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História Por amor a Alice... - Uma visita inesperada


Escrita por: Azulina-chan

Capítulo 3 - Uma visita inesperada


Alice olha para o relógio que fica em cima da porta de entrada. Meio dia. Ela havia demorado bem mais do que queria. Ela vai até a geladeira, pega um prato de comida e coloca para esquentar. Enquanto espera, ela não faz nada a não ser ficar andando pela sala de estar. Depois de um tempo pegou o prato, sentou-se no sofá e começou a comer. Uns quinze minutos se passaram até que o prato estivesse completamente vazio. Subiu lentamente as escadas, entrou em seu quarto e se jogou na cama. Uma infinidade de perguntas a atormentavam. E todos eles eram em relação à sua mãe. É claro que Alice não havia tido culpa nenhuma, mas não era isso que ela acreditava. Cansada de tudo, Alice acabou dormindo.

Passaram-se algumas horas. Um barulho estranho ecoava na mente de Alice. Eram batidas. Provavelmente na porta. Isso fez com que ela acordasse. Ela desceu as escadas correndo, pois as batidas continuavam cada vez mais forte, e cada vez mais rápidas. Ela abriu a porta e deu de cara com o pai do Lucas. Mil coisas passaram pela cabeça de Alice, mas apenas uma coisa saiu pela sua boca:

- O que aconteceu?

Dava para ver o desespero nos olhos daquele homem.

- O Lucas foi atropelado.

- O quê? - Alice entrou em desespero. Afinal, fora assim que sua mãe morrera. E aquela cena veio direto à sua mente.

- Vamos logo! Ele disse que quer te ver. - ele disse puxando Alice pela mão.

- O que aconteceu? - Alice já estava gritando.

- Ele estava voltando do mercado, veio um carro a cem por hora e o atropelou. A sorte dele foi que ele estava com os documentos, e que me ligaram pra avisar.

- Onde ele está agora? - eles estavam entrando no carro

- No hospital.

Eles seguiram em silêncio. Demorou não mais de cinco minutos para que chegassem ao local. Algum tempo depois de conversar na recepção permitiram que Alice subisse ao quarto sozinha.

Lucas estava pálido, havia uma faixa em sua perna esquerda, e  tubos em seu braço esquerdo.

- Que bom que você chegou... - a sua voz estava muito rouca, de modo que Alice quase não conseguiu escutá-lo.

- Você está bem? - ela ajoelhou-se ao lado da cama em que o garoto estava

- Acho que sim. Só está doendo um pouco...

- O que aconteceu com a sua perna?

- O médico disse que rompeu algumas veias e que quebrou perto do joelho. Agora pouco eles estavam tentando estacar o sangue...

- Você está com a maior cara de cansado - Alice disse cutucando o ombro do garoto, que não conseguiu segurar o riso.

- E o que você sugere, Alice?

- Sei lá. Que tal aulas de ginástica? - ambos começaram a rir

- Você não vai me perdoar mesmo, não é?

- Talvez você esteja certo.

- Ou talvez esteja apenas sonhando. - ficaram alguns segundos em silêncio enquanto Lucas fitava Alice com seus olhos - Sabe, foi legal você vir... O que você estava fazendo antes de vir pra cá?

- Sinceramente... Estava dormindo.

- Sério? Pensei que não você conseguiria dormir por nada.

- Pois é. Parece que nós dois nos enganamos.

- Meu pai estava muito desesperado quando foi te chamar?

- Na verdade, sim. Inclusive, eu acordei com as batidas dele na porta.

- Ele é assim mesmo... Com certeza deve ter pensado que era muito grave.

- E não é? Você poderia até morrer de hemorragia!

- Talvez você esteja certa.

- Ou talvez não...

- Então é isso?

- Isso o quê?

- Vai ficar me plagiando só porque eu falei pra você fazer aulas de ginástica?

- É, pode ser. Você acha que vai ficar bem?

- Sei lá. Acho que sim. Só vou ter que ficar com a perna engessada por algum tempo. Talvez amanhã eu já receba alta.

- Quero ver quanto tempo você vai conseguir ficar quieto.

- Isso é uma coisa que também quero ver. Talvez uma semana - Alice o encara - Tá, talvez um dia - Alice continua o encarando - Ok, ok... Se eu conseguir ficar uma hora sentado já vai ser um grande progresso...

- Vai conseguir ir pra escola amanhã?

- Aah.. Escola... - ele diz fazendo careta - Acho que sim. Mas caso não, você assusta o povo pra mim?

- Com muito prazer. - eles começaram a rir.

Poucos segundos depois, um doutor chegou para pedir que Alice se retirasse.

- Então é isso... - Alice já está à porta - Até amanhã?

- Assim o espero.

A porta se fechou. Alice descia as escadas lentamente. Pois, ao mesmo tempo que queria chegar em casa e ficar trancada em seu quarto, ela também queria ficar com a única pessoa que ela realmente confiava. Ela chegou à porta do hospital, e viu um casal de pardais que, estranhamente, a observavam sem cantar um único pio. Ela entrou no carro que a levou em casa, em total silêncio. Chegando ao seu jardim, Alice pensou vagamente naquela última conversa que ela tivera com sua mãe. Não havia mais volta. Ela entra em casa, e se joga no sofá, exausta.
 



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