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História Pokémon Adventures: Rumo a Liga Pokémon de Kanto! - A Torre de Lavender


Escrita por: Valerei

Notas do Autor


Olá pessoal, voltei exatamente um mês depois kkkkkkk acho que a frequência da fic vai ser um cap por mês mesmo, pelo menos até eu entrar de férias.
A fic está crescendo muito <3 obrigada ao apoio, favoritos e comentários de vocês.
Não sei sobre a qualidade deste capitulo, leiam e me digam o que acharam kkkk
Boa leitura, espero que gostem <3

Capítulo 26 - A Torre de Lavender


Fanfic / Fanfiction Pokémon Adventures: Rumo a Liga Pokémon de Kanto! - A Torre de Lavender

< Por Green >

 Nós quatro estávamos dividindo um grande guarda-chuva preto que o senhor Yang emprestou para irmos até a torre, pois ainda chovia forte e parecia que não ia parar tão cedo. O bebê Cubone estava escondido dentro da blusa da Yellow, que caminhava ao meu lado. Ele colocava a cabeça pra fora vez ou outra para ver onde estávamos, parecendo ansioso e agitado, só se distraindo ao brincar com medalhão anti-fantasmas que Yang havia emprestado também e que Yellow trazia pendurado em seu pescoço.

Yang nos disse que o medalhão não iria nos ajudar muito quando estivéssemos em contato direto com o fantasma, pois quanto mais perto da torre mais forças o fantasma tinha. O medalhão só o afastava das casas pois estas já estavam longe.

Eu estava nervoso por não saber o que enfrentaríamos lá. Quando Yellow disse que tínhamos que levar Cubone até o topo da torre ninguém parecia que ia concordar com isso, mas acabamos discutindo o assunto e senhor Yang nos deu algumas instruções. Ele disse para passarmos o mais rápido possível por cada andar da torre, que contava no momento com seis andares, sendo que sempre que um deles ficava lotado de túmulos e urnas com cinzas, mais um era construído. Falou também para evitarmos ao máximo nos separar, a não ser que fosse extremamente necessário. Como Cubone só confiava na Yellow era certo de que ao menos ela precisaria chegar ao topo da torre com ele.

— Eu estava pensando... – começou a dizer Blue que estava bem colada atrás de mim, por conta do pouco espaço que havia no guarda-chuva. Confesso que essa aproximação dela estava me deixando um tanto agitado, principalmente por causa da nossa briga, não tínhamos feito as pazes ainda. Não sei se deveríamos deixar pra lá e fingir que estava tudo bem. – Senhor Yang disse que os membros que viu da Equipe Rocket usavam roupas brancas e o membro que vimos perto de Cerulean também. Por que só Alex e a Amy usam roupas pretas?

— Ah... – começou Red, que vinha atrás de Yellow. – Vai ver eles tem um cargo na equipe que os diferencia dos outros, como se fossem os líderes ou algo assim.

— Faz sentido – respondi. – Mas ainda acho que deve ter alguém acima deles. O verdadeiro líder de algo tão grande nunca revelaria sua identidade. Acho que Alex e Amy são quem controlam as missões e os outros membros obedecendo ordens do verdadeiro chefe, passando tudo para ele depois – Red concordou com um aceno de cabeça.

Não demorou muito para chegarmos a tal torre. Ela era construída de pedra cinza escura, parecia imponente com seus seis andares. Levantei a cabeça para olhar o topo, afastando um pouco o guarda chuva que eu segurava, as gotas de chuva castigaram o meu rosto. Só o vislumbre da parte de fora da torre já era de arrepiar. Havia uma escada de pedra que levava à entrada que não tinha porta, era apenas um enorme buraco na parede em formato de um arco. No lugar havia avisos de “perigo” “não entre” “afaste-se” e uma faixa amarela cercava a entrada. Nós quatro ficamos parados encarando a torre, ninguém parecia ter coragem de ser o primeiro a entrar.

— Vamos – falei e comecei a subir a escada de pedra. Como eu que estava levando o guarda-chuva, eles não tiveram escolha a não ser me seguir. Acima da porta havia um pequeno teto de pedra, que fez com que a chuva parasse, fechei o guarda-chuva e o coloquei encostado na parede da entrada, me agachei para passar por baixo da faixa amarela e entrei, com eles bem atrás de mim.

Lá dentro era frio e escuro, a não ser pela luz que entrava pelas pequenas janelas na rocha cinza. O térreo não tinha lápides, túmulos ou urnas, servindo como o que parecia ser a recepção do local. Havia um balcão bege ao canto esquerdo da entrada, com um computador e alguns materiais de escritório. Na parede ao fundo havia um mural com fotos e informações sobre os Pokémons que descansavam ali, suas espécies, seus apelidos quando o tinham, quando foram enterrados e em que andar se encontraram, cada um com um número de série que servia como identificação.

Blue foi andando até o mural e começou a avaliá-lo, Red se dirigiu ao balcão juntamente com Yellow e Cubone em sua blusa, o som dos passos deles ecoando pela torre. Fiquei parado na porta, avaliando o local. Ele não tinha totalmente cara de abandonado ainda, como fora fechado apenas há cerca de um mês, uma fina camada de poeira cobria o chão e o balcão, mas fora isso, tudo parecia estar em seu devido lugar. Tentei acender a luz pelo interruptor que havia ao lado da entrada, mas nada aconteceu. A energia do lugar devia ter sido cortada.

— Não podemos nos demorar muito aqui, precisamos passar pelos seis andares rápido, se lembram? – comecei a andar até a escada de pedra que ficava no meio da parede esquerda. Eles começaram a subir atrás de mim, não estávamos correndo, acho que nenhum de nós queria fazer barulho, a escada fazia uma curva se direcionando para o primeiro andar.

< Por Blue >

 Estávamos subindo a escada de pedra em caracol, que dava para o primeiro andar. Green ia à frente, Red atrás dele seguido por Yellow e Cubone, e eu era a última da fila. No primeiro andar era onde começavam os túmulos e as urnas, mas estava tão escuro que não dava para ver nada, aqui as janelas estavam fechadas.

— Vamos usar os Pikachus para iluminar o lugar – falou Red para Yellow.

— Não – Green interveio, antes que ela pudesse responder. – Chegamos até aqui sem problemas, acho que o fantasma não notou nossa presença ainda. Não vamos querer chamar a atenção dele iluminando o andar todo.

— E como vamos ver por onde vamos? – perguntou Red emburrado.

— Assim – falou Green tirando uma Pokébola do bolso da calça. – Charmeleon, saia.

Chaaar – o lagarto de fogo surgiu de sua Pokébola, iluminando ao nosso redor com sua cauda em chamas.

— Vá na frente e ilumine o caminho – disse Green. Charmeleon não iluminava o lugar todo como os Pikachus, mas era suficiente para vermos ao nosso redor e não esbarrar em nada.

Havia duas fileiras de túmulos de diferentes tamanhos no andar, cada uma encostada em uma parede. Os Pokémons não podiam ser enterrados, pois aqui era um prédio e isso seria impossível, então eram construído caixões de pedra para que os corpos fossem colocados. As urnas ficavam em prateleiras que ocupavam as paredes da esquerda e da direita. Havia lugares para se depositar flores na frente das urnas e dos caixões, bem como diversos lugares para se por velas, porém apenas flores mortas e cera seca das velas já derretidas jaziam ali agora, o lugar parecia sombrio e triste, ainda mais com a baixa iluminação que a cauda de Charmeleon proporcionava.

Começamos a caminhar pelo longo corredor que se abria entre as fileiras de túmulos, indo em direção à próxima escada, todos estávamos em silêncio absoluto. Nossos passos ecoavam mais ainda que no térreo, conforme caminhávamos. Era inevitável acabar lendo as placas dos túmulos e as dedicatórias que foram feitas aos Pokémons que ali descansavam. Aquilo me fez pensar em meus próprios Pokémons... será que eles iam ficar comigo até o fim? E se ficassem, um dia eu viria aqui enterrar cada um deles? Meu coração pesou, pensando em Wartortle, Pidgeotto, Nidorina e Oddish. Decidi tentar tirar isso da cabeça, afinal, isso aconteceria só daqui a longos anos.

O lugar estava silencioso demais para o meu gosto, onde estava o tal fantasma? As coisas voando e se quebrando? Comecei a me perguntar se o que senhor Yang tinha dito era verdade, pois não vimos nada de fantasma desde que tínhamos chegado aqui. Green prosseguia na frente da fila com seu Charmeleon, me distraí olhando as placas dos túmulos novamente enquanto andava e acabei trombando com Yellow que tinha parado subitamente.

— O que foi? – perguntei, olhando por cima do ombro dela. Green e Charmeleon eram quem haviam parado, fazendo com que todos nós trombássemos uns nos no outros.

— Cara, o que foi? – perguntou Red que estava atrás de Green. – Por que você parou? – mas Green não respondeu. – Hey, tá ouvindo? – Red colocou sua mão no ombro de Green o fazendo virar e olhar para si. Tive que cobrir minha boca com ambas as mãos para abafar o meu grito.

As a íris e as pupilas tinham sumido de seus olhos, assim como dos olhos de Charmeleon. Tudo que restava eram os olhos brancos, vazios e sinistros. Red se afastou assustado a passos largos, juntamente com Yellow, Cubone havia se escondido totalmente dentro da blusa dela. Eu mal conseguia me mexer.

— Gre-Gre-Green, o que foi? – gaguejei.

— Charmelon, Fúria do Dragão – ordenou Green, e Charmeleon obedeceu sem pestanejar carregando seu ataque e o lançando contra nós.

Senti Red agarrar o meu braço com força, fazendo com que eu me mexesse, ele me puxou para de trás de um dos túmulos, Yellow correu para trás de outro túmulo do outro lado do corredor. O ataque de Charmeleon explodiu em uma das lápides.

— GREEN, O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? – gritou Red em plenos pulmões. Green se limitou a dar uma risada sinistra e continuar a atacar os túmulos com Charmeleon.

— Não é o Green – falei para Red assustada. – O fantasma... o fantasma pode possuir pessoas. Deve ter se apossado do corpo de Green e de Charmeleon.

— Então eu vou pará-lo – Red tirou uma Pokébola do bolso e a segurou firme nas mãos.

— Não – falei. – Eu faço isso, você e Yellow prossigam para o segundo andar.

— O quê? E deixar você aqui sozinha? Nunca – teimou Red.

— PAREM DE SE ESCONDER! – gritou Green possuído, enquanto fazia Charmeleon explodir os túmulos com seus ataques. Ele não conseguia enxergar onde estávamos por conta da escuridão.

— Não seja teimoso – bradei. – Wartortle é o melhor Pokémon para lutar contra o Charmeleon e você sabe disso. Yellow precisa chegar ao último andar com aquele Cubone, é o único jeito de parar isso e trazer Green de volta – engoli em seco, pensando se Green conseguiria voltar ao normal depois de ter sido possuído por um fantasma. – E você precisa ajudá-la a prosseguir, não temos tempo a perder. Eu seguro ele, pode deixar – disse decidida.

— Mas Blue... – começou Red. Tirei a Pokébola de Wartortle da minha saia.

— No três chame seu Pikachu e peça para ele iluminar o local, corra até Yellow e vão juntos até as escadas. Eu dou cobertura.

Ele me se limitou a me encarar, como se estivesse com receio de me deixar ali.

— Um, dois... TRÊS, WARTORTLE, EU ESCOLHO VOCÊ! – gritei, lançando a Pokébola no ar. Red na mesma hora chamou seu Pikachu e pediu para que ele iluminasse o andar, clareando todo o local. Ele se pôs a correr com seu Pikachu no ombro, Charmeleon possuído direcionou seu ataque em direção a ele na mesma hora. – WARTORTLE, ATAQUE DE BOLHAS! – a tartaruga lançou um poderoso jato de bolhas no lagarto de fogo, parando seu ataque bem a tempo, permitindo a Red chegar até Yellow que permanecia agachada atrás de um dos túmulos. Ele falou o plano para ela o mais rápido possível, ela assentiu e eles correram em direção à escada.

— Não deixem que eles prossigam! – disse Green entre os dentes. Charmeleon começou a carregar mais um Fúria do Dragão.

— ARMA D’ÁGUA! – gritei e Wartortle atingiu o lagarto de fogo, parando seu ataque. Red e Yellow conseguiram chegar à escada e prosseguiram para o próximo andar, o lugar voltou a ficar escuro com a partida de Pikachu de Red, só a cauda de Charmelon dava um pouco de luminosidade ao local. – Sua briga é comigo! – falei olhando para Green. Podia ser o corpo dele, a voz dele e seu Charmeleon, mas não era ELE de verdade. Será que o verdadeiro Green estaria ainda ali dentro? Ou será que... meu coração apertou só de pensar nisso, mas eu precisava me manter firme agora, por Red e Yellow, por Cubone, Sr. Yang e o resto da cidade.

— Esqueça o Pokémon, mate a garota! – disse Green para Charmeleon, que veio correndo em minha direção atacando com o Brasas. Corri para trás de um dos túmulos novamente, evitando as chamas. Wartortle me acompanhou. Estava complicado de enxergar algo ali. – HAHAHAHA, está com medo, Blue? – engoli em seco ao o ouvir falando meu nome. – Você sempre teve medo, o tempo todo você tem medo. Você ainda é aquela garotinha covarde que tinha medo de Rattatas, disse que fez terapia, disse que superou seus medos, mas você sentiu medo desde que colocou seu pé para fora de casa. Você é fraca, esse mundo não foi feito para você – comecei a sentir as lágrimas em meus olhos, ouvir aquilo na voz de Green machucava. Aquela coisa devia ter acesso a todas as memórias e conhecimentos dele sobre mim e iria usar isso para me afetar, mas eu não iria deixar isso acontecer. – Seu pai teria vergonha se pudesse te conhecer, vergonha da filha medrosa que teve.

Trinquei os dentes e fechei minha mão em punho com toda força, até minhas unhas compridas penetrarem na minha pele, tamanha a raiva que senti ao ouvi-lo dizer aquilo. Levantei-me subitamente de trás do túmulo, e me coloquei no meio do corredor, frente a frente com ele, encarando seu rosto sinistro iluminado pelas chamas da cauda de Charmeleon. Wartortle me seguindo de perto.

— Nunca mais fale do meu pai novamente – falei entre dentes. – ARMA D´ ÁGUA! – o jato foi certeiro em Charmeleon, fazendo com que ele fosse arrastado para trás. – É normal sentir medo, mas é preciso ser corajoso para admitir que teme algo e se levantar para enfrentá-lo, como eu fiz, como tenho feito esse tempo todo. Nunca mais fale de mim, você não sabe nada sobre mim. Vou te mostrar quem está com medo! MORDIDA! – Wartortle correu até Charmeleon que não teve tempo de reagir, pois ainda estava se recuperando do ataque anterior, abocanhou a cauda dele e o lançou contra a parede. – BOLHAS! – ordenei antes que Charmeleon pudesse se recompor, o jato de bolhas o enfraqueceu ainda mais. – FINALIZE COM A SUA MELHOR INVESTIDA! – a tartaruga correu até o seu oponente e o lançou novamente contra a parede. Aquilo fora demais para Charmeleon, e ele desmaiou.

Eu estampava um sorriso no rosto quando voltei meu olhar para Green, mas meu sorriso morreu e deu lugar a um olhar de horror, ao vê-lo segurando uma faca, daquelas pequenas que trazíamos na bolsa para cortar frutas, bem em cima de seu pescoço.

— O que... o que pensa que está fazendo? – perguntei horrorizada. Aqueles olhos brancos me encarando com um sorriso sinistro no rosto.

— Cansei de brincar com você, além do mais preciso focar minha energia nos seus amigos que já passaram do segundo andar e estão indo para o terceiro. Como meu golpe final, vou dar fim à vida de seu amigo. Não vai fazer a menor falta, afinal de contas, vocês humanos são uma raça desprezível. Só estou retribuindo o favor, foram vocês que me mataram.

 — Pare! Green não teve nada haver com sua morte... a Equipe Rocket... foram eles... Seu bebê Cubone, ele sobreviveu, meus amigos estão levando ele para o último andar, para que você possa vê-lo e...

— É MENTIRA! – gritou Green. – TUDO MENTIRA!

— Por favor, não faça isso... – falei me aproximando.

— Um movimento e mato ele de uma vez – ameaçou, afundando a faca em sua garganta. – Vai ser muito difícil pra você vê-lo partir sem vocês terem feito as pazes... é uma pena... o garoto realmente gosta muito de você... – antes que Green pudesse continuar a falar, fora atingido no rosto por um poderoso jato d’água. Por ter voltado toda sua atenção para mim acabou esquecendo-se de Wartortle, o jato foi tão forte que fez ele se desequilibrar e cair, batendo a cabeça em um dos túmulos e desmaiando.

Corri até o corpo de Green, me ajoelhando ao seu lado. Um corte enorme em sua testa sangrava, o sangue escorria pelo seu rosto e manchava sua camiseta. Chequei a respiração dele e parecia estar respirando normalmente.

— Wartortle, veja se Charmeleon está bem – pedi num sussurro, a tartaruga foi até o Pokémon desmaiado e se debruçou sobre ele.

Wartortle Waaaar – respondeu positivamente.

Fiz um curativo no corte de Green com um kit de primeiros socorros que tinha pegado no CP, antes de entramos no Túnel de Pedra, pois achei que precisaríamos... e eu estava certa. Coloquei a cabeça de Green sobre o meu colo e torci para que Red e Yellow já estivessem se aproximando do topo da torre.

< Por Red >

 Yellow e eu havíamos passado do segundo andar sem problema algum, estávamos começando a subir as escadas para o terceiro, não sabia se isso era uma coisa boa para nós, ou significava algo ruim para Blue, que havia ficado no primeiro andar para segurar o Green. Tentei não pensar nela, o principal era levar Cubone até o topo. Ele ficava cada vez mais inquieto dentro da blusa de Yellow, conforme nos aproximávamos de nosso destino. Pikachu vinha no meu ombro para iluminar o local, como o fantasma já tinha notado nossa presença mesmo, não teria problemas.

O terceiro andar era igual aos dois últimos, mas senti algo de diferente no meu corpo ao adentrar nele, parecia que a temperatura tinha caído... isso não devia ser boa coisa. Começamos a caminhar lado a lado pelo corredor, colados um no outro. Nossa respiração saindo de nossas bocas como nuvens de fumaça.

— Está ouvindo isso? – perguntou Yellow, parando no meio do corredor.

No começo não ouvi nada, mas depois sons abafados começaram a sair de dentro dos túmulos. Parecia que algo estava arranhando o interior da tampa, tentando sair. Não demorou muito e o som abafado se tornou uma verdadeira sinfonia de arranhões. Eu estava totalmente arrepiado, quando as tampas de concreto começaram a ser arrastadas e de lá saíram os Pokémons mortos. Todos os tipos de Pokémon, alguns com seus corpos ainda intactos, outros em decomposição e alguns os ossos já começavam a aparecer. Eles pareciam zumbis saindo de seus caixões, vindo em direção a nós com os braços estendidos. Seus corpos eram tomados por uma aura roxa e então eu me dei conta de que eles estavam sendo controlados.

— Essa é a coisa mais sinistra que eu já vi em toda minha vida – falei, engolindo em seco.

— O que faremos? – perguntou Yellow, estávamos de costas um para o outro, olhando os zumbis se aproximar. Cubone havia voltado a se esconder dentro da blusa dela.

— Lutar, é claro – falei, lançando a Pokébola de meu Poliwag no chão. – Use o Arma D’ Água para deter os zumbis e Pikachu Choque do Trovão – eles começaram a atacar. Os corpos mais frágeis se desmanchavam com os ataques, alguns perdiam pedaços e outros acabavam caindo no chão.

Já estava esboçando um sorriso de vitória, quando a aura roxa voltou a tomar conta dos corpos destruídos e juntou os pedaços novamente, fazendo com que os zumbis “voltassem à vida”.

— Mas o quê? – eu estava sem chão.

— Mas é claro, eles já estão mortos. Não tem nada que possamos fazer para detê-los – disse Yellow receosa, as criaturas já começavam a nos cercar.

— Talvez não possamos vencê-los, mas eu posso segurá-los e você prossegue.

— O quê? Não vou te deixar sozinho aqui – retrucou.

— É só um bando de mortos vivos, eles se desmancham com os ataques e demoram alguns segundos para se recompor. Eu posso com eles. O único jeito de pará-los deve ser chegando ao topo da torre. Tudo depende de você Yellow – meus Pokémons continuavam a atacar sem parar. Ela me encarou de volta e assentiu.

Abri caminho para ela em direção à escada, atacando os zumbis. Ela correu o mais rápido que pôde e começou a subir o próximo lance sem olhar para trás. Boa sorte Yellow, você consegue.


Notas Finais


Será que Yellow conseguirá chegar ao topo da torre sozinha? Poderá ela deter a fúria do fantasma?
Só no próximo capitulo.
Não esqueçam de comentar o que acharam pessoal, opiniões, criticas, expectativas são muito bem vindas. Muito obrigada por lerem até aqui, e até o próximo cap <3


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