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História Preto é a Cor do Amor - Seu... Amorzinho?


Escrita por: Biah_Chan

Notas do Autor


Hey meus amores <3 Como estão? Espero que bem <3

Saindo do forno mais um capítulo fresquinho procês <3

Sei lá porque o título foi esse '-' Tenho probleminhas rsrsrsrsrsrs

AVISO: Este capítulo contém palavras impróprias para menores de idade. Whatever.

~Enjoy

Capítulo 23 - Seu... Amorzinho?


- Will

Matt era uma anta extremamente cabeça dura.

O garoto estava convicto de que não iria se mudar para Nova Iorque porque ele daria a Apolo muito trabalho e despesas, e não importava os argumentos que eu tentava formular, Matt simplesmente negava-se a fazer as malas.

Já estávamos discutindo essa questão por uma hora. Sim, uma hora inteira! Eu já estava na minha terceira xícara de café puro e Matt apenas me olhava irritado.

Resumindo: O clima ali na cozinha da pequena casa de meu amigo não estava tão bom assim.

- William, você tem que entender que eu decido se vou ou não! Não quero ser um fardo, me entenda! – ditou me olhando duro. Revirei os olhos e pus a xícara, já vazia, na mesa. Suspirei realmente cansado daquela discussão besta.

- Me entenda você, Matt. Eu quero o melhor pra ti e sempre vou querer. Te levar para lá vai ser para o seu bem, já que ficar aqui nessa casa não é saudável pra você – falei sincero, meu tom de voz estava baixo e contido – Mas se você não quer ir tudo bem... Já não vou ficar te pedindo. Afinal você já é grandinho demais pra tomar suas próprias decisões. Agora se me der licença eu tenho que arrumar as malas.

Vi Matt crispar os lábios e virar o rosto, evitando pela primeira vez desde o começo da discussão, olhar em meus olhos. Me levantei da cadeira e a passos lentos me retirei da cozinha. Eu sabia que Matt acabaria uma hora ou outra, aceitando a proposta. Mas eu não tinha todo o tempo do mundo, como das outras vezes que eu tinha que convencê-lo a algo.

Dessa vez, Matt tinha que tomar essa decisão o mais rápido possível. Quando estava colocando minhas últimas peças de roupas, escutei-o pigarrear na soleira da porta e me virei para olhá-lo.

- O que foi? – essa simples pergunta pareceu ter desencadeado vários efeitos diferentes em meu amigo, que começou a gesticular com as mãos, enquanto falava rápido e embolado várias coisas ao mesmo tempo.

- Você acha que é fácil assim?! Fazer as malas e ir embora como se nada daqui fosse importante?! – começou gesticulando para vários cantos da casa – Eu moro aqui desde que me entendo por gente, Will! Não sei se posso simplesmente sair... É muito radical pra mim!

- Não era você que gostava de radicalizar? – perguntei debochado, Matt bufou e apontou o dedo na minha cara.

- Para de palhaçada, viu?! – ditou e eu tive que engolir a vontade de rir da cara nervosa do rapaz.

- Matt – chamei-o, sério – Decida logo, tenho que estar o aeroporto daqui uma hora e meia.

Matt arregalou os olhos e sua respiração travou. Olhava para mim, e depois para alguns pontos da casa. Parecia estar travando uma disputa emocional para ver se ia ou ficava.

- Eu... Eu... – gaguejou indeciso, por fim arriou os ombros e com uma voz baixa pronunciou – Vou precisar de ajuda pra fazer as malas.

Sorri vitorioso em mais uma discussão com Matt e fechei minha mochila, deixando-a num canto.

- Então vamos logo fazer essas malas! – falei feliz e animado.

~*~

- Cara! Seu pai é tipo, muito rico! – escutei Matt falar, totalmente entusiasmado, ao ver a frente da minha casa quando chegamos de viajem.

Já era terça-feira de manhã, eu não iria para a escola e Apolo disse que tiraria a manhã de folga apenas para receber Matt. Meu amigo não conseguia disfarçar a surpresa ao descobrir que meu pai tinha muito dinheiro. Sua boca estava levemente aberta em descrença e seus olhos percorriam cada local da casa.

Apresentei-o para Martha, que o achou uma fofura, e depois para cada funcionário da casa Matt ficou ainda mais surpreso ao saber que tinham empregados na casa.

Mostrei-lhe todos os cômodos da casa e onde seu quarto ficaria, seria ao lado do meu, e devo dizer que Matt não conseguiu segurar o palavrão ao ver seu novo quarto. Pelos meus cálculos, esse era duas vezes maior que o antigo dele.

- Olha o tamanho dessa cama! – exclamou quando viu a cama de casal do cômodo.

Ele era bem simples na verdade, as paredes eram pintadas de cores claras e aconchegantes, tinha uma escrivaninha, armário, cama, e diferente do meu, não era uma suíte. Mas sua janela dava de frente para a casa de Nico, e como era ao lado do meu quarto, da janela de Matt era possível ver o quarto do moreno.

Andei até a janela e comecei a observar o quarto de Nico, na esperança dele aparecer e sorrir debochado para mim. Esperanças muito bem frustradas por sinal, já que o moreno não apareceu.

- O que tanto olha ai? – meu amigo me perguntou e eu assustei-me quando ele me empurrou e começou a analisar o quarto vizinho – Quem mora ai?

- Nico – respondei me sentando na cama macia.

Matt abriu a boca em descrença, e arregalou os olhos. Logo em seguida começou a rir compulsivamente.

- Seu tarado! Aposto que fica observando o garoto trocar de roupa! – exclamou rindo.

Corei nervoso e não respondi a provocação dele. O que o fez parar de rir na hora.

- Você já vez isso?! – perguntou incrédulo.

- Foi só uma vez tá? – confessei emburrado – Me julgue se nunca fez isso!

Matt se limitou a dar de ombros e voltou a analisar a janela de Nico.

- Até que ele tem bom gosto pra música, dá pra ver os pôsteres de algumas bandas daqui – falou.

Escutamos uma batida na porta e eu logo soube que era meu pai para conversar com Matt de como as coisas funcionariam a partir de agora.

- Bom dia meninos – falou sorrindo e entrando no cômodo.

- Meu deus Will, seu pai é a sua cara! Ou melhor, você é cara do seu pai! – exclamou o rapaz baixinho e eu revirei os olhos pela indiscrição dele. Meu pai riu da cara surpresa do rapaz.

- Deve ser o Matt. Sou Apolo, pai do Will – se apresentou. Matt sorriu para ele e apertou a mão estendida.

- Prazer, senhor – falou.

- Tenho que te explicar algumas coisas, e se não entender alguma coisa, me pergunte. Okay? – começou. Matt concordou e então meu pai começou a falar – Conversei com o diretor do colégio onde Will estuda e ele permitiu matriculá-lo ainda esse ano. Suas notas do primeiro semestre de sua antiga escola serão transferidas para cá.

- Tudo bem – Matt estava sério. Eu sorria imensamente feliz por ter meu amigo por perto.

- Não tenho problemas em pagar seus estudos, minha única exigência é que tire notas ótimas nas provas e trabalhos – falou – De resto, não se preocupe. Será tratado como um filho.

- Obrigado, senhor – Matt sorriu singelo e abraçou meu pai.

- Apenas Apolo está bom, Matt – riu o mais velho.

Começamos a conversar e a contarmos da época em que tínhamos sete anos e nos conhecemos. Meu pai ria das façanhas mirabolantes que já havíamos nos metido e vez ou outra comentava das façanhas que ele próprio fazia, há muitos e muitos anos atrás quando ele era criança.

Meu pai havia dito que amanhã mesmo Matt já deveria ir ao colégio conversar com Dionísio e pegar seus horários. O pequeno sorriu animado e começou a tagarelar sobre como poderia ser seu primeiro dia de aula numa escola nova e também a melhor de Nova Iorque. Eu sorria sem perceber para meu amigo, a animação dele, seus grandes olhos redondos brilhando em excitação, sua voz irritante ecoando pelo quarto...

- Will para de me encarar como se quisesse me abusar – Matt falou fingindo incômodo.

- Ah cala a boca, tampinha – sorri e Matt me mostrou o dedo médio – Boa noite – falei saindo do quarto dele, escutei-o praguejar e responder ao boa noite que dei.

Ainda rindo, rumei para meu quarto e vesti meu pijama, que se resumia a uma calça de moletom cinza e só. Andei até a janela na esperança de encontrar Nico apoiado nela, me esperando aparecer para conversarmos como já fizemos tantas outras vezes, mas a janela do garoto estava fechada e com as luzes apagadas.

Suspirei desapontado e me deitei, sorrindo com a ideia de encontrar o moreno amanhã na escola.

~*~

- William Solace, acorda!!!! – escutei Matt gritar enquanto esmurrava minha porta e cai da cama, assustado.

Corri até a mesma e abri, preocupado com o que poderia ter acontecido.

- O que foi?! É um incêndio, roubo, sequestro...?!– perguntei desesperado. Matt colocou as mãos a boca e tentou prender sua risada.

- Só queria te acordar mesmo... Acordei e agora não consigo mais dormir. Acho que to ansioso – falou me empurrando e se sentando na minha cama. Olhei o relógio e vi que ainda eram dez pras seis.

E as aulas começavam às sete e meia.

- Seu veado maldito – falei revoltado – Me acordou mais que uma hora adiantado!

- O veado aqui não sou eu! – se defendeu e eu bufei de raiva, saindo do quarto logo em seguida – Onde vai? – perguntou.

- Não interessa pra você, palhaço! – gritei revoltado. Me esquecendo por um momento que tinham visitas em casa.

Deitei no sofá da sala e me acomodei, logo caindo no sono.

- Will... Will... – escutei uma voz me chamar e quando abri os olhos, vi Matt parado em minha frente – Vai se aprontar é seis e vinte. Tenho que chegar um pouco antes no colégio.

Resmunguei ainda meio grogue de sono e andei até meu quarto. Escutei vozes na cozinha e supus que Martha já estava preparando o café da manhã e Matt estaria conversando com ela. Tomei um banho rápido e vesti uma roupa básica, blusa azul escuro, jeans brancos e tênis.

- Bom dia! – exclamei assim que entrei na cozinha e vi que todos estavam sentados na mesa, já comendo o desjejum preparado por Martha.

- Bom dia! – me responderam, animados. Comecei a comer e olhei para a jovem mulher de olhos brilhantes.

- Já conseguiu um lugar para abrir a floricultura? – perguntei me dirigindo a Perséfone e ela sorriu.

- Sim, já arrumei todas as papeladas e por sorte nenhum reparo precisa ser feito no local! – exclamou feliz.

- Que ótimo, Perséfone! – sorri para a mulher que retribuiu o gesto carinhoso.

- Já falei com seu pai sobre o assunto, e espero não estar te incomodando, visto que terei de ficar aqui mais um tempinho... Gastarei muito comprando todos os matérias e produtos para a loja... – falou olhando preocupada para mim.

- Tem problema não. Não me incomoda – falei me levantando da mesa e limpando o canto da boca – Matt, vou escovar os dentes e então vamos, ouviu?

Matt concordou, com um pedaço de pão na boca e se levantou, indo também escovar os dentes.

Subia as escadas de dois em dois degraus e escovei os dentes rápido. Me despedi de todos que ainda estavam na mesa e sai com Matt logo atrás de mim. Fomos conversando o caminho inteiro até o colégio e quando chegamos, ele estava quase vazio.

Os alunos só chegavam a partir das sete e quinze, por ai. Levei Matt direto para a sala de Dionísio e vi meu amigo arregalar os olhos diante a estante cheias de troféus que tinha em frente à porta com a placa de ‘diretor’. Escutei a voz arrastada e entediada do homem e puxei Matt para entrar comigo.

- Bom dia – falei me sentando na cadeira de frente a mesa, Matt fez o mesmo.

- Bom dia, senhor. Sou o aluno novo, Apolo disse que já está tudo acertado sobre minha matricula – o baixinha começou a falar.

Dionísio se ajeitou melhor na cadeira e alisou a blusa de estampa tropical chamativa.

- Sim, sim. Aqui está seu horário, O senhor Solano vai te mostrar a escola e blá, blá, blá – falou entregando uma folha contendo todas as informações necessárias. Eu me limitei em apenas revirar meus olhos quando escutei errar meu sobrenome – Espero que goste daqui, senhor McDonald. Agora saia daqui, tenho coisas a fazer.

- É McGarden, senhor... – escutei Matt corrigir sorrindo forçado para o homem baixinho.

Nos levantamos e quando já estávamos fora da sala dele, eu comecei a rir da cara emburrada de Matt.

- Ele é sempre tão rabugento assim? – resmungou baixinho.

- Em que sala você está? – perguntei ansioso, ignorando a pergunta anterior.

- Ahn... Na 3-A – falou analisando a folha A4. Dei um pequeno pulo de alegria e Matt me olhou erguendo uma sobrancelha – Cara seja menos gay. Vai acabar com minha futura reputação se continuar assim!

Dei-lhe um cascudo e o levei a um ‘passeio’ pela escola, enquanto as aulas não começassem.

~*~

- Puxa... Eu vim parar numa escola de filmes! – exclamou completamente extasiado com tudo o que a escola tinha e sobre os clubes extracurriculares que ela oferecia – Acho que vou me inscrever no time de basquete!

- Seria legal, você é ótimo nesse jogo – comentei me lembrando que eu não tinha me inscrito em nenhuma atividade extra. Olhei o relógio e vi que já era sete e vinte e cinco, apressei Matt e fomos a passos rápidos até nossa sala.

Quando entramos, vi que ela não estava tão cheia como deveria estar nesse horário, alguns poucos alunos apenas estavam sentado em seus devidos lugares e só. Arrastei Matt até uma das últimas mesas, que eu sabia que ficavam vazias e nos sentamos. Hoje eu sentaria com meu amigo, depois veria se continuava sentado com Nico ou com Matt.

Pouco a pouco os alunos foram entrando desanimados e se acomodavam em seus lugares. Vi Percy entrar de mãos dadas com Annabeth e os dois sorriram assim que viram, logo após vieram Jason e Piper conversando sobre algo. A menina assim que me viu junto de Matt arqueou as sobrancelhas desenhadas e olhou para a carteira vazia que eu dividia com Nico.

Dei de ombros e continuei a prestar atenção no que meu amigo falava. Foi então que ele entrou na sala e eu passei a ignorar o que meu amigo falava, totalmente sem querer, claro.

Nico conversava com Reyna e o simples fato dos dois estarem juntos lado a lado, já me deixou com raiva da menina. O rapaz estava com uma calça jeans azul escura, justa nas coxas (deixando bem visível o quanto eram magrinhas, porém definidas), sua blusa larga e preta estava desalinhada em seu peitoral, deixando-o com o estilo despojado, e um all star preto completava a beleza do moreno. Mas tinha uma coisa nele que me deixou boquiaberto.

Nico havia cortado os cabelos.

As madeixas negras, que antes estavam batendo nos ombros, agora estavam curtas e repicadas, deixando-o muito mais bonito, já que deixava o rosto dele a mostra e combinava perfeitamente com seu formato de rosto.

Reyna me olhou e sussurrou alguma coisa no ouvido de Nico, que o fez coçar os cabelos, meio envergonhado e corar. Imediatamente cerrei os punhos e dei uma longa tragada de ar. Nico pareceu ignorá-la e rumou ao seu acento, olhou em minha direção e com um simples e intenso olhar, me encarou junto de Matt, fechou a cara e sentou-se na cadeira.

- Então aquele é o famoso Nico? – escutei Matt me perguntar baixinho e eu apenas balancei a cabeça, afirmando – É até bonito...

Olhei para meu amigo e vi que o mesmo sorri malandro. Revirei os olhos e vi que a professora Dodds já estava entrando na sala.

~*~

- Galera, este é Matt – apresentei meu amigo para o pessoal.

Estavam todos sentados na mesa, jogando conversa fora quando cheguei com ele.

- Matt, esses são o Percy, Annaneth, Jason, Piper, Frank, Hazel e Leo – falei apontando para cada um de meus amigos. Todos sorriram e deixaram Matt bem à vontade na rodinha que havia se formado. Dei falta de certo moreno pálido, mas resolvi não comentar nada.

- Por onde você andou? – escutei Percy me perguntar. Nessa hora todos pararam de conversar e me olharam curiosos.

- Ah... Eu tive alguns assuntos para resolver – respondi omitindo o real motivo.

- Ele foi a Malibu me ajudar, e agora que está tudo bem ele voltou e me trouxe junto – escutei Matt falar rindo sem graça.

Todos se entreolharam e deram de ombros. Talvez tenham percebido que o assunto era pessoal, por isso não pressionaram muito em busca de respostas. Matt começou a conversar com todos e a rir, eu apenas observava meu amigo se divertindo com o pessoal.

Estava feliz por saber que eu estava conseguindo fazer meu amigo superar sem dores maiores, a perda do avô. Vê-lo sorrir, brincar, e se divertir me dava um alivio enorme no peito.

Vi Nico andar sem pressa em nossa direção e sua expressão facial estava impassível. O moreno evitava me encarar nos olhos e eu me senti constrangido quando me lembrei de nossa última conversa.

- Oi – falei assim que Nico se sentou na mesa.

- Então você é Nico di Ângelo? – escutei Matt perguntar alto e senti que meu sangue gelou nas veias. Rezava para que ele calasse a maldita boca.

Nico arqueou as sobrancelhas negras e encarou Matt com uma pequena raiva contida.

- Hm – ignorou o menino baixinho a sua frente e começou a comer a maçã calmamente.

- Will me falou muito de você – Matt tentou de novo. Nico ainda não olhava para meu amigo.

Todos da mesa olhavam a tentativa de interação entre os dois rapazes e quando Jason ameaçou se pronunciar, Piper o calou. Oh que menina curiosa... Vi no olhar que Matt me lançou, que ele tinha acabado de ter mais uma daquelas suas idéias que sempre davam errado.

- Will, meu amor como conseguiu virar amigo dele? – perguntou manhoso abraçando meu braço – Poxa, amorzinho, ele nem me responde direito!

Nessa mesma hora todos da mesa prenderam a respiração e eu arregalei os olhos, claramente surpreso com a atitude dele. Nico engasgou com a maçã que comia e nos olhou incrédulo. Seu olhar quando encontrou Matt agarrado ao meu braço, era irritadiço e a raiva era quase palpável na atmosfera do local. Nico estreitou os olhos e apertou fortemente a maçã que estava segurando. Se levantou calmamente e saiu de perto da nossa mesa.

Logo depois a risada de Matt foi ouvida no refeitório inteiro.

- Qual é o seu problema, seu babaca?! – perguntei irritado.

Todos que estavam na mesa nos olhavam espantados. Piper foi a primeira a se pronunciar e pulou nos braços de Matt.

- Você é um gênio! Apareceu na hora certa! – exclamou feliz.

Jason pigarreou e com um leve puxão, tirou a namorada dos braços do outro rapaz.

- Eu sei que sou! Vocês viram o quanto que ele ficou com ciúmes? Parecia estar me matando com o olhar – riu e foi então que eu entendi todo aquele teatro de Matt.

Assim que todos que estavam na mesa entenderam o que tinha se passado ali, começamos a rir. A ideia de Matt tinha até sido boa, Nico não conhecia o rapaz então era normal estranhar me ver andando grudado a ele e rindo sobre tudo.

Piper foi a primeira a parar de rir e encarar um ponto atrás de Matt. Seus olhos faiscavam de raiva, e quando me virei para ver quem era, rezei mentalmente para que nada saísse de controle e que a menina passasse reto por nós.

Mas, obviamente, não foi isso que aconteceu.

- Ora, vejam quem está aqui! – exclamou junto de seu mais novo grupo de patricinhas – Se não é o cãozinho de guarda do Will.

- Vai embora Drew – Piper falou cansada. Parecia que já não aguentava mais ter de aturar a irmã mais velha.

Matt se virou para Drew e sorriu debochado.

- Veja se não é a garota mais rodada de Malibu! – ele falou alto o suficiente para o refeitório se calar.

Drew inflou as bochechas e ganhou um leve tom avermelhado de raiva.

Acontece que os dois nunca se deram bem. Desde que se conheceram na oitava série, eram xingamentos, brigas, tapas, e os dois sempre terminavam na diretoria. Eu nunca entendi os motivos de Matt para não gostar na menina, tudo bem que ela era chata, irritante, vadia, grudenta, ciumenta, enjoativa, mimada, patricinha... Dentre outras coisas ruins, mas isso não era motivo para sair aos socos com ela.

Matt sempre foi baixo, na verdade era da altura das meninas, porém baixo comparado aos rapazes de nossa antiga escola. E era apenas por causa da baixa estatura e da falta dos músculos do corpo magro, e pouco definido, que ele saia aos socos com Drew.

Acredite, a menina lutava karatê. E lutava muito bem, por sinal. Já perdi a conta de quantas vezes Matt saia de uma luta com ela com um olho roxo.

- Me diz, vaquinha, pra quantos você já deu desde que chegou aqui? – escutei a ironia pingar em cada palavra dita por Matt – Sua mãe deve estar tão desapontada com a filha que tem... – Drew ficou com o rosto vermelho de raiva e logo depois sorrir maldosa.

- Pelo menos a minha mãe está viva – sorriu maldosa – E meu avô também. Ainda tenho meus informantes por lá.

Vi Matt se retesar e fiquei preocupado com meu amigo. Os dois sempre tinham essas brigas verbais, mas Matt sempre ganhava todas. Direcionei toda minha raiva para Drew, que sorria vitoriosa.

- Pelo menos eu não dou desgosto a ele, assim como você – meu amigo falou, com os punhos fechados – Você é a maior vadia que eu já conheci Drew. Dormiu com toda nossa antiga escola, e com os professores! Não me espantaria se ti visse na esquina rodando a bolsinha.

Eu sorri diante da fala de Matt e concordei com a cabeça.

- Na verdade acho que foi por isso que seu pai te expulsou de casa – disse – Pensa que eu não descobri? Seu querido papai não aguentou flagrar a filhinha querida numa orgia.

Todos do refeitório fizeram um ‘ohhh’ coletivo e Drew deu um grito de raiva, revoltada e atrevo-me em dizer, humilhada, e saiu a passos rápidos do refeitório.

Depois que a menina saiu do local, todos voltaram a focar em suas comidas e esqueceram a quase briga que teve minutos atrás.

- Cara, eu pensei que você fosse sair aos socos com ela... – cometei rindo e Leo pigarreou.

- Você bate em mulher? – perguntou espantado.

- Não! Quer dizer... A Drew não é uma mulher que mereça respeito, além de que ela provoca – comentou constrangido – Ela luta karatê, a luta nem é tão injusta! Veja meu porte físico.

Todos da mesa rimos.

- Matt era, junto comigo claro, um dos populares do colégio – comentei e ouvi Leo rir auditivamente.

- Ele? Esse garoto é do meu porte atlético! E eu com todo esse meu charme consegui a muito custo, fazer apenas a Calypso me notar! – falou exasperado – Não que eu esteja reclamando...

- Sabe como ele era chamado entre os grupos de meninas, Leo? – perguntei rindo e olhando para Matt que inflou o peito, se achando.

- “O furacão entre quatro paredes” – Matt comentou pensativo com um sorriso besta na cara.

Leo abriu e fechou a boca, espantado, e todos da mesa riram com o espanto do latino. O sinal do intervalo soou e todos nos levantamos, indo para nossas salas de aulas. Nico já estava sentado em sua carteira, e quando me viu entrar junto de Matt, apenas desviou o olhar.

Sorri pela sua atitude e sentei-me no fundo da sala. Hoje eu iria até a casa de certo moreno, querendo ele ou não.


Notas Finais


Minha primeira cena de "barraco verbal", relevem se ficou tipo MUITO ruim... T^T Me esforcei bastante e pra ficar um pouco mais "realista" até escrevi umas coisas ai... Foi difícil já que eu não gosto de falar e muito menos escrever palavrões... '-'

Eu sei, muito tosco o apelido de Matt. Mas veja bem, eu queria uma coisa mais engraçada e talvez 'impactante', porém não consegui pensar em nada e saiu essa coisa...

Espero que tenham gostado e quero comentários! u.u

Beijos, até o próximo <3

Leiam: https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-os-herois-do-olimpo-incest-3958521 INCEST. One-Shot Solangelo. Quero saber a opinião de vocês u.u

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