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História Preto é a Cor do Amor - Me ensina a beijar?


Escrita por: Biah_Chan

Notas do Autor


Own como vocês são lindos <3 Amei os comentários do capítulo passado, embora a maioria quisesse me estrangular por ter parado na melhor parte... E por ter ficado feliz com os 23 coments resolvi postar mais cedo *o* KKKKKK
Não foi minha intenção tirar um pouco da personalidade original do Nico nesse capítulo, mas entendam que eu realmente achei lindo e necessário fazer isso >.< KKKKK
Espero que gostem *-*
Obrigado pelos comentários e favoritos na fic !! xD

Capítulo 8 - Me ensina a beijar?


- Will

Sabe aquela sensação de estar fazendo a coisa errada, e que você se sentirá uma pessoal horrível quando o fizer? Mas ao mesmo tempo algo dentro de você, bem lá no fundo, deseja fazer aquilo? Era mais ou menos assim que eu estava me sentindo em relação a beijar Nico.

O moreno me olhava com os olhos arregalados, face pálida e lábios brancos e crispados. Se fosse em qualquer outra situação eu até riria da cara dele e perguntaria se ele viu um fantasma, mas nesse caso o fantasma era eu. Conforme eu me aproximava do moreno, mais pálido e desesperado ele ficava. O pessoal em volta olhavam para nós dois com sorrisos brincalhões e eu toquei levemente com as pontas dos dedos a bochecha de Nico, que se arrepiou e fechou os olhos, nervoso com o toque.

“Eu desafio você a beijar o Nico”

Escutei a voz de Leo ecoar em minha mente e um lampejo de uma ideia iluminou meu sorriso malicioso. Nico abriu os olhos, nervoso, e se assustou mais ainda com meu sorriso e minha aproximação rápida. Tudo ocorreu em fração de segundos, meus lábios roçaram levemente a bochecha de Nico e uma dor na minha bochecha tomou conta do meu raciocínio. Quando me dei conta eu estava com a mão no meu rosto, todos olhavam assustados para Nico e este se encontrava respirando rápido demais do outro lado do quarto.

Ele havia me dando um soco no rosto. Um soco!

- Porque me bateu?! – perguntei incrédulo.

Nico arregalou os olhos e pareceu perceber o que tinha feito, levantou cambaleando e saiu correndo do quarto.

- Nico! – gritei me levantando rápido e sentindo a dor no meu rosto – Nico... Ai... – resmunguei.

Todos pareceram acordar do estado de incredulidade com o que tinha acontecido e tentaram me ajudar, mas a bebida no organismo deles não ajudava muito. Annabeth até tentou limpar o sangue do meu pequeno corte do lábio inferior, mas mesmo ela estando mais sóbria que o resto do pessoal, eu recusei e disse que cuidava eu mesmo da situação. Liguei novamente o som e todos esqueceram que Nico havia me dando um soco, apenas voltaram a dançar e rir por tudo.

Sai do quarto percorrendo meus olhos por todos os locais possíveis onde Nico poderia estar, abri os quartos chamando pelo moreno, fui até a sala, cozinha, banheiros e nada dele. Por último resolvi ir até o jardim da casa e encontrei-o sentado na beira da piscina, mexendo os pés dentro d’água que faziam leves ondulações.

- Nico... – falei calmo e o moreno arqueou as costas.

Andei até a piscina e sentei ao seu lado, ele olhava fixamente para a água e continuou a mexer os pés.

- O que aconteceu lá dentro? – perguntei.

Ele crispou os lábios finos, suspirou devagar e fechou os olhos.

- Nada... Eu apenas... – parou e olhou para o céu estrelado – Fiquei nervoso...

Olhei o céu também e me surpreendi ao ver a bela noite que fazia. Não fazia frio e nem calor, o clima estava perfeito, ventos suaves balançavam os cabelos pretos e bagunçados de Nico e a luz da lua deixava sua pele ainda mais pálida. Eu poderia dizer até que ele estava brilhando. Ficamos num silencio confortável até algo me passar à mente e minha curiosidade falar mais alto.

- Posso te fazer uma pergunta? – falei cauteloso. Nico finalmente olhou para mim e acenou positivo – Você já beijou alguém?

O moreno desviou os olhos na hora, sua face ficou vermelha e a respiração dele aumentou devido ao nervosismo.

- Nico, respira devagar... – orientei – Pode me responder?

- Não... – falou baixo e regularizando a respiração, mas ele continuava corado – Eu... Eu nunca... Você sabe... – confessou envergonhado.

Ops... Foi a única coisa que consegui pensar antes de contar a verdade.

- Na verdade você acha que nunca beijou ninguém... – comentei ficando realmente nervoso por ter que dar aquela noticia ao moreno que me olhava confuso – Na balada você bebeu demais e acabou se pegando com uma garota qualquer e... – falei rápido.

O moreno me olhou espantado, seus olhos se arregalaram e sua boca abriu incrédula. Sua respiração aumento repentinamente e ele levantou num salto me interrompendo na confissão.

- Eu beijei uma desconhecida?! – falou abismado.

- Na verdade uma desconhecida e o barman... Quer dizer eles devem ter te beijado, mas você retribuiu... – comentei e vi o moreno arregalar ainda mais os olhos. Então percebi que havia falado demais.

- Meu primeiro beijo foi com desconhecidos?! – perguntou retoricamente. Senti a triste na sua voz e olhei para Nico.

Ele não parecia que iria chorar como qualquer outra pessoa faria, parecia que queria matar alguém. Seus olhos estavam magoados, mas sua face não mostrava esse sentimento. Me levantei e chamei pelo moreno.

- Estava se guardando para alguém? – perguntei outra vez curioso. Nico pareceu surpreso com a minha pergunta e virou o rosto.

- Digamos que sim... – sussurrou.

- E você gosta dela tanto assim? – perguntei surpreso com a resposta anterior. Nico corou fortemente e me olhou.

- Sim... Mas eu ficava nervoso perto dela e queria pelo menos ter um pouco de prática, mas... – parou e suspirou e balançou negativamente a cabeça – Não acho que ela vai querer algo comigo...

- Por quê? – perguntei notando o jeito como ele falava da menina.

- Existe outra pessoa... Estão namorando... – falou nervoso.

- Não é uma garota, né? – falei direto. Nico engasgou com o ar e eu ri.

- O que?! Como assim?! É claro que é uma garota! Porque não seria?! Eu sou um homem, homens gostam de mulheres! – falou rápido, na defensiva.

- Não precisa mentir Nico, eu não vou te julgar... – sorri – Se você gosta de um cara tudo bem... Pode confiar em mim, sou seu amigo!

- ... – o moreno me olhou desconfiado e sorriu minimamente – Obrigado – agradeceu e depois voltou a corar – Você pode me ajudar?

- Ahn? No que? – perguntei.

- Pode me ensinar a beijar? – perguntou extremamente corado.

Abri a boca surpreso e pensei até em rir, mas depois de ver o rosto convicto de Nico percebi que ele falava sério. Respirei fundo e uma voz lá no fundo da minha mente falou por mim.

- Porque não? – falei surpreendendo a Nico e a mim mesmo.

Andei devagar e o vi tentar, inutilmente, regularizar a respiração. Minhas mãos se encaixaram perfeitamente na cintura fina do moreno, meu rosto chegou a centímetros de distancia do seu e senti a respiração de Nico travar. Seu hálito de menta me hipnotizou e eu rocei a ponta do meu nariz em sua bochecha. Encaixei minha cabeça no pescoço dele e funguei seu perfume suave, deixei um beijo casto lá e escutei um leve suspiro de Nico.  Sorri com a reação causada, mas ao mesmo tempo me perguntei por que estava fazendo tudo isso. Era apenas para eu beijá-lo e pronto! E não para provocá-lo!

Senti as mãos de Nico envolver meu pescoço e resolvi provocar mais um pouco. Passei meus lábios perto dos lábios de Nico e quando eles se encostaram levemente eu me afastei, para a decepção do moreno.

Não esperei ele reclamar e beijei a boca dele de uma fez, deixando-o levemente surpreso. Logo de cara percebi que ele não tinha muita experiência, quando pedi passagem com minha língua ele hesitou no começo, mas depois cedeu e afundou a mão em meu cabelo loiro ondulado. Minha língua vasculhou cada canto da boca ‘virgem’ de Nico e ele tentava acompanhar o ritmo do beijo calmo e até cúmplice que estávamos trocando. Apertei um pouco mais a cintura de Nico e o trouxe para mais próximo a mim, seus braços estavam entrelaçados em meu pescoço e uma de suas mãos fazia um carinho em meus cabelos. Separei o beijo sugando levemente a língua de Nico e o fazendo ronronar baixinho.

Nos separamos e ele estava corado e com a boca avermelhada pelo beijo de poucos segundos atrás.

- É um bom aluno, aprendeu rápido – comentei divertido tentando não deixar que um clima chato ficasse sobre nós – Considere este como seu primeiro beijo – falei.

- Pode me levar pra casa? – perguntou baixo e eu assenti. Pelo visto não iríamos dormir na casa de Percy como era o planejado.

O caminho de volta foi tranqüilo. Não teve aquele clima tenso, Nico estava apenas um pouco pensativo e corado, provavelmente estava se lembrando que agora já havia beijado alguém oficialmente, e eu também não fiz muita questão de puxar assunto com o moreno. Havia algo que estava me atormentando.

Parei na frente da casa de Nico e este desceu, agradeceu a carona e andou a passos rápidos até sua casa. Mas uma coisa ainda me incomodava... Era pra eu ter gostado da sensação de ter beijado Nico?

~*~

O domingo passou tão rápido, deve ter sido porque passei dormindo, que quando eu notei já era segunda de manhã e eu estava relutante em sair da cama. Porém toda a preguiça que eu poderia sentir se esvaiu quando me lembrei que tinha prova de matemática logo no primeiro tempo, e que pelos boatos que ouvi a professora Dodds não perdoa os atrasadinhos...

Levantei num salto, peguei a primeira roupa que vi no meu armário e tomei uma ducha rápida. Desci as escadas e encontrei meu pai sentado a mesa tomando uma xícara de café enquanto folheava o jornal.

- Bom dia filho – falou assim que me escutou entrar na cozinha.

- Bom dia – falei me sentando e pegando torradas com suco de laranja.

Comi num silencio calmo. Apolo terminou de folhear o jornal, o dobrou e olhou para mim, sorrindo.

- Como está? – perguntou de repente, o olhei com a sobrancelha arqueada e ele riu – A escola, os amigos, as paqueras...

- Ah... – falei terminando o suco – A escola está bem, hoje começa as semanas de provas, os amigos são muito divertidos e parceiros e não há paqueras nenhuma... – falei sincero e Apolo me olhou curioso.

- Você com essa beleza toda não têm nenhuma paquera? – perguntou zoando incrédulo.

- Não que eu saiba – ri e me levantei da mesa – Estou indo pai. Tenha um bom dia.

- Você também filho – falou sorrindo.

Hoje resolvi ir a pé para a escola, o tempo estava fresco e úmido, ótimo para refrescas a mente e limpar o estresse de cidade grande. Assim que sai de casa, escutei o barulho de chave trancando a porta e vi que Nico também estava indo ao colégio a pé.

- Bom dia – falei e vi o moreno levar um leve susto com minha aproximação repentina.

- Bom dia – falou.

Andamos metade do caminho num silencio meio desconfortável, que por sinal já estava me deixando nervoso. Eu mexia no cabelo, bagunçando-os, bufava a cada cinco minutos e mandava olhares indiscretos para Nico, que olhava reto e parecia estar em outro mundo.

- Então... O tempo ta bom, né? – perguntei tentando puxar um assunto.

- Uhn? Sim... Está bom – falou aéreo.

- É por culpa do beijo? – perguntei direto e Nico suspirou.

- Não, é que... Ah... – bagunçou os cabelos – Não é nada. A sua tática de puxar assunto é perguntando sobre o tempo, sério?! – riu e eu o acompanhei.

O resto do caminho nós conversamos sobre várias coisas, rimos, e até paramos numa cafeteria para comprarmos um pouco de donuts recheados. Estava tudo bem até eu olhar o relógio e perceber que já eram sete e vinte da manhã.

- Nós temos dez minutos para chegar na escola – falei nervoso. Nico arregalou os olhos.

- O primeiro tempo é a Dodds com a prova! – falou e começou a correr – Vamos Will.

Corremos o resto de caminho todo, e quando chegamos estávamos suados e esbaforidos. O sinal havia acabado de tocar e os alunos estavam indo para suas salas, Nico já estava mole de cansaço e eu tive que o ajudar a ir até a sala sem cair. Entramos e todos já estavam sentados em seu devido lugar e com caras apavoradas.

Olhei em volta e não vi a Dodds na sala, suspirei aliviado e sentei no meu lugar. Percy parecia que iria desmaiar a qualquer momento e Annabeth tentava acalmá-lo. Jason e Piper conversavam normalmente e Leo mexia os dedos freneticamente. Estavam todos nervosos para a prova de matemática.

Quando a Dodds entrou na sala escutei muita gente prender a respiração, Percy rezou para todas as entidades que ele conhecia e até eu fiquei com medo da cara que a professora estava.

- Vocês têm cinquenta minutos para fazer a prova e se terminar antes do tempo, o que não vai acontecer, me entreguem e abaixem a cabeça na mesa – falou ríspida – Se olhar para o lado vou considerar como cola e terá um zero automático.

Terminou de entregar a prova e parou na frente da sala com um sorriso suspeito no rosto.

- Boa sorte – falou.

~*~

- Ah que velha mal amada! – resmungou Percy assim que se sentou a mesa do refeitório.

Todos estavam sentados ainda meus deprimidos pela prova terrível de matemática, exceto por Annabeth que era uma das melhores alunas do colégio. A prova tinha sido de dez questões, cada uma com cálculos gigantescos, extremamente cansativos e longos para apenas quarenta minutos. Mas quem disse que a Dodds liga para os alunos?

- Não estava difícil a prova... – Annabeth comentou mordendo um pedaço da sua maça.

- “Não estava tão difícil”? – Percy repetiu imitando a voz da loira, todos pararam de fazer o que faziam e observaram os dois que se encaravam.

- Se você parasse de jogar vídeo game e estudasse mais talvez você soubesse responder a prova – a loira falou vermelha de raiva e Percy bufou irritado.

- Pelo menos eu sei aproveitar a vida! Não fico preso em casa estudando só porque a lunática da mãe manda! – Percy falou e Annabeth pareceu levar um tapa na cara.

- Eu estudo porque gosto ninguém me obriga a nada! – gritou se levantando e saindo do refeitório.

Nós apenas observamos a cena de boca aperta e quando Percy percebeu o que tinha falado e seu olhar de raiva passou para incredulidade. Arregalou os olhos, colocou as mãos a boca e balançou a cabeça.

- O que eu disse... – sussurrou – Vou atrás dela...

- Percy acho melhor não – Piper se pronunciou – De um tempo a ela, depois procurei-a e se desculpe.

- Piper tem razão cara – Jason falou. Leo parou de mechar no celular, a única coisa que conseguia acompanhar seu ritmo frenético de hiperatividade, e olhou para nós.

- O que é um pontinho vermelho o castelo? – perguntou e todos o olhamos desentendido.

- Ahn?! – falei não acreditando que ele tinha falado aquilo.

- Uma pimenta do reino – respondeu rindo.

Todos o olharam incrédulos com aquilo e Leo percebeu o clima ruim, ficou quieto e guardou o celular no bolso. Percy bagunçava o cabelo nervoso e Nico tentava acalmá-lo. Olhei para aquela cena do moreno acalmando Percy e o entendimento me veio a mente.

Nico gostava de Percy.

 


Notas Finais


PERNICO... Só que não né gente? Pernico não dá u_u KKKKK
Espero o comentários de vocês *3*


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