A base secreta da guerrilha era grande suficiente para guardar armas, alimentos e ter dormitórios coletivos para os homens e mulheres.
— Olha só! Vamos lá, Pyro.
Sasha viu Jason ir na direção de alguns pokémons e pediu à sua mãe para ir também.
— Claro, querida.
Havia um grupo de dez pokémons chamados de Camerupt, que serviam como transporte de cargas e pessoas pelo deserto. Como Sahaarian era formada por 70% de puro deserto, os carros não conseguiam ir longe. Portanto, os guerrilheiros optaram pela criação desses animais.
Camerupt era uma criatura robusta, quadrúpede, com pelos vermelhos e nariz cinza. Possuía duas corcovas nas costas que eram pequenos vulcões (que podiam liberar lava orgânica a uma temperatura de até 1000 graus). Frequentemente dócil, por isso era a criatura necessária para os guerrilheiros.
Nome: Camerupt
Designação: Pokémon erupção
Número: 323
Tipo: Fogo/Terra
Sexo: Fêmea
Grupo de ovos: campo
Peso: 220 kg
Altura: 1,90 metro
Razão de gênero: 50% masculino e feminino
Estado: Ataque/Ataque Especial
O menino chegou perto de um Camerupt fêmea e passou a mão no focinho dela. O animal era dócil e aceitou o carinho.
— São pokémons de carga e transporte. São bem fortes e adaptados ao calor do deserto. Conseguem caminhar por locais em que os nossos jipes não passam — explicou um guerrilheiro.
— O que é isso nas costas deles? — perguntou Margot.
— Vulcões. Sim, eles possuem corcovas em forma de vulcões. Há um fluído quente em suas costas que se assemelha ao magma e é expelido quando o animal está estressado. Mas agora eles estão bem relaxados.
Pyro correu para um outro Camerupt e se enfiou debaixo dele. O guerrilheiro explicou que era uma outra fêmea. Nessa havia uma outra criatura. Era menor, amarela e estava mamando.
— Isso é um filhote de Camerupt? — perguntou Jason.
— Sim. É um Numel. Ele nasceu mês passado e o chamamos de Pipito.
Nome: Numel
Designação: Pokémon dormente
Número: 322
Tipo: Fogo/Terra
Sexo: Macho
Grupo de ovos: campo
Peso: 22 kg
Altura: 0,70 metro
Razão de gênero: 50% masculino e feminino
Estado: Ataque/Ataque Especial
Pyro começou a se comunicar com Numel. Este parou de mamar para dar atenção ao Charmander. E Jason achou uma interação bonita.
— Pode liberar os seus pokémons se quiser— disse o guerrilheiro.
— Eu posso?
— Claro.
Jason libertou Galvantula, Sylveon e Tyrantrum.
Sasha achou uma gracinha como Pipito mamava nas tetas da sua mãe Camerupt e ficou a olhar encantada sem dar atenção aos outros.
— Temos rações para Pokémons. Não se preocupe, pois é suficiente.
O guia pediu que os outros guerrilheiros pegassem sacos de ração para dar aos pokémons de Jason.
— Obrigado — agradeceu Jason. Ao mesmo tempo estava curioso com o que Guedara fazia no momento.
O piloto pousou no solo em segurança, mas teve o seu caça destruído pelos morteiros do exército revolucionário. Tentou fazer contato com a base militar, porém o seu comunicador no pulso havia danificado.
— Merda. Onde estou?
Ao redor havia apenas uma natureza quase árida. Ali era a divisa entre Mokuzai e Sahaarian.
Retirou as cordas do paraquedas e saiu caminhando para fora do território a fim de pedir ajuda ao governo de Woodland para uma extradição.
— Parado aí!!
— Mãos na cabeça!!
Cerca de cinco homens segurando fuzis apareceram e prenderam o piloto. Este apenas colocou as mãos na cabeça e se rendeu.
...
Base Militar Kaktus - Sahaarian City
O antigo palácio da família Ramsés fora transformado em quartel general das forças armadas do distrito (exército e aeronáutica). E quem administrava todos os militares da região era o infame Marechal Rosé.
Marechal Rosé era um homem de 40 anos que havia se tornado o defensor mais radical da atual dinastia política do distrito. Era o ministro da defesa e o responsável direto na guerra civil contra os guerrilheiros. Um homem robusto, de pele bronzeada e cabelos brancos. Usava um tapa-olho no olho esquerdo. Sempre vestia um uniforme militar com uma braçadeira rosa com o brasão da casa monárquica Sandstone (um pinheiro com duas espadas de cores verdes).
— Senhor! Com licença — disse um militar ao entrar no escritório do superior.
— Diga — Rosé estava sentado na poltrona preta enquanto analisava alguns papéis.
— Perdemos um dos pilotos.
Rosé foi até a sala de operações e aguardou as informações pelos monitores na parede. Havia dois pontos verdes nos radares, que eram as localizações dos dois caças restantes.
— Eles conseguiram abater um dos nossos melhores pilotos.
— Quero saber tudo acerca dessa localização, quem foi o piloto e o modelo da aeronave.
— Sim, senhor.
— Contate o Distrito de Alexandria. Alerte a força policial para uma possível movimentação de Ernest Guedara Ramsés.
— Sim!
...
A porta automática do bunker abriu. Os guerrilheiros levaram o piloto como prisioneiro até chegar perto do líder.
— Acharam o avião? — perguntou Guedara.
— Sim.
— Vai ser muito importante estudarmos as peças dele e a tecnologia daquela energúmeno do Rosé. Enfim, não vai tirar o capacete?
Mas o piloto continuou inerte, negando com a cabeça.
— Tire o capacete dele.
Um guerrilheiro tirou o objeto. Longos cabelos negros e lisos caíram sobre os ombros. O piloto era uma bela mulher. Uma mulher com os olhos verdes e lábios carnudos. Deixou os homens, inclusive Guedara, sem palavras.
— Levem-na para a cela...
...
Em algum lugar de Sahaarian...
Luiza estava sentada numa cadeira perto da janela quando o guarda abriu o recinto para um homem chamado Henry Candy passar.
— Precisamos conversar.
O homem vestia um belo terno vermelho listrado com babados de rendas nos punhos. Ostentava um ordinário bigode fino e cabelos pretos penteados para trás. Em seu ombro esquerdo estava um pokémon pássaro chamado Chatot.
— Não vai comer? Prefere fazer birra? Logo você que gosta de ser adulta. Não vai falar? Está com raiva só porque eu fui te pegar em Woodland?
— Não estou com fome — A barriga dela roncou.
— A sua estupidez causa consequências, mocinha. Já recebi uma bronca do Sirajudin.
— Estúpida! Muito estúpida — falou Chatot.
O homem disse que Jason já estava em Sahaarian. Luiza arregalou os olhos.
— Aquele burro!!
— Seu amigo é corajoso. Mas contra Sirajudin... não tem chance alguma.
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