eu sentisse um arrepio gostoso. Ele elevou a barra da calça até o meu joelho e virou a minha perna levemente, seus intensos olhos verdes fitando atentamente minha cicatriz.

Green passou a ponta dos dedos levemente sobre a grande marca em minha perna. Suspirei sob o seu toque suave, e aos poucos minhas bochechas começaram a ficar coradas ao prencia-lo acariciando minha perna ajoelhado diante de mim.

— Eu disse que não é nada demais – falou suavemente. – Ainda vai cicatrizar mais, isso não é nada, Blue, você continua linda.

— Eu sei, mas… – me calei, porque não queria repetir a mesma coisa.

— Tudo bem se você quiser cobrir até melhorar, mas não vai poder cobrir para sempre – falou se levantando. – O problema não é a calça. Você pode usar até uma burca, eu não me importo, desde que você não esteja fazendo isso enquanto se sente mal, para esconder uma imperfeição em você que nem existe. Ok?

— Tá… – respondi ainda meio pra baixo. 

— Hey, você é linda – falou ele se inclinando e apoiando as duas mãos na cama olhando bem no fundo dos meus olhos. Antes que eu pudesse retrucar, ele tomou meus lábios, eu o beijei de volta levando minhas mãos para trás da sua cabeça, e assim nós ficamos por um tempo, o Carvalho beijava tão bem…

— Agora vamos, antes que o Red tenha um ataque – disse ele, rompendo o beijo e estendo sua mão para mim.

Eu segurei na mão de Green e ele me ajudou a levantar, saímos do quarto de mãos dadas até a recepção.

< Por Yellow >

Vermilion era para mim uma das cidades mais lindas de toda Kanto. Eu, uma garota da floresta que praticamente nunca havia saído de Viridian, ficava encantada com o imensidão do mar que cercava-a, com as pessoas usando roupas de verão que caminhavam pelas ruas estreitas aos sorrisos, com a tonalidade alaranjada que tomava conta da cidade conforme o sol se punha no horizonte, com o cheiro do mar, mas principalmente com a imponência dos imensos navios cargueiros e turísticos que aportavam em seu porto.

Red nos guiou até um dos diversos deques de pesca que haviam a beira mar. Caminhamos os quatro pelas tábuas de madeira suspensas até o final, a água do mar abaixo de nossos pés, sendo visível pelas frestas entre as tábuas.

Nos sentamos no final do deque, nossas pernas pendendo para fora com nossos joelhos apontando para a direção do mar. O sol estava prestes a se pôr, pintando o céu e as nuvens com um lindo tom alaranjado, que fazia tudo parecer uma pintura divina, uma obra de arte feita por Arceus.

Eu soltei meu Seadra, Blue seu Wartortle e Red seu Poliwrath para que eles pudessem nadar um pouco, logo os três começaram a brincar diante de nós, nadando pelo mar.

Meu namorado passou um dos seus braços ao redor do meu pescoço e pegou um fardo de latinhas de refrigerante que havia comprado, estendendo uma para cada um de nós. Abrimos as bebidas e começamos a beber em silêncio, apenas admirando a beleza que estava disposta diante de nós, encarando nossos Pokémons e rindo de suas palhaçadas.

Era tão bom poder me sentir viva, como se nós estivéssemos voltando a ser apenas adolescentes que não tinham mais preocupações, além de sentar com os amigos para ver o pôr do sol e tomar refrigerante, esquecendo por um segundo a sombra da Equipe Rocket que pairava constantemente acima de nossas cabeças.

— Sabe, muito provavelmente a Joy vai me dar alta amanhã de manhã. Nós poderemos prosseguir com a jornada – explicou Blue, entre uma golada de refrigerante e outra.

— Sério? – indagou Red animado. – Isso é ótimo!

— É mesmo – concordou Green. – Passamos tempo demais em Vermilion, precisamos nos colocar em movimento o quanto antes. Vamos para Saffron e depois que todos nós ganharmos a insígnia da Sabrina, iremos voltar aqui e pegar o S.S. Anne para a Ilha Cinnabar – completou o Carvalho, bem na hora que um dos navios de carga começava a partir do porto, sinalizando sua partida com a estrondosa buzina, fazendo todo o meu corpo ressoar junto.

— Queria dizer algo a vocês… – começou Red, chamando nossa atenção. – Sabe, desde que saímos da Silph, eu tenho andando um pouco paranoico. Cheguei a pensar que continuar indo atrás da ER era burrice, que tínhamos tido sorte de sairmos vivos, mas quer saber? Quando eu lembro daquele infeliz eu só sinto raiva. O que a gente passou ninguém da nossa idade deveria passar, o que nós vimos ninguém deveria ver, o que ele fez com a gente, com aquelas pessoas… é hediondo, nojento, covarde… E foi aí que eu me dei conta de que temos que continuar atrás deles, até estarem acabados, se não foi tudo em vão, Surge, os funcionários da Silph...

— Fomos marcados – disse Blue, tocando levemente sua panturrilha. – Fisicamente e… simbolicamente. É pessoal. Mesmo se vocês não concordassem em continuar, depois de tudo, eu iria sozinha. Eu vou descobrir o que aconteceu com meu pai, nem que eu tenha que ir até o fim do mundo pra isso e se tem alguém que pode me dizer é aquele cara. Tenho certeza que em Cinnabar vamos encontrar pistas que nos guiem até eles – Blue fitava o horizonte, o laranja do pôr do sol refletindo em seus decididos olhos, que pareciam estar em chamas.

— Koga veio falar comigo e com a Blue no funeral do Surge, pediu para que deixássemos tudo com os líderes de ginásio e com as autoridades, pois não queria que corressemos mais riscos, nos fez prometer que focaríamos só em nossa jornada. Mas como nós faríamos isso? Saindo por aí fingindo que não aconteceu nada? Que foi tudo um surto coletivo? Como se não fossemos mais alvo, como se eles fossem só fingir demência e esquecer que a gente existe? Não dá. Todos nós saímos de casa com um objetivo: coletar as oito insígnias de ginásio e participar da Liga Pokémon, e claro que ainda estamos nessa, mas sinceramente? A liga não é nada perto desses caras. Agora temos um objetivo mil vezes maior que isso, claro que eu quero participar da liga e ganhar, mas não sem antes derrotarmos os desgraçados. Mas precisamos entender uma coisa, que se dermos continuidade, estamos constantemente correndo risco de vida, não é brincadeira e acho que temos que aceitar esse fato porque não podemos fraquejar da próxima vez, nada de caras assustadas e semblante de quem não faz a menor ideia do que fazer. Temos que responder na mesma medida, os líderes de ginásio podem não conseguir chegar a tempo de nos salvar da próxima vez… Eu estou super dentro, até porque vocês se matariam sem mim.

— Sempre convencido de mais, Carvalho – ri, lhe dando um empurrão. – Por que estão olhando assim pra mim? – indaguei quando eles começaram e me encarar. – Estou mais dentro impossível! Eu sinto uma energia incrível no nosso grupo, podemos contar com Cris e Ingro, e até com a Brenda e a chata da Rebecca se precisarmos. Mas não sei… Sinto que é como se nós pudéssemos vencer qualquer coisa juntos. 

— Fala sério! A gente invadindo a Silph? Só ficaria melhor com a música do Missão Impossível de fundo – o comentário de Red nos fez rir. – Mas então é isso. Agora é até o fim.

— Até o fim – concordei. – Tudo ou nada.

— Até o fim – Blue estendeu sua lata de refrigerante para nós, eu e o Red a tocamos com as nossas.

— Até o fim – suspirou Carvalho, estendendo sua lata também e assim brindamos, naquela bonita tarde, ao pôr do sol, concordamos que derrotaríamos a Equipe Rocket, ou morreríamos tentando. 


Notas Finais


LINK DO SPIN OFF EROTICO: https://www.spiritfanfiction.com/historia/dotes-22980484

QUEM DEVE BATALHAR COM SABRINA?
GREEN: 3 VOTOS
RED: 4 VOTOS
VAMOS, PODE VOTAR NOS COMENTÁRIOS (Quem já voltou no capítulo passado não vale votar de novo). MAS QUEM AINDA NÃO SE MANIFESTOU AINDA DA TEMPO GENTE BORA.

O que eu queria tratar com vocês, é que eu estava muito afim de trabalhar o dojo em Saffron, fazer sei lá uma mini competição só de Pokémons lutadores, só alguns personagens participariam e o prêmio? Eu iria pensar, mas isso seria antes do ginásio - prometo gastar apenas um capítulo ou no maximo dois - e queria saber o que vocês acham dessa ideia? Todo mundo que tem um Pokémon lutador estaria presente, seria algo só com golpes fisicos, mas não quero parecer que estou enrolando, mas não quero deixar de explorar nada kkkkkkkkkkkk to em dúvida, então ouvir vocês seria uma boa.

Opinem sobre isso e votem nos comentários, e claro comentem o que acharam do capítulo. O comentário de vocês é muito importante pra mim e faz toda a diferença, meus amores, principalmente quando vocês podem decidir o futuro da fanfic cara! Então bora!

Muito obrigada a todos que leram até aqui e até o próximo capítulo.


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