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História Portal para o desconhecido - Aproveitando a vida


Escrita por: Mara-Kuchiki

Notas do Autor


Finalmente estou de volta queridos leitores!!
Gostaria de agradecer muito a paciência de todos. foram quase 3 meses sem postar, muito, muito obrigada mesmo pela compreensão.

Quero agradecer também a ßChihiro. É ela quem tira todos os erros de gramatica deixando os capítulos com excelente qualidade. Muito obrigada!

Capítulo 8 - Aproveitando a vida


Fanfic / Fanfiction Portal para o desconhecido - Aproveitando a vida

No capítulo anterior:

 

— Rukiaaa... O que você está fazendo? — o rapaz tomou um baita susto ao sentir o pequeno corpo da morena encostar no seu.

 

— Não consigo dormir sem você — murmurou tão baixo que o ruivo quase não conseguiu escutar.

 

— Você é mesmo uma figura — passou o braço sobre o pescoço dela, deitando sua cabeça sobre ele. Acomodou o corpo da tenente junto ao seu e a envolveu em um abraço. — Boa noite, Rukia — fechou os olhos e sorriu.

 

— Boa noite... Ichigo — dos seus lábios brotaram um sorriso, também. Ela se sentia feliz nos braços de seu amigo.

 

Capítulo 8:

Aproveitando a vida

 

Escutava o cantarolar ensurdecedor dos pássaros, que se alegravam com o dia que amanhecera lindo. Tentou se mover, mas foi incomodado com dores pelo corpo devido o lugar desconfortável que tinha dormido.

 

Abriu com muita dificuldade as janelas dos olhos. A claridade incomodava sua retina. Sentiu um peso sobre seu ombro direito e, ao se virar, deparou-se com a cena mais bela que poderia contemplar naquela manhã.

 

A morena de olhos azul violeta estava deitada ao seu lado, com a cabeça recostada sobre seu tórax. Ele, que antes estava de barriga para cima, se virou de lado, ficando cara a cara com a menina, que dormia tranquilamente.

 

Como seu rosto era perfeito, tão branquinho e delicado, lembrava muito uma bonequinha de porcelana moldada à mão. O coração do ruivo acelerava cada vez mais rápido à medida que seus olhos contemplavam cada detalhe de sua beleza. A morena dormia, alheia aos olhos castanhos que não conseguiam deixar de admirá-la.

 

Passou seu braço pela cintura da “bela adormecida” e a envolveu num abraço. Delicadamente trouxe-a para mais perto de si. Não queria que ela acordasse. Ele assustando-se quando a baixinha se mexeu, mas não conseguiu desviar seu olhar da bela.

 

— Ichigooo... O que você está fazendo? — sussurrou ao abrir os olhos com dificuldade.

 

— Nada, apenas olhando você dormir — murmurou naturalmente, ainda olhando de forma admirada os olhos da tenente. Quando notou o que tinha falado, desviou o olhar com as bochechas coradas de constrangimento.

 

Rukia sorriu ao notar que Ichigo tinha ficado com vergonha. Ela se acomodou de forma mais confortável nos braços do rapaz e nada disse. Seu lado racional dizia que deveria levantar-se; não era certo alimentar o sentimento que estava aflorando entre eles. Mas seu lado insano queria ficar ali o dia todo, sentindo o cheiro sedutor do amigo e o calor do seu corpo, ao qual a morena tanto gostava.

 

Ela até que tentou juntar forças para levantar, mas Ichigo fazia carícias em suas costas e seu cabelo, o que fez-lhe se render à sensação maravilhosa que sentia. Seu coraçãozinho palpitava de forma acelerada. Era tão bom ficar juntinho do ruivo que acabou adormecendo novamente.

 

Ichigo tentava entender tudo o que estava acontecendo entre ele e a amiga. Tentou conversar algumas vezes, mas ela sempre evitou. Talvez tivesse medo de encarar a verdade, ou não queria magoá-lo ao dizer que não o correspondia.

 

Respirou fundo, tentando afastar os pensamentos, que o estavam deixando tão confuso, da cabeça. O ruivo conhecia muito bem Rukia, mas já tinha quase dois anos que estavam afastados um do outro. Nesse meio tempo ela poderia muito bem ter mudado. Não sabia ao certo. Desde que se reencontraram, ainda não tinham conversado.

 

Notando que a pequena voltara a dormir, decidiu levantar e preparar um chá. Não adiantava ficar deitado, não ia conseguir pegar no sono novamente, pois tinha em sua mente um turbilhão de pensamentos que não o deixavam em paz.

 

— ICHIGO, SEU IDIOTA! POR QUE ESTÁ FAZENDO TANTO BARULHO ESSA HORA DA MANHÃ?! — berrou a jovem, irritada com o amigo por ter deixado a chaleira cair no chão.

 

— Não precisa gritar, sua estressada — resmungou, tentando se recuperar do susto que tomara com os berros da garota. — Fala sério, você acorda muito estressada.

 

— Acordaria mais calma se não fosse despertada dessa forma brutal — se levantou da cama, ainda zangada.

 

— Brutal? Como você é dramática, Rukia.

 

— Ah, é mesmo? Já que sou tão dramática, arruma a cama enquanto vou ao rio tomar um banho — jogou o travesseiro nele e saiu para fora.

 

— Ei, Rukia! Não seja espertinha, eu já arrumei, você desfaz a cama — desanimou ao notar que a morena já estava bem longe e nem tinha escutado. — Vou ficar louco desse jeito.

 

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Os dias que se seguiram não mudaram quase em nada a rotina do casal, com a diferença de que os amigos não brigavam mais pela cama, que agora compartilhavam todas as noites. Rukia, como era de se esperar, fingia que nada de diferente estava acontecendo entre os dois, e Ichigo, por sua vez, preferiu não constranger a amiga com perguntas importunas. Se ela não queria conversar a respeito, ele não ia insistir.

 

A cabana já estava mais apresentável. Os amigos tinham arrumado alguns buracos que tinham nela e ajeitado por dentro, deixando-a com algo parecido com um lar. A horta que o ruivo tinha encontrado dentro da floresta também foi ajeitada pelo casal: arrancaram as ervas-daninhas e encontraram uma variedade de legumes e verduras que estava servindo para ajudar em seus sustentos.

 

Ichigo e Rukia não conversaram mais sobre o Exílio ou sobre o paradeiro de Byakuya e os outros. Acharam por bem esquecer para terem um pouco de tranquilidade mental. Já tinham que conviver com seus demônios e temores internos, não tinha porque trazer a tona mais problemas.

 

E era exatamente assim que os companheiros de batalha, e agora de “prisão”, seguiam a nova vida em que foram obrigados a conviver, jogando para baixo do tapete tudo o que os estava afligindo.

                            ●●●

 

— Rukia, há quantos dias acha que já estamos aqui? — perguntou o rapaz, que estava deitado sobre o gramado que ficava de frente ao lago, fitando o céu azul.

 

— Não sei, Ichigo. Acho que uns quinze dias — respondeu a morena, que estava sentada ao lado do ruivo. — Sente falta da sua família, né? — perguntou, ao notar uma melancolia em sua voz.

 

— Sinto sim. Não quero ter que passar toda a minha vida neste lugar, longe das pessoas que amo — desabafa, tristonho.

 

— Lamento muito não poder ajudar — pegou uma pedrinha, jogando nas águas à sua frente.

 

— Não precisa lamentar — levantou-se, olhando a agitação causada no lago devido à pedra que fora lançada. — Não é sua culpa estarmos aqui, Rukia, já te falei isso outro dia.

 

— Sei que não é minha culpa, mas gostaria de poder fazer algo para sairmos daqui. Não é justo que fique longe da sua família, da sua vida — abaixou a cabeça.

 

— Você não muda mesmo, né — sorriu de modo sereno.

 

— Como assim não mudo? Do que está falando? — falou, intrigada.

 

— Sempre tomando para si a culpa de tudo. É como se tudo de ruim que acontecesse comigo fosse por sua culpa. Quantas vezes vou ter que falar que você não tem culpa das coisas terem chegado onde chegaram? Eu sou feliz por ter te conhecido da forma que foi. Naquela noite você mudou minha vida, me dando a escolha de optar por deixar minha família, viver ou morrer, e isso, Rukia, nunca vou poder te pagar, não tem preço — diz, ainda com os olhos no lago.

 

— Seu tolo. Depois, não adianta se queixar comigo — responde, meio chorosa.

 

— Eu não vou — sorriu, admirando a bela paisagem. — Não tem que levar o mundo nas suas costas, precisa entender que as coisas tem um “porquê” para tudo, e conhecer você foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida.

 

A pequena olhou para o amigo, que ainda mantinha seus olhos na água do lago. O coração da garota estava tão acelerado que ela nem conseguia respirar direito. Nem em um milhão de anos esperava ouvir isso dos lábios de Ichigo. O rapaz era do tipo que não falava muito o que estava sentindo, e a baixinha o conhecia bem através de seu olhar; era assim que ela conseguia sentir seus medos e temores. Mas ouvi-lo dizer isso fora uma grande surpresa para a morena.

 

— Você é mesmo um bobo, Ichigo — sorriu, feliz com o que acabara de ouvir.

 

— Bobo? Eu me encho de coragem e falo uma coisa legal, e você me retribui assim, sua ingrata?! — reclamou, visivelmente irritado.

 

— Nossa, que cara de malvadão! Não fique tão irritadinho — falou com a vozinha melosa, coisa que deixou o ruivo muito irritado.

 

— Ora, sua...! Agora você vai ver quem é o malvadão! — pegou Rukia no colo, que começou a gritar e se debater, na tentativa de escapar dos braços fortes do amigo, que a jogou na lagoa.

 

— ICHIGOOOO! SEU PATIFE, EU VOU TE MATA... — mal conseguiu pronunciar a frase, o ruivo pulou no lago, jogando um monte de água na cara da baixinha enfezada. — Ichigo, eu vou te matar! — empurrou a cabeça do rapaz para o fundo quando estava submergindo.

 

— Sua louca, assim vai me matar de verdade! — reclamou, jogando para fora da boca um monte de água.

 

— É exatamente isso que eu quero — empurrou-o novamente para o fundo do lago, logo depois nadando para longe, morrendo de rir.

 

— Sua peste! Agora você me pagar! — foi em direção à morena que, por mais que tenha tentado, não conseguiu fugir do amigo.

 

— Chega dessa brincadeira, Ichigo, não tem mais graça — falou, tentando fugir do rapaz. Ambos estavam sorrindo muito.

 

— Nem pensar! Agora é minha vez de me vingar de você.

 

Rukia gritou para Ichigo lhe soltar assim que ele a agarrou pelas costas, mas o ruivo se recusou, dizendo que agora ela iria pagar por tudo. Porém, quando ele percebeu o corpo da morena tão próximo ao seu, parou imediatamente, mas não a soltou. Afagou a cabeça da moça, passando o rosto e cheirando seus cabelos.

 

Rukia, quando percebeu que o amigo estava cheirando seus cabelos, parou de se debater. Assustou-se e, por instinto, tentou desfazer o abraço e sair do lago, mas foi impedida pelo ruivo, que a segurou novamente. Ele não queria forçar a pequena a nada, porém sabia que a amiga também queria essa aproximação, só tinha medo do que isso acarretaria em sua vidas.

 

— I-Ichigoo... O que está fazendo? — sua voz saiu trêmula ao sentir os lábios do ruivo tocarem seu pescoço. Ele distribuiu pequenos selinhos. A mão do substituto de shinigame acariciava a barriga da morena de forma carinhosa.

 

— O que estava com vontade de fazer há muito tempo — sussurrou no ouvido da garota, que teve seu corpo todo estremecido com sua voz rouca.

 

A pequena até tentou falar alguma coisa, mas Ichigo beijou sua nuca e a apertou ainda mais contra seu corpo. Os pés da morena, que antes alcançavam o fundo da lagoa, agora estavam suspensos e seu corpo totalmente exposto às mãos ágeis do amigo, que não cessava de acariciá-la. Claro que partes distintas, como barriga, braços e algumas vezes no rosto.

 

Ichigo virou o corpo de Rukia de frente para o dele, beijou novamente o pescoço da morena, segurou o rosto dela com as duas mãos e beijou carinhosamente seu queixo. Quando ia tocar-lhe os lábios, ela virou e abaixou a cabeça, fazendo com que ele beijasse sua testa.

 

— O que houve? — perguntou, ao notar que ela repousara a cabeça em seu tórax.

 

— Ichigo, isso não está certo! O que estamos fazendo? Você é meu amigo, parceiro de batalhas — se lamentou, ainda recostada no rapaz.

 

— Olha para mim, Rukia — segurou em seu rosto, obrigando-a a fitá-lo. — O sentimento que temos um pelo outro deixou de ser amizade há muito tempo. Sei que estamos fazendo um esforço desumano para tentar nos enganar, mas não vamos conseguir fingir por muito tempo. Só um cego não consegue ver que eu te am... — foi interrompido, pois a morena colocou uma de suas mãos na boca dele.

 

— Por favor, Ichigo, não diz isso, por favor... Não diz — a voz da tenente ficou embargada por um choro que ela se esforçava ao máximo para sufocar.

 

— Por que continuar negando, Rukia? — levantou novamente o rosto da garota, que tinha abaixado para ele não ver algumas lágrimas que já teimavam em molhar sua face alva. — Olha no fundo dos meus olhos e diz que você não quer me beijar. Se me convencer de que realmente não quer, prometo que nunca mais te importuno com isso — fez uma breve pausa e prosseguiu. — Dou minha palavra — franziu as sobrancelhas, mostrando o quão sério havia ficado.

 

A morena olhou para aquele castanho tão intenso que tanto a fascinava. Não tinha como o momento ficar mais tenso do que já estava. Sentiu um frio percorrer-lhe a espinha, de nervoso. Precisava medir bem as palavras que ia falar para o ruivo, disso dependia a boa relação que tinha com ele. Respirou fundo e disse

 

Continua... 


Notas Finais


E ai pessoal, o que acharam? Deixem comentários ta.
Muito obrigada por ler, e não se preocupe que hoje ainda respondo todos os reviews que recebi nesses dias que estive fora.


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