1. Spirit Fanfics >
  2. Por trás das portas >
  3. EXTRA 3 - Por trás do futuro que podemos ter

História Por trás das portas - EXTRA 3 - Por trás do futuro que podemos ter


Escrita por: iambyuntiful

Notas do Autor


Oláá estrelinhas! Como estão?

Nós chegamos aos mil favoritos. E eu ainda to... Uau. É inacreditável ver o quão longe essa história chegou e ver todos vocês aqui comigo, ainda torcendo pelo nosso casalzinho favorito. E eu não podia deixar essa marca passar em branco, certo? Por isso, temos hoje algo que vocês vão gostar bastante porque finalmente é focado nos nenéns! <3 Espero muito que gostem desse extra, é bem especial pra mim ;-;

Foi betado pela Sisi, como toda a história, muito obrigada, anjo! Boa leitura a todos, nos vemos lá embaixo~ <3

Capítulo 23 - EXTRA 3 - Por trás do futuro que podemos ter


POR TRÁS DAS PORTAS

EXTRA 3 – Por trás do futuro que podemos ter

 

Chanyeol não diria a ninguém, caso lhe perguntassem, mas a verdade é que estava secretamente em pânico.

 

Tudo em sua vida estava indo muito bem, obrigado. Desde que assumira o controle do império construído por seu pai, um ano e meio atrás, não havia nada do que se reclamar; havia demorado um pouquinho para se adaptar e também para que os acionistas confiassem em si, mas agora tinha certeza do caminho que estava seguindo e de que estava colocado a empresa de sua família no caminho certo.

 

Jongin e Sehun seguiam felizes com sua nova vida morando juntos, por vezes tendo alguns desentendimentos que levavam todos os amigos de volta àquela sala de estar em uma espécie de júri, onde julgavam quem estava certo e errado em cada situação. Sempre terminava em pizza e muitas risadas com os problemas esquecidos rapidamente e não era nada que já não esperassem daqueles dois; ainda assim, jamais os tinham visto mais felizes do que estavam agora.

 

Soojung conseguiu fazer com que Seulgi modelasse para si e as fotos ficaram incríveis o bastante para que a Kang aceitasse pensar melhor em uma nova proposta, quem sabe em um desfile de verdade. Sua única condição era de que Soojung lhe acompanhasse no hospital para ver como seu dia era e, para choque de Jongin e Chanyeol que jamais imaginaram a amiga em meio a cavalos e baias repletas de serragem, a estilista concordou prontamente.

 

Essa era uma cena que nenhum deles queria perder – e Seulgi prometeu avisá-los assim que fosse possível levar Soojung até seu atual trabalho.

 

Sua família também estava melhor do que nunca. Yoora estava radiante desde o nascimento de seu filho, três meses atrás, e sua mãe não poderia estar mais feliz com a nova adição da família; todos estavam babando o bebê da forma como podiam e até mesmo o Park precisava admitir que havia sido dominado por aquela pequena criaturazinha.

 

Em relação a seu pai, talvez tenham demorado um pouco mais, mas tudo estava caminhando bem também. Demorou um certo tempo até que confiasse em seu pai novamente e concordasse que ambos buscavam os mesmos fins, mas, com ajuda de Baekhyun, Chanyeol pôde colocar tudo em pratos limpos com seu progenitor e conviviam bem, na medida do possível. Não esperava que fosse Baekhyun o impulso final para que a conversa que precisavam acontecesse, mas a vida aprendera a surpreendê-lo muito bem.

 

Nunca se esqueceria do choque que foi ouvir seu namorado lhe dizendo que deveria repensar melhor, que deveria conversar com seu pai e tentar superar as rusgas do passado. Baekhyun fora alvo da desconfiança de seu pai de uma forma ainda pior do que seu progenitor havia feito consigo e, ainda assim, estava disposto a perdoá-lo contanto que Chanyeol também o fizesse.

 

E isso fez com que se apaixonasse um pouquinho mais por ele.

 

Baekhyun se provava mais perfeito para si a cada dia que se passava, como se fosse possível torná-lo mais perfeito do que já era. A cada dia que dividiam juntos, Chanyeol reconhecia um novo aspecto do mais novo que o tornava apaixonante, que fazia com que seus olhos brilhassem e com que seu coração batesse mais rápido. Achara impossível se apaixonar mais por seu namorado do que já era, mas a vida lhe surpreendia cada dia mais.

 

Estava ansioso para descobrir quantos aspectos ainda restavam do mais novo para que conhecesse e ainda mais ansioso por vivê-los ao lado do Byun.

 

“Da próxima vez que você pedir por uma reunião urgente e não der atenção quando eu falar com você, juro que nunca mais ouvirá a meu respeito, Chanyeol”, a voz de Soojung atingiu seus ouvidos, trazendo-o de volta à sua realidade.

 

Não havia percebido o quanto estava absorto em seus pensamentos a respeito de tudo que havia mudado desde que conhecera Baekhyun e em seus sentimentos a respeito do mais novo, mas fora o suficiente para que se desligasse e se esquecesse dos amigos que estavam observando-o. Olhou novamente para o rosto de cada um, desde seus amigos de infância aos amigos conquistados graças a Baekhyun, e se recordou do motivo de estarem todos em seu escritório.

 

Oito meses se passaram desde que havia pedido que Baekhyun se mudasse para seu apartamento para que vivessem juntos, assim como Sehun e Jongin estavam fazendo, e, após meses esperando por uma resposta positiva de seu namorado, finalmente a tinha alcançado.

 

Baekhyun concordou em se mudar para seu apartamento e a mudança aconteceria no final de semana, exatamente como haviam feito com os amigos meses antes, com o envolvimento de todos. Contudo, diferente de Sehun e Jongin, queria que a primeira noite que teriam como residentes do apartamento fosse especial para ambos e, por isso, chamara pelos amigos para que lhe ajudassem.

 

Porque Chanyeol não diria a nenhum deles, mas o conheciam bem o bastante para reconhecer o pânico em seus olhos por não ter uma ideia que fosse do que deveria fazer.

 

“Desculpe, Krystal”, se desculpou com a amiga, passando a mão pelo rosto e afastando o cabelo de sua testa. “Eu só... Me desliguei um pouquinho.”

 

“Deu para perceber”, Krystal retorquiu, apoiando-se novamente na cadeira onde estava sentada. “Mas a minha agenda está bem cheia esses dias, Chanyeol, então preciso que você foque aqui e veja as nossas sugestões para você.”

 

O Park assentiu, olhando de novo para cada um deles, no aguardo das sugestões. Jongin estava encostado em sua mesa, olhando-o com uma das sobrancelhas arqueadas, enquanto Seulgi ocupava a cadeira ao lado de Soojung e parecia pensativa, buscando uma solução que o amigo fosse gostar. Sehun era o único que parecia desinteressado suficiente para não estar por perto e estava analisando as fotografias em sua estante.

 

Era um grupo bastante diversificado e Chanyeol não tinha certeza se teriam resultados positivos com a reunião que Baekhyun não podia sonhar que havia sido feita, mas quais opções ainda possuía? Estava em um beco sem saída.

 

“Como você quer que a noite seja?”, Jongin questionou. “Não tem ideia do quanto é estranho pensar em como vai ser uma noite entre você e Baekhyun, mas precisamos caminhar para algum lugar com isso aqui porque os meus balanços também não vão se fazer sozinhos.”

 

“Eu sou o seu chefe, Jongin, pode entregá-los até mês que vem se quiser, contanto que me ajude hoje”, Chanyeol retrucou. Em seguida, deixou que um suspiro escapasse por seus lábios. “Eu não sei. Quero que seja algo especial, mas não quero que seja tão evidente que eu estive preparando algo, quero que pareça natural.”

 

“Por que você não cozinha para ele?”, Soojung propôs. “Já é algo que faz de vez em quando, mesmo que você só saiba fazer um ou dois pratos, e pode tornar especial mudando o cardápio.”

 

“Ouvi dizer que ostras são afrodisíacas”, Sehun se fez ouvido pela primeira vez, fazendo com que todos o olhassem. Desentendido, deu de ombros. “Que foi? Ele quer que seja especial, vocês entenderam bem o sentido disso.”

 

Os olhares retornaram a Chanyeol, que se encontrava incapacitado em dar uma resposta. Sehun não estava completamente errado em suas conjecturas – talvez por isso não desejasse os amigos na primeira noite oficial de ambos em sua nova casa –, mas também não estava esperando por uma resposta tão crua quanto essa.

 

Um breve momento de silêncio se estabeleceu em seu escritório enquanto os amigos repensavam suas opções, com a nova carta exposta à mesa. Frente a ausência de respostas do Park, soava como se tivessem acabado de ganhar passe livre.

 

 “Bom, se é assim... Ouvi dizer que chocolate também é”, Soojung expôs. “Você sempre pode derreter um pouco e fazer dele uma escultura.”

 

“Um bom vinho em acompanhamento às ostras também pode cair bem”, Jongin continuou. “Mais especial do que isso impossível, Chanyeol.”

 

O Park estaria mentindo se dissesse que era isso que tinha em mente quando convidou os amigos para que lhe ajudassem. Esperava que pudessem propor algo carinhoso, algo que criasse uma boa primeira lembrança, mas a discussão caiu no campo sexual rápido demais para que se desse conta. Apenas Seulgi não havia aberto a boca para dar uma sugestão semelhante, o que fez com que o mais velho a olhasse quase em súplica.

 

“Por que tudo precisa se resumir a sexo? Por que a primeira noite deles precisa que eles se entupam de afrodisíacos para que tenham uma noite memorável?”, Seulgi questionou, silenciando os três que continuavam a debater outras opções para compor o jantar. Silenciou-se em seguida, desacostumada com a atenção que estava recebendo. “Quer dizer... Não é a única coisa que se pode fazer para ter uma noite incrível.”

 

Chanyeol observou como seus amigos se entreolharam e assentiram em silêncio e um pequeno sorriso se desenhou em seus lábios graças a Seulgi. Não é como se não quisesse ter Baekhyun em seus braços a cada oportunidade que lhe fosse dada, mas seu relacionamento com o Byun era muito mais do que os momentos que dividiam na cama. Aquela primeira noite deveria simbolizar o futuro de seu relacionamento e queria que pudesse englobar tantos aspectos quanto fosse possível.

 

“Baekhyun faz o tipo romântico, sabe. Você pode recriar uma cena de jantar de algum desses romances que ele gosta de assistir e, mesmo que você queime a comida, ele ainda ficará feliz porque você tentou”, Seulgi tornou a falar, buscando o apoio de Sehun que conhecia o amigo tanto quanto ela. O Oh se aproximou de onde estavam, com um assentir mudo ao se colocar atrás da cadeira onde a Kang estava. “Você pode fazer macarronada e dizer que é sobre A Dama e o Vagabundo e ele encherá meu saco e do Sehun por dias sobre como foi incrível. Vocês ainda podem transar onde e o quanto quiserem, mas... Acho que Baekhyun vai gostar que você seja romântico.”

 

Parecia óbvio demais uma vez que Seulgi havia exposto e Chanyeol não sabia o porquê não havia pensado nisso antes. Seu namorado nunca reclamou sobre querer algo diferente, sobre estar cansado dos jantares que fazia de vez em quando, mesmo quando se resumia a pedir pizza e comerem em sua cama. Baekhyun gostava de ser surpreendido, mas não se importava com o conteúdo da surpresa.

 

O mais novo sempre lhe disse que mais importante do que o presente recebido era a intenção com a qual havia sido surpreendido e isso fazia mais sentido agora do que nunca.

 

“Será que a epifania já o atingiu e estamos liberados?”, Sehun questionou aos demais, despertando Chanyeol mais uma vez. “Eu fui chamado para uma cirurgia, vocês sabem que não é a coisa mais fácil enquanto recém-formado...”

 

“Obrigado por terem vindo quando eu chamei”, Chanyeol os agradeceu, levantando-se. As garotas seguiram seu exemplo, ciente de que já haviam completado a missão para qual foram chamados. “Sei que todos vocês têm coisas para fazer, então... Obrigado.”

 

“Não foi nada demais”, Seulgi deu de ombros. “Nós também queremos que Baekhyun tenha uma ótima memória dessa mudança com você.”

 

“E é claro que você vai me liberar para levar o Sehun até a cirurgia dele, não é?”, Jongin propôs, cutucando-o com o cotovelo. “O mínimo depois de toda a ajuda que demos a você.”

 

Chanyeol encarou o amigo com uma das sobrancelhas arqueada, incrédulo com a cara de pau que Jongin possuía. Fora Seulgi quem mais o ajudou enquanto os demais discutiam qual cardápio afrodisíaco seria melhor que preparasse. Ainda assim, não podia negar que só a presença dos quatro já era melhor do que sua mente sozinha tentando encontrar a melhor solução e nunca chegando a um consenso.

 

Porque Baekhyun merecia o mundo e tudo de bom que havia nele – e Chanyeol não conseguia pensar em nada que fosse bom o bastante para seu namorado.

 

Fora importante ter a visão dos melhores amigos do Byun em jogo porque, dessa forma, percebera que, às vezes, o melhor para alguém também estava na simplicidade. Fora tão acostumado aos luxos da vida desde seu nascimento, os melhores restaurantes e os melhores destinos em viagens, que se esquecera da principal lição que Baekhyun lhe dera.

 

Havia tanto na simplicidade que a vida lhe ofertava e a qual Baekhyun pertencia que era cômico que um dia tenha se visto sem opções de escolha.

 

“Pode ir, Jongin”, Chanyeol o liberou, “mas lembre-se que você tem alguns documentos para me entregar.”

 

Jongin abriu a boca para retrucá-lo, indignado pela troca de prazos súbita, mas Sehun o guiou em direção à saída do escritório, impedindo que uma nova discussão recomeçasse. Seulgi também se despediu, alegando estar atrasada para seu trabalho e negando a carona que Soojung lhe ofereceu, indicando que poderia ir de uber porque não ficava tão longe assim.

 

Restando apenas a Jung em seu escritório, Chanyeol esperou em silêncio pelo que sabia que viria.

 

“Sabe que ele vai amar qualquer coisa que fizer, não é?”, Soojung o questionou, embora soubesse a resposta. “Sei que nos chamou aqui porque está apavorado e quer que tudo seja perfeito, mas Baekhyun ama você. Independentemente do que você tiver em mente, do jantar com ostras e vinho ou um miojo que encontrou no fundo do armário, Baekhyun aceitou dividir a vida dele com você.”

 

“Ainda não acredito que consegui isso”, Chanyeol riu baixinho. “Dá para acreditar?”


“Que você deixou de ser um canalha com uma pessoa diferente por noite na sua cama e agora vai juntar as escovas com um cara incrível?”, Soojung retorquiu arrancando um novo riso do amigo. “Na verdade, dá sim. Você evitou o amor por muito tempo, Chanyeol, mas uma hora ou outra ele agarraria você.”

 

O Park não tinha como retorquir a essa afirmação; Baekhyun laçara seu coração como ninguém nunca antes chegara perto de fazer e não tinha qualquer reclamação a respeito disso.

 

“E você, senhorita sem coração?”, Chanyeol questionou. “Jongin ainda ocupa todo espaço que há em você?”

 

Soojung rolou os olhos; Chanyeol insistia várias vezes de que sua falta de interesse em outras pessoas derivava do fato de que ainda tinha Jongin como ocupante de seu coração e desistira de fazê-lo pensar de outra forma. Talvez ele estivesse certo, talvez não; Soojung não se importava, de qualquer forma, porque isso não mudava o fato de que se sentia bem sozinha.

 

Eu ocupo todo o espaço em mim, Park”, Soojung o corrigiu. “Jongin sempre vai ter meu coração por tudo que passamos juntos, mas ele tem o Sehun e está feliz dessa maneira. Eu tenho a mim e estou ainda mais feliz por isso.”

 

Chanyeol esboçou um sorriso em conjunto a um assentir mudo. Krystal era uma garota confiante e era bom saber que não havia mais nada com que se preocupar em relação a sua garotinha porque ela já era suficiente para si mesma. Caminhou rapidamente a distância que os separava, aproximando-se da amiga.

 

“Você é mesmo muito melhor do que Jongin e eu”, Chanyeol comentou, abraçando-a pelos ombros e trazendo-a para mais perto de si. “Você costumava precisar da gente, mas hoje... Quem seríamos sem você, Krystal?”

 

Soojung riu baixinho, devolvendo o abraço ao enlaçar a cintura do amigo. Olhou para cima, os lábios carmesins desenhando um sorriso de escárnio, tão conhecido em seu rosto. “Não seriam ninguém”, confirmou. “Mas a sorte de vocês é que vou sempre estar aqui.”

 

O abraço se encerrou em seguida e Chanyeol permitiu que a amiga se fosse enquanto a garota alegava ter muita coisa para fazer. Também tinha muitos documentos para revisar e uma reunião em breve com os acionistas, mas poderia protelar mais um pouquinho. Tinha muita coisa na qual pensar para o fim de semana porque queria que tudo fosse perfeito.

 

Baekhyun teria o melhor que pudesse lhe ofertar e Chanyeol não aceitaria nada menos do que isso.

 

. . .

 

“Não estou entendendo o que a gente está fazendo aqui”, Baekhyun comentou, olhando de Seulgi para Sehun. “Nós não deveríamos estar ajudando com a mudança?”

 

“Eles conseguem lidar com isso, a gente empacotou tudo ontem”, Sehun discordou. “Só vão precisar levar pro apartamento de vocês agora e o Chanyeol arruma tudo.”

 

“Nosso apartamento...”, Baekhyun sussurrou pra si mesmo, um breve sorriso surgindo em seu rosto. “Não acredito ainda que Chanyeol e eu vamos morar juntos. Parece que foi ontem que eu o conheci naquele escritório.”

 

Seulgi riu baixinho, puxando o amigo pela mão para que entrassem em seu apartamento. “Daqui a pouco vocês completam dois anos juntos, Baek”, a garota disse. “Tudo está andando muito rápido, não é?”

 

“Nem me fala disso”, Sehun suspirou. “Faz só sete meses desde que nós nos formamos na faculdade e eu já sinto saudades daquele lugar porque trabalhar é pior.”

 

As risadas de Baekhyun e Seulgi mesclaram-se uma à outra enquanto olhavam para o amigo. Sehun sempre encontraria alguma coisa para reclamar, independente do quanto amasse o que fazia e o quanto estivesse feliz com aquilo. Sabiam que a Cirurgia era o sonho do amigo e estar criando contatos com outros cirurgiões era importante para que fosse ganhando ainda mais confiança.

 

Os sete meses desde a faculdade se passaram voando e o Byun não tinha certeza se estava pronto para todas as mudanças que isso ocasionava. Passou alguns meses desde o término de sua graduação decidindo se começaria a trabalhar assim que recebesse seu registro ou se trabalharia mais em seus conhecimentos antes de se jogar no mercado de trabalho.

 

Chanyeol o incentivou a começar a pós-graduação na área que lhe agradava, indicando que lhe daria uma confiança a mais e que talvez isso fosse o que precisava. Sabia que o namorado não se sentia muito confiante após o fim dos cinco anos de faculdade, então que mais alguns meses estudando pudessem lhe garantir que era um bom profissional.

 

Havia começado a pós-graduação em Anestesiologia Geral no mês seguinte à essa conversa, quatro meses após se formar, e não poderia estar mais grato ao namorado por tê-lo incentivado e a seus amigos por terem ajudado a escolher onde seria o local que confiaria sua educação. Seus professores eram muito bons e o conteúdo aprendido também auxiliava para que confiasse mais em seu trabalho, recordando-lhe do porquê de ter escolhido a anestesiologia.

 

Nunca tivera dúvidas de que nascera para isso, mas era sempre bom ter uma confirmação extra de que estava no caminho certo – e conseguia ver isso a cada fim de semana que passava em aula, com seus professores elogiando seu rendimento e dizendo-lhe o profissional incrível que viria a ser assim que começasse a anestesiar.

 

Para quem terminara a faculdade amedrontado com o futuro, Baekhyun se via agora ansioso até demais para que ele chegasse de uma vez.

 

“Vocês ainda não me disseram por que viemos até o apartamento da Seulgi”, Baekhyun os lembrou, vendo os amigos tomarem seus lugares na sala de estar com Seulgi sentada ao seu lado no sofá e Sehun puxando o pufezinho para mais perto. “A gente nunca vem até aqui.”

 

“É porque agora nosso apartamento não existe mais e devolvemos a chave ao locador”, Sehun o recordou. “Não temos outro point além do apartamento dela e agora é a nossa vez de sermos os hóspedes incômodos. Não podíamos perder essa chance.”

 

“Eu não era incômoda!”, Seulgi protestou. “Vocês amavam quando eu ia lá passar os fins de semana com vocês, podem confessar.”

 

Baekhyun a olhou de soslaio, controlando o riso para que não recebesse um tapa da amiga. Seulgi era incrível e uma ótima amiga, mas Sehun tinha razão quando dizia que a Kang conseguia ser incômoda quando queria. Deus lhe impedisse de dizer qualquer coisa do tipo a ela ou sabia quantas reclamações ouviriam.

 

Ainda assim, Baekhyun não trocaria os fins de semana com os amigos por nada.

 

“Você acabava com a nossa comida e o cereal favorito do Sehun”, Baekhyun a recordou. “Talvez ele tenha os motivos dele em reclamar de você.”

 

“Sehun principalmente não viveria sem mim”, Seulgi retrucou, cruzando os braços em teimosia. “E eu poderia expulsá-los agora do meu apartamento, se querem saber.”

 

“Mas você nos ama demais para isso”, Sehun a provocou com um sorrisinho debochado, “e também não foi sobre isso que viemos até aqui. Temos um plano.”

 

Baekhyun olhou de um para o outro novamente, confuso. Que plano os amigos tinham e porque não estava ciente de nada? Teria a ver com o fato de não estarem ajudando na mudança, como haviam feito quando Sehun se mudou para o apartamento que dividia agora com Jongin? Seus amigos continuavam trocando olhares suspeitos, o que levantou ainda mais suas dúvidas.

 

Detestava se sentir a parte dos segredos entre ambos, mesmo que soubesse que nem tudo era necessário que lhe fosse dito. Dessa vez, parecia ser algo relacionado a si e odiava ficar de fora quando era o assunto em questão.

 

“Abram o jogo de uma vez, por que estamos aqui?”, Baekhyun questionou. “Jongin e Krystal estão ajudando o Chanyeol, não estão? Por que nós não?”

 

“Porque essa é a nossa tarde de sábado e avisamos aos outros que você nos pertencia por algumas horas”, Seulgi respondeu com um dar de ombros. “Faz um tempinho que nós não nos reunimos só nós três para conversarmos, sempre ter Jongin ou Chanyeol no meio, às vezes a Soojung também... E isso não é ruim porque são nossos amigos, seus namorados, mas eu sentia falta de nós três.”

 

O Byun conseguia entender o sentimento da amiga. Com o fim da faculdade e os três escolhendo áreas diferentes nas quais seguir, o tempo que dividiam um com outro era diminuído e se tornou ainda mais escasso após a mudança de Sehun e agora Baekhyun. O apartamento que dividiam era o local onde sabiam que sempre encontrariam uns aos outros e agora já não existia mais.


E Seulgi sempre foi a mais saudosista entre os três.

 

“Nós estamos aqui agora”, Baekhyun respondeu, apanhando a mão da amiga entre as suas, “e podemos passar a tarde falando sobre o que você quiser.”

 

O sorriso que surgiu no rosto da garota foi suficiente para que soubesse que era aquilo que queria ouvir; a Kang sempre foi a mais curiosa entre os três, em todos os quesitos. Talvez porque dividiram apartamento por tempo o bastante para que conhecessem seus trejeitos, mas Sehun e Baekhyun sabiam o que se passava na cabeça um do outro sem que muitas palavras fossem necessárias.

 

Kang Seulgi, por sua vez, era uma garota de palavras.

 

“Eu quero saber como está seu relacionamento com Chanyeol”, Seulgi comunicou com um sorrisinho malicioso em seus lábios. “Sehun ganha informações do Jongin, vocês moravam juntos, eu sou sempre a que sabe de tudo por último!”

 

Baekhyun deixou que uma gostosa gargalhada escapasse por seus lábios; como poderia esperar diferente de Kang Seulgi? Estavam todos formados, iniciando suas carreiras e suas vidas amorosas ganhando bases sólidas, mas Seulgi sempre continuaria a agir como se fosse a mãe de ambos que precisava ter tudo sob controle.

 

Era uma das características que amava na amiga, então isso não era exatamente um problema.

 

“O que quer saber?”, Baekhyun perguntou. “Está indo tudo bem, nós vamos morar juntos, o que é praticamente um casamento.”

 

“E você está nervoso?”, Seulgi perguntou. “Sehun estava uma pilha de nervos, você deve lembrar, mas você... Você está tão quieto sobre isso que não tenho nem mesmo um chute.”

 

Baekhyun percebeu que tinha a atenção de Sehun também nesse momento, que sequer contradisse a amiga em relação a seu nervosismo quando se mudou com o namorado. O que poderia lhes dizer? Estava nervoso, é claro que sim, mas também estava muito feliz pelo passo dado com Chanyeol. Sentia que era a coisa certa a se fazer.

 

“Chanyeol me faz muito bem, sabem disso”, Baekhyun deu de ombros. “Ele propôs que eu mudasse para o apartamento dele quando estávamos na mudança do Sehun, disse que eu já praticamente morava lá com ele e que sabia que eu não gostava da ideia de ficar sozinho. Eu achei que estávamos indo muito rápido na época e eu disse que deveríamos esperar, mas...”

 

Um breve silêncio se seguiu a fala de Baekhyun, cujos olhos se perderam na estante da sala de estar da amiga, pensativo. Teria sido cedo demais ou era apenas seu medo de que terminassem e não tivesse para onde ir falando mais alto? O que tinha com Chanyeol era diferente de tudo que já tivera em sua parca experiência amorosa e às vezes isso o assustava.

 

Queria viver cada etapa de seu relacionamento dando a devida atenção a cada uma delas. Queria ter Chanyeol ao seu lado em todos os momentos, mas não queria apressar as coisas só porque seu melhor amigo havia dado um passo à frente. Queria curtir a ideia de que estava namorando, que havia se graduado, que seus amigos estavam vivendo felizes e que, por isso, também havia encontrado paz.

 

Mas o pedido de Chanyeol nunca deixou sua mente.

 

Seus amigos ainda esperavam pelo momento que concluiria seu raciocínio e Baekhyun foi forçado a deixar as memórias de lado para que retomassem a conversa.

 

“Acho que nunca é cedo ou tarde demais”, concluiu. “Estou muito animado pela ideia de estar com Chanyeol todos os dias, dividir o mesmo teto, a mesma cama, tudo. Estou nervoso também, mas acho que é natural, não é? É uma grande mudança na minha vida, mas... Sei que é o caminho certo. Chanyeol sempre é o caminho certo.”

 

Imaginou o quão piegas teria soado e estava pronto para ouvir as zombarias que viriam de Sehun – ainda mais porque o Oh ainda se lembrava bem de quando zombaram dele em sua mudança –, mas recebeu apenas pequenos sorrisos vindo dos amigos, repletos de carinho. Suspirou, deixando que um sorriso também adornasse seu rosto, aliviado.

 

“É tão bom ver que esse contrato rendeu muito mais do que esperávamos”, Sehun comentou. “Nós sempre soubemos que você merecia muita felicidade, Baek. Com todos os percalços desde que vocês começaram isso... Ninguém imaginava onde iria dar, mas é incrível vê-lo bem e feliz agora.”

 

“Eu tenho certeza que trocaram o Sehun que conhecemos por outro em algum momento e não nos demos conta”, Seulgi brincou. “Olha só isso. Consegue acreditar que é o mesmo?”

 

Baekhyun riu. “Eu estava pensando a mesma coisa”, concordou. “Esse pseudocasamento com Jongin amaciou demais o Sehun.”

 

“Vocês não me merecem!”, Sehun reclamou. “Eu deveria deixá-los aí e voltar para o meu namorado que me ama e aceita todos os meus lados.”

 

Seulgi tentou alcançar o braço de Sehun em meio a suas risadas, mas o Oh puxou de volta, amuado. Baekhyun assistiu a cena à sua frente com interferir, permanecendo com o mesmo sorriso de outrora em seu rosto. Era uma cena que já fora rotineira em seus dias e agora se tornava difícil conciliar os horários, então queria aproveitá-la o máximo possível.

 

Talvez não tenha sido tão ruim assim vir até a casa de Seulgi aproveitar um pouquinho dos velhos tempos junto dos amigos. Chanyeol poderia arrumar tudo com seus amigos e confiava que o Park deixaria o apartamento exatamente como imaginava; enquanto isso, havia algumas memórias que gostaria de reviver ao lado dos melhores amigos que poderia querer.

 

“Sehun!”, a exclamação da amiga o trouxe à tona de volta quando percebeu que ambos os amigos estavam jogados no chão, com Seulgi por cima do rapaz. “Você me derrubou!”

 

“Você não soltava a minha mão!”, Sehun se defendeu. “E ainda caiu por cima de mim, está reclamando do quê?”

 

Seulgi bufou, levantando-se o suficiente apenas para permanecer sentada em cima das coxas de Sehun. “Não fez mais que sua obrigação em amortecer a minha queda. E você, Byun Baekhyun, pare já com esse risinho!”

 

Baekhyun ergueu as mãos em defensiva, embora o riso frouxo permanecesse em seu rosto. “O que diria Jongin se os visse dessa forma, hm?”, brincou. “Não seria nem a primeira vez, inclusive.”

 

“Jongin tem um imã pra chegar nas piores horas que eu estou com a Seulgi”, Sehun reclamou, empurrando a amiga para o lado para que pudesse se levantar, ignorando o protesto recebido.

 

“Como se fosse acontecer qualquer coisa, Jongin sabe”, Seulgi deu de ombros, tornando a se levantar para voltar ao seu lugar ao lado de Baekhyun. “Ainda mais, mesmo que eu quisesse, é o Sehun. Ew.”

 

“Você não tem ideia de quantas pessoas adorariam ter uma chance comigo”, Sehun reclamou. “Falando no Jongin, esses dias ele estava comentando comigo que, não fosse a Krystal sendo hétero, vocês duas provavelmente dariam um casal bonitinho. Não tenho nem como discordar.”

 

Seulgi procurou pelo olhar do Byun, percebendo que ele também concordava com a ideia. “Acha que uma mulher como Jung Soojung, que exala tensão sexual por onde passa, poderia dar certo comigo?”, Seulgi riu em retorno. “Krystal é incrível. É uma ótima amiga, nós nos divertimos muito, mas... Seríamos incompatíveis.”

 

“Eu andei estudando mais sobre sua sexualidade desde uns tempos atrás, naquela festa que Jongin e eu demos”, Sehun comentou. “É muito mais amplo do que eu imaginava.”

 

Baekhyun sabia a respeito da sexualidade da amiga também, é claro. Seulgi nunca havia negado nada a seu respeito e ostentava orgulhosamente sobre ser assexual. Sabia o quanto era importante que soubessem a respeito para que, cada vez mais, todos pudessem saber um pouco mais a respeito e não fosse algo tão distante da maioria das pessoas.

 

Quando contou aos amigos, sabia do estranhamento que teriam, mas sentiu-se feliz por ter o apoio das pessoas que mais lhe importavam. Sehun não entendeu bem no início, mas não havia mal algum em lhe responder suas dúvidas e era ótimo ver o entendimento em seus olhos, cada vez mais interessado em saber a respeito.

 

“Somos todos muito diferentes entre nós”, Seulgi concordou. “Você e Baekhyun são gays, mas não são iguais, certo? É assim com a gente também. Alguns de nós são mais receptivos a sexo, outros são completamente repulsivos, há quem seja neutro, há quem se interesse após criar conexão com a pessoa amada... Há muitas possibilidades.”

 

“E você?”, Baekhyun perguntou. “Em qual deles se encaixa?”

 

Seulgi deu de ombros. “Eu não vejo sexo como a coisa mais interessante do mundo e não tenho interesse nisso”, respondeu, “mas também não sou contra, caso aconteça. Só não é meu interesse e eu acho que há aspectos de um relacionamento muito mais interessantes nos quais focar.”

 

“Consigo sentir que essa foi uma indireta a todos os momentos que chegamos em casa e Sehun estava atracado com Jongin sem respeitar a regra da meia na porta”, Baekhyun riu. Sehun a olhou com uma sobrancelha arqueada, mas o dar de ombros da amiga foi o bastante para que uma expressão indignada tomasse seu rosto.

 

Assistiu mais uma vez ao embate dos melhores amigos, com Sehun se defendendo que nem sempre estava agarrado a Jongin quando os amigos chegavam e a Seulgi rindo em retorno dizendo-lhe que não se importava, mas era divertido importuná-lo com isso todas as vezes que tinham a chance. As discussões sempre começavam por motivos bobos e encerravam como se nada tivesse acontecido e Baekhyun estava acostumado a isso.

 

E não havia se dado conta do quanto sentia falta até tê-los novamente buscando-o como um juiz para apartar a situação.

 

. . .

 

A tarde ao lado dos amigos passou mais rápido do que havia previsto e, quando Sehun o levou até sua casa – quando Jongin foi buscá-lo no apartamento de Seulgi indicando que já haviam terminado tudo –, a lua já estava alta no céu.

 

Não havia falado com Chanyeol o dia todo desde que seus amigos o sequestraram e imaginou que o namorado ficaria bem na companhia de seus próprios amigos. Também não havia nenhuma chamada perdida do Park em seu celular, o que indicava que estava tudo bem e nada havia acontecido, mas não aplacava a saudade que já começava a sentir.

 

Tinha prometido a si mesmo que nunca se tornaria o tipo de pessoa apaixonada que sentia saudades em menos de vinte e quatro horas que havia visto a pessoa amada, mas o tempo com Chanyeol lhe fez perceber que havia muita coisa que não planejara que acontecesse e, ainda assim, era parte de sua rotina agora. Sentir saudades de Chanyeol mesmo tendo-o visto no dia anterior já era uma rotina.

 

E saber que ele estava há apenas alguns andares lhe esperando era o bastante para que apanhasse o elevador rapidamente, ansioso pelo momento em que chegaria ao andar em que morariam.

 

Parte de sua ansiedade também derivava do fato de que, uma vez que pusesse seus pés no apartamento, tudo se concretizaria e ele também seria seu apartamento. Suas coisas já estariam lá, suas roupas já estavam no guarda-roupa que dividiria com Chanyeol, seus livros espalhados pela estante do mais velho, tudo estaria lhe indicando que aquele era seu novo lar. Não era mais apenas uma ideia.

 

Isso trazia comichões em seu estômago de ansiedade, mas também o animava – porque seria só mais um passo a ser dado no caminho que queria percorrer até o fim com o Park.

 

As portas do elevador se abriram e Baekhyun caminhou o restante do caminho até a porta do apartamento em passos rápidos. Já possuía uma chave do local há muito tempo em seu chaveiro – se lembrava bem do dia em que Chanyeol lhe entregou, um ano atrás, simbolizando que possuía passe livre no local quando desejasse –, e usou-a para abrir a porta, ansioso por reencontrar o namorado.

 

Contudo, não havia ninguém à vista no apartamento.

 

Estranhou o silêncio que tomava conta do recinto, imaginando que o mais velho estaria lhe esperando para que ficassem juntos na primeira noite que dividiriam oficialmente o mesmo teto. Caminhou até a sala de estar, mas também não havia sinais de Chanyeol no local; ao invés disso, contemplou a mistura de seus objetos de decoração – os pop funko que Sehun lhe dera, o abajur de lava que Seulgi lhe deu de aniversário – misturado aos de Chanyeol, compondo um ambiente confortável e com a cara de ambos.

 

Um sorriso se desenhou em seus lábios com o que estava vendo, feliz de verdade por ter concordado com a ideia do namorado. Sabia que se sentiria feliz ao ver o apartamento depois que suas coisas chegassem, mas o sentimento que ocupava seu peito era diferente de tudo que Baekhyun imaginou que sentiria. Era quase como a sensação de dever cumprido.

 

“Chanyeol?”, chamou um pouco mais alto, olhando em direção ao corredor que dava acesso aos quartos e banheiro do local. Nenhuma resposta foi devolvida. “Não tem graça ficar se escondendo, onde você está?”

 

Caminhou até a cozinha, imaginando se o Park tinha inventado um jantar para os dois como por vezes fazia, mas também não havia ninguém, nem mesmo a mesa estava colocada. Estava estranhando a falta de resposta e o silêncio que ocupava o local e estava prestes a procurá-lo no quarto quando a campainha soou, alarmando-o.

 

Caminhou de volta à porta de entrada, curioso. Olhando pelo olho mágico, deu um suspiro aliviado ao perceber quem estava por trás daquela porta, esperando-o.

 

“Chanyeol!”, Baekhyun exclamou ao abrir a porta, um sorriso brincando em seu rosto. “Onde você estava? Achei que estaria me esperando para dar as boas-vindas.”

 

O Park não lhe respondeu, mas esticou uma das mãos que estava escondida em suas costas em sua direção, entregando-lhe uma rosa vermelha. O Byun olhou confuso desde a flor ao rosto de seu namorado mais uma vez, mas apanhou-a com um sorriso carinhoso. O Park sabia o quanto gostava de flores e aquela era uma de suas favoritas.

 

“Nós não temos uma escada de emergência aqui no prédio, mas... Ouvi dizer que um de seus filmes favoritos é Pretty woman”, Chanyeol gracejou com um sorriso em resposta ao ver o namorado cheirando a rosa entregue.

 

O mais velho não havia errado em relação a um de seus filmes favoritos e sentiu seu coração se aquecer com a lembrança. Chanyeol tentara recriar uma de suas cenas favoritas e, embora não tenha sido exatamente igual, Baekhyun se sentia tão feliz pelo ato quanto Vivian se sentira.

 

“Você acertou em cheio”, o Byun respondeu, levando os braços em direção ao pescoço alheio para puxá-lo para mais perto. Chanyeol se deixou guiar pelo mais novo, abaixando-se para selar seus lábios aos de Baekhyun, provando de seu beijo.

 

Era inacreditável o quanto cada beijo ainda lhe deixava nas nuvens como se fosse o primeiro, como se não estivessem juntos há um ano e tantos meses, como se não estivessem construindo suas vidas juntos. Baekhyun sempre lhe dava um tornado de emoções diferentes a cada gesto e sabia que nunca iria se cansar disso.

 

Isso o tornava a pessoa que teria consigo até os últimos dias.

 

“Você não estava aqui só para me entregar a rosa?”, Baekhyun perguntou baixinho, seu rosto ainda próximo do de Chanyeol quando o beijo terminou, embora seus lábios ainda se tocassem quando sorriam.

 

“Na verdade, eu tenho outra surpresa”, Chanyeol respondeu. Baekhyun o soltou, curioso, e se deu conta que Chanyeol ainda tinha uma das mãos nas costas, escondendo outra coisa. Tentou espiar o que era, mas o mais velho o guiou de volta ao apartamento, fechando a porta às suas costas. “Não tente estragar a surpresa, você vai gostar!”

 

Baekhyun aceitou a ordem recebida e caminhou até a sala de estar com o mais velho, sentando-se no sofá em silêncio. Estava curioso com o que quer que fosse, mas o Park tinha histórico em surpreendê-lo com muitas coisas. Confiava em qualquer coisa que Chanyeol se propusesse a fazer, então, embora nada soubesse, já tinha certeza que iria amar.

 

“O que achou da decoração? Krystal finalmente me deixou fazer do meu jeito”, Chanyeol começou a conversa.

 

“Está tudo muito lindo”, Baekhyun respondeu, dando uma olhada ao redor mais uma vez. “Parece que sempre estiveram aqui, se mesclaram às suas coisas tão bem que... Parece estar assim desde sempre.”

 

Era a resposta que Chanyeol estava esperando, que Baekhyun tivesse a mesma impressão que tivera enquanto arrumava tudo, que aquele era o início da vida que sempre tiveram ao lado um do outro. Sorriu para o mais novo, apanhando uma de suas mãos com a mão que possuía livre, e passou mais alguns segundos encarando-o em silêncio, buscando as palavras certas para utilizar.

 

“É o início da nossa vida juntos, mesmo que já estejamos juntos há muito tempo”, Chanyeol indicou, fazendo um carinho mudo com o polegar pela pele do namorado. “Eu pensei muito em como poderia fazer a nossa primeira noite aqui especial. Pensei nos mais renomados chefs que eu poderia contratar para fazer o nosso jantar, pensei em eu mesmo cozinhar de novo para você, todos os cardápios que eu poderia imaginar e que poderiam me sugerir... Mas, então, me dei conta de algo importante.”

 

O Park deu uma pausa enquanto falava e Baekhyun mordeu o lábio inferior, apreensivo. O que Chanyeol ainda estava escondendo e o que a conversa atual tinha a ver com isso? Não disse nada, contudo, esperando que o namorado concluísse seu raciocínio e pudesse saber até onde iriam com aquela conversa.

 

“Percebi que tudo em você é simples e como tudo em mim se tornou mais simples desde que você chegou na minha vida”, Chanyeol continuou. “Percebi que não há necessidade de muito para deixá-lo feliz, que você encontra a beleza em coisas que ninguém nunca presta atenção, que você encontra o melhor em cada pessoa. Porque tudo em você é simples, Baekhyun, é fácil e por isso eu amo tanto você. Porque de todas as dúvidas que tive na minha vida, das complexidades com as quais vivi em pessoas que eu não sabia até onde confiar, você chegou e provou que amar é mais fácil quando as coisas são mais simples.”

 

Não estava esperando por essa declaração e, por isso, por um momento não soube como respondê-lo. Chanyeol permaneceu encarando-o com olhos calmos, repletos de carinho, como já havia se acostumado a ser olhado. Sabia o quanto seu namorado o amava e não duvidava disso – arrependia-se amargamente do momento em que quase colocou tudo a perder por não ter confiado nele –, mas nunca estava preparado para declarações fora de hora como essa.

 

“Por isso... Nada de chefs renomados ou eu tentando cozinhar para você”, Chanyeol disse, “hoje nós voltamos aonde começamos.”

 

O Park revelou o que escondia às suas costas, indicando uma caixinha branca de isopor; não precisou de muitas dicas para que Baekhyun se desse conta do que o rapaz estava dizendo e teve sua confirmação quando abriu a caixinha e deu de cara com dois cachorros-quentes, exatamente como os que haviam comido na primeira vez em que Chanyeol saiu consigo do seu jeito.

 

“Não acredito que você foi comprar cachorro-quente”, Baekhyun riu. “É do mesmo lugar?”

 

“Exatamente os mesmos”, Chanyeol sorriu em resposta. “E essa é oficialmente a nossa primeira refeição morando juntos.”

 

“Eu não consigo imaginar uma que fosse melhor do que essa”, Baekhyun lhe respondeu, inclinando-se novamente para roubar um novo beijo.

 

Cada um apanhou seu próprio cachorro-quente de dentro da caixinha e começaram a comer em silêncio, apreciando o sabor. Não estava tão quentinho quanto poderia estar caso comessem na hora em que foi feito, mas Baekhyun não tinha nada a reclamar a respeito porque era Chanyeol e ele havia voltado ao começo de ambos por si.

 

Era Chanyeol – o homem de restaurantes caros, de ternos requintados, presidente de um império, a quem todos desejavam um minuto de sua atenção indo em busca de cachorros-quentes porque sabia que era disso que Baekhyun gostava e que nunca precisou de nada cheio de pompa e requintes para que ficasse feliz.

 

Aquele era o homem que lhe conhecia tão bem e que desejava continuar ao seu lado. O homem que sabia todos seus detalhes, que o amava ainda que fossem diferentes, e por quem era completamente apaixonado mesmo quando achava ser impossível se sentir assim sobre alguém. 

 

“Isso está mais gostoso do que seria caso estivéssemos no parque”, Baekhyun comentou, chamando atenção do Park, “porque é você. Não consigo te imaginar indo até lá comprar esses cachorros-quentes, não sabia nem mesmo que você havia gravado o local onde o carrinho costuma ficar.”

 

Chanyeol deu de ombros. “Eu conheço tudo sobre você”, respondeu. “Não me veio à mente como a primeira opção de início porque eu estava nervoso e surtando querendo que tudo fosse perfeito, mas... Me dei conta que já é perfeito. Eu só precisava de algo que fosse lhe deixar feliz e bastava.”

 

“Você acertou em cheio”, Baekhyun sorriu. “Você sempre acerta.”

 

Chanyeol deu a última mordida em seu cachorro-quente, limpando o rosto com o guardanapo antes de voltar a olhar para o Byun com o mesmo sorriso no rosto. Era impossível permanecer ao lado de Baekhyun sem que toda a felicidade que sentia se exteriorizasse; era bom que o mais novo soubesse exatamente o que causava em si, como se sentia feliz por sua conta.

 

“É só o começo do nosso futuro juntos”, Chanyeol sussurrou. “O meu único objetivo sempre será deixar você feliz, o mais feliz que eu conseguir fazer.”

 

“Você não precisa de muito esforço para isso”, Baekhyun gracejou, “eu já tenho felicidade suficiente com você ao meu lado, só sendo... Você.”

 

Chanyeol não lhe disse nada, apenas guiou sua mão em direção ao rosto alheio, usando o indicador para limpar o cantinho de sua boca que estava sujo com o molho do cachorro-quente. Baekhyun permaneceu olhando-o enquanto limpava o dedo em sua boca, degustando do molho alheio.

 

A tensão que se seguiu ao silêncio foi o suficiente para que Baekhyun deixasse de lado o pedaço restante de seu jantar, guardando-o de volta na mesma caixinha de onde viera. Seus olhos continuavam fixos nos de Chanyeol, suas mãos procuravam pelas alheias no sofá, e tudo em si ansiava pelo que o Park tinha para lhe oferecer.

 

Era inacreditável como um único olhar ou um único gesto de Chanyeol podia incendiá-lo de uma hora para outra.

 

O Park o puxou para mais perto no sofá, uma de suas mãos firmes na cintura do mais novo para que não se afastasse – não que Baekhyun o desejasse fazer. A outra caminhava pelo rosto alheio, dedilhando cada pedacinho de pele com devoção, enquanto seus olhos continuavam fixos nos do Byun, tragado por todos os mistérios que ali se abrigavam.

 

O primeiro beijo veio delicado, suave em sua pele, e Baekhyun fechou os olhos para aproveitar da sensação dos lábios de Chanyeol viajando por seu rosto; desde suas bochechas, deixando selinhos pela curvatura de seu nariz, descendo em direção a seus lábios, beijando o cantinho deles antes de chegar ao principal. Um risinho escapou por sua boca antes que Chanyeol a tomasse para si, iniciando um beijo calmo, mas cheio de carinho.

 

Não havia necessidade alguma de pressa naquele momento. Sabiam o quanto pertenciam um ao outro, que estariam ali a qualquer minuto, e podiam fazer qualquer coisa com lentidão, com a devoção e carinho devidos. Seus olhos permaneceram fechados ao contato de seus lábios, mas não precisava deles abertos para saber que o Park também estava sorrindo para si.

 

Suas mãos chegaram sozinhas aos cabelos do Park, acariciando-os por vezes, puxando levemente os fios mais curtos em outras. Não havia mais nada que importasse naquele momento enquanto os lábios de Chanyeol se moviam sobre os seus com gentileza, enquanto suas mãos tocavam seu corpo com ternura, enquanto seus sentimentos se mesclavam tão bem uns aos outros até que se tornassem um único.

 

Baekhyun queria que esse momento nunca acabasse.

 

Para seu infortúnio, foi Chanyeol quem separou o beijo dessa vez, mas não deixou que se afastasse, apenas o bastante para que conseguisse encará-lo. Baekhyun o olhou confuso, buscando por seus lábios mais uma vez, mas a voz baixinha e rouca do namorado o impediu de continuar a perseguir seu intuito:

 

“Eu tenho mais uma surpresa para você”, Chanyeol indicou, “e a rosa foi só um primeiro indicativo. Está lá no quarto. No nosso quarto.”

 

Baekhyun sorriu de imediato à menção do cômodo como de ambos e aceitou o convite quando Chanyeol indicou que se levantasse, guiando-o até o local com as mãos em seus olhos. Queria que fosse uma surpresa e queria ver a reação em seu rosto quando visse o que passou parte de sua tarde preparando com os amigos.

 

Manter o namorado longe do apartamento com seus melhores amigos foi a desculpa perfeita para que conseguisse deixar tudo do jeito que queria e de como sabia que Baekhyun iria amar. Seulgi tinha razão e fora a responsável por iluminar sua mente sobre o que deveria fazer naquela noite: Baekhyun era um rapaz romântico e era isso que iria lhe entregar.

 

Romantismo em sua forma mais pura.

 

A cada passo dado Baekhyun conseguia sentir seu coração palpitando em ansiedade, o nervosismo consumindo suas veias. Queria saber o que Chanyeol havia preparado, aquela estava sendo uma noite de muitas surpresas para seu gosto; não havia planejado nada para dar ao namorado pela mudança, sequer havia se passado por sua cabeça.

 

Talvez devesse pensar nisso em outro momento porque Chanyeol o parou assim que chegaram no batente da porta.

 

“Mantenha os olhos fechados”, sussurrou em seu ouvido, “vou tirar as minhas mãos e lhe digo assim que puder abri-los.”

 

Baekhyun assentiu, mantendo os olhos como estavam. Sentiu quando as mãos do Park deixaram seu rosto e venceu a tentação em dar uma bisbilhotada que fosse enquanto ele não visse; contudo, freou-se a tempo antes que a curiosidade lhe consumisse. Chanyeol estava se empenhando em sua surpresa e o mínimo que deveria fazer era respeitar seu pedido.

 

Demorou alguns minutos até que ouviu a voz do Park novamente, indicando que poderia abrir os olhos, e nada o havia preparado para o que estava vendo.

 

Chanyeol estava à sua frente, com as mesmas roupas que estava usando anteriormente – a mesma calça jeans de lavagem escura, a mesma blusa branca de botões com os três primeiros abertos e as mangas em seus cotovelos –, mas o quarto estava diferente de tudo que havia visto. Ninguém nunca havia feito isso por ele.

 

Por todo o cômodo, velas foram espalhadas em copinhos iluminando o local, dando um ar confortável para o ambiente com a pouca iluminação. A cama estava repleta de pétalas de rosas, a sua flor favorita, e havia uma garrafa de vinho com duas taças dispostas na mesinha de cabeceira. Chanyeol havia preparado tudo para que fosse perfeito e Baekhyun não tinha palavras no momento.

 

“Você... Meu Deus”, Baekhyun sussurrou. “Isso está tão lindo, Chanyeol.”

 

O Park se aproximou mais uma vez em passos lentos, abraçando-o pela cintura. Baekhyun olhou para cima para encontrar com seus olhos, buscando pelo sorriso que lhes habitava; os olhos do Park sempre estavam sorrindo para si e não seria diferente dessa vez.

 

“Nossa primeira vez foi no seu chuveiro, sem qualquer planejamento, tomados pelo momento...”, o Park recordou, trazendo de volta à memória de ambos o momento em que se entregaram um ao outro pela primeira vez. “E foi incrível porque foi com você, como todas as outras vezes também foram. Mas a nossa primeira vez aqui, como moradores definitivos, precisa ser memorável.”

 

Baekhyun queria lhe dizer que não havia nenhum momento ao seu lado que fosse menos do que memorável, mas a verdade é que nenhuma palavra lhe vinha à mente enquanto continuava a olhar desde o homem à sua frente até o restante do cômodo, com um sorriso aberto em seu rosto por tudo que o Park havia planejado.

 

“Eu amo tanto você”, Baekhyun lhe respondeu. “Eu amo tudo em você.”

 

Chanyeol abaixou o rosto, sua boca se aproximando do ouvido de Baekhyun. Deixou um leve selar na região, sentindo como o corpo alheio estremeceu com o contato em uma região que lhe era tão sensível, e sorriu em resposta. Conhecia tudo em Baekhyun, inclusive seus pontos mais sensíveis, e pretendia fazer uso de seu conhecimento naquela noite.

 

“Então me deixe amar você essa noite”, Chanyeol sussurrou.

 

O mais novo assentiu, os olhos fechados, sem qualquer objeção a ser feita. Tudo em si gritava por Chanyeol, ansiava pelo toque do mais velho, e ele poderia fazer consigo o que quisesse.

 

Ainda com seus olhos fechados, sentiu quando as mãos de Chanyeol voltaram à sua cintura, puxando-o para mais perto de si enquanto seus lábios procuravam pelos alheios. Recebeu-os de bom grado, levando seus braços até o pescoço do Park, onde suas mãos encontraram conforto nos fios de cabelo macios de seu namorado.

 

Permitiu-se ser guiado por Chanyeol pelos poucos passos que os separavam da cama, assim como se permitiu ser deitado no móvel pelas mãos gentis do mais velho. Em todos os momentos, manteve seus olhos fechados, deixando que seus demais sentidos o comandassem e entregando o controle nas mãos de Chanyeol, assim como havia planejado desde o início. Queria aproveitar a noite que mal havia começado de todas as formas possíveis.

 

Suas mãos encontraram com as pétalas em cima da cama, sentindo a textura e a maciez de cada uma delas em contato com sua tez, e era impossível não deixar que um breve sorriso surgisse em meio ao beijo trocado. O Park sabia exatamente o que fazer para deixá-lo feliz, dar vazão à aura romântica que possuía e que, por muitas vezes, deixava escondida por medo de ser demais. Devia saber que nada com Chanyeol era demais porque sempre ansiava por mais.

 

Conseguia sentir o aroma agradável e suave das flores espalhadas, embriagando-se com o cheiro; mesclava-se ao cheiro forte que seu namorado possuía, o odor almiscarado de seu perfume favorito, e Baekhyun nunca antes havia pensado em como duas coisas tão diferentes poderiam combinar tão bem quanto naquele momento, mas dera-se conta que fazia sentido. Era como ter ele e Chanyeol misturados em uma única fragrância.

 

Tudo que sua audição era capaz de absorver eram os sons baixinhos que o atrito entre seus corpos causava, o separar e unir de seus lábios repetidas vezes, o roçar das mãos de Chanyeol por sua pele enquanto buscavam por mais contato, o entrelaçar de seus dedos entre os fios do mais velho – tão baixos que, por muitas vezes, poderia deixar passar em meio a uma cacofonia de sons, mas não dessa vez.

 

Não dessa vez porque todos seus sentidos estavam atentos ao que Chanyeol causava em seu corpo, o arrepiar de sua pele aos sorrisos involuntários, e Baekhyun estava ansioso por tudo que ainda poderiam ter.

 

Quando abriu seus olhos, o único sentido do qual estava se privando para dar atenção aos demais, Baekhyun encontrou o olhar de Chanyeol fixo em seu rosto, a paixão expressa em suas íris recobertas de atenção, e soube – Chanyeol poderia ter tudo que quisesse de si porque estava lhe entregando tudo que havia nele. 

 

A cada pequeno passo que davam juntos em seu relacionamento, desde o pedido de namoro oficial ao pedido que morassem juntos, cada pequena vitória comemorada em conjunto, Baekhyun sabia que havia um pedacinho seu que fazia morada em Chanyeol e sabia do quanto já havia do Park dentro de si. Imerso em um novo beijo, Baekhyun tinha todas as respostas pelas quais ansiava.

 

O Park interrompeu o beijo trocado, erguendo um pouco seu corpo para que tivesse uma visão melhor de Baekhyun. O mais novo estava deitado abaixo de si, os lábios entreabertos pela respiração rápida, um pouco inchados e vermelhos pelos beijos constantes, os cabelos espalhados em meio às pétalas abaixo de seu corpo. Nunca estivera mais lindo – como todas as vezes, Baekhyun sempre estava lindo.

 

Deixou que seus lábios se curvassem em um sorriso pequeno, mas repleto de carinho; amava o homem abaixo de si, em todos seus pedacinhos, como nunca pensara que poderia acontecer. Os meses que passaram ao lado um do outro lhe ensinaram muito mais do que havia imaginado que aconteceria e o Park se pegava ansioso, todos os dias em que acordava e tinha o semblante adormecido de Baekhyun ao seu lado, com o que mais aquele veterinário poderia lhe ensinar.

 

Ensinara-lhe a ser um homem melhor, a entregar seu amor de maneiras mais simples, e Chanyeol o amava um pouquinho mais por isso.

 

“O que foi?”, Baekhyun perguntou baixinho, percebendo como o namorado havia ficado quieto enquanto o olhava.

 

“Você é lindo”, Chanyeol respondeu no mesmo tom, “você é incrivelmente lindo.”

 

Baekhyun riu baixinho e o som de sua risada envergonhada era o som perfeito para fazer com que Chanyeol sorrisse de imediato. Sabia o quanto o namorado ainda tinha problemas em lidar com seus elogios fora de hora, a vergonha que lhe acometia, mas isso não lhe impediria de dizer o quanto era lindo todos os dias e fazê-lo aceitar isso como uma verdade, dia após dia.

 

Aproveitou-se do momento e voltou a inclinar seu corpo em direção ao alheio, seus lábios fazendo caminho pela pele do rosto de Baekhyun. Cada beijinho depositado era acompanhado de um suspiro diferente deixando os lábios do mais novo, percebendo como já estava entregue mais uma vez. Gostava de ver como Baekhyun confiava em si o suficiente para que não se preocupasse com nada.

 

Seus lábios fizeram todo o percurso pelo rosto do Byun, deixando beijinhos nas pálpebras fechadas, descendo pelo contorno de suas bochechas, o topo de seu nariz – o que causou uma nova série de risinhos em Baekhyun – até que alcançasse o canto de seus lábios, beijando-os suavemente. Pressionou os lábios nos de Baekhyun, sem aprofundar o beijo, apenas saboreando do momento; tinha outros planos para dar continuidade.

 

Continuou seu trajeto descendo seus lábios pelo queixo arredondado, chegando à pele imaculada de seu pescoço e na qual estava ansioso em deixar sua marca. Sabia que era uma região sensível para Baekhyun e teve sua confirmação quando deixou o primeiro selar no local, arrancando arrepios em sua pele e a reação automática do Byun em levar as mãos novamente a seus cabelos.

 

Acima de tudo, gostava de como Baekhyun lhe deixava guiar quando queria, entregando todo o controle em suas mãos, sem nunca o deixar no escuro quanto ao que gostava ou não – a forma como acariciava seus cabelos era sempre um indicativo para que soubesse o que fazer e quando parar.

 

Baekhyun aproveitava cada sensação que os lábios de Chanyeol contra seu pescoço lhe causavam, dos selinhos delicados aos chupões que sabia que deixariam sua marca. Não se importava com isso, de qualquer maneira; gostava da sensação de dor inicial que os chupões causavam, mas gostava mais ainda das marcas que durariam por algum tempo até que sumissem, recordando-lhe de cada segundo.

 

Seu namorado era sempre muito bom no que fazia e Baekhyun não se fazia de rogado em não deixar que seus gemidos escapassem; sabia que Chanyeol gostava de ouvi-lo, gostava de saber que estava sentindo prazer com seus toques, e era o mínimo que poderia lhe ofertar enquanto seus lábios lhe faziam tão bem naquele momento.

 

Contudo, sentiu o momento em que Chanyeol o deixou mais uma vez, e o seguiu com o olhar em busca de seu próximo movimento. As mãos do mais velho desceram por seus flancos, alcançando a barra da camiseta que vestia; Baekhyun também se ergueu um pouquinho, o bastante para que a peça de roupa pudesse ser retirada de maneira lenta, cada movimento observado atentamente pelos olhos de Chanyeol que já deixavam claro seu desejo.

 

Sua pele queimava com a intensidade do olhar recebido e em vontade de ser tocado novamente pelas mãos de seu namorado.

 

A baixa luz proporcionada pelas velas tornou ainda mais sensual os movimentos de Chanyeol ao tornar a se inclinar em sua direção, dispensando seus beijos dessa vez por todo seu tórax. O caminho percorrido por seus lábios parecia incendiá-lo, ainda mais quando alcançaram seu mamilo. Chanyeol mordiscava a região com cuidado, sua mão cuidando de estimular o outro mamilo de igual forma, e Baekhyun se viu perdido em meio às sensações enviadas por seu corpo.

 

Olhou para baixo da maneira como podia, encontrando o olhar de Chanyeol no meio do caminho. Viu quando a língua do mais velho circulou seu mamilo antes de raspar seus dentes na região mais uma vez e deixou que sua cabeça caísse em direção ao travesseiro novamente. Sentia-se sensível naquela região e tinha certeza que Chanyeol sabia muito bem disso, aproveitando-se desse fato como deveria.

 

Inverteu o que fazia após algum tempo, levando sua boca ao outro mamilo, trabalhando nele como havia feito com o primeiro. Sabia que estava no caminho certo pela forma como os gemidos de Baekhyun saíam cada vez mais constantes por sua boca, com a forma como segurava seus cabelos pela base, puxando os fios vez por outra. Queria levar Baekhyun a seu limite naquela noite e estava apenas começando.

 

Contudo, Baekhyun puxou seus fios com um pouquinho mais de força, forçando-o a parar o que estava fazendo. Olhou-o confuso enquanto o Byun erguia o tronco levemente, indicando-lhe para que fizesse o mesmo. Uma vez que estava sentado em cima de suas panturrilhas, Baekhyun se sentou de igual forma à sua frente, com um sorriso maroto brincando em seu rosto.

 

“Não quero que faça tudo sozinho”, Baekhyun comentou em um tom baixo, levando suas mãos aos botões da camisa de Chanyeol que ainda estavam abotoados. “Quero amar você também, mostrar o quanto você também é tão lindo...”

 

O mais velho assistiu aos movimentos alheios, a forma como os dedos longos de Baekhyun desabotoavam cada botão e como seus lábios substituíam o tecido retirado. Um beijo era depositado a cada botão retirado, até que sua camisa já estivesse completamente aberta e pendente em seus braços e os lábios de Baekhyun viajavam por conta própria em seu tórax, subindo lentamente em direção a seu pescoço.

 

As mãos do Byun desceram o tecido por seus braços, livrando-o da camisa enquanto sua boca continuava a trabalhar em seu pescoço, deixando marcas exatamente como as que Chanyeol deixara. O Park se permitiu aproveitar o momento como proposto por seu namorado, inclinando a cabeça para o lado para dar-lhe mais espaço no qual trabalhar, sentindo o sorriso de Baekhyun se desenhar contra sua pele.

 

A sensação de ter o veterinário depositando beijos e marcas contra sua pele sempre fazia Chanyeol se perder em meio ao tempo, focado exclusivamente nas sensações que Baekhyun lhe causava. As mãos do mais novo estavam firmes em sua cintura enquanto o beijava, subindo por seu rosto até que alcançassem o lóbulo de sua orelha, sugando-o. Suas mãos, por sua vez, encontravam uma válvula de escape para o prazer recebido nas coxas do mais novo, apertando-as por vezes.

 

Porém, quando as mãos de Baekhyun desceram em direção ao botão de sua calça, pronto para começar a retirá-la, Chanyeol voltou de seu torpor, impedindo-o de continuar sua ação. Tinha um plano para aquela noite e, se Baekhyun continuasse a beijá-lo da maneira como estava fazendo, tinha certeza que não conseguiria levá-lo até o fim, inebriado por cada toque do mais novo.

 

O Byun o olhou sem entender quando Chanyeol retirou suas mãos de onde estavam, olhando-o com um breve sorriso de canto. “Essa noite é para que você apenas aproveite”, sussurrou, fazendo com que Baekhyun voltasse a se deitar lentamente, “é a minha vez de dar tudo a você.”

 

Chanyeol se livrou de sua própria calça rapidamente, deixando-a no chão aos pés da cama, antes de voltar sua atenção a Baekhyun. Desabotoou a calça do mais novo com cuidado, descendo o tecido pesado do jeans por suas pernas com lentidão, dando atenção a cada pedacinho de pele exposta durante o trajeto. Baekhyun deixou que os suspiros escapassem por sua boca, aproveitando da sensação das mãos de Chanyeol acariciando a pele de suas pernas.

 

Deu o mesmo destino a calça de Baekhyun que dera à sua, esquecendo-se de ambas enquanto suas mãos dedicavam carinhos a Baekhyun, subindo até que alcançassem suas coxas. Tinha a visão privilegiada de seu pau marcado pela cueca que Baekhyun usava e sua boca salivou em vontade de tê-lo preenchendo-a, mas tudo tinha seu tempo.

 

Trocou um longo olhar com Baekhyun ao mesmo tempo em que suas mãos acariciavam o interior das coxas do mais novo antes de inclinar seu rosto na mesma direção, acomodando-se o bastante para que começasse a distribuir beijinhos pela região. Seus lábios percorriam a extensão das coxas de seu namorado, deixando-lhe algumas marcas na região também e deleitando-se com a maneira como seus músculos se contraíam a cada marca deixada.

 

Subiu seu trajeto até alcançar o pau marcado pela cueca, percorrendo-o com sua boca sem qualquer menção de retirar o tecido. Os gemidos de Baekhyun já começavam a se tornar mais insistentes, as mãos curiosas que tentavam guiá-lo aonde queriam, mas Chanyeol preferia fazer a seu modo. Não havia nada que lhe deleitasse mais do que a imagem de Baekhyun em busca de seu próprio prazer.

 

A região onde a glande descansava estava marcada pelo pré-gozo e o Park aproveitou para chupar a região, ganhando um ofego desesperado vindo de seu namorado. O sorriso sacana que surgiu em seu rosto foi de imediato, erguendo seu olhar apenas para confirmar o que já esperava: Baekhyun o encarava com seus olhos pidões, a respiração entrecortada em um único pedido.

 

E o mal de Park Chanyeol sempre foi ceder a tudo que aqueles olhos lhe pediam.

 

Puxou o tecido da cueca com a mesma vagareza com a qual se livrou de sua calça, sem se importar com o batucar constante dos dedos de Baekhyun na cama denotando sua impaciência. A imagem de seu pau livre e ereto à sua frente foi o bastante para que sua atenção estivesse tomada, livrando-se de qualquer outra distração que pudesse ter.

 

Abocanhou-o sem qualquer cerimônia após se livrar de sua cueca, sendo agraciado pelo gemido mais alto que abandonou a garganta de Baekhyun tomado pela surpresa. Iniciou os movimentos de vai e vem com sua boca de maneira lenta, carinhosa, enquanto suas mãos acariciavam a região interna das coxas do veterinário. Uma das mãos de Baekhyun correu até seu cabelo, tendo seus fios presos entre seus dedos.

 

Permaneceu com seus movimentos na mesma intensidade, seus olhos fixos às expressões que passavam pelo rosto de seu namorado, atento às suas demandas; era a noite em que deixaria Baekhyun ter tudo aquilo que quisesse, ainda que fizesse de seu próprio modo, e aceleraria seus movimentos apenas quando o mais novo pedisse.

 

A sensação que o puxar constante de Baekhyun em seu cabelo causava era um ardor fino e constante, mas Chanyeol gostava disso tanto quanto gostava de sentir sua boca preenchida pelo pau de seu namorado, de sentir a glande próxima a sua garganta. Lembrava-o de com quem estava, dos ofegos baixos aos gemidos mais altos, e dava-lhe mais vontade de continuar com os estímulos.

 

Suas mãos agora brincavam com os testículos do mais novo, exercendo a mesma pressão em seu pênis, e recebendo em troca mais dos gemidos de Baekhyun. Conseguia sentir como a impaciência começava a dominá-lo, o tesão que se acumulava e a necessidade de gozar que quase o controlava. Conhecia Baekhyun o suficiente para saber que estava quase em seu limite.

 

Retirou o pau de sua boca com um estalo apenas para ouvi-lo gemer em desagrado, olhando-o com os olhos frustrados; em sua boca, o sorriso canalha que Baekhyun odiava porque sabia o que significava se fazia presente.

 

“Se quiser, sabe que terá que pedir”, Chanyeol o alertou. “Sabe que faço tudo que você pedir.”

 

“Que merda, Chanyeol”, Baekhyun xingou baixinho, “eu quero que vá mais rápido, por favor.”

 

Seu sorriso continuava presente, mas voltou sua boca ao pênis necessitado, voltando a sugá-lo com mais vigor e rapidez dessa vez. Conseguia sentir a tensão no corpo de Baekhyun pela maneira como sua mão se agarrava ao lençol ao seu lado, na maneira como seus fios continuavam sendo puxados, e daria a seu garoto tudo aquilo que ele precisava.

 

Bom, é claro que lhe daria aquilo que queria, lhe deixaria gozar como merecia – na hora certa e essa hora ainda não havia chegado.

 

Abandonou novamente o pau de seu namorado, ouvindo-o choramingar baixinho por estar tão perto de seu orgasmo e o ter negado. Se não tivesse tantos planos ainda para mostrar a Baekhyun, quem sabe pudesse se apiedar do mais novo naquele momento e chupá-lo até que gozasse em sua boca. Entretanto, essa ideia poderia ficar para uma outra noite.

 

Chanyeol ainda tinha uma carta na manga para usar.

 

“Você confia em mim, certo?”, Chanyeol o perguntou, acariciando sua cintura com um dedilhar leve com o polegar.

 

Baekhyun tinha um biquinho fofo em seus lábios, ainda desapontado por seu orgasmo lhe ter sido dispensado. “Depois de você não me deixar gozar?”, retorquiu. “Acho que não muito.”

 

Chanyeol riu um pouco pela manha feita, tão característica de seu namorado. Conhecia-o tão bem que até mesmo suas reações lhes eram esperadas. “Você vai gostar do que eu tenho para você”, prometeu. “Vira de bruços para mim, bebê.”

 

Baekhyun fez exatamente como lhe fora ordenado, abraçando o travesseiro para se manter de maneira mais confortável. Suas costas agora estavam expostas para Chanyeol, assim como sua bunda até então intocada. O Park parou por alguns segundos admirando a imagem que tinha à sua frente, com toda devoção que dedicava a Baekhyun.

 

Deslizou inicialmente a ponta de seus dedos pelas costas do mais novo, desenhando o contorno de sua coluna enquanto percebia os arrepios causados por cada um de seus gestos. Aplicou um pouco mais de pressão enquanto descia até chegar em sua bunda, onde começou a brincar com suas nádegas, dando leves tapinhas na região.

 

Sabia que Baekhyun gostava de alguns tapas de vez em quando, mas não era a ideia que tinha em mente dessa vez; a única coisa que queria era distrai-lo para que não percebesse o momento em que sua boca tomasse o lugar de suas mãos, iniciando com beijos na região do cóccix antes de descer por suas nádegas – na qual fora bem sucedido se levasse em conta o ofego surpreso que abandonou os lábios de Baekhyun ao sentir sua boca o tocando.

 

Seus beijos desceram pelas nádegas de Baekhyun, raspando seus dentes pela região vez por outra apenas para ver a marca avermelhada que se formava. Em seguida, seguiu até o interior das bandas, separando-as para que tivesse uma visão melhor. Conseguia sentir a ansiedade por todo corpo do namorado, prevendo seu próximo movimento, e resolveu não o torturar por muito tempo dessa vez.

 

“Chanyeol, por favor...”, a voz entrecortada de Baekhyun, quase um suspiro, o alcançou.

 

“Tudo que você quiser, bonitinho”, Chanyeol o respondeu.

 

Afundou seu rosto na bunda de Baekhyun, deixando que sua língua fizesse todo o trabalho em sua entrada, molhando-o antes de tentar penetrá-lo. O corpo de Baekhyun estava mole em suas mãos que continuavam a apertar a região de suas nádegas, deliciado pelos gemidos urgentes que recebia em retorno. Colocou ainda mais pressão no que estava fazendo, penetrando-o devagar com sua língua, preparando-o para o que ainda viria.

 

O Byun sempre se tornava manhoso e necessitado quando estava tão próximo de gozar e Chanyeol amava cada um desses momentos, na maneira como não havia nenhum pudor como Baekhyun pedia por mais, como agarrava o lençol abaixo de si, como seus gemidos ficavam ainda mais constantes, os choramingos implorando por mais contato.

 

Ergueu seu rosto depois de um tempo, olhando para o trabalho que havia feito e a maneira como sua entrada se contraía, quase convidando-o novamente. Por mais que quisesse voltar e continuar a chupá-lo até que o sentisse se estremecer e gozando apenas com sua língua, Chanyeol fez pressão contra sua cintura, indicando para o namorado para que se virasse novamente.

 

O rosto de Baekhyun estava afogueado, corado pela vergonha ou pelo tesão, não sabia dizer; adorava vê-lo dessa maneira por ambos os motivos, ainda mais quando estavam unidos em um só.

 

“Quero estar olhando para você a cada momento”, Chanyeol confidenciou, “quero beber dos teus gemidos, dos teus beijos, quero olhar para você quando gozar, ver a bagunça que só eu consigo deixar você.”

 

Baekhyun assentiu rapidamente, assistindo ao namorado retirar a própria cueca rapidamente, seu pau necessitado por contato finalmente se vendo livre do aperto do tecido. Queria tocá-lo, colocá-lo em sua boca e chupá-lo até que o sentisse gozar, mas sabia que Chanyeol tinha outra ideia naquele momento – uma ideia pela qual Baekhyun também já se via ansioso.

 

O Park bombeia o próprio pênis rapidamente, buscando pelo lubrificante e a camisinha que deixara ao lado do vinho ainda esquecido em sua mesa de cabeceira. Rasgou a embalagem do preservativo, vestindo seu pau antes de lançar mão do lubrificante em seus dedos, levando-os até a entrada de Baekhyun mais uma vez. Sabia que havia feito um bom trabalho na região, mas queria que o mais novo tivesse o menor incômodo possível.

 

Conseguia ver a necessidade que também havia em Baekhyun pela maneira como seus olhos o encaravam e encerrou o movimento com seus dedos em sua entrada mais rápido do que previra, ansioso por se ver dentro de seu namorado. Olhou-o com atenção, mantendo seus olhos fixos nos dele enquanto o penetrava devagar, centímetro a centímetro.

 

Juntou seus lábios aos de Baekhyun durante os primeiros segundos, deixando que se acostumasse com a invasão inicial antes de começar a se movimentar. Bebeu de seus gemidos desde o início, separando seus lábios por poucos instantes antes de buscá-los novamente, ávido por mais contato com o veterinário.

 

Continuou a investir seu quadril contra o de Baekhyun, aumentando a velocidade de maneira constante enquanto se aproveitava das expressões de prazer que dominavam o rosto do mais novo. Ver Baekhyun alcançando seu prazer dessa maneira era suficiente para que também buscasse o seu, colocando seu garoto como prioridade.

 

Baekhyun sempre era sua prioridade.

 

Apanhou as mãos de Baekhyun nas suas, entrelaçando seus dedos e levando ambas até o travesseiro onde seu namorado repousava sua cabeça. Manteve-as entrelaçadas enquanto continuava a arremeter contra o mais novo, sentindo-o rebolar contra seu pau, pressionando-o em sua entrada. Conseguia sentir o orgasmo se formando em seu baixo ventre, deixando que seu corpo se guiasse sozinho.

 

Buscou por mais de seus beijos, sentindo a fricção entre seu corpo e o de Baekhyun e a maneira como o pau do mais novo era estimulado durante seus movimentos. Pela maneira como Baekhyun gemia contra seus lábios, sabia que não demoraria muito até que alcançasse seu orgasmo e aumentou suas investidas para ajudar seu percurso.

 

O orgasmo o atingiu no mesmo momento em que resvalou contra sua próstata, manchando ambos os abdomens com seu sêmen. Seu corpo que tremia pelo orgasmo alcançado, sua entrada que se contraía em torno do pau de Chanyeol, e sua respiração ofegante eram estímulos suficientes para que, após mais algumas investidas em busca de prazer próprio, Chanyeol também gozasse.

 

Permaneceram parados, os rostos emparelhados e olhando um para o outro enquanto normalizavam suas respirações. Baekhyun soltou uma de suas mãos, mantendo a outra entrelaçada à de Chanyeol, e levou-a até o rosto do mais velho, acariciando sua bochecha com um sorriso carinhoso antes de puxá-lo para um último beijo repleto de paixão.

 

Ter sua mão unida à de Chanyeol dava-lhe a sensação de aconchego, de estar em casa, da proteção que era inerente à presença de seu namorado. Dava-lhe a sensação de ter alguém com quem percorrer o caminho que chamavam de vida e a certeza de que não soltaria sua mão em nenhum momento.

 

Chanyeol foi o primeiro a se mover, retirando-se de seu interior e dispensando a camisinha no lixo mais próximo. Baekhyun se ajeitou na cama, olhando para as pétalas esparramadas pelo lençol, a maior parte espalhada pelo chão pela movimentação de ambos no móvel, e recebeu o namorado de volta com duas taças para que tomassem do vinho.

 

“Você pensou em tudo essa noite”, Baekhyun comentou enquanto Chanyeol enchia sua taça. “Eu amei cada detalhe.”

 

“Eu queria que fosse uma noite especial para nós dois”, Chanyeol respondeu, acomodando-se ao lado do Byun, bebericando de seu vinho. “É bom ver que você gostou.”

 

“Você poderia me surpreender assim quantas vezes quiser”, Baekhyun riu baixinho, roubando um selinho do Park. “Estou tão cansado agora...”

 

“Fui eu quem fez a maior parte do serviço, bonitinho, está cansado do quê?”, Chanyeol o provocou, afundando o rosto em seu pescoço enquanto ria, sentindo os arrepios do corpo de Baekhyun.

 

“Cansa muito receber todos os seus beijos e cuidados”, Baekhyun brincou, “mas eu não estou reclamando, não. Quiser fazer de novo, agora inclusive, sou totalmente a favor.”

 

Chanyeol deixou que um sorrisinho sacana se desenhasse em seu rosto. “Se dessa vez for você a fazer todo serviço, eu sou todinho seu”, barganhou.

 

“Parece uma ótima proposta”, Baekhyun concordou. “Se soubesse que assinar aquele contrato me renderia tudo isso... Eu assinaria quantos fossem necessários para que esse sonho que vivemos juntos nunca acabasse e pudéssemos descobrir tudo que ainda há por trás das portas.”

 

Chanyeol tinha o mesmo pensamento rondando em sua mente. Assinaria quantos contratos fossem necessários, todas as vezes em que fossem precisos, se o resultado que tivesse fosse Baekhyun ao seu lado, bebericando de seu vinho em meio a uma risada gostosa, os beijos que ganhava sem pedir, os toques gentis e carinhosos por seu corpo, o amor que lhe era dispensado.

 

Estava pronto para desbravar qualquer caminho com ele ao seu lado.


Notas Finais


E é isto! Chegamos ao último extra de ptdp, um fim "definitivo" para a história. EU TO TÃO TRISTE, mas espero muito que vocês tenham gostado!!! Queria mostrar o amor dos dois nesse extra, fazer algo bem mais romântico e mostrar o cuidado do Chanyeol com o Baek, então espero que eu tenha conseguido! Triste desde já pensando que esse é o último :((((

Se vocês me seguem no twitter ou estão no grupo de leitores do whatsapp, devem saber que eu tenho a ideia de fazer de PTDP um livro dentro de algum tempo, e que eu até estou trabalhando no arquivo desde já. Eu vou falar mais a respeito desse projeto tanto no twitter quanto no grupo do whatsapp, então se quiserem se manter informados, é só me seguir no twitter que também é @iambyuntiful ou podem me mandar dm por lá ou mp aqui no Spirit e eu mando link de entrada do grupo!! Estou animada com essa ideia e espero que vocês também fiquem!

Qualquer coisa, podem me dizer o que acharam do extra ou da ideia do livro nos comentários, estou aí sempre atenta lendo tudo que vocês dizem! Para dúvidas, sugestões, reclamações, críticas ou só pra me dar amor, me acham aqui também: https://curiouscat.me/iambyuntiful <3

Até uma próxima, bonitinhos, e beijinhos~! <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...