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História Possessive (camren) - Capitulo 7


Escrita por: _XXVII

Notas do Autor


qualquer erro eu arrumo depois..

Capítulo 7 - Capitulo 7


-Me enganei, desculpa. – ela disse isso com um tom seco em sua voz, como se ela não tivesse gostado nem um pouco do fato de eu ter mentido para ela, e ela não havia. Mas ela não podia simplesmente me atacar ali.

-Parece até que vocês duas se conheciam. – me faltou ar ao ouvir uma das amiguinhas da Alexa falar.

-Eu concordo com ela. – Alexa disse, olhando para mim e Lauren desconfiada.

-Nunca vi essa garota na minha vida. – Lauren mentiu. – Graças a Deus. – ela disse e Alexa riu.

-Hailee? – virei para trás a procurando, Hailee era uma das minhas amigas dentro dessa escola. Ela sentava bem no fundo da sala, geralmente nerds sentam na frente para acompanhar as explicações do professor, mas ela era diferente. A procurei por motivos de: Na sala haviam 5 fileiras de classes e na frente dessas fileiras, obvio, ficavam a mesa do professor, no caso onde Lauren estava, eu sentava na segunda classe da terceira fileira e ficava muito a frente da mesa do professor, mas agora Lauren estava ali e aquilo não estava me agradando nem um pouco, então procurei Hailee para ver se eu poderia sentar perto dela, até porque ela sentava na última da classe da última fileira, longe o suficiente da Lauren. Ah, a Alexa sentava na primeira fileira, na primeira classe, ela estava usando uma saia eu podia ver ela abrindo as pernas “sem querer” para chamar a atenção da Lauren. Puta.

-Fala, Mila, estou aqui. – ela disse levantando o braço.

-Tem lugar ai perto de você? – perguntei, e ela olhou em sua volta.

-Tem uma classe vazia aqui. Bem ao meu ladinho, gata. – eu ri, e levantei-me pegando minhas coisas e indo sentar ao seu lado. A sala estava uma bagunça, nem parecia que esses animais iriam se formar, parecia que eles haviam chegado na primeira série. Quando empurrei minha cadeira para baixo da classe, fui impedida de prosseguir.

-Eu dei permissão? – ouvi a voz de Lauren.

-Nossa, que moral hein, chegou aqui hoje e já pode dar “permissões”. – fiz aspas com os dedos e ironizei a situação.

-Bom, acho que posso sim, estou no lugar do professor e também acho melhor você ficar no seu lugar. – ela disse com um tom desafiador.

-Garanto que o Sr. Thompson não se incomodaria se eu fosse sentar com minha amiga. – na verdade ele se incomodaria sim.

-Eu também não me importo nem um pouco. – Lauren disse. – Mas...continue no seu lugar. – dei um sorriso irônico e continuei indo em direção a outra classe, mancando.

Felizmente os outros períodos eram sem Lauren e passaram rápido. Bateu o sinal e fui guardar meus livros no armário, depois fui ao banheiro para me olhar no espelho, o que não foi uma boa ideia, pois eu estava em condições precárias. Fiquei conversando um pouco com Hailee e Tris, papo vai, papo vem, até nós percebermos que a escola estava praticamente vazia, quase todos os alunos já haviam ido embora, com exceção minha, de Tris e Hailee claro.

-Nossa, só está a gente aqui pelo o que eu estou vendo. – Hailee disse.

-É, então vamos antes que fechem a escola. – Tris disse.

-Verdade, se não depois eles só abrem para quem estuda a noite. E eu não quero esperar aqui dentro. – Ri e me despedi das minhas amigas, as duas foram para o lado da saída e eu fui para o estacionamento da escola, onde estava o carro que eu havia ganhado de aniversário de 16 anos. 

Abri a porta do carro, mas em um movimento rápido alguém fechou de volta. Segui com os olhos aquele braço fechado em tatuagens, e merda.

Lauren me virou, fazendo eu ficar encostada no carro e de frente para ela, revirei os olhos. Eu fiquei entre seus braços que estavam um pouco a cima dos meus ombros.

-Vai dirigir com o tornozelo machucado? – ela perguntou com o seu típico ar de deboche, mas meu tornozelo, não doía mais que nem antes, eu já podia firmar o pé.

-O que você quer? – perguntei sem nenhuma paciência.

-Da última vez que você perguntou isso, você foi parar na minha cama, lembra? – ela disse e mordeu os lábios. Ignorei. –Mas o assunto é outro agora e você sabe do que se trata.

-Não, eu não sei. Tchau. – falei tentando me virar e entrar em meu carro, mas eu estava encurralada.

-Eu odeio que mintam para mim, CAMILA. – ela deu ênfase ao meu nome. – E você mentiu. Ninguém me passa para trás, mini vadia.

-Sempre tem uma primeira vez. – falei curta.

-No seu caso vai ser só a primeira mesmo, porque hoje eu não me importaria de enterrar você... viva. – Estremeci... Lauren falava de um jeito que eu não sabia se ela estava brincando ou falando a verdade, mas mesmo assim, eu acho que não era brincadeira.

-Você não é louca em fazer isso.

-Tem certeza?

-Caralho, tanto faz se meu nome é Melanie ou Camila, garota. Você sempre tem que se achar a fodona e complicar as coisas, que porra.

-Eu sou a fodona, e para mim também tanto faz, o problema é que você mentiu. Ah e não esquecendo que você me desobedeceu hoje, lembra? Odeio que desrespeitem minha ordem.

-Você odeia tudo, Jauregui, já percebeu? Você é feita de ódio. – Lauren hesitou um pouco quando eu falei aquilo, mas logo ela voltou a postura normal.

-Você me leva muito na brincadeira, toma cuidado... vadiazinha de camelô. – ela disse, colocou seus óculos escuros inseparáveis e saiu. Meu coração parecia que ia saltar pela boca. Pude vem Lauren entrar em seu carro e arrancar, eu fiz o mesmo, a única diferença era que eu dirigia em uma velocidade permitida.

Cheguei em casa e eu precisava contar tudo para a Mani, quero dizer, não tudo. Só a parte me que sua gangster favorita (eca) havia arrumado um “emprego” na escola, e aquilo ainda nem me descia, tinha algo nisso.

Comi, tomei um banho demorado e depois liguei para ela.

-Nem sabe. – falei assim que ela disse “oi, puta”.

-Não sei mesmo.

-Fala direito ou fica sem saber...

-Fico sem saber.

-Ok, era sobre aquela tal de... Como é mesmo? ... Loren... Não pera... Lauren... Lauren Jauregui.

-O QUE ACONTECEU? ME CONTA AGORA VADIA. – Ela gritou e eu não pude deixar de cair na gargalhada.

-Você não quer saber, deixa.

-KARLA CAMILA CABELLO, ME CONTA A-G-O-R-A.

-Ela está trabalhando na escola. – falei indiferente.

-O QUE? – contei tudo sobre o suposto emprego de Lauren na escola, e ela quase caiu dura e depois logo mudamos de assunto, ela disse que no dia seguinte iria a escola e não me deixaria sozinha e bá blá blá. Desliguei o telefone e fui comer novamente. 

Meu pai ligou-me dizendo que iria voltar mais tarde aquela noite, como sempre, Cindy estava viajando, estava na casa de uns supostos parentes dela, mas para mim ela estava pulando a cerca e eu espero que um dia meu pai acorde e veja que ela não é o tipo de mulher para ela.

Aproveitei minha solidão e fui na varanda de casa, sentando-me nos degraus da pequena escadinha que dava em direção a porta. Fiquei ali perdida em pensamentos, pensando em todas as merdas que haviam acontecido para um dia só. Lembrei-me de mim caindo das escadas e comecei a rir do meu próprio desastre, até eu pensar em Lauren e meu sorriso cessar.

-Camila... – ouvi alguém chamar meu nome no portão, eu estava de frente para ele, mas om a cabeça baixa.

-Ah... você... – falei levantando minha cabeça e ficando descontente ao ver que não era algum artista famoso e gostosão.

-Posso falar com você?

-Se o portão estiver aberto sim. – E para minha má sorte, ele estava, eu havia esquecido de fechar.

Shawn abriu o portão que estava encostado e entrou, percebi que ele tinha um olho roxo e inchado.

-Lauren te bateu de novo? – perguntei e ri pelo nariz.

-Não, não. Foi outra briga. – ele disse simples. – E você só viu uma briga minha e da Lauren, em outras brigas que nós tivemos a maioria ela apanhou.

-Ah claro que sim, imagino. – falei sem colocar muita fé no que Shawn havia dito.

-Você está duvidando? – ele arqueou apenas uma sobrancelha e percebi ele ficar irritado.

-Eu não. – falei fazendo um movimento com a mãos.

-Ah bom. – ele disse e sentou-se ao meu lado.

-Porque vocês não largam esse mundinho? Isso só proporciona desgraça... – por fim, falei. Estava entalado.

-Essa é minha vida agora, Camila. É uma chance de eu não ser um idiota invisível, de as pessoas me respeitarem...

-Idiota você continua sendo. – falei simples.

- Não dá mais pra conversar com você sem sentir vontade de te dar um tiro. – ele disse irritado com meu comentário, apenas o olhei.

-Shawn, você é... ERA uma das melhores pessoas que eu conheço, ou conhecia. Você não precisa disso, não precisa entrar em brigas ou machucar alguém para mostrar que é o melhor.

-Mas nós gangster não somos totalmente ruins. – ele disse.

-Me dê um exemplo. – falei.

-Ok, então... se nós vermos, por exemplo, um homem assaltando uma velhinha, nós estouramos a cabeça dele. – ele disse indiferente. 

-E ai, vocês ficam com a bolsa dela né? – fui sarcástica.

-Claro que não, Camila. – ele disse. – Nós devolvemos a bolsa, só ficamos com o que tem dentro. – Puta que pariu, eu não tinha ouvido isso. Não sabia se Shawn estava brincando ou falando sério. Ah, claro, a segunda opção.

-Que horror, Shawn. – Falei apavorada e ele riu. – você caiu no meu conceito completamente agora.

-Pois é, pequena Mila. – odiava que me chamassem assim. – Essa é minha nova e divertida vida, drogas, festas, sexo, assaltos, enfim, ser livre. – se isso era sem livre, eu preferia estar em prisão perpétua. Eu não estava acreditando em toda aquela mudança, eu estava falando com alguém que eu nunca havia conhecido, nunca.

-Vá embora por favor e só volte quando o verdadeiro Shawn voltar. – falei segurando o choro. Ele não falou nada, apenas levantou-se em direção ao portão, assim que ele saiu ele virou-se e disse: - eu te amo, Camila. Eu sempre te amei, mas não mereço você, não mais. – Pronto, perdi toda a minha linha de raciocínio, fiquei sentada ali mais um tempo ainda sem acreditar no que eu acabara de ouvir, não só quando ele disse que me amava, mas também em todas as outras merdas que ele falou. Eu tentava me acalmar, eu juro, mas estava sendo impossível.

Fiquei ali por mais ou menos uma hora, até esperei meu pai chegar, mas como ele não chegou e eu estava muito cansada, resolvi entrar. Fui direto para meu quarto e me joguei em minha cama, era dela de quem eu realmente precisava, me perdi em meus pensamentos e acabei dormindo.


Notas Finais


até logo. :D


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