1. Spirit Fanfics >
  2. Por que o Mar me Odeia? >
  3. Sob Pressão:HORA DA PROVA!

História Por que o Mar me Odeia? - Sob Pressão:HORA DA PROVA!


Escrita por: Nabo

Notas do Autor


CHEGUEEEEEEEII!!!! Postando de madrugada e pelo celular... Ninguém pode negar que eu amo vcs u.u Este aqui ficou meio aleatório, pq a Peg ficou brava comigo por algum motivo... Enfim, curtam ae :3

Capítulo 31 - Sob Pressão:HORA DA PROVA!


O quarto de Thalia era... Bom, ninguém diria que era dela. Começando pela cama. Sabe aquelas camas de princesa, com cortina de renda e sei lá mais o que? Tinha uma queen size dessa no meio do quarto. E tinha as bonecas. Bonecas de porcelana com vestidos maravilhosos e cachinhos perfeitos. Era tudo branco e azul, e o teto tinha a ilustração do céu azul e nuvens. Era fofo. Comparado ao quarto dela na casa dos Jackson era outro mundo, lá ela tinha pôsteres de bandas, jogos e atletas sem camisa, uma cama e uma rede, fora toda a bagunça. A única coisa naquele quarto de princesa que poderia ser identificado como "Pertencente a Thalia Grace" era a mala que ela havia trazido, e agora estava no canto, com todos os bottons e spikes.
- Sejam bem vindos. - Ela disse, se jogando na cama e tirando os coturnos.
- Esse é seu quarto? - Percy levantou a sobrancelha, olhando uma penteadeira com três espelhos, toda delicada.
Thalia jogou o coturno e as meias em um canto e cruzou a pernas sobre a cama. - É. Baita nostalgia. A ultima vez que estive aqui eu tinha... Doze anos?
Annabeth estava mais distante, olhando as bonecas. - Eu me lembro dessa aqui. - Ela enrolou o cabelo de uma no dedo. - Minha mãe comprou. Eu queria ela pra mim, mas era seu aniversario.
Thalia riu, levantando da cama, pegou a mala e jogou sobre a cama, abriu-a com voracidade revirando seu conteúdo.
- Acho que vou buscar minha mala no outro quarto. -Annabeth se lembrou.
- Hã... Acho que não precisa... - Percy apontou para a porta, pensando "Cara. Que bizarro".
Ali se encontrava um pavão e a mala de Annabeth.
- Não me diga que foi ele que trouxe minha mala... - Ela estava incrédula.
- Aham. - Thalia pôs a mão no quadril. - Obrigada. Pode ir.
Dito isso, o pavão deu meia volta e foi embora.
- Isso foi muito sinistro. - Percy disse.

Eles ficaram de bobeira por mais uma hora, então Percy foi expulso e mandado para seu quarto sozinho, enquanto as meninas iam passar a noite conversando sob as cobertas.
- Boa noite, Cabeça de Alga. - Elas disseram. - Amanha nós passeamos com você.

Percy se sentiu como um cachorrinho trancado pra fora, e zangado, porque era essa a ideia da brincadeira. As meninas colocaram seus pijamas e se jogaram na cama. Depois de um tempo falando coisas aleatórias e rindo, Thalia abraçou o travesseiro e encarou a parede.

- Você acredita no que meu pai disse... Sabe, sobre o Luke? - Ela se consertou, para não parecer insegura. - Quer dizer... Foi uma completa idiotice. Ele não sabe o que estava falando.

Annabeth entendeu. Ela sabia que Thalia já vinha pensando no assunto "Namoro a distância" por si mesma a algum tempo.

- Com as palavras e o jeito com que falou, eu não acreditaria nem se fosse minha mãe.

Thalia riu. - Annabeth, você tem o dom da argumentação. Muito válido. - Ela se agitou, mudando de posição, apoiando a cabeça nos braços. - Mas agora falando sério. Você conhece o Luke melhor que ninguém... Acha mesmo que vai dar certo?

Annabeth ficou inexpressiva. Estava pensando. Em seus olhos as engrenagens eram visíveis, como se estivesse ligando dados, cruzando informações, para encontrar uma resposta lógica e satisfatória.

- Annie... - Thalia estalou os dedos, levantando a sobrancelha. - Não quero saber quem matou Kennedy, nem o que aconteceu com a Princesa Anastácia. Só a sua opinião sobre... Esse assunto. E elas riram.

Na sexta-feira o tempo passou depressa. Passaram a manha em casa, trancados no quarto, ao som de Ramones e Sex Pistols no ultimo volume (tudo para perturbar os visinhos). A tarde sairam e gastaram o dinheiro do pai de Thalia, com coisas superfulas, e comida (muita comida). PIZZA E HUMBURGER!!! Muito saudaveis. A noite revisaram superficialmente o plano de estudos de Annabeth, ai acabaram por terminar jogados em espreguiçadeiras no terraço, jogando cartas.
Antes que ficasse tarde ou que Annabeth decidisse faze-lo, a madrasta de Thalia veio chama-los pra dormir. Soava como um conselho, mas tomaram como uma ordem e não questionaram. Os dois dias seguintes seriam traumatizantes.

Percy acordou com algo pinicando em suas costas. Ele abriu os olhos, que estavam grudentos e ainda pesados (tinha demorado pra pegar no sono), e deu de cara com um pavão sobre ele. Por que aquela ave estava em sua cama? Talvez porque tivessem deixado-o entrar no quarto, e o bicho pensou "Aquele garoto parece muito confortavel, posso fazer um ninho nele.". Ai Percy pensou em quem teria deixado o pavão entrar e deu um salto.
Annabeth e Thalia estavam proximas a porta, ja arrumadas, com sorrisos contidos na cara. Elas observavam a cena impagável de um Percy recem acordado, amaçado e babado, com um pavão se aconchegando nele, todo carente.
- Bom dia, Cabeça de Alga. - Annabeth tentou não rir, mordendo o lábio.
Mesmo tirando com a cara de Percy, ele achava que ela estava linda. Usava uma calça jeans folgada e uma camiseta nova que comprara no dia anterior que dizia "Mais nerd só se eu te respondesse em Klingon", o cabelo preso em um rabo de cavalo como sempre. Ele tentou se ajeitar na cama, enxugando o queixo e sobressaltando seu amigo pavão.
- B-bom dia... - Ele tentou dizer, com a voz rouca de quem acabou de acordar.
- O café está pronto. Esperamos na cozinha. - Ela respondeu, com a expressão tão satisfeita como se conseguisse ler os pensamentos perdidos do garoto. E isso não ajudava com que ele se sentisse melhor em sua situação embaraçosa.
- Estou indo. - Ele conseguiu dizer.
- Okay.
E elas se foram, fechando a porta, deixando-o sozinho com o pavão, que agora se ajeitava em seu colo.

Por algum motivo que ninguem conseguiu explicar, eles se atrasaram. A prova começava exatamente as 9h. O que significava que Annabeth queria estar lá 40min antes, só pra ajudar na pressão.
Thalia estava na direção do Mercedes preto, totalmente estressada.
-Nós deviamos ter virado lá trás. Você precisa dar a volta. - Annabeth falou no banco do carona, encarando GPS na tela do celular.
- Você ta vendo algum jeito de eu dar a volta aqui?! - Thalia rosnou, mostrando o congestionamento em que estavam presos.
E as duas começaram a discutir.
Percy começou a estalar os dedos compulsivamente. Olhou no relógio... Só faltava meia hora pra prova, e pelo passo dos carro eles não iam conseguir chegar nem na esquina nesse tempo.
- Ei!! - Ele quase gritou, ele ja estava nervoso. - Vocês não precisam discutir feito velhas...!!
- Cala a boca, Jackson!
- Não ta ajudando, Percy!
Ele se calou.
- Ah...! Droga... - Thalia deu com a testa no volante, acionando a buzina.
Annabeth conferiu o relógio. - Temos pouco mais que vinte minutos.
E ai elas começaram a discutir outra vez.
Frustante.
Percy ouviu, do alem, uma musica. E se arriscou mais uma vez. - Ei. - Ele tentou não gritar. - Ei!!!
- O que foi??! - As duas deixaram de gritar uma com a outra pra gritar com ele.
- Isso é Green Day. - Ele disse irritado também.
Se calaram, e ai o refrão de American Idiot surgiu.
- Meu celular. -Thalia tirou o apararelho da jaqueta de couro. - Sim? - Ela atendeu.
A voz de seu pai pareceu surpresa do outro lado. - Thalia? Pensei que não poderia me atender.
- Então por que ligou?
Grossa. Cavala.
Ele também ficou rispido. - Eu apaenas imaginei que você ja estaria no local da prova. Queria ter certeza.
Thalia conseguia imaginar o pai levantando o queixo, desdenhoso, gradativamente a cada palavra. Enquanto isso, Percy e Annabeth a encarava em expectativa, esquecendo o problema inicial.
- Pra me desejar "boa sorte"? - Ela quis soar irônica, mas saiu mais pra esperançosa. Ai consertou. - Não... Nós não chegamos! E nem vamos!! Maldito transito! Por que sábado de manha??...
Sim. De repente ela estava desabafando com o pai. Parada esquisita.
- Onde vocês estão agora?
- Perto do seu trabalho. Da pra ir a pé até.
Silêncio breve do outro lado. - Vá para lá. Vou conseguir uma carona para vocês.
Thalia ficou branca. Seu pai desligou.
- Desçam do carro. - Ela disse.
- O que? - Annabeth fez cara confusa. - Vamos deixar o carro??
Thalia e Percy já estavam do lado de fora, na calçada.
- Não se preocupe com o carro. - Thalia ligou o alarme fazendo o Bip Bip. - Alguém vai vir buscar.
Eles correram. Duas quadras e estavam invadindo um deserto e enorme saguão de entrada do edifício onde o pai de Thalia "reinava". Uma recepcionista com cara entediada levantou o olhar de seu computador e se sobressaltou.
- Ah. Senhorita Grace. O Sr. Z acabou de ligar...
Thalia fez cara de "Ah, jura?".
-... Tem um helicóptero esperando no terraço.
Okay. Isso foi surpreendente. Os três deram uma troca de olhares ao estilo "Uau!" e correram para o elevador.

Entrada triunfal.
É uma ótima definição. Eles chegaram pouco mais de 10 minutos antes do inicio da prova. O piloto anônimo pousou o helicóptero no gramado do campus da universidade, sobressaltando todo mundo, funcionários, aplicadores de prova e vestibulandos. Pegaram o números de suas salas, ficando separados, e correram. A sala de Percy era no primeiro andar, ele se antecipou para as escadas. Annabeth o segurou pela mão e o beijou.
- Boa sorte, Cabeça de Alga. - Outro beijo rápido. - Não esqueça das minhas dicas.
E ai ela se foi, e ele pode subir as escadas (com menos pressa que antes).
A sala da prova era assustadora. Tinha dois asiáticos, e três quartos dos concorrentes estava usando camisetas de cursinho. Sem falar na aplicadora da prova, ela tinha cara de quem tinha passado no primeiro vestibular sem suar, e era tão simpática que parecia estar se divertindo com o nervosismo alheio.
"Annabeth é melhor que qualquer professor de cursinho" Tentou se acalmar, sentando no lugar indicado. "E ignore os asiáticos".
Percy agradeceu por não ter chego antes. Não ia aguentar quarenta minutos daquela pressão. E o cara do seu lado não parava de bater a caneta na mesa, o que era muito irritante, e lembrava muito o Valdez. Cinco minutos pras nove horas, a aplicadora da prova começou seu discurso, explicando como as próximas horas iriam proceder, o que poderia ou não acontecer e blá blá blá.

- O gabarito será entregue nos últimos vinte minutos de prova... - Ela dizia.

Nada como ficar enjoado, em um lugar estranho, cercado por pessoas que não estão muito melhor que você, sentado em uma mesma posição, sem poder virar a cabeça, durante duas horas e meia. Delicia. Pra melhorar ainda mais essa incrível experiência, adicione uma prova nível hard à mistura. Parecia que Percy não sabia nada, e os enunciados eram tão confusos, elaborados, sei lá, que ele precisava ler e reler quinhentas vezes.

"Deixe o que você não sabe por ultimo. Faça primeiro as mais fáceis." A voz de Annabeth veio em sua mente, e ele obedeceu. Em resumo: Ignorou os cálculos e os textos muito grandes. Cerca de 90% da prova.

Bem no meio da parede, acima do quadro, havia um relógio enorme. Os ponteiros pareciam voar como pombos alucinados. Percy suava frio, respondendo cada questão tão devagar que estava começando a se irritar consigo mesmo.
Algumas coisas sabia de cara, por motivos incompreensíveis, outras precisava fazer muita força pra lembrar. A dislexia não ajudava, os textos pra interpretação eram crueis, zombavam dele dançando "kan kan" fora do papel. Annabeth havia dito que fazer associações ajudavam a lembrar de coisas importantes durante a prova. Na maior parte do tempo ele associou o conteudo à ela. No jeito que ela arrumava o cabelo atras da orelha ou mordia o lábio. Na maneira como colocava a caneta presa no cabelo enquanto explicava história ou filosofia, e depois ficava procurando. De repente Percy sorria bobamente, respondendo tudo com facilidade, lembrando de todos os beijinho de incentivo, e os beijos de verdade que recebia de premio.
A redação foi mais tranquila. Exceto pela parte em que ele trocava o tema por seus pensamentos aleatórios, precisando reescrever. "Não se distraia comigo, Cabeça de Alga. Se concentre no que tem que fazer."
- Sim, senhora. - Ele sussurrou pra si mesmo.
Minutos depois.
- Vou distribuir os gabaritos. Vocês só receberão um. Então sem rasuras! - Disse a miss simpatia.
Percy ainda tinha questões pra resolver. "Não se apavore" ele se convenceu. Estava tremendo, uma gota de suor escorreu por seu pescoço.
Aos poucos foi passando as respostas. "Preste muita atenção nesse momento" disse Annabeth, na noite anterior "Se estiver difícil manter o foco, pare um pouco e relaxe."
Quando terminou de trans passar todas as respostas, sentiu que estava terrivelmente errado. As bolinhas do gabarito formaram um um dinossauro que lembrava o Yosh, do Mario. Isso não podia estar certo. Mas não tinha volta.
O sinal soou, Percy pegou a postila de questões e correu pra fora da sala.

Annabeth tinha comprado um suco. E não parecia feliz.
- Eu surtei! - Ela mordeu o canudo. - Aquele relógio estava me irritando... E impossivel que uma aplicadora de prova estivesse tão feliz de trabalhar sabado se manha...!
Percy deu risada, o que a desconcertou.
- Passei pela mesma coisa. E tenho certeza que você foi incrivel. - Ele roubou o suco e lhe deu um beijo na testa. - Por falar nisso posso comparar suas respostas com as minhas?
Annabeth sorriu e entregou a apostila. - Se você entender meus rabiscos...
Ele definitivamente não entendeu.
Thalia surgiu, parecendo abatida, e reclamando. - Achei que ia ficar sem traseiro depois de tanto tempo sentada.
Se espreguiçou, quase uma dancinha estranha.
- Vamos. Já devem estar cansados de nos esperar. E quero almoçar.
O helicoptero ainda estava no gramado, esperando por eles.

Notas Finais


Comentem seus lindo... E desculpa se ficou esquisito, celular é horrivel u.u <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...