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História Pokémon Adventures: Rumo a Liga Pokémon de Kanto! - O sequestro dos filhotes de Eevee


Escrita por: Valerei

Notas do Autor


Olá pessoal, voltei <3
Esse capitulo ficou grande, por causa da batalha, Tive dificuldade em descrever a batalha tripla, não se sei se ficou legal, acho que eu esperava sair melhor... bom, mas eu espero que vocês gostem.
Boa leitura.

Capítulo 29 - O sequestro dos filhotes de Eevee


Fanfic / Fanfiction Pokémon Adventures: Rumo a Liga Pokémon de Kanto! - O sequestro dos filhotes de Eevee

< Por Red >

 Demorou quase uma hora para passarmos pela rota que levava até a entrada do túnel subterrâneo, atravessá-lo e chegar à rota que levava de fato a Celadon. Enquanto caminhávamos pela rota que tinha um gramado verde e flores de todas as cores espalhadas por sua extensão, era possível ver a imensa cidade de Celadon logo à frente. E eu digo imensa, pois Celadon era uma das poucas cidades de Kanto, juntamente com Saffron, que já podiam ser consideradas uma metrópole, ou verdadeiras cidades grandes. Ela tinha suas ruas largas asfaltadas, onde circulavam carros, contava com diversas casas muito chiques, apartamentos enormes, um shopping, a escola de treinadores com a mensalidade mais cara do continente e até mesmo um cassino, além de contar é claro com o próximo ginásio que era o nosso destino.

Minha mãe sempre dizia o quanto ela queria abrir seu consultório em Celadon, mas a cidade era a que tinha o custo de vida mais alto em todo continente, o aluguel de qualquer casa aqui era um absurdo. Comprar um terreno então? Impossível. Então ela teve que se contentar com um pequeno consultório em Viridian, ao qual ela dividia com uma colega que se formou com ela na faculdade, para poderem dar conta do aluguel. Ela era psicóloga e atendia seus pacientes lá.

Era possível perceber o nível econômico das pessoas que moravam aqui, logo quando você entrava na cidade, a grama era substituída por asfalto e na calçada havia casas imensas, com grandes jardins de frente, algumas até com fontes. Verdadeiras mansões.

Blue e Green andavam ao meu lado na calçada larga o suficiente para caber nós três, quando paramos de frente a uma das casas mais lindas daquela rua em que estávamos, e começamos a contemplar o lugar.

A casa era larga e branca, tinha dois andares e parecia se estender muito até os fundos. O jardim da frente era de tirar o fôlego, completamente cheio de flores, uma grama bem aparada e árvores e arbustos muito bem cuidados. O jardim era cortado no meio por um caminho de tijolinhos amarelos que levava até a entrada grandiosa, e havia duas mini fontes de cada lado. Nós três ficamos maravilhados com o lugar, sendo aquele o tipo de vida que nunca íamos ter. Aquilo era praticamente outro mundo comparado com as nossas pequenas casas na pacata Pallet.

Só estranhei que o portãozinho da pequena cerca de ferro preta, que ficava em volta do jardim estava aberto e a porta de entrada escancarada, e não tinha ninguém no jardim ou na calçada. Quer dizer... você não deixava uma casa luxuosa dessa com acesso para qualquer um que estivesse passando rua entrar e sair quando bem entendesse. Aquilo era esquisito.

— Vamos rápido, vocês dois! – gritou um homem da porta da casa, ele estava de costas para nós e falava com alguém que estava lá dentro. Carregava um saco nos ombros e o conteúdo do saco parecia se mexer. E então ele se virou e para o meu espanto ele trazia estampado em seu uniforme branco um imenso R vermelho.

< Por Blue >

 Aquele cara... eu conhecia aquele cara de algum lugar... Mas é claro! Foi ele quem surgiu de repente avisando Alex e Amy de que a polícia estava vindo, quando Green e eu fomos atacados por eles na rota que ligava Cerulean a Saffron. Ele tinha cabelos pretos e lisos, com uma pele morena e olhos escuros. O que a Equipe Rocket estaria fazendo aqui? Mais um dos seus roubos? Trinquei os dentes, coisa boa não podia ser.

Aquele cara começou a correr pelo caminho de tijolinhos amarelos, vindo em direção ao portão que dava acesso ao jardim, em nossa direção para ser mais exata. E atrás dele vinham duas pessoas, um homem de cabelos azuis claros na altura do ombro e uma moça de cabelos rosa que iam até as suas coxas, ambos tinham a pele clara e cabelos lisos, trajavam o uniforme branco e traziam sacos nos ombros também, mas só o saco que vinha com o cara que corria na frente parecia se mexer incansavelmente, como se o conteúdo estivesse tentando sair.

— Hey, o que pensam que estão fazendo? – Green fora o primeiro a tomar uma atitude, entrando na frente deles, impedindo que passassem pelo portão.

— Sai da frente moleque! – gritou o cara que vinha na frente, e empurrou Green com toda a força, fazendo com que ele caísse de bunda no chão. Os outros apenas se limitaram a pular por cima dele, enquanto riam. Os três começaram a correr de volta pelo caminho que tínhamos vindo.

Estava prestes a dizer que precisávamos chamar a polícia para denunciar a invasão e o provável roubo, quando escutei uns gritos vindos de dentro da casa.

 — PELO AMOR DE ARCEUS! – gritava uma mulher gordinha, ela tinha cabelos curtinhos, encaracolados e ruivos que iam até seu ombro, sua pele era branca, vestia um vestido florido e por cima um avental de cozinha, usava sapatilhas simples. – ELES LEVARAM OS FILHOTES!

— Filhotes? – perguntei quando ela se aproximou de nós.

— Sim... os filhotes de Eev... – antes que ela pudesse concluir a sua fala, um Pokémon raposa, quadrúpede de cor azulada e com cauda de peixe, passou correndo por nós.

POOOOO VAPOOOREOOOON – gritava o Pokémon, que seguia na direção em que os bandidos tinham ido.

— VAPOREON! NÃO VÁ QUERIDA, PODE SER PERIGOSO – falou a mulher em desespero, enquanto gritava para o Pokémon que se afastava. – Por Arceus... o que vou fazer agora?

— Fique calma, moça – falou Red se colocando na frente dela. Ela parecia ter um pouco mais idade, eu chutaria uns quarenta anos.

— Como posso ficar calma? Eles levaram os filhotes de Eevee.

— Eevee? – perguntei.

— Sim... minha Vaporeon deu a luz a uma ninhada de três filhotes de Eevee a cerca de um mês. Os bandidos invadiram minha casa, levaram minhas jóias e outras coisas de valor, bem como os filhotes. Agora minha Vaporeon está correndo atrás de seus bebês em desespero e os bandidos vão acabar machucando a minha querida – ela começou a chorar escondendo as mãos no rosto. – Já chamei a polícia, mas temo que não cheguem a tempo – e então ela nos encarou com lágrimas nos olhos. – Vocês são treinadores?

— Bom... Sim – respondeu Green.

— Por favor, vão atrás dos bandidos e tentem atrasa-los ao menos! Se forem bons treinadores não vai ser difícil segurá-los.

— Bom... nós... – comecei a dizer com certo receio, lembrando do meu último encontro com a Equipe Rocket e como ele fora assustador.

Antes que pudéssemos concordar ou discordar, outro Pokémon raposa veio correndo até nós, parando bem de frente a moça. Este era amarelo e tinha um colar branco, seus pelos eram espetados para todos os lados, parecendo espinhos.

— Jolteon, acompanhem esses três treinadores e os ajude a enfrentar os bandidos. Proteja seus filhotes e a sua amada, Vaporeon! – bradou a mulher.

JOL – latiu a raposa e ele começou a farejar o ar e nos encarou, esperando que fôssemos atrás dele.

Encarei Red e Green por um tempo, Red assentiu em concordância e Green suspirou em rendimento. Jolteon começou a correr na frente, farejando os bandidos e nós três prosseguimos logo atrás. Ele era rápido, tivéssemos que nos esforçar muito para não perdê-lo de vista. Ele alcançou Vaporeon rapidamente e ambos se colocaram entre os bandidos e uma das entradas de Saffron.

Saffron tinha quatro entradas – uma ao norte, outra ao sul, leste e a oeste da cidade – e ambas tinham uma guarita, de modo que todos que entravam e saiam da cidade eram supervisionados. Isso eram apenas medidas de segurança, pois a cidade era importante por conter a sede de uma das maiores e mais importantes empresas conhecidas no mundo: A Silph Co. Ela fabrica diversos aparelhos tecnológicos, como as próprias Pokébolas, ferramentas, tecnologias diversas e até eletrodomésticos, por isso a cidade era vigiada 24 horas, pois vira e mexe, alguém tentava invadir a empresa tentando roubar os projetos. Mas, recentemente, a cidade foi fechada sem aviso prévio e as autoridades foram ver o que estava acontecendo. Depois de algum tempo, uma reportagem passou na TV, a qual eu assisti quando estava no CP de Cerulean, dizendo que a cidade fora fechada por causa de um projeto ultrassecreto que estava sendo desenvolvido na empresa, e para evitar vazamento de informações para fora da cidade, ela fora fechada nesse estilo: ninguém entra e ninguém sai, e ficaria fechada por tempo indeterminado. A própria polícia começou a ajudar na vigilância do local. Só que, se bem me lembro, quando Green e eu encontramos os Rockets ao sul de Cerulean, eles correram para Saffron para escapar da polícia, e agora estavam tentando entrar na cidade de novo. Por que eles tentariam entrar ali, sendo que a própria polícia guardava o local? Estranho...

— Parem aí, agora mesmo! – gritou Red, me tirando de meus pensamentos. Ele falava com os três Rockets que estava de costas para nós. Conseguimos alcançá-los, pois eles avançavam devagar por conta do peso que levavam. Vaporeon e Jolteon haviam bloqueado a passagem deles.

— Parece que estamos cercados – falou o Rocket de cabelo azul claro, olhando de nós três para as raposas que rosnavam para eles ferozmente, exibindo seus dentes afiados e se pondo em posição de ataque.

— Hey, vocês! – bradou Green. – Devolvam tudo o que roubaram agora mesmo! A polícia já está a caminho.

— Espera aí... – o cara de cabelos pretos, que Green e eu já tínhamos encontrado antes, estreitou os olhos para nós. – Eu conheço vocês... Sim... são aquelas crianças que Alex e Amy quase mataram na rota que ligava Cerulean a Saffron.

— Acha que podem nos dar ordens? – perguntou a moça do longo cabelo rosa. – Nós somos os vilões aqui.

— Além de levar o que roubamos, vamos levar vocês para Alex e Amy também, eles estão loucos atrás de vocês. Aposto que vamos ser promovidos por isso – disse o cara dos cabelos pretos. E então ele largou o saco que carregava no ombro no chão, foi possível ouvir um guinchado de dor vindo de lá de dentro, isso fez com que as raposas rosnassem ainda mais atrás deles. – Rosnem o quanto quiser, se nos atacarem por trás, eu piso nos seus filhotes até eles morrerem! – ameaçou, e depois puxou uma Pokébola do bolso da calça, coisa que os outros também fizeram, ao largarem os sacos no chão que tilintaram com o som do que deviam ser diversas jóias e utensílios de valor.

Olhei de Green para Red, estávamos decididos a tentar segurá-los ao máximo até a polícia chegar. Uma batalha de três contra três não parecia ser tão complicada assim, ainda mais que estávamos muito mais fortes do que antes e eles não pareciam tão ameaçadores quanto Alex e Amy. Deviam ser apenas membros comuns, e algo me dizia que nós dávamos conta.

Os três lançaram suas Pokébolas com um movimento em conjunto, revelando três Pokémons. Red, Green e eu apontamos nossas Pokédex para eles.

“Koffing, o Pokémon Gás Venenoso. Este Pokémon consegue soltar gases explosivos, pelas diversas crateras de seu corpo. O gás venenoso que leva dentro de si é mais leve que o ar, o que o mantém flutuando sempre, este gás é ainda mais tóxico em ambientes quentes.” – soou minha Pokédex quando apontei para o Pokémon do moço de cabelos azuis.

“Raticate, o Pokémon Ratazana. É a forma evoluída do Rattata quando este atinge o nível 20. Para assustar os adversários, ele posiciona-se de pé e mostra as presas de sua boca, sendo que essas presas são fortes o bastante para roer, até mesmo, uma parede de concreto.” – Green havia apontado sua Pokédex para o Pokémon do cara de cabelos pretos, que era um rato bem grande com pelo de cor marrom e bege, com uma cauda longa e presas enormes.

“Lickitung, o Pokémon Lambedor. Sua língua tem mais de dois metros de comprimento. Quando ele a estica por completo, sua cauda estica também. Acredita-se que língua e cauda estão de alguma forma conectadas.” – entoou a Pokédex de Red, quando ele apontou para o Pokémon da moça de cabelo rosa. Seu Pokémon tinha uma forma humanóide, mas era muito mais largo do que qualquer humano poderia ser, sua cor era rosa e ele tinha um língua enormes que pendia para fora da sua boca.

— Pidgeotto, vai! – lancei a Pokébola chamando meu Pokémon.

Green chamou seu Machop e Red seu Ivysaur.

— Vê se vocês dois não vão estragar tudo dessa vez – bradou o cara de cabelos pretos para os outros dois. – Vocês tem o pior rendimento da equipe e eu não vou deixar que estraguem uma missão que eu estou presente também.

— Cala a boca, Leon! – a mulher falou irritada para ele. – Não fale como se fosse o líder de alguma coisa, estamos no mesmo nível, esqueceu?

— É, mas eu fui mandando pra ser babá de vocês, pra ver se fazem algo direito em uma missão, pois vocês têm fracassado em todas as últimas que foram juntos. Têm sorte de Alex e Amy não terem dito nada para o chefe, pois estão ocupados, mas mais um fora e vocês serão demitidos. Então batalhem direito e não me atrapalhem! Se levarmos tudo isso... – ele gesticulou para os sacos. – Mais essas crianças para os gerentes, vamos ser promovidos.

— Pois saibam que vocês serão é presos! – disse Red.

— É o que veremos, moleque – falou o cara de cabelos azuis. – Gás Venenoso no pássaro, agora! – então o Koffing soltou uma nuvem de gás roxa pela boca, que estava vindo em direção a Pidgeotto.

— Não deixe a fumaça encostar em você, ela vai te envenenar! Use o Rajada para afastá-la e depois Tornado – falei para o Pokémon pássaro. Ele obedeceu fazendo uma forte ventania com suas asas que dissipou o ataque de Koffing, e depois formou um grande tornado que lançou contra o mesmo. O Tornado era um ataque do tipo Dragão que Pidgeotto tinha aprendido com os nossos treinamentos, era bem forte, tanto que pegou Koffing de jeito, que por ser muito leve, ficou rodando dentro do tornado até ficar tonto, além de sentir os efeitos do ataque. O cara de cabelo azul continuou gritando comandos para Koffing, mas este estava tonto demais para obedecer.

— Você é mesmo um perdedor, James! – bradou o tal de Leon. – Vou mostrar como é que se faz. Raticate, Mordida! – a ratazana se pôs a correr em direção ao pequeno Machop, que não teve muito tempo para reagir e foi mordido no braço. Green não pareceu nem um pouco preocupado em ter sido atacado, na verdade esboçava um sorriso.

— Vingança! – exclamou Green. Machop começou a brilha de vermelho e azul, como se estivesse reunindo forças, e descarregou tudo em Raticate com um golpe, a ratazana soltou seu braço e foi lançada a alguns metros pelo chão. – O Vingança tem muito mais efeito se usado logo após o Pokémon ter sido atacado, além de ser super efetivo em um tipo Normal como Raticate.

— Vocês se acham muito espertos, né? Bem que Alex e Amy falaram sobre vocês, bom... vamos lá! Lickitung use o lambida nesse sapo! – a moça gritou para seu Pokémon rosa que lançou sua língua em direção a Ivysaur.

— Não deixe a língua encostar em você, pode ficar paralisado! Agarre-a com o Chicote de Vinha – duas vinhas saíram por de trás do bulbo do sapo, foram rápidas e agarraram a língua de Lickitung antes que ele pudesse lambê-lo.

— Se acha esperto? – perguntou a moça há Red com um sorriso malvado no rosto. – Super Sônico.

— Liiiiickiiii – ondas sonoras saíram da boca aberta do Pokémon rosa, passando por sua língua e atingindo Ivysaur, que ficou confuso, mas mesmo assim não soltou a língua de Lickitung.

— Folha Navalha! – ordenou Red, mas o sapo estava confuso e não parecia ouvir.

— Machop, ajude Ivysaur! – Machop foi correndo até o Pokémon rosa, já que o Pokémon de Red estava incapacitado de atacar. O Pokémon de Green parecia pronto para acertar Lickitung bem na barriga com o Golpe de Karatê.

— Ah, não vai não! Hiper Presa – Leon ordenou a seu Raticate. A ratazana se pôs a correr atrás de Machop, apontando suas presas para ele, mas o ataque que tinha sofrido antes o tinha deixado bem debilitado e até lento, Machop foi mais rápido e acertou Lickitung na barriga, que recolheu sua língua de volta para dentro e colocou as mãos no lugar do golpe, sentindo bem o ataque.

— Raticate ainda está atrás de você! Evasiva e depois Lançamento Sísmico, agora! – ordenou Green. Machop evitou o ataque da ratazana e se colocou atrás dela, agarrando-a com os dois braços, fechando eles em círculo em torno dela. Suas pernas musculosas deram um poderoso impulso, que fez com que ele pulasse no ar, e dando uma cambalhota para trás, lançou Raticate no chão com tudo, que desmaiou logo em seguida. Parecia que dois ataques super efetivos tinham sido demais para ele. Machop podia ser pequeno, mas sua força era incrível.

— Koffing! Reaja! – bradava o tal de James para seu Pokémon, que ainda estava tonto por causa do Tornado de Pidgeotto. – Use o Lama! – Koffing se sacudiu e voltou a si. Soltou uma densa lama venenosa de sua boca, que simplesmente caiu no gramado e começou a borbulhar derretendo a grama. Pigeotto continuou voando, e até mesmo ele olhou para o Pokémon gás e seu treinador com cara de “ué”, eu não conseguir me segurar e acabei soltando uma risada. Eles definitivamente não chegavam nem aos pés do nível de Alex e Amy.

— VOCÊ É BURRO OU O QUÊ? – gritou Leon para James, dando um tapa na cabeça dele. – Lama é um ataque usado apenas para ferir Pokémons que ficam no chão. O Pidgeotto voa! Pelo amor de Arceus! – Leon recolheu seu Raticate desmaiado e parecia estar em fúria.

— Ao menos meu Pokémon ainda está de pé! – retrucou James, passando a mão onde Leon tinha dado o tapa.

— Não por muito tempo – dei um sorriso. – Pidgeotto, Ataque Rápido! – o pássaro avançou rapidamente e colidiu com o Koffing frente a frente.

— Auto Destruição – disse James.

— O quê? – perguntei pasma, vendo Koffing começar a brilhar intensamente e liberar de seu corpo uma poderosa explosão, que lançou ambos os Pokémons aos pés de seus respectivos treinadores. Pidgeotto jazia no chão desacordado e Koffing também.

— Viu? Consegui derrotar um dos Pokémons deles – falou James orgulhoso enquanto recolhia seu Koffing.

— É, mas do que adiantou se o seu Pokémon também desmaiou? – Leon parecia extremamente frustrado. Recolhi Pidgeotto e foquei minha atenção nos Pokémons que sobravam. Agora era Machop e Ivysaur, versus o Lickitung.

— Acaba com eles, Jessie – falou James, incentivando a garota.

Ivysaur ainda estava confuso e não obedecia as ordens de Red.

— Vamos aproveitar, Lickitung, use o Pisotear! – o imenso Pokémon rosa correu em direção a Ivysaur, preparando suas patas.

— Ah, não vai não! – bradou Green. – Machop, use o Chute Baixo e proteja Ivysaur! – Machop correu até Lickitung e passou uma rasteira nele com suas poderosas pernas. O imenso Pokémon rosa caiu de barriga para cima e parecia estar tendo extrema dificuldade para se levantar.

— Ivysaur, Queda de Corpo! – ordenou Red, percebendo que o sapo já tinha recobrado a consciência. Ivysaur correu até Lickitung que continuava tentando se levantar, saltou e soltou seu peso em cima do Pokémon, que sentiu bem ataque e ficou choramingando de dor. – Ele aguenta muita porrada mesmo, ein? Mas vamos resolver isso de uma vez... Pó do Sono – então Ivysaur saiu de cima do Pokémon e liberou um pó azulado de dentro de seu bulbo, que fez Lickitung cair em um sono profundo.

— Como você é inútil – Jessie disse para seu Pokémon enquanto o recolhia. Agora que eles estavam sem Pokémon algum, Vaporeon e Jolteon se colocaram entre nós e eles, rosnando. – Esqueça esses pirralhos malditos, vamos dar o fora daqui – e então eles pegaram os sacos, nos deram as costas e começaram a correr para Saffron.

Vaporeon e Jolteon foram quem tomaram uma atitude.

A raposa de água usou um poderoso Arma d’ Água que derrubou ambos os bandidos no chão, Jolteon começou a unir energias e descarregou um Choque do Trovão nos três, que por estarem molhados, surtiu o dobro do efeito. Jessie e James pareciam estar paralisados e não conseguiam se mover. Já Leon tentava se levantar para fugir. Os sacos jaziam novamente nos chão e um deles se mexia violentamente.

— Ivysaur, use Folha Navalha no saco para abri-lo – gritou Red, apontando para o saco que se movia. Ivysaur soltou apenas duas folhas de seu bulbo, que foram girando e passaram raspando e pelo saco, que fora aberto nas laterais, permitindo que de lá saíssem às coisas mais fofinhas que eu já tinha visto.

Eram duas raposinhas bem pequenas, tinham o pelo marrom escuro e um colar de pelos bege no pescoço, suas orelhas eram pontudas e seus olhos pequenos e escuros. As duas pareceram confusas ao sair, mas assim que avistaram Jolteon e Vaporeon, correram para o encalço de seus pais. O saco ainda se mexia, com uma terceira raposinha que estava tendo dificuldade de se soltar, ela era relativamente menor que os seus irmãos, conseguiu se libertar do saco e se pôs a correr de volta para sua família.

Antes que Eevee pudesse se afastar, Leon já havia se colocado de pé e pisou com tudo na pequena Eevee que soltou um grito de dor. Eu estava horrorizada com aquela cena, o pé dele cobria todo o corpinho da pequena Eevee, e ele parecia apertar ela mais e mais enquanto a raposinha se debatia de dor

— Ao menos um de vocês eu vou levar comigo! – deu um sorriso perverso.

Vaporeon tomou uma atitude, antes que qualquer um de nós pudesse ter alguma reação. Ela tomou impulso e foi correndo até Leon, parecia furiosa, pulou em cima dele o acertando no peito com suas patas dianteiras, o que fez com que ele se desequilibrasse e caísse deitado na grama com Vaporeon em cima dele, então ela cravou seus dentes em sua garganta e começou a rasgá-la mordida por mordida, enquanto rosnava.

A cena foi horrível de se ver. O sangue escorria, formando uma poça pelo gramado verde. Leon gritava desesperado, agonizando de dor, enquanto Vaporeon destroçava sua garganta sem parar. Ela não parou nem por um segundo sequer, até ele jazer no chão sem vida, pois já tinha sangrado demais. O sangue manchava sua roupa, e escorria cada vez mais pelo chão. Sua garganta fora aberta, de modo que não havia mais pele, só a carne vermelha viva, da qual faltava vários pedaços. Vaporeon saiu de cima dele e foi correndo até seu filhote menor, que ainda estava no chão e não conseguia andar.

Red correu até a raposinha e sua mãe, hesitando quando Vaporeon o olhou desconfiada, mas ela parecia saber que ele só estava tentando ajudar, assentiu com a cabeça, permitindo que ele pegasse o pequeno Eevee no colo.

Foi exatamente nessa hora que uma van da polícia rompeu da entrada da cidade, com sua sirene tocando alto. A policial Jenny desceu do veículo, juntamente com outros três policiais que saíram da parte de trás da van. Ela olhou a cena horrorizada, um homem morto e sangue para todos os lados, e Jessie e James caídos no chão, sem conseguir se mexer por conta da paralisia. Explicamos tudo para ela, então ela ordenou que os outros dois rockets fossem algemados e colocados na van para serem levados à delegacia, bem como ligou para alguém pedindo que viessem retirar o corpo e limpar o local.

— Eevee precisa ser levado às pressas para o Centro Pokémon – disse Red, que ainda carregava a pequena raposa no colo, que parecia não estar conseguindo mexer as patas traseiras.

— Eu vou levar os bandidos para a delegacia agora e vou passar lá em frente do CP, tenho uma vaga na van na frente, posso deixar você lá – falou Jenny. – Outro carro vai chegar em breve, para recolher o corpo – seus outros três homens pareciam que iam ficar na cena do crime, até o outro carro chegar. – Depois gostaria que vocês três fossem à delegacia para prestar depoimento, ok?

Nós assentimos para ela. Red olhou para Green e eu, meio que vendo se concordávamos com ele ir com Eevee ao CP.

— Pode ir – falei, olhando dele para o Green. – Nós vamos levar os outros Eevees, Jolteon e Vaporeon de volta para sua dona e explicamos o que aconteceu. Você pode ir pra lá depois com o Eevee. Ligue no meu Pokégear se precisar.

— Tudo bem – respondeu, começando a ir em direção da van azul e branca da polícia. Jenny já estava no banco do motorista, ligando o motor, Red abriu a porta do passageiro e antes de entrar, olhou para a família de raposas, que pareciam todas apreensivas com a pequena raposa ferida. – Vou cuidar bem dela, prometo.

Pooo – Vaporeon respondeu.

E então ele entrou na van e eles deram a partida, fazendo uma curva e indo em direção da cidade novamente.

— Bom... então vamos. Aquela moça deve estar muito preocupada com seus Pokémons –  Green se pois a andar de volta para a cidade.

— Não é melhor limparmos a Vaporeon primeiro? – perguntei, olhando para a raposa d’água que estava com a boca, os dentes, o focinho e boa parte do corpo cobertos de sangue. – Acho que ver seu Pokémon assim pode chocar qualquer treinador – Green concordou.

Então eu chamei Wartortle para fora e peguei uma toalha na minha mochila, pedi para ele usar pequenos jatos d’ água em Vaporeon, enquanto eu a esfregava com a toalha, a fim de remover o sangue. Vaporeon pareceu gostar de ser lavada. Não demorou muito para que as manchas vermelhas saíssem de sua pele azul. Então eu me pus de pé, guardando a toalha na mochila, não podia me esquecer de colocá-la para lavar quando pudesse. Green, eu, os dois Eevees, Vaporeon e Jolteon começamos a rumar de volta para a cidade de Celadon.


Notas Finais


Então foi isso pessoal.
Comentem o que acharam do capitulo, não se esqueçam, isso é muito importante;
Muito obrigada por lerem até aqui e até o próximo :3


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