História Possible - CAP 30 - Felizes para sempre??

INICIO POV LORENA

O dia havia chegado, olhei para minhas malas prontas no canto do quarto perto da porta e senti uma pontada de tristeza. Passei meus olhos pelo meu closet ainda cheios de roupas, minha decisão foi não levar nenhum dos meus vestidos extravagantes, iria me vestir da forma mais simples que eu podia.

Lacrei a carta que eu mandaria para Nicholas, informando o endereço caso ele quisesse falar comigo e pus na pilha de cartas que seriam enviadas. Levantei-me da penteadeira e fui até o espelho, me olhei de baixo à cima. O vestido azul marinho sem quase nada de detalhes caia bem em mim, o conforto da sapatilha em meus pés caia melhor ainda. Eu com certeza não sentiria nem um pouco de falta dos saltos altos.

Ajeitei o cabelo uma ultima vez e respirei fundo. Amélia entrou no quarto em silencio com Eron a seguindo. Ela entrou no closet para pegar algo que esqueceu e Eron se pusera ao meu lado, seus dedos roçaram de leve na minha mão o que me fez o olhar para ele.

Pulei no pescoço de Eron o abraçando, como se aquele abraço faria tudo ficar bem e fizesse meu medo passar. Senti seus braços envolverem minha cintura e me apertarem.

_Eu estou com você – ele sussurrou em meu ouvido, passamos mais alguns segundos abraçados até sermos interrompidos pelo pigarrear de meu pai.

Sorri para ele embaraçada e fui até ele que beijou minha testa.

_Eu espero que um dia você entenda porque estou fazendo isso – ele disse segurando meu rosto com as mãos. Assenti com a cabeça.
_Está tudo bem pai, estou me dando o beneficio da duvida – murmurei. Pela sua expressão ele parecia surpreso.
_O que quer dizer querida?
_Quer dizer que eu não sei se quero fazer do trono meu futuro – ele suspirou e concordou com a cabeça me puxando para um abraço.
_Eu e sua mãe lhe criamos para ser livre e feliz e eu estou muito orgulhoso de você – sorri com suas palavras e o abracei mais forte.

Ter o apoio dele era o que mais importava para mim.

FIM POV LORENA

INICIO POV ABRAHAM

Papai e mamãe não haviam aparecido para nos pegar na escola, me sentei com Candice no meio fio esperando por eles até a diretora nos chamar e dizer que papai e mamãe não poderiam vir e que teríamos que ir para um lugar seguro esperar por eles.

Entramos em um carro com bandeirinhas de Illéa na sua traseira e quando chegamos ao tal lugar seguro, me separaram de Candice, pela a expressão dela de desespero eu deveria ter começado a gritar e proteger minha irmã, mas antes que eu fizesse alguma coisa me levaram para uma sala branca com um leito de hospital, várias enfermeiras e médicos entravam e saiam da sala sem responder de verdade minhas perguntas, apenas era “Você é muito esperto para sua idade Abraham” e saiam do me deixando sozinho.

Parecia que aquilo já durava horas, eles me examinavam e colhiam tudo o que eles pudessem colher para fazer um exame detalhado. Olhei pelas janelas da sala e já escurecia lá fora e nada de papai e mamãe.

Me trouxeram o jantar e disseram que Candice estava bem, que havia mordido dois enfermeiros, mas que passava bem e que já estava dormindo com seu companheiro o Ursinho Pig.

Logo depois do jantar eu adormeci ao som baixinho de violinos e piano tocando dentro da sala.

FIM POV ABRAHAM

INICIO POV MAXON

Quando entrei na ala hospitalar feita especificamente para atender as crianças na sua transição, todos os funcionários fizeram reverencia. Acenei com a cabeça para alguns e dei bom dia para outros.

O pediatra cuidando das crianças me mostrou os quartos em que elas estavam, olhei por uma pequena janela da porta e lá estava Candice dormindo agarrada ao seu ursinho. Olhei na outra janela do quarto ao lado e ali estava Abraham, ele era idêntico a mim quando era criança.

Sorri sozinho e respirei fundo olhando para o pediatra.

_Como eles estão? – o pediatra esfregou as mãos pondo-as dentro do jaleco e sorriu.
_Estão bem, muito saudáveis, um pouco curiosos com o que está acontecendo, mas fora isso esta tudo muito bem – ele fez uma pausa _Se Vossa Majestade desejar hoje mesmo as crianças passaram pela psicóloga e tentaremos explicar de uma forma razoável o que estava acontecendo.
_Isso é ótimo – eu disse, pondo a mão no ombro do médico _Se tudo ocorrer bem as deixe andar pelo palácio, acompanhadas de alguns guardas, me mantenha informado de tudo e me chame em qualquer situação – frisei a ultima parte, para ele não ficar receoso ao me chamar. Pedi licença e me retirei da ala hospitalar.

Eu queria muito esperar, mas não conseguia mais privar America dessa felicidade, eu já conseguia ver ela radiante com a noticia. Finalmente todo o pesadelo estava acabando, nossos filhos vivos, a família quase completa novamente.

Entrei em meu escritório particular no meu quarto e de America e logo me pus a escrever para minha amada.

Minha querida America...   

FIM POV MAXON