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História Princess - Ouvir


Escrita por: Nam-Buyeong

Notas do Autor


Desculpa a demora -.-' escola ta osso.
Só estou postando hoje porque peguei uma gripe esse fim de semana. Talvez eu consiga postar mais algum cap hoje para compensar o tempo que fiquei sem postar.

Capítulo 11 - Ouvir


Fanfic / Fanfiction Princess - Ouvir

Kris havia acabado de acordar, quando olhou em volta viu que mais da metade dos garotos já havia saído do quarto, então já deveria ter passados das dez horas. Ele levantou ainda muito sonolento, aproveitando que estava fora do palácio vestiu uma roupa confortável e saiu do quarto ajeitando o cabelo com as mãos. Enquanto ele andava pela casa, cumprimentava os que passavam por eles. Toda vez que conseguia passar por ali, Kris visitava o túmulo de Sophia sem falta. Como provavelmente Amber estaria nas mãos das garotas ele achou que seria melhor visitar o túmulo naquela hora.

Ele foi pelos fundos da casa, Sophia havia sido enterrada não muito longe dali, e seu túmulo era adornado em volta por flores brinco-de-princesa. Mas para sua surpresa ele não foi o único a ter aquela ideia logo pela manhã.

Amber estava ajoelhada em frente ao túmulo e parecia estar orando. Kris ficou olhando aquilo afastado, sem fazer nenhum barulho para denunciar sua presença. Involuntariamente ele lembrou de quando discutiu com seu pai no dia em que a Sophia morreu. Seu sangue começou a ferver, ele cerrou seus punhos e estreitou seus olhos para Amber.

A princesa terminou sua oração e se levantou, batendo um pouco da terra que havia ficado no vestido. Quando ela se virou para ir embora, se assustou ao ver YiFan. Não que ele fosse alguém muito caloroso aos olhos de Amber, mas ela nunca tinha visto seus olhos com tamanha raiva.

- YiFan? Está tudo bem?

- Por que você está aqui?

Suas palavras eram frias e secas, e ele obviamente lutava para controlar seu tom de voz.

- Eu... – Não tinha como ela não se intimidar com ele daquele jeito. – Eu fiquei sabendo sobre ela, eu só queria fazer uma oração por ela. Desculpa eu...

- Você não tem o direito de estar aqui.

- YiFan eu...

- Você não tem o direito! – Ele se aproximou dela, segurando seu braço com força. – Sabe por que tem uma criança enterrada aqui? Por que eu estava ocupado em um treinamento estupido. Mesmo tendo soldados o suficiente eu tinha que treinar por causa da sua família, por sua causa.

Ele quase rosnava para ele, ela estava sem reação em um primeiro momento. Mas logo ela mesma estava com raiva daquela situação. Sem pensar muito Amber o empurrou para que ele a soltasse.

- Você acha que eu não sei de nada disso? Você acha que eu não sei que pessoas morrem por minha causa? – Agora era ela que aumentava seu tom de voz. – Eu não escolhi nascer na família real, nem me vestir do jeito que me visto, muito menos prender pessoas e regras estúpidas por causa das minhas condições. Você está certo, eu não tenho direito de estar aqui, já que as poucas pessoas que são realmente importantes para mim ainda estão vivas. Eu não conheço esse sentimento de perder alguém tão próximo, porque a única que perdi eu nem pude conhecer.

Amber jogou tudo aquilo de uma vez. Seu desejo no momento era que de alguma forma Donghae ou Henry aparecesse e a levasse de volta para casa, e tudo aquilo se enterrasse em um túmulo como o que estava atrás dela.

Kris apenas suspirou, abrindo suas mãos lentamente. Ele apenas queria esquecer esse último minuto, então se virou de costas.

- Esqueça isso tudo, vá desacansar, partiremos em breve.

YiYun não podia acreditar naquilo, ele realmente queria apenas falar um “esquece” e sair andando?

- Você fica me falando para esquecer, mas ainda fica preso ao passado.

- Apenas vá por favor, eu preciso pensar um pouco?

- Qual a sua dificuldade em ouvir os outros?

Amber saiu sem olhar para ele, sua cabeça já começava a doer com tudo aquilo. YiFan se voltou para o túmulo, sentou-se em frente a ele e ficou relendo várias vezes o nome de Sophia e data de sua morte e embaixo daquilo havia um desenho já quase apagado de um dragão.

Enquanto andava pela rua de terra que a levaria de volta para a casa, YiYun estava tentando não pensar em tudo aquilo, mas era quase impossível. Ela sabia que não tinha culpa por Sophia ter morrido, sabia que havia sido por causa dos ladrões que invadiram a casa e atearam fogo, mas como não se culpar depois de ver YiFan tão alterado?

- Ei cuidado!

Amber nem havia prestado atenção na carruagem que vinha pela mesma rua, e que teria a tropelado se não fosse alguém que a segurou pela cintura e a puxou para o lado. Quando ela olhou para trás, teve certeza que seu coração parou por alguns segundos.

- J-Jonghyun?

Antes que ela falasse mais alguma coisa, a porta da carruagem se abriu. Um homem saiu de lá, pela sua aparência ele claramente possuía uma boa condição financeira.

- Me desculpe. – Ele se apressou em dizer. – Você está bem.

Amber iria responder, mas outra coisa a fez ter a impressão de que seu coração iria parar de novo. Não bastava Jonghyun, mas agora era Henry que estava saindo da carruagem. Os dois primos se encaravam, sem dizer nada um para o outro. Henry foi o primeiro a sair daquele “transe” entre os dois.

- O que aconteceu aí Suho? - Henry se aproximou deles. – Parecesse que quase acertamos... – Ele olhou bem para as roupas de Amber. – uma garota.

- Eu estou bem, só estava um pouco distraída.

Amber reparou que Jonghyun ainda a segurava pela cintura distraidamente, e isso a fez corar levemente. Então ela se virou para ele.

- Muito obrigada.

- Tome mais cuidado da próxima vez. – Ele disse soltando-a.

- Então senhorita desconhecida. – Henry se aproximou mais de Amber. – Se disse para onde estava indo poderíamos acompanha-la.

Os olhos de Henry quase gritavam “O que você está fazendo por aqui? E porque está vestida como uma garota?”. Amber explicou por cima onde estava hospedada e que estava acompanhada por Wu YiFan.

- Bem, iriamos fazer uma pequena pausa por ai mesmo. – Suho disse. – Se quiser podemos leva-la.

- Não sei se ela vai querer subir na carruagem que quase a atropelou – Henry disse. – Pode ir na frente que eu a acompanho a pé.

- Juízo Henry. – Suho disse enquanto voltava para a carruagem. – Já não basta cortejar a pobre Sunny.

Henry apenas respondeu com um grande, e meio idiota, sorriso. Amber olhou confusa para o primo, mas não perguntou nada.

- Bem eu vou indo. Tenho que trabalhar, se cuide.

Jonghyun também voltou a sua caminhada. Quando eles estavam realmente sozinhos Amber resumiu tudo o que acontecera com ela, até mesmo a recente discussão com Kris.

- Realmente ele ficou abalado com aquilo.

Henry voltou a olhar as roupas de Amber.

- O que foi?

- Você está tão fofinha assim. – Ele começou a apertar as bochechas dela. – Parece uma princesinha.

- Seu idiota.

Amber aproveitou que as mangas do vestido eram mais longas que seus braços e começou a agitar seus braços para “bater” em Henry. Logo os dois caíram na risada como sempre. Quando chegaram na casa, Henry cumprimentava todo mundo e conversava brevemente com alguns, enquanto Amber se perguntava por que o primo nunca lhe falara de um lugar como aquele.

Quando estavam subindo para o segundo andar, Amber olhou para o cômodo grande que havia no segundo andar, onde ela ficara a tarde toda do dia anterior conversando, e se assustou ao ver YiFan ali, já que ele não havia passado por eles quando voltavam. Ele estava apenas deitado no chão, olhando para cima, depois se sentou e acabou vendo Amber. Ela não desviou o olhar, e ele a chamou com a mão. YiYun deu um leve tapa no braço de Henry e quando ele a olhou ela apontou para a sala. Henry viu YiFan, ele não sabia se era realmente uma boa ideia pelo jeito como Amber o descreveu mais cedo, mas seria bom se eles se resolvessem logo.

Quando ela entrou no cômodo, ele apenas fechou a porta.

- YiYun...

Ele começou a falar, mas ela o interrompeu.

- Amber, por favor.

- Amber. – Ele suspirou. – Eu não deveria ter agido daquele jeito, foi apenas um impulso.

Amber se sentou entre as muitas almofadas espalhadas pelo cômodo, Kris continuou de pé. Ele parecia estar meio receoso, e mantinha uma das mãos atrás da nuca, pelo seu rosto Amber deduziu que ele ainda pensava nas palavras certas.

- Eu entendi. – Amber falou. – Mas não tem o porquê de ficar me culpando. Não quero que você se conforme, eu imagino como deve ser doloroso, mas também não adianta me culpar, aquilo já passou.

- Tudo bem, já entendi. Eu fui um idiota e blá blá bla.

- Foi mesmo.

- Ei!

No final Amber acabou rindo e estendeu a mão para ele com o punho fechado. YiFan olhou mais um pouco para o rosto de Amber, já parecia bem mais diferente nesse pouco tempo, e sorriso dela era realmente angelical, ele bateu a mão no punho dela como um pedido de desculpas completo.

Quando abriram a porta se depararam com um Henry que claramente estava tentando escutar a conversa.

- Henry!

- O que foi Amber? Eu tenho o direito de ficar preocupado com a minha prima. Aliás, não se preocupem com a viajem porque o Suho já disse que vai leva-los por uma boa parte do caminho.

Amber acabou rindo da desculpa do primo.

- Idiota.



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