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História Ponto fraco - Um pesadelo chamado Hanabi


Escrita por: DonaMaldade e Karol2802

Notas do Autor


Eu sei, eu sei... duas vezes, Karol?!?! Sim, duas vezes na mesma semana. Ok, correndo o risco de vocês enjoarem rápido da história, mas ao mesmo tempo entediada, então vim postar SIM. u_u

Capítulo 7 - Um pesadelo chamado Hanabi


Lisonjeada. Era o meu sentimento no momento. Parecia que todos tinham mesmo gostado da sobremesa que eu fizera, e eu não podia estar mais feliz! Meus amigos discutiam entre si, no nosso ponto de encontro: a pracinha. Eu soltei uma risada baixa quando até Akamaru pareceu entrar na discussão. 

— Eu também defendi ela, mereço uma torta! — Kiba reclamava com Naruto. O loiro fechou os punhos e respondeu que eu não era obrigada a fazer nada para ele. — Então para você ela é obrigada?! 

— Por que vocês mesmos não fazem, bando de idiotas? — Sakura dera um cascudo nos dois, recebendo reclamações de volta. Aquela cena me fez sentir pena, mas já tinha percebido que era o jeito da rosada. 

— Eu não gosto de doce, mas... — Shino começou, mas foi interrompido. 

— A Hinata vai fazer uma torta para todo mundo? Puxa vida, sua prima é demais, Neji! — Lee falou tão alto que atropelou cada pessoa que tentava falar alguma coisa no momento. Shino respirou fundo, irritado. Ele não gostava de ser interrompido, mas mesmo assim, isso acontecia frequentemente. Tentei fazer contato visual com meu primo, queria conversar com ele, mas ele não olhou para mim, me deixando frustrada. Tenten não estava ali. 

— Ela vai fazer pra mim! — Kiba voltara a falar, apontando para si. Akamaru latiu, em concordância, e logo veio para o banco ao meu lado, lambendo minhas mãos. Ino gravava a discussão dos nossos amigos, dando boas gargalhadas ao lado de Chouji. Este acompanhava sua amiga em risadas altas, mas permanecia com seu fiel pacotinho de salgados. Shikamaru comentava alguma coisa com os dois, mas estava olhando para o relógio de pulso a todo momento. — Tenho mais direitos. Afinal, estarei no mesmo grupo dela! —  Kiba sorriu, vitorioso, e trocou um toque de mão com Shino. Sorri de lado, aqueles seriam meus novos parceiros de trabalhos, afinal. — Essa você perdeu, Uzumaki. 

Infelizmente, eu tinha chegado tarde. Ao que parecia, todos já tinham um grupinho para trabalhos formado, e meu espaço tinha sido reservado ao lado dos dois. Não que eu tivesse odiado, na verdade eu gostava muito daqueles dois, mas onde eu queria mesmo estar... 

Suspirei, olhando para Naruto no momento em que pensei nos grupos. A verdade é que eu queria estar ao lado dele. 

Meu coração saltou ao ter o olhar retribuído, mas quebrei o contato visual rapidamente, abaixando meus olhos para minha bolsa. Eu admirava tanto aquele garoto, que não sabia nem ao menos explicar o que sentia em relação ao mesmo. Desde o primeiro momento em que nos conhecemos ele me cativou, me defendeu, me ajudou... Não podia entender como ninguém dali o via como eu. Eu já tinha notado que nenhum de nossos amigos o levava a sério, tudo o que ele dizia parecia ser piada no meio em que vivia. Mas para mim, cada palavra que saía da boca dele era importante. 

— E aí? —  Sakura se jogara ao meu lado, chamando minha atenção. — Animada para sábado? 

Demorei uns segundos para lembrar. Claro, a festa do pijama... 

— N-Na verdade estou meio nervosa — dei um sorriso tímido, que foi retribuído com risadas. 

— Não se preocupa, seremos só nós! Quer dizer, talvez Temari... 

— Nem pensar, boneca — a própria loira aparecera, em um passe de mágica. —  Tenho mais o que fazer. Vou ficar devendo essa... —  bagunçou meu cabelo e de Saky, marchando em direção ao namorado. — Eu estou te chamando a minutos! Tá surdo?! 

— Ai, Temari! Larga de ser problemática —  ele alisou o rosto vermelho. Fiz uma cara de dor por pura empatia, enquanto ajeitava meu cabelo. A loira parecia ser explosiva, mas não tanto quanto a rosada ao meu lado. 

Sakura e eu voltamos a conversar novamente, ao passo que a maioria dos amigos iam embora. Gaara e Kankuro deram uma breve aparição, só para avisar que estavam indo embora, oferecendo carona. Carona essa que foi aceita por Lee, Shikamaru e Temari. Chouji tinha ido comprar balas, supostamente para todos nós, mas nunca mais voltou. 

— As meninas farão festa do pijama no sábado, e nós faremos nossa noite dos meninos! — Kiba comemorou, trocando socos com Naruto. Ao longe, pude ver Sasuke juntando-se a nós. A atenção de Naruto e Sakura rapidamente estavam centradas no garoto, mesmo sem ele ter dito nada. Kiba revirou os olhos e buscou sua mochila, que descansava ao lado do banco que eu estava. — Hina, quer vir comigo? Neji parece entretido ao celular — ele apontou para meu primo, que estava um pouco distante de todos nós. Parecia discutir por muito tempo.

— Ei! Eu que comecei com esse apelido — Naruto resmungou, deixando claro que ouvira o amigo falar comigo. 

— Ai como Naruto é ciumento — Saky comentou, levantando-se para dar um tapa no loiro, que conversava com Sasuke. — Achei que você tivesse ido embora, Sasuke. O que aconteceu? 

— Acho q-que vou esperar meu primo, Kiba. Obrigada — sorri, recebendo um abraço do garoto. Fiquei sem reação, por isso acabei nem correspondendo o ato. 

— Até mais, Hina! Vamos, Akamaru. 

Naruto fez que ia correr atrás do moreno, mas este já tinha corrido com seu companheiro. Ciúmes, lembrei do que Saky dissera. 

Como se tivesse lido meus pensamentos, minha amiga me chamou. Atendi seu chamado timidamente, parando ao seu lado. 

— Itachi volta sábado, então podemos nos reunir na sua casa — Naruto dizia. 

— Meu irmão não é babá de ninguém — o moreno resmungou, olhando rapidamente para mim. 

— Não estamos falando de babá, cara. Você sabe muito bem que o Itachi adora jogar com a gente, você que é ciumento — o loiro revidou, irritado. Eu dei um sorriso para Sakura, que resmungava sozinha o quanto garotos são imbecis. 

— Eu, ciumento? Não sou eu quem está se metendo em confusões por dois dias seguidos pela Hyuuga aqui. — corei ao notar que agora o assunto em pauta seria a minha pessoa. Era culpa minha por Naruto estar em confusões, eu sabia. — E garanto que dará um showzinho daqui a pouco quando perceber quem vem aí. 

Todos olhamos ao mesmo tempo para Deidara, que se aproximava confiante. Meu coração bateu em disparada. De novo não... 

— Hinata, eu quero muito falar com você — o loiro disse, sentando-se no banco que eu estivera outrora. Deu uns tapinhas ao seu lado,  chamando-me. 

— Ora, seu... — Naruto cerrou os punhos — O que você quer com ela agora? 

— Não se mete, Uzumaki. Não vim arrumar briga, hum.— A presença marcante do loiro chamou a atenção de meu primo, que vinha até nós, irritado. Sakura segurava minha mão, que suava frio. Deidara revirou os olhos, notando Neji. — Não tinha o visto. — ele se levantou e se aproximou de mim, fazendo-me parar de respirar. Levantou uma das mãos e entendeu-a para mim. — Primeiro: Você está uma verdadeira paisagem com essa roupa. E, segundo... Desculpe por antes. 

Pisquei. Demorei um tempo, mas inconscientemente, aceitei sua mão e a apertei.

— T-Tudo bem — sussurrei, recebendo um sorriso radiante em troca. Eu ignorei o elogio anterior, mas minhas bochechas responderam por mim.

— Era só isso? Já pode ir embora — Neji separou nosso toque, desconfiado. — Não confio nem um pouco em você. 

— Cai fora daqui, Deidara — Naruto gritou, recebendo um "Sempre escandaloso, hum". — E fica longe da Hina, você tá ouvindo?! — agora ele me puxava protetoramente para trás de si. Minha mão formigou onde ele tinha puxado rapidamente.

— Estou indo embora, mas... — ele parou de caminhar, voltando-se para mim. Sakura já tinha largado minha mão assim que Naruto me puxara, tentando acalmar seu amigo, ao passo que Sasuke não parava de atiçar o loiro, dizendo que ele estava com ciúmes. — Ainda está de pé o meu pedido, Hina. Se quiser ficar comigo, apreciarei bem cada arte na sua presença — ele piscou, retirando-se rapidamente. Olhou de soslaio para Neji, que começara a seguí-lo. Ouvi um movimento rápido, e olhei para o loiro:  Sasuke e Sakura seguravam Naruto, incrivelmente irritado. Afastei-me dos três, com medo de acabar sendo acertada pelo cotovelo de Naruto, que tentava se soltar dos amigos, gritando com eles. Corri um pouco atrás de meu primo.

— N-Neji — puxei seu braço, antes que ele se metesse em outra briga por minha causa, e dei uma olhadinha para trás, nervosa. Por sorte, Naruto já estava controlado com seus amigos, embora mantivesse a cara irritada. Meu primo parou para me olhar, bravo. — Vamos embora? 

Eu estava um pouco amedrontada, pois Sasori estava a poucos metros de distância, juntamente a Yahiko e também Deidara, agora. Sakura percebeu meu nervosismo, pigarreando em seguida. 

— Não sei porquê me seguraram, ouviram o que esse idiota disse pra Hina?! 

— Ciúmes — Sasuke assobiou, com um sorriso de lado. 

— Chega de confusões, idiota — Saky resmungou, beliscando Naruto. — Hinata não se sente bem com isso, não é?

Concordei, aliviada. Algo me dizia que essas confusões chegaram ao fim com o pedido de desculpas de Deidara. Bom, assim eu esperava...

— Estamos indo — Neji falou, pegando sua mochila e também minha bolsa. — Até mais. — ele ainda olhava para onde Deidara tinha ido, encarando os rapazes, que encaravam-nos de volta, mesmo de longe. 

Sakura me abraçou, e novamente eu ficara sem reação, já que não esperava. Mas, acabei retribuindo timidamente. Olhei por cima do ombro de minha amiga. Naruto discutia com Sasuke, que continuava a tirar sarro do amigo, chamando-o de fracote. 

— Tchau, Hina. Queria que você ficasse mais, porém... — Saky olhou para Neji, que estava cada vez mais longe. Sorriu para mim, e eu retribuí, demonstrando que tinha entendido. 

— Tchau... — eu disse baixinho para os dois meninos. Sasuke acenou com a cabeça para mim, dizendo para eu ter cuidado com o nervosinho ao meu lado. Eu ri, dizendo que iria tentar. 

— Hina, qualquer coisa, você me fala — Naruto se aproximara de mim, segurando gentilmente meus braços. Assenti nervosamente, tanto pelo toque e proximidade, quanto pela chance de acontecer mais alguma coisa comigo. Eu não aguentaria. — Bem, até mais. Obrigado pela torta — ele deu um sorriso sem graça, me soltando. Coçou a bochecha e abriu sua boca, mas a fechou rapidamente. — Tchau, então...

 

Cogitei chamar Joseph, tudo para não continuar todo o trajeto imersa em pensamentos. O silêncio ao lado de meu primo acabava comigo. Eu tinha tanto a falar, mas simplesmente não conseguia. Tantas dúvidas... Olhei disfarçadamente para ele, que retribuiu o olhar na mesma hora, me assustando. 

— Pronta para a reunião de negócios? 

— N-Não muito — apertei a barra da minha saia e ajeitei o decote, totalmente desconfortável. Hanabi já tinha feito-me sofrer o dia inteiro com aquilo, agora ao menos eu podia me cobrir. — o tio e você vão? 

Ele deu de ombros, irritado. Eu sabia que ele ia raramente nas reuniões, já que seu pai não era tão necessário — isso nas palavras dele, porque papai sempre praticamente o implorava —. 

— Meu pai viajou — o moreno respondeu, calmamente. Olhou para a frente, avistando nossa rua — Não tenho motivos para comparecer. A menos que precisem de minha ajuda. Sou obrigado a estar ao dispor de vocês, né? — ele riu, amargo.

Engoli em seco, pensando no que responder. 

— N-Não é bem assim... vocês são s-sim importantes... São da família. 

— Servimos a vocês — ele corrigiu, deixando-me quase irritada. — Logo, tudo será repassado para o seu nome, certo? Será a herdeira legítima. 

— M-Mas não sei se é isso que eu quero — respondi, sincera. Ele me olhou como se fosse louca. — Você nunca me deu essa chance de me explicar, N-Neji. Eu não vou tratá-lo como um cachorrinho, como você pensa... Nem papai os trata assim. 

— Não, Hinata. As coisas são assim. Mesmo que eu tenha outro tipo de emprego, futuramente... terei de continuar ajudando no que me pedirem. Assim como nossas futuras gerações. — ele terminou de falar, e devolveu a bolsa para mim. Peguei, sem graça, e murmurei um "Obrigada". Ele deu um sorriso forçado, como que provando suas palavras. Ele me ajudava, defendia... mas tudo era por mera "obrigação"? 

— P-Por favor. Vá a reunião — consegui pedir, assim que ele se virou. Voltou-se para mim, confuso — Vamos mudar isso juntos? — falei, de olhos fechados. Não aguentava mais essa situação com um membro de minha família. Se eu queria fazer o papai ver que eu era sim uma garota forte, precisava provar com atitudes, e precisava começar desde já. — E-Eu ainda não me decidi, se eu realmente quero assumir a empresa — confessei com a voz baixa, mas me aproximei lentamente do rapaz que continuava confuso — Mas eu prometo a você que seremos iguais. S-Sempre fomos. Vá a reunião, veja de perto os assuntos... q-quem sabe eu possa pedir ao papai para deixar você em meu lugar? Pelo menos até eu me... me decidir. O-Ou até eu me formar. 

— Você tá falando sério? 

Fechei os olhos, mas afirmei com a cabeça, confiante. Estendi minha mão para ele, como se fosse um acordo. Nos encaramos enquanto ele, lentamente, apertava minha mão. Ali, formamos uma parceria silenciosa. 

— O-Obrigada por me ajudar e defender. — murmurei, sem graça — Tentarei não precisar mais de você. 

Nos despedimos com um ar mais leve entre nós. Meu primo ainda parecia meio desconfiado, mas, ao menos, sabia que eu não era um monstro como ele passou tantos anos imaginando. 

— E aí, como foi?! — Kriss correra atrás de mim assim que me avistou, na porta de meu quarto. Suspirei, cansada, e abri minha porta. A mulher me seguiu, observanddo cada movimento meu ao deixar a bolsa em cima da cama e procurar uma roupa decente e confortável para a tal reunião. 

— Bem... digamos que todos gostaram da torta de chocolate — eu disse, com um sorriso. — Como estão os preparativos? Quer ajuda?

Alguns parceiros de empresas que o papai mantém relação eram um pouco chatos, eu me lembrava bem. 

— Está tudo conforme o senhor Hyuuga pediu — ela respondeu — Não precisa ajudar. Obrigada, senhorita Hinata. 

— P-Para com isso, Kriss — corei — N-Não me chama assim. Não me sinto bem com tanta formalidade vinda de você. 

— Ela gosta que a chamem de Lua cheia... — revirei os olhos. Meu pesadelo tinha ouvido minha voz. — E aí, safada? Como o astronauta reagiu à minha produção? 

Se antes eu estava corada, agora eu passara disso. Larguei o vestido que estava em minhas mãos na hora, tamanho o nervosismo. Olhei para minha irmã, que mantinha uma expressão divertida no rosto, a centímetros de mim. Me deu um empurrão, pisoteando a peça de roupa que caíra ao chão. 

— Lixo, essa vai pro lixo — ela falou por cima de minhas reclamações. Kriss abafou uma risada, dizendo para Hanabi parar de implicar comigo. Obviamente não funcionara. — Você vai para uma reunião de negócios, tem que passar a imagem de uma mulher forte, confiante e preparada para aquele ambiente! 

— Tenho que concordar com ela, dessa vez — Kriss afirmou, aproximando-se de nós duas. Começou a procurar roupas em meu closet, ao lado da minha caçula. Eu estava tão cansada que nem tinha forças para discutir, então só peguei o vestido do chão e entrei em meu banheiro, pronta para um banho de banheira. Enquanto deixava a banheira encher, joguei o vestido no cesto e saí de lá, me jogando na cama em seguida. Agora, estava com o celular em mãos, lendo algumas mensagens. Dei um sorriso ao ver o nome dos contatos. Eu tinha aproveitado um tempo livre para mudar os apelidos, assim não me sentiria tão tímida para conversar.

Barbie Ino: Gaara ou Sai? Qual deles? 

Saky: O Sai parece um pouco com o Sasuke, então prefiro o Gaara. Não quero você me imitando, sua porca

Barbie Ino: Fica na sua, testa de amolador de faca. Sasuke nem te dá bola hahaha boba 

Saky: Você não sabe nada de nós doiis! 

Barbie Ino: Gruda nele feito carrapato, mas Naruto tá sempre entre vocês. De que adianta?  

Princesa Leia: Naruto é um empaca né, kkkkk 

Saky: Totalmente, aff ¬¬ Se ao menos ele desse bola para alguma menina que deu em cima dele!! É tão cabeça oca 

Barbie Ino: Você sabe muito bem que ele é lerdin... 

Princesa Leia: AAAAAhhhhh mas com a Hinata ele não é lerdo não, viu??? 

Eu: Mas eu nem dei em cima dele, meninas...

Barbie Ino: Um olhar fala mais que mil atitudes 

Franzi a testa para a frase dela, mas uma roupa fora jogada em meu rosto rapidamente, interrompendo meus pensamentos. 

— Fiz ela pegar leve, Hinata — Kriss riu, depositanto um par de saltos vermelhos ao pé da minha cama. Joguei o celular na cama e me levantei, avaliando as peças de roupa com uma cara de contentamento. Era bem melhor que a que eu estava usando, ao menos. 

Hanabi deitara preguiçosamente em meu lugar na cama, enquanto eu me dirigia ao banheiro, novamente. Espreguicei-me, pendurando as roupas e começando a fechar a porta. 

— Irmãzinha, pega pra mim? — minha irmã apontara para o chão, na direção do closet. Bufei, irritada — Por favor, você já está em pé... 

— Tá — dei a língua, caminhando rapidamente para o local. Inclinei-me e peguei o celular dela, estranhando pela danada ter deixado ali. Ouvi uma sequência de "click's" de foto e olhei na direção dela, confusa, enquanto a Hyuuga contorcia-se de rir. — Do que você tirou foto, Hanabi? Do meu celular? 

— Minha, obviamente — ela respondeu, mostrando uma selfie dela. Balancei a cabeça e fui tomar banho, pensando no quanto minha irmã era uma peste. 

Algum tempo depois, ouvi a porta de meu quarto bater, indicando que a pequena tinha saído. Suspirei, relaxada e imersa na banheira. Quanto mais eu ficava ali, menos eu queria sair... 

Juntei todas as forças que pude e passei a me aprontar para a tal reunião. A saia colada que eu vestia realçava minhas curvas, mas o blazer vermelho deixou o visual menos sensual, graças aos céus. Que cisma a minha irmã tem em querer realçar meu corpo. 

Prendi o cabelo em um rabo de cavalo alto, ajeitando levemente minha franjinha. Estava satisfeita com o resultado, e aliviada por não ter atrasado. Procurei uma bolsa que combinasse com o visual, e calcei os saltos. Prontinho, espero que seja o suficiente. Agora, o celular... 

Astronauta: Hina???  O que vc 

Astronauta: Quer dizer c essas fotos?? 

Astronauta: Hina??? 

Meu coração parou. Minha irmã tinha mexido ali, eu lembrava que o apelido dele, na verdade, era Naru. Abri minha conversa com ele e... 

— HANABI! — berrei, correndo desajeitadamente para o quarto dela. Esmurrei sua porta, fora de mim mesma. — Eu não acredito no que você fez, sua pirralha! Vem aqui agora! HANABI!

Engoli em seco, desesperada. Ela simplesmente tirara fotos de cada movimento que eu fiz para pegar o celular dela, e em cada fotografia eu parecia ser uma depravada. As fotos tinham uma visão generosa da minha minissaia, revelando o início da minha... 

— Ele falou o quê? — o pesadelo Hyuuga aparecera na porta, rindo alto e tomando o celular de minhas mãos. — É um lerdo igual a você! Meu Deus... — ela murmurou, parando de rir. Passou a gravar um áudio, frustrada — Poxa, astronauta! Era pra chamá-la de, sei lá, linda, gostosa? Dizer que apreciou a visão? Que quer viajar nas curvas del... 

— HA NA BI — Tirei o celular de suas mãos em um fôlego, mas tarde demais. Infelizmente, Naruto parecia morar no nosso chat, por isso nunca dava tempo de apagar a mensagem a tempo. 

Ele mandara um emoji assustado e avermelhado, exatamente como eu me encontrava no momento. 

— Você não tinha o direito, H-Hanabi. Não fala comigo 

— Ah, deixa de ser chata, eu nem mandei no grupo de vocês. Só estou brincando com o loirinho, gostei dele. 

— Acontece q-que eu nunca mais olho na cara dele por sua causa, pirralha. — bati a porta, frustrada. Passei os dedos pelas fotos, corada. Uma minha abaixada, outra no exato momento que eu a olhei por ter ouvido os sons de clicks, tornando a foto extremamente sensual. Colei minhas mãos nas bochechas quentes, perdida.

— Você ficou mesmo brava? — a pestinha surgira como um furacão na minha frente. — Ele é lesado, nem vai ver maldade... ou não deixou transparecer — ela ficou pensativa, mas logo estava com seus olhos em mim — Anda, Hinatinha... foi brincadeirinha. Você não precisa de fotos para demonstrar o quanto é sexy! 

— H-Hanabi — desviei o olhar, chocada. — P-Para com isso. 

— O que tem de corpo, tem de timidez — ela revirou os olhos — Isso é o que todos devem achar de você. E digo mais, irmã: se continuar agindo feito uma garota de 10 anos, ingênua e alheia a maldade ao seu redor, vai ficar passando por situações chatas o tempo todo. Esteja preparada para a vida real.  Uma mulher sem confiança é alvo para qualquer pessoa. Fica esperta, viu? 

Dizendo isso, ela piscou para mim e saiu. Suas palavras continuaram rodando em minha mente por tanto tempo que mal tinha visto papai chegar, avisando que tomaria um banho e logo partiríamos. Minha respiração estava desregulada. Tanta coisa tinha acontecido! E agora, mais um problema. 

Naruto não parava de mandar mensagens, mas isso só me apavorava mais. Obriguei-me a olhar a tela, e a segunda notificação fez com que eu desbloqueasse o celular e abrisse a conversa, mesmo contra a vontade.

Astronauta: Hina? Tá td bem? Me responde

Astronauta: sei q vc nunca mandaria fotos assim, aparece

Astronauta: N me faça ir até sua casa só pra conferir se tá td bem 

Congelei. Naruto? Vir me ver? Eu tô bem? 

Eu não estava pensando direito, estava tudo rodando ao meu redor, mas consegui me acalmar aos poucos. 

Eu: Desculpa, Naruto. Estou bem... 

Astronauta: Sobre as fotos ... 

Eu: Podemos deixar pra lá? Foi a minha irmã... 

Astronauta: Sim, mas... 

Eu: Por favor, Naruto

Astronauta: Mas eu tenho que falar com vc

Eu: Tenho que sair, Naruto, até mais, ok?  

Astronauta: Td bem Hina 

 

 

 

 

 


Notas Finais


aiai, essa Hanabi...


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