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História Primeiro amor (Fillie e amigos) - Parece que os nossos planos vão ter que esperar.


Escrita por: RuhWolfBrown

Notas do Autor


Senhoritas e senhoritos, voltei! rsrs espero que gostem dos capitulos que postarei. Aconteceram contratempos, mas já entreguei meu TCC e estou mais livre.

Capítulo 85 - Parece que os nossos planos vão ter que esperar.


POV GATEN

Eu estava completamente nervoso, ansioso por esse momento. Havia comprado flores e uma pulseira para Lizzy, e agora eu estava na porta da casa dela esperando-a para irmos juntos à um baile da escola. Quando ela abre a porta, eu simplesmente esqueço tudo o que havia ensaiado milhares de vezes para falar, ela estava tão linda.

- Uau! – é a única coisa que sai da minha boca, ela sorri sem graça.

- Você gostou desse vestido? – ela diz corando e girando para que eu veja todos os ângulos possíveis.

- Seria impossível eu não gostar sendo que é você que está o vestindo. – Digo e ela sorri feliz.

- São para mim? – ela pergunta apontando para as flores.

- Sim! Havia esquecido. Perdão. – Digo entregando-a as flores.

- São lindas, obrigada! – ela diz e beija minha face. – Vem entra. – Ela convida e caminha a minha frente.

- Seus pais estão em casa? – pergunto estranhando o silencio.

- Apenas minha mãe. Meu pai está no trabalho, e a minha mãe está no quarto, está um pouco indisposta.

- Hm, espero que ela melhore. - Digo sinceramente, enquanto Lizzy põe as flores que dei em um vaso na mesa de centro. Penso que exagerei no buquê, é muito grande.

- Ficarão lindas aqui. – Ela diz sorrindo satisfeita.

- Eu tenho outra coisa para você. – Falo antes que perda toda a coragem que há em mim.

- E o que é? – ela pergunta curiosa.

- Bom, é bem simples. – Tiro a caixinha com a pulseira e entrego a ela. – Espero que goste.

Ela abre e parece encantada pelo presente que dei.

- Ai meu Deus, Gaten! É maravilhosa. – Ela diz tirando a pulseira da caixinha e olhando de perto cada detalhe.

- São berloques que contam um pouco sobre nós. – Digo.

- É linda. Obrigada. – Ela diz e me abraça.

- Não é só isso, eu também preciso te dizer uma coisa. – Falo, ela me olha esperando que eu fale. – Nós saímos algumas vezes, e eu acredito que o que sinto é reciproco. Confesso já ter me apaixonado outra vezes, e ter tido amigas por quem eu tive sentimentos fortes a ponto de confundir a amizade com algo a mais. Mas quero que saiba que o que eu sinto com você não se comprara a nenhum desses sentimentos que eu já tive, eu tenho certeza do que estou falando e quero que saiba que não estou agindo por impulso. Eu realmente estou muito apaixonado por você Lizzy, e eu não sei quando isso começou, ou quando percebi isso, quando me dei conta eu já sabia, já sentia. Nós temos uma amizade muito bonita e sei que isso arrisca muito o que já temos, mas eu não consigo mais guardar isso em mim, eu precisava mesmo te falar. Eu quero estar ao seu lado sempre que eu puder, quero que seja uma ancora para meu coração que, não importa onde eu esteja, sempre me faça querer voltar e estar com você. Então, o que me diz?

- Está me pedindo em namoro, Gaten? – ela pergunta com um sorriso singelo.

- Sim, estou. – Respondo com firmeza.

- Oh, eu não esperava. – Ela diz e meche no cabelo.

- Se quiser um tempo para pensar... – sugiro.

- Não preciso de tempo nenhum. Eu sei exatamente a minha resposta. É sim, Gaten! Eu quero namorar você. – Ela diz e corre para me abraçar.

- Bom, então eu tenho um novo berloque para a sua pulseira. – Digo e tiro um pequeno berloque com um coração e uma data. A data de hoje. Ponho o berloque em sua pulseira e depois a ajudo a por a pulseira no braço.

Logo ela me olha e percebo que este é o momento, eu me aproximo também e finalmente sinto o toque dos seus lábios quentes, sinto o sabor adocicado do seu gloss, eu não poderia estar mais feliz.

 

POV NOAH

Júlia havia me convidado para acompanha-la a uma social na casa de amigos, finalmente eu conheceria o tal cara com quem ela tem estado. Chegamos e a casa estava lotada, pelo que entendi era a casa de uma garota chamada Liz, passei parte do caminho até aqui ouvindo uma conversa interminável entre Chloe e ela onde ambas soltavam gritinhos por que um Italiano estava gostando de Chloe. Quando chegamos, elas cumprimentaram pessoas, e alguns cochichavam e olhavam para mim apontando. Julia e eu andávamos de mãos dadas, foi quando o tal de Jacques apareceu, ele era mais alto que eu, e talvez até mais bonito. Ele e Júlia se abraçaram e foi aí que aconteceu.

- Jacques, esse é meu amigo Noah, irmão gêmeo de Chloe. – diz ela. Com a palavra “amigo” soando em ecos no meu cérebro, eu largo sua mão e cumprimento Jacques com a mesma, quando largo a mão dele, não volto a segurar a dela. Ele rapidamente se aproxima dela e passa o braço pelos seus ombros e diz que precisa mostrar a ela uma escultura que alguém está fazendo no quintal com enfeites de natal que foram achados no porão da casa. E ela vai, sem olhar para trás. Eu decido ficar, esperar que em algum momento ela sinta minha falta, permaneço esperando sentado num sofá, enquanto adolescentes passam por mim berrando e rindo, as vezes cantam músicas e as vezes ficam se beijando pelos cantos, como Chloe está fazendo agora com o tal Italiano que descobri que se chama Ruggero. Bebo três bebidas que me ofereceram e posso quase jurar que as duas últimas delas estavam batizadas com álcool, me sinto deslocado, deveria ter ficado em casa. É isso, vou para casa.

Levanto-me rápido e começo a caminhar rumo a saída da casa, me sinto um pouco enjoado, devem ter sido aquelas bebidas suspeitas. Só o que me faltava, ter estomago fraco para álcool. Como vou poder beber quando tiver idade? Que droga! Caminho irritado pelo gramado da casa pisando forte.

- Hey, Noah! Noah! – ouço gritos atrás de mim e me viro, vejo Júlia vindo atrás de mim com o tal Jacques a tira colo. Ela chega até mim e se posiciona de frente para mim. – Pra onde você está indo?

- Pra minha casa. – Respondo como se fosse algo óbvio.

- Mas não podemos ir agora... acabamos de chegar e Chloe...

- Olha, para. Eu vou para casa... você e Chloe podem ficar. Vou sozinho, não se preocupe. – Digo e o enjoo aumenta.

- Noah... como assim? – ela se aproxima agora sem entender nada, parece mais cautelosa.

- Eu achei que íamos curtir algo juntos enquanto eu estivesse aqui, mas vejo que não. Então é melhor eu ir indo, não estou bem. – Digo já sem paciência de explicar as coisas.

- Noah, nós estamos curtindo, estamos em uma festa. – Ela diz enquanto o tal Jacques conversa com um amigo que está chegando na festa, ele o cumprimenta com um abraço e ambos conversam a dois metros de nós.

- Não, você e Chloe estão curtindo. E eu não as culpo, mas eu sou um deslocado aqui, você saiu e nem notou que eu não estava junto. Fala sério, Jú... você me apresentou como amigo. – Digo e sinto decepção em minha voz.

- Desculpa. Noah. Eu... não sabia que isso significava tanto pra você. – Ela fala.

- Mas significa, Julia... Nós não somos apenas amigos. – Digo sinceramente.

- Para, Noah. Eu não quero brigar como antes. Vem, volta pra festa. – Ela estende a mão e eu encaro decidindo se devo ou não voltar com ela para a festa. – Podemos ficar nós três lá dentro, eu, você e Jacques.

Olho pro tal Jacques que ainda está conversando com o outro cara. Depois eu a encaro, sério que ela quer que fiquemos nós três lá dentro, como um tipo de triângulo amoroso? Eu não posso!

- Nós três? – eu rio sarcasticamente, deve ter sido a convivência com Finn nesses últimos meses ou deve ser o possível álcool na minha bebida que me fez agir dessa forma.

- O que está acontecendo aqui? – Chloe aparece sem o italiano e eu me pergunto como ela soube o que estávamos aqui.

- Chloe... O que Júlia e eu somos? – minha pergunta soa inocente.

- Como assim, Noah? Você bebeu? – Chloe acha que estou fazendo alguma brincadeira.

- Talvez um pouco... eu não sei, me deram algo pra beber e eu só aceitei. Mas responde minha pergunta, por favor? – digo.

- O quê? Você bebeu mesmo? – Júlia grita chocada e chama a atenção do tal Jacques que dá um até logo ao amigo que entra na casa enquanto ele se aproxima de nós.

- Não importa! Chloe, responda o que perguntei! Júlia e eu somos o quê? – dessa vez minha voz soa grosseira, Chloe fica séria, parece ter percebido o que estava acontecendo.

- Vocês namoram. Noah... – Chloe começa a dizer, mas o tal Jacques chama atenção de nós todos com sua surpresa.

- Espera, vocês namoram? Você tem namorado, Jú? – ele se vira para ela e isso e irrita mais ainda, então quer dizer que ela nunca o disse que tinha namorado?

- Sim, mas... Noah e eu mal nos vemos. – Ela diz nervosa.

- Eu achei que nós tínhamos alguma química. – Ele diz.

- Foi só um beijo, e eu disse que não era pra acontecer mais. – Ela solta para ele e percebe que fez merda pois rapidamente olha ao redor para se certificar se ouvimos ou não. Eu sinto uma pontada forte no peito, mas lá no fundo eu sabia.

- Espera, vocês ficaram? – Chloe parece tão surpresa quanto eu.

- Não foi bem assim! Foi só uma vez, e eu disse a ele que não ia acontecer mais, eu disse a ele que não podia acontecer. – Ela fala e seus olhos começam a encher-se de lágrimas.

- Eu achei que era por que você não queria se envolver porque sou novo aqui ainda e a gente ainda não se conhece tempo suficiente. – Ele explica e eu rio novamente.

- Vocês são um nojo! – Chloe diz.

- Eu não sabia! – Jacques se defende.

- Chloe, não foi por que eu quis. – Fala ela.

- Quem diria, Júlia. Ciumenta do jeito que você é, que sempre achava que eu estava te traindo... quem diria que seria você a me trair? – digo.

- Eu não te traí, foi ele quem me beijou, eu não queria... – ela diz e pela cara de Jacques, ele também está decepcionado. Ele começa a se afastar, vira as costas e volta para dentro da casa a passos largos, ela não percebe que seu amigo se foi.

- Cala a boca, Júlia! Você é um nojo! Como pode fazer isso com o meu irmão? Vagabunda! – Chloe grita e dá um tapa em Júlia, as pessoas ao nosso redor exclamam surpresas.

- Vamos, Chloe. Estamos chamando atenção demais, não vale a pena. – Digo segurando-a antes que ela surre Júlia.

- Eu não quis, eu juro que não quis. – Júlia chora com a mão na face.

- Adeus, Júlia. – Digo e viro as costas acompanhado de Chloe. Aquele era definitivamente o fim de Júlia e eu. Chloe deixou cair algumas lágrimas, mas eu não. Além da decepção, a única outra coisa que eu sentia, era enjoo. Devia ter álcool mesmo naquelas bebidas.

 

POV FINN

A noite tinha sido louca, eu havia chegado de um show da Lunar Vacation, estava cansado e havia causado problemas, aparentemente, uma amiga de Ayla queria ficar comigo, mas em vez de levar apenas uma amiga ao show, ela levou 3 amigas, duas morenas e uma loira, e eu não sabia qual delas era a tal garota e nem havia tido oportunidade de perguntar. Sei o que devem estar pensando, que eu na verdade estou apenas procurando uma forma de esquecer a Millie, mas não, não é isso. Eu desisti de esquecê-la no dia em que a beijei durante as gravações, o dia que saí sem me despedi. A diferença, é que para meus amigos pararem de pegar no meu pé, preciso fingir que estou bem. Que estou disposto a tentar, a seguir em frente. A confusão começou quando durante uma das músicas, Ayla saiu com a morena e a outra loira para pegar Coca-Cola para todos nós, achei ter entendido o sinal, afinal todas estavam saindo para me deixar a sós com a tal garota, eu puxei assunto, falei sobre a música e ela deu continuidade a conversa, ela riu, notei que ela era de fato muito bonita e parecia ser uma boa garota. Eu me aproximei e ela não se afastou, nós cantamos algumas partes da música olhando um para o outro, Ayla estava demorando, devia ser de propósito. Decido tentar seguir o plano de ficar com a garota.

- Você tem namorado? – pergunto na lata, sem grandes enrolações. Queria apenas que ela me confirmasse que ela é mesmo a tal garota. Ela ri.

- Sabe, é engraçado você me perguntar isso. “Namorado” não..., mas... – ela começa a dizer, era a confirmação que eu queria, ela não precisava dizer mais nada. Eu sabia o que viria após o, “mas” seria algo como: “mas eu vim aqui por que estou interessada em você” ou “mas a Ayla me chamou dizendo que tinha um amigo para me apresentar”. Eu me aproximo rapidamente e a beijo. Eu sou rápido em passar minha língua por seus lábios, no inicio ela não correspondia ao beijo, mas não demorou muito a entrar no clima, e logo estávamos correspondendo um ao outro. Pouco depois Ayla chegou e parecia chocada com a cena, nós nos separamos, eu não entendi muito o que aconteceu depois daí, a outra garota loira começou a berrar enquanto a que eu havia beijado poucos segundos atrás parecia desesperada. Ayla me olhava de forma acusatória e a garota morena parecia um fantasma. Foi uma loucura, elas foram embora ainda aos berros, a loira raivosa saiu na frente sendo seguida pela loira que beijei, que foi atrás dela sem olhar para trás, sem me dizer adeus. Okay. E a morena apenas olhou para trás como se dissesse “sinto muito” e seguiu as amigas. Ayla logo virou-se para mim com olhar acusador.

Durante o caminho para casa, Ayla me explicou que as duas meninas loiras estavam ficando, uma delas lésbica e a outra bissexual (no caso, a que eu fiquei é a bissexual), e a que gostaria de ficar comigo era a morena.

- Pensei que gostasse de morenas, Finn. – disse Ayla.

- Eu não me importo com aparências. – Respondi.

Nós rimos, rimos muito afinal, mesmo com toda essa confusão a noite havia sido divertida. Agora que estou em casa, fico repassando momentos da noite em minha mente e rio de algumas situações no qual havia ficado óbvio que as duas loiras estavam juntas e eu não havia percebido. Espero que elas consigam se acertar.

Abro o Instagram, tem Stories de Millie, ela falando que sente falta do namorado. Que ótimo! Decido dormir, faltam poucos dias para voltarmos a gravar. Penso muito no assunto e decido que não irei mais me privar de estar com Millie, só não me iludirei achando que em algum momento ela deixará aquele bostinha para ficar comigo, por que aparentemente ela está satisfeita com o relacionamento, mas isso não a impediu de enfeitar a cabeça dele com nossos beijos. Está decidido, vou tentar convencê-la de que sou eu quem ela realmente quer ao seu lado. Interessante pensar que no início, era ela quem queria um relacionamento e eu me sentia temeroso, agora eu daria tudo para ser eu no lugar daquele idiota. Sem os chifres, claro. É isso, todas as oportunidades de mostra-la que sou melhor para ela, eu aproveitarei.

 

POV JACOB

- Fala sério, Millie. Você e eu não somos namorados de verdade, e você não é apaixonada por mim, o que é óbvio por que você até muda o clima de um ambiente inteiro quando alguém toca no nome do seu queridinho e agora eu estou apaixonado por ela e você está mesmo achando ruim? – reclamo.

- Não é a mesma coisa, Jacob. Eu sei como tem sido difícil, okay? Eu convivo com o Finn e sei que é difícil resistir, mas nós temos uma imagem a zelar, e me desculpe se isso soar mal, mas você é muito descuidoso. – Ela diz cruzando os braços.

- Mas eu vou tomar o devido cuidado. – Falo e me aproximo de minha amiga.

- Não sei não Jacob, melhor nós não mantermos relações escondidas enquanto estivermos nisso. – Ela diz relutante contra minha opinião.

- Você e aquele merdinha em nenhum momento pensaram em... sei lá, reviverem o passado? – pergunto, porque não possível que nesse tempo juntos eles não tenham ficado.

- Ele tem nome! – ela reclama e eu reviro os olhos. – Aconteceu uma vez de nos beijarmos, mas foi só isso. Até por que ninguém pode saber desse nosso acordo, Jacob. E pegaria feio para mim me envolver com alguém estando namorando você. Seria tipo adultério, sei lá. – Ela diz dramaticamente.

- Não estamos casados, Millie. É só um namoro fake. – Eu digo tentando tirar o peso de suas palavras.

- Nós sabemos que é fake, os outros não. Eu não quero sair de corna nessa história! – diz ela irritada.

- Okay, okay... não precisa se irritar. Está bem? Luna e eu permaneceremos apenas como amigos, não abrirei o jogo pra ela. – Prometo. – Mas aviso que será difícil. Afinal, e passo muito tempo com ela e sinto vontade de beijá-la o tempo todo. Vai ser uma tortura! – deito minha cabeça em seu colo.

- E você acha que é fácil pra mim? – ela pergunta e suspira. – Olha, vamos aguentar até o combinado, alguns fãs já estão desconfiados e não queremos que eles tenham certezas sobre isso. – Ela fala passando a mão pelos meus cabelos.

- Como nos metemos nisso, Millie? – pergunto percebendo que foi uma péssima ideia.

- Desculpa, a culpa é minha. – Fala ela.

- Não, a culpa não é só sua. Eu concordei com isso, tenho parte da culpa. – Digo olhando seu rosto, ela sorri.

- Ah, que bom encontra-los aqui. – Minha assessora invade o quarto falando.

- Pode entrar, Katherine. – Digo sarcasticamente.

- Desculpe, estou atrapalhando algo? – ela pergunta ironicamente, afinal, melhor do que ninguém, ela sabe que Millie e eu somos apenas amigos.

- O que você quer? – pergunto curioso.

- Falei com sua assessoria, Millie. Está tudo certo, amanhã nós iremos fazer fotinhos na praia. Precisamos promover esse casal. – Ela diz apontando para nós.

- Amanhã? – Millie pergunta. – Por que tão rápido?

- Não podemos perder tempo. – Katherine responde.

- Okay, então... era só isso? – pergunto.

- Sim, é só isso. – Ela responde. Millie a encara com as sobrancelhas arqueadas. Eu pigarreio. - Oh, entendi o recado... deixarei os pombinhos sozinhos. – Ela diz e sai da sala. Millie e eu rimos.

 

POV MILLIE

Era uma tarde fria, estávamos na praia e havíamos acabado de tirar várias fotos para posarmos de casal feliz nas redes sociais. Jacob e eu estávamos exaustos disso tudo, concordávamos que havia sido uma péssima ideia, mas precisávamos levar isso até o fim, faltavam poucos meses. Queríamos ir para casa, mas aparentemente nossos pais tinham muito a falar sobre nosso futuro, o estranho é que devia ser nós a tratar disso e não eles. Sento-me na areia da praia e Jacob senta-se ao meu lado.

- Pegaram seu celular também? – ele pergunta e eu aceno a cabeça confirmando. – Sabe o que é engraçado?

- O quê? – pergunto.

- Que na verdade, são nossos pais que estão namorando. – Ele diz em meio a risadas e eu rio junto. – Eles trocam comentários, eles postam nossas fotos....

- Eles nos dizem sempre o que falar, como agir... isso é tão cansativo. – Reclamo.

- Se arrependeu? – ele pergunta.

- Não diria arrependimento, mas... é uma péssima ideia. – Falo.

- Concordo. – Ele diz.

- Você está com cara de quem não dormiu direito. – Digo vendo suas olheiras.

- Fiquei até tarde com a Luna ao celular. – Ele diz.

- Falando sobre? Está me pondo chifres fake? – digo e rio.

- Não, nada disso. Só coisas de amigos. Ela até perguntou se você não ia achar errado isso de nós sairmos juntos. – Ele diz e eu estranho.

- Sair juntos? Você não me falou nada disso. – Digo.

- Não? Eu podia jurar que falei. – Ele diz pensativo.

- Deve ter esquecido, ou eu devo não ter prestado atenção. – Falo.

- Muitos problemas, não é? – ele pergunta.

- Sim, muitos problemas. – Respondo.

- Bom, então... agora informo a você: namorada falsa; que irei sair com a Luna quando estiver em New York. – Ele fala.

- Okay, mas tome cuidado, não seja visto... e não faça besteira Jacob. Pelo amor de Deus, não estrague isso depois de tanto tempo. – Falo e espero que ele compreenda.

- Eu serei discreto. Acho que depois de amanhã eu já volto para New York e posso ver Luna, e você vai ver o seu punk descabelado. – Ele diz fazendo-me rir.

- Ele é Indie, um músico Indie. Bem alternativo caso você queira saber. E eu adoro o cabelo bagunçado dele, e eu realmente estou feliz para vê-lo e ficarmos a sós, e sermos bons amigos como sempre foi. – Falo e Jacob faz cara de nojo. Empurro ele brincando para que pare de palhaçada. – Para com isso.

Nós rimos, mas logo somos interrompidos por meu pai e a mãe de Jacob.

- Ficamos felizes por estarem de bom humor. – diz a mãe dele.

- Por quê, mãe? – ele pergunta ainda com um sorriso nos lábios, encaro meu pai sem entender do que se trata.

- Crianças, temos boas notícias. – diz meu pai, e eu torço para que eles tenham decidido acabar com esse fingimento, que nos coloquem de castigo por tamanha loucura, nos deem bronca e depois peçam desculpas por terem nos apoiado.

- E o que seria? – pergunto ansiosa.

- Vamos todos voltar para Atlanta juntos. – diz meu pai esperando receber um sorriso meu, mas tudo o que recebe é uma cara de reprovação. Olho para Jacob e ele parece tão infeliz quanto eu.

- Parece que os nossos planos vão ter que esperar. – Ele cochicha para mim e eu respiro fundo para não xingar nossos pais.


Notas Finais


Me contem nos comentários o que acharam.


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