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História Procurados - Finalmente


Escrita por: XioKONIC

Capítulo 19 - Finalmente


Fanfic / Fanfiction Procurados - Finalmente

 

Não seria tão fácil quanto pensava que seria. Pelas informações que havia lhe passado, a segurança estava em dobro naquele lugar. Tudo isso por conta de seu alvo, Sr. Lee, que havia chegado de viagem.

Finalmente.

Agora era hora de encarar seus medos. Em dez anos muitas coisas aconteceram, e claro, as coisas mudaram com o passar do tempo.

Jiwon já tinha 26 anos de idade, o que era uma grande mudança. Antes era apenas uma criança com 16 anos de idade, que mal sabia o que era beijar alguém. Suas preocupações poderiam ser outras, mas o objetivo de ter sua vingança continuava.

Aquilo não traria seu pai de volta, e muito menos construiria sua família novamente. Talvez ele sentisse satisfação em ver o homem implorando para viver, como um covarde. Lembrava perfeitamente das palavras de seu pai, e sabia que ele havia tido coragem. Havia morrido dignamente sem implorar qualquer coisa.

Poderia então sentir paz em seu interior quando o fizesse, e assim que tomasse o lugar daquele homem, poderia estabilizar sua vida.

Após terminar o banho, colocou uma roupa confortável enquanto olhava para Hanbin que já dormia na cama de casal daquele quarto. Caminhou em silêncio até a cama e se sentou encostado na cabeceira, tomando todo o cuidado para não acordar o mais novo, que dormia de lado. Achava engraçado como Hanbin apoiava o rosto nas mãos, formando um biquinho nos lábios carnudos por natureza.

Esticou o braço até o criado mudo e pegou o próprio notebook, colocando o mesmo em seu colo. Ligou o aparelho e logo começou a mexer. Mandou um e-mail para Junhoe, querendo saber se as preparações estavam prontas.

Tinha várias informações do Lee naquele computador, e podia dizer que era seu bem mais precioso. Mas, apesar de tanto, ainda não tinha nada. Sua proteção era incrível, e o muito que haviam feito por aquelas informações, se transformava em pouco quando juntos.

Acabou acordando Hanbin com o barulho de seus dedos nas teclas, e sorriu ao ver o menor grunhir de forma manhosa, pedindo para ele ir dormir logo. Assim que Hanbin se virou, ficando de costas para ele, Jiwon sorriu.

Trocou apenas mais alguns e-mails com Junhoe e deixou a parte tecnológica com ele. Desligou seu computador e o colocou no mesmo lugar de sempre, se deitando aos poucos.

Apesar de ter relaxado no banho, sentiu seu corpo doer um pouco quando se deitou, provavelmente por causa da posição anterior, enquanto mexia em seu notebook.

Após apagar a luz do abajur, se virou, passando a mão pela cama meio quente até encontrar o quadril do menor. Deixou-se rir por ter acertado em cheio e logo se aproximou devagar, abraçando-o pela cintura.

Após praticamente afundar o rosto com cuidado na nuca do outro, se aconchegou mais enquanto relaxava, não demorando mais de 10 minutos para conseguir dormir.

Suas noites juntas com o menor sempre eram assim, calmas. Não tinha mais pesadelos e muito menos ficava com insônia. Seu sono era constante e somente acordava quando era de manhã.

Continuava sensível durante o sono, e claro que com qualquer barulho, iria conseguir fazer alguma coisa.

Quando acordou, se deixou relaxar mais ao ver que o menor ainda dormia enroscado a si. Ele costumava se mexer muito durante a noite, e por conta disso, acabou ficando de frente para Jiwon. Com o rosto na curva de seu pescoço, Hanbin dormia tranquilamente, mantendo seus braços em volta do corpo do outro.

Com todo cuidado, se afastou do menor, se levantando ainda em silêncio. Olhou em volta e pegou seu celular, checando se teria recebido alguma mensagem ou até mesmo e-mail. Nada. Guardou o celular no bolso da calça de moletom e se espreguiçou, passando a mão pelos fios lisos em seguidas. Estavam totalmente bagunçados.

Com passos rápidos, andou até a cozinha. Assim que começou a cozinhar, passou a fazer tudo com capricho, pensando que aquele poderia ser o último de momento que teria.

Aquilo poderia ser o início do último dia de sua vida, e ele não tinha certeza de que estava satisfeito o bastante para ir. Sabia que não podia.

Estava quase terminando de fazer tudo quando viu Hanbin entrar ali. O rosto estava meio úmido e sua expressão de sono não era tão marcante como nos outros dias. Após bocejar, o mais novo andou até si devagar, parando ao seu lado enquanto abraçava o próprio corpo por conta do frio.

Assim que Hanbin percebeu o que ele estava fazendo, arregalou um pouco os olhos surpreso, olhando para os pratos que já estavam prontos.

-Alguém vem aqui hoje? –Ele perguntou com a voz ainda rouca.

-Não.

-Isso tudo é só para nós dois?

Jiwon apenas concordou balançando a cabeça, com os olhos focados no fogão. Hanbin apenas resolveu se sentar e esperar, apesar de ainda estranhar o comportamento o outro.

Ele estava mais carinhoso que antes, mais preso ao chão e fazendo as coisas com mais atenção. Preocupação. Jiwon estava preocupado com algo, e pelo jeito de agir, era sério.

Hanbin se lembrou então da noite passada. Ele havia recebido uma ligação, e provavelmente por conta da mesma, ele havia ficado assim. Não fazia ideia do que era, se poderia ser bom ou ruim, apenas podia cogitar ser algo grande.

-Lee está de volta. –Jiwon disse, como se estivesse lendo os pensamentos do menor nesse momento. –E ele sabe que eu ataquei.

Essas palavras deixaram Hanbin mais apreensivo que o normal. Era ruim, muito ruim. Todo o plano de ser sigiloso havia sido jogado fora, e Hanbin se culparia por isso.

-Ah... Me perdoa, se eu não tivesse fugido naquela noite... –Hanbin tentou se desculpar, mas parou de falar assim que o outro olhou em seus olhos.

-A culpa não é sua. –Jiwon o cortou, suspirando enquanto passava geléia em sua torrada. –Mas eu preciso agir rápido... E eu não quero que você me acompanhe dessa vez.

-Mas...

-Isso é coisa minha... E eu já machuquei gente demais os envolvendo em algo meu.

Jiwon dizia isso com uma tranquilidade que assustava Hanbin, mas por dentro, ele estava totalmente em pânico.

Sentia medo de tanta coisa que mal poderia listar, mas o principal medo era de morrer sem conseguir falar tudo o que queria para as pessoas ao seu redor. Tinha medo de não conseguir fazer tudo o que queria e mais medo ainda de morrer sozinho.

O café da manhã continuou em silêncio até eles terminarem de comer, e finalmente, Hanbin entendeu o porquê do capricho dele.

Hanbin entendia que de certa forma, Jiwon estava se despedindo aos poucos. Não queria ter que acreditar nessa possibilidade tão cruel. Sentiu seu interior desmoronar enquanto ele se levantava para lavar toda a louça.

-Deixa isso aí... Teremos tempo depois para lavar tudo. –Hanbin disse enquanto se levantava.

Andou até ele e pegou em sua mão com calma, o puxando para fora da cozinha. Fez Jiwon se deitar e apenas se aconchegou contra ele, sentindo seu corpo esquentar assim que sentiu os braços dele em volta de seu corpo.

Se surpreendeu um pouco quando sentiu os dedos do outro infiltrarem seus fios e então o olhou. Jiwon estava lhe olhando com tanta intensidade, como se houvesse feito um acordo com ele. Um acordo que teria como regra o olhar sempre daquela forma tão intensa e fazer Hanbin se sentir desejado, da forma como realmente era.

Olhar nos olhos dele fazia-o se lembrar de tudo o que havia passado com o maior nos últimos meses. Conseguia se lembrar de tudo. De todas as vezes que caiu enquanto lutava com ele, das vezes em que foi levantado e também das vezes em que o derrubou. Conseguia se lembrar de cada palavra que havia sido lhe proferida com ódio quando se “conheceram”. Ainda era considerado um policial, mal podia imaginar que algum dia estaria foragido.

Quando voltou a si, sentiu que estava chorando. As lágrimas escorriam com facilidade por seu rosto, o umedecendo aos poucos. Não conseguia entender o porquê de se sentir assim, mas no fundo ele sabia. Sabia muito bem.

Hanbin já não saberia imaginar um mundo sem ele.

Jiwon rapidamente se sentou no sofá, olhando para ele com preocupação. Achou que talvez olhar as orbes escuras fosse resolver alguma coisa, mas isso acabou apenas piorando mais a situação.  As lágrimas passaram a cair com mais selvageria, e o silêncio foi tomado pelos soluços do outro.

-Eu não quero que você vá embora...

Jiwon o abraçou com força, deixando que Hanbin chorasse o quanto precisasse.  Aquilo mostrava a aceitação do outro com as possibilidades infinitas daquela noite. Uma aceitação era uma aceitação de qualquer forma.

Ficou com o menor até ele se acalmar, pedindo em silêncio para que isso tudo passasse logo. Em seus melhores pensamentos, se via como o chefe da máfia, no topo, acima de todos. Não era a riqueza que lhe encantava, e muito menos todo aquele poder que estaria em suas mãos. Sabia que as coisas ficariam mais difíceis depois que tudo acabasse, mas teria pessoas ao seu lado. Amigos em quem poderia confiar cegamente, pois seria impossível errar com tantas opiniões.

Os dois apenas passaram o resto do dia assim, largados no sofá da sala, podendo desfrutar do conforto que um causava no outro. Jiwon sentia falta dessa paz. Sem tiros por todos os lados e sangue em suas roupas. Era da mais perfeita paz de que precisava, mas também não conseguia entender como Hanbin podia ter essa paz.

Havia o feito passar por tanto, e mesmo assim, as mudanças foram poucas. O menor era o pontinho brilhoso no meio de toda a escuridão que o envolvia, e isso lhe dava vontade de ficar junto dele cada vez mais.

Quando o dia terminou e a noite começou a chegar, ficaram mais juntos ainda, apesar de Hanbin ter noção de que teria de o deixar ir, sozinho.

Se sentia péssimo por não poder fazer nada, mas entendia claramente que deveria ficar. Era o desejo do outro, e depois de tanta teimosia, era o mínimo que podia fazer por ele.

Quando chegou a hora, ele começou a se preparar. Pegou a maleta que guardava debaixo da cama e a colocou em cima da mesma, abrindo-o. No casaco, guardou alguns cartuchos nos bolsos internos de seu casaco e pegou o revólver prata, o destravando em seguida. Não tinha como levar armas pesadas, e o máximo que poderia fazer, era levar algumas granadas consigo. Elas poderiam ser úteis alguma hora.

Hanbin observava tudo encostado no batente da porta, com os braços cruzados. Tentava se acalmar a todo momento, pensando que tudo daria certo e ao amanhecer, o veria novamente, resmungando algo sobre como a torneira da pia do banheiro estava pingando e precisava de conserto. Talvez reclamasse de Junhoe, por sua petulância apesar de ser mais novo. Ele não se importaria nem se Jiwon reclamasse de si, apenas desejava escutar sua voz de perto novamente.

De repente Hanbin se viu sorrindo minimamente. Apenas imaginar algo com ele já o deixava assim, mais solto e aparentemente alegre.

Tratou de se recompor quando Jiwon passou por si, provavelmente para fechar a casa e garantir que quando voltasse, Hanbin estivesse ali, esperando-o da forma mais doce o possível.

E então, Hanbin o seguiu. Com passos lentos e calmos, foi o seguindo, observando cada movimento que fazia, observando como a roupa marcava sua silhueta. Lembrava-se das tatuagens que marcavam aquela pele e penas desejava sentir o outro. Pele contra pele.

Jiwon logo voltou para o quarto, pronto para pegar sua mochila e sair dali. Assim que o maior voltou, o barrou, não deixando que ele passasse por ele. Jiwon suspirou, olhando para ele enquanto ajeitava a mochila nas costas.

-Não torne as coisas difíceis Hanbin... –Ele disse baixo. –Eu já expliquei que –Antes que pudesse terminar, se surpreendeu ao receber um beijo do mais novo.

Nunca poderia afastá-lo. Não desejava e nunca desejaria. Assim que Hanbin passou os braços em volta do pescoço de Jiwon e aprofundou o ato, ele apenas deixou a mochila cair do ombro, a colocando com cuidado no chão. Depositou as mãos na cintura do outro e colou os corpos sem muito cuidado. Se dependesse de Jiwon, ficaria ali o resto da noite o beijando infinitamente, mas infelizmente não poderia impedir o que estaria por vir.

Virou seus corpos e encostou Hanbin na parede, acabando por o pegar no colo. Segurava as coxas com delicadeza, apertando-as de vez em quando, apenas para se arrepiar junto do outro, que arranhava sua nuca enquanto puxava alguns fios. Hanbin logo passou suas pernas em volta do outro, tombando a cabeça para o lado assim que o outro passou a selar seu pescoço. Após Jiwon deixar uma marca em si, se afastou, o olhando ainda próximo.

-Não me espere acordado... E vou estar aqui de manhã, então por favor... Certifique de estar bem para me receber amanhã. –Jiwon sussurrou baixinho para Hanbin, deixando que seus lábios roçassem uns nos outros.

Jiwon se afastou minimamente, olhando para Hanbin em silêncio enquanto respirava com calma. Sorriu minimamente e acariciou o queixo do outro, pensando em algo decisivo.

-Arrume nossas malas e durma com roupas discretas.

Disse apenas isso, deixando claro para Hanbin o que aquilo significava. Assim que ele voltasse, iriam embora dali, e mais do que provavelmente iriam para fora do país.

Devagar, colocou o menor no chão novamente, e apesar da insistência do outro, lhe deu apenas mais alguns selos antes de realmente ir. Foi acompanhado até a porta e assim que recebeu o último selo, colocou o capacete e subiu na moto, partindo dali com mais rapidez o possível.

Assim que fechou a porta, passando a tranca na mesma, correu para o quarto. Assim que tirou as malas de baixo da cama, viu que uma estava mais pesada que as outras. Abriu a mesma com curiosidade e encontrou varias notas. Eram dólares, e provavelmente Jiwon poderia bancar a si mesmo por um bom tempo. Mas não era como se fosse mudar com Hanbin. Era apenas uma pessoa, e não uma família inteira.

Voltou a guardar essa mala e abriu aquela que estava vazia. Andou até o guarda roupa e apenas se trocou rapidamente. Com uma calça jeans e uma blusa preta, começou a colocar as poucas peças dentro das malas. As malas eram pequenas, e não se tinha muita necessidade em levar tantas coisas.

Hanbin sabia com toda certeza que Jiwon deixaria suas armas com Junhoe, para haver menores complicações no aeroporto.

Assim que terminou de arrumar tudo, resolveu se deitar, talvez descansar um pouco fosse compensar o cansaço que viria do outro.

Jiwon havia saído meio cedo, e ficaria esperando a hora certa para atacar. Isso era uma agonia para Hanbin, ter que esperar sem saber a hora da volta. Parecia simplesmente horrível conseguir dormir nessas condições, mas se pelo menos dormir fosse ajudar os dois, teria de o fazer.

Dessa vez estava completamente sozinho, e era incrivelmente estranho estar montado naquela moto sem os braços do outro em volta de si, sem voltar com o calor que ele passava para suas costas.  Ao invés de ter o calor do outro, tinha apenas seu próprio calor, mas esse era engolido com facilidade por causa do vento.

A rodovia à sua frente era iluminada por seu farol e preenchida pelo ronco da moto toda vez que ele acelerava.

Diminuiu consideravelmente a velocidade quando começou a se aproximar daquele lugar. Precisava fazer o máximo de silêncio se possível. Parou a moto em um beco ao lado do lote e tirou a arma do cós da calça, encaixando o silenciador no cano da mesma. Assim que eliminou os três seguranças na entrada, foi por ali, se infiltrando pela parte mais escura do jardim. Destravou a arma mais uma vez e ainda no canto escuro, eliminou mais dois seguranças perto da porta da cozinha.

Entrou na casa com rapidez, e de modo disfarçado, conseguiu subir as escadas, indo mais além. Entrou no primeiro cômodo que pôde assim que escutou vozes e sombras vindo naquela direção. Estava na biblioteca. Correu até a última estante e parou atrás dela, observando entre os livros, Sr. Lee e alguns capangas entrarem naquela sala.

Ficou os observando, e pelo pouco que conseguiu escutar, eles já estavam esperando-o essa noite. O que não podiam imaginar era que ele já estava ali dentro, pronto para atacar.

Teria o feito, se a garota de antes não tivesse entrado na biblioteca procurando o próprio pai. Assim que os seguranças os deixaram a sós, Jiwon hesitou. Ainda não estava na hora.

Deixou que o pai discutisse com a filha e abandonasse a mesma na biblioteca, deixando-a “sozinha”. Não demorou nada para que ela saísse dali, batendo a porta com força.

Jiwon suspirou com calma e deixou a mochila no chão, se sentando em seguida. Não sabia quando poderia atacar, mas quanto mais demorasse, pior seria. Se estivesse com outra pessoa, talvez conseguisse despistar os seguranças e agir logo.

Rapidamente teve um ideia. Poderia não funcionar direito, mas seria um tipo de distração. Andou com calma até a janela do cômodo e abriu a mesma, sentindo o frio adentrar no local. Com cuidado, pegou uma das granadas e colocou metade do corpo para fora da janela. Assim que localizou um alvo bom o suficiente, tirou o pino da mesma e a jogou com mais força o possível.

Antes que ela explodisse, fechou a janela, voltando a se esconder. Tampou os ouvidos e logo viu a luz invadir a sala. Olhou para a porta e também escutou passos rápidos. Agora ele estaria sozinho no quarto.

Correu até a porta e abriu a mesma, indo com rapidez para o quarto principal. Sabia exatamente o que cada porta escondia naquele corredor tão longo, e naquela última porta, estaria ele.

Jiwon chutou a porta com força, abrindo a mesma. Fechou-a trancando-a em seguida e sorriu ao ver que o homem nem tão velho estava deitado em sua cama. Procurava os óculos no criado mudo enquanto se mexia debaixo das cobertas. Assim que o colocou, olhou para Jiwon sério, para depois sorrir.

-Quanto tempo... Soube que explodiu um de meus depósitos de mercadoria... –Ele disse. –Kim jiwon, você é igual ao seu pai não é mesmo? Sempre tem alguém para ir contra a maré.

-Não ouse falar dele. –Jiwon praticamente cuspiu essas palavras por entre os dentes, sentindo as mãos tremerem de tamanho ódio que sentia. Apertou o revólver em mãos e apontou para Lee. –Pro chão. –Ele continuou parado, apenas o observando. –Eu disse pro chão! Agora!

Lee era um homem sarcástico, e poderia jogar esse joguinho até amanhecer. Ele sabia que Jiwon não o mataria tão fácil, pois não era isso o que ele realmente queria. Lee sabia da repulsa que Jiwon sentia em matar. Fazia por que era preciso, já que era apenas viver ou morrer.

Ainda sorrindo, se levantou devagar e se ajoelhou no chão. Colocou as mãos em sua nuca devagar e ficou o olhando.

-Assim está bom?

-Eu não te dei a opção de fala, dei? –Jiwon perguntou, o olhando fixamente.

-Você não tem tempo para me torturar... Por que não larga sua arma e luta comigo mão a mão? –Lee sugeriu, fazendo o sangue de Jiwon ferver mais ainda.

-Você é um covarde...

Devagar, Jiwon guardou seu revólver na mochila, ainda atento ao outro. Não era tão maior que ele, mas mesmo assim, tinha o mesmo tom de intimidação de anos atrás.

Lee se levantou devagar, e assim que estralou o pescoço, sorriu olhando para o mais novo. Fez um sinal para que ele o atacasse, mas Jiwon conhecia suas armadilhas.

Não iria atacar rápido, mas iria tentar se aproximar devagar. Mesmo estando atento, se deixou surpreender ao que um vaso de flores foi arremessado em sua direção. Enquanto desviava, Lee avançou, o lhe dando um forte chute nas perna, fazendo Jiwon cambalear. Antes que ele pudesse realmente se recompor, recebeu outro soco, mas dessa vez, na boca do estômago. Assim que ele se abaixou, recebeu uma cotovelada nas costas, derrubando o outro no chão.

Antes que ele pudesse se levantar, Lee colocou seu pé em suas costas, o colocando mais ainda contra o chão

-Você acha mesmo que você poderia vir contra mim?! -Lee gritou alto, chutando seu abdômen com força.

Ele ria em escárnio do outro jogado no chão. Jiwon tossia tentando respirar, e isso apenas fazia Lee achar mais graça.

-Você é realmente tão patético assim? Achou que poderia se vingar do Sr. Lee? Ah... Esse não foi o Bobby que eu contratei. Onde está aquele homem destemido que obedece tudo sem levantar a cabeça? -Perguntou enquanto se abaixava, tirando a arma do alcance do outro.

Lee pegou em seu cabelo, o puxando com força enquanto o fazia levantar o rosto e olhar para si. Mesmo daquele jeito, Jiwon tinha o mesmo olhar de antes. Odiava aquele homem com todas as forças, e mesmo que morresse tentando, iria matar aquele homem naquela noite.

O mais velho acabou virando Jiwon, o deixando virado para si e apenas colocou sua mão no pescoço do outro, apertando-o de leve. Não acreditava que teria que fazer o trabalho sujo, mas dessa vez, lhe pareceu muito mais prazeroso e menos sujo. Não iria bem o torturar e muito menos sujar seu tapete de sangue.

Jiwon tentava a todo custo tirar aquelas mãos de si, mas mesmo assim, Lee apenas ria, enquanto tirava as mãos dele de seu caminho.

-Você é um merda... Assim como o seu pai sempre foi...

Falar de seu pai era como errar a senha de uma bomba. E como consequência ela iria explodir.

Rapidamente Jiwon conseguiu se livrar do outro, que surpreso, apenas caiu para trás. Antes que ele conseguisse pegar sua arma, Jiwon desferiu um soco com força no mesmo, pegando a arma de volta para si.

Não tinha palavras para dizer a ele, não conseguia encontrar o adjetivo sujo o suficiente para o xingar e ofender até sua vigésima geração. Apenas continuou desferindo socos naquele homem que julgava ser tão horrível.

Quando percebeu que suas mãos estavam ficando vermelhas demais, parou, permanecendo em cima dele. Sua boca também sangrava, e não duvidava nada que seu nariz não deveria estar no melhor estado. Só podia ter certeza do estado de Lee, e com certeza era bem pior que o seu.

Com o braço livre, Lee pegou um estilhaço daquele vaso que jogara. Antes de acertar Jiwon e furar sua lateral foi impedido. Apesar da força, não demorou para ter o estilhaço contra si. Ele sorria, sabendo que havia perdido aquela luta. Fechou os olhos ao sentir o vidro perfurando a pele e lhe rasgando os outros tecidos musculares de seu corpo.

Grunhiu de dor e voltou a olhar para o outro, percebendo suas mãos sujas de sangue.

-Será um bom chefe... O primeiro que suja as próprias mãos sem problema algum. –Lee disse com a voz fraca.

-Vá para o inferno. –Jiwon disse, forçando o estilhaço mais ainda.

-Direi ao seu pai que mandou lembranças...

Um tiro.

Dois tiros.

Três tiros.

Um cartucho inteiro.

Após ter gastado um cartucho inteiro naquele homem, se levantou do chão. As mãos estavam sujas de sangue, mas era o sangue dele. Os ferimentos que tinha estavam mais em seu rosto, e talvez, uma dor constante no abdômen que duraria um pouco.

Guardou o revólver novamente e limpou suas mãos enquanto ainda olhava para aquele corpo. Tinha de sair dali o mais rápido que podia.

Pegou sua mochila e saiu do quarto. Assim que escutou passos naquela direção, entrou no primeiro quarto que pôde. Trancou a porta atrás de si e então percebeu estar no quarto dela. Chaerin estava ali, deitada com uma expressão bem assustada enquanto olhava para o teto do quarto, pensando que tudo estava bem e era questão de tempo até pararem ele.

Nunca esteve tão errada.

Jiwon destravou a arma com rapidez, apontando para ela. Assim que a mesma escutou, olhou e se assustou, tampando a própria boca. Andou rapidamente até ela ainda apontando a arma e a olhou nos olhos. Era simples. Se ela o entregasse, ela morria.

Assim que encostou o cano metálico na testa da outra, suspirou ao ver a mesma fechar os olhos. Estava rezando. Aproximou-se da mesma, mais especificamente de seu ouvido e sorriu.

-A polícia logo chega... Vai embora daqui se não quiser encrenca. –Ele disse baixo. –Ah... Outra coisa... –Ele disse, mexendo um pouco a arma para o centro da testa da mesma. –Eu não mato mulher...

Dito isso, ele se afastou completamente e andou até a janela. Abriu a mesma e a olhou por mais um instante, sorrindo ao vê-la lhe olhando de forma estranha. Antes de conseguir pular a janela, viu as luzes vermelhas e azuis ao longe.

O som das sirenes só aumentava cada minuto.

Jiwon desapareceu no meio da noite sem deixar vestígio algum, e sabia que com a policia ali, a máfia poderia entrar em crise. Lee tinha sim suas cartas debaixo da manga, e era mais do que obvio que não iriam encontrar nada naquela casa além de alguns corpos, já que até mesmo sua filha, também havia sumido.

Antes de subir na moto, Jiwon viu Chaerin correndo para longe dali, com uma mochila nas costas. Não sabia se era uma empregada que estava junto com ela ou simplesmente uma amiga, talvez irmã. Só torcia para que elas conseguissem fugir e não voltassem a lhe incomodar nunca mais.

Passou com a moto roncando alto perto ao lado das mesmas e apenas seguiu sem rumo, sem olhar para trás e ver qual destino as duas tomariam.

Senti a constante necessidade de cuspir sangue, mas com o capacete na cabeça, iria apenas fazer sujeira sem ajuda em nada.

Sem um líder para os comandar, os capangas mais próximos a Lee estariam perdidos agora, e sem nenhuma pista de quem havia feito aquilo, não tinham nada a fazer. Isso dava tempo para Jiwon. Tempo mais do que suficiente para pegar o primeiro avião que partisse para fora e sumir do mapa por algum tempo. Um ano talvez.

Parou a moto com rapidez em frente a casa, e assim que desligou a mesma, correu para dentro de casa. Largou sua mochila no chão e foi para o banheiro do quarto, acendendo a luz. Seu estado não era dos piores, mas o ver e na boca e o nariz um pouco inchado o deixavam meio engraçado. Sem contar com seu olho meio roxo.

Enquanto lavava a boca com cuidado, percebeu que tinha alguém atrás de si. Olhou pelo espelho e viu Hanbin se assustar, logo se aproximando de si enquanto colocava suas mãos em seus ombros

-Ah meu deus... Você precisa de ajuda... Vem cá. -Hanbin disse, impedindo o maior de lavar seu nariz daquele jeito.

Com a experiência que tinha, sabia muito bem que lavar um nariz naquele estado só iria resultar em ardência e muita dor.

Fez Jiwon se sentar na cama e ainda assim sem acreditar muito que o outro estava de volta, apenas andou até o banheiro para pegar o pequeno kit de primeiros socorros que Jiwon escondia. Hanbin achava fofo saber que o outro tinha vergonha de se machucar e se revelar vulnerável a alguma coisa.

Com todo cuidado que tinha, limpou o sangue em volta de seu nariz, tomando cuidado para não o apertar. Tinha sorte de não estar quebrado, mas mesmo assim, necessitava de cuidado e calma.

Após limpar tudo e passar uma pomada, foi para o canto de sua boca. Jiwon lhe olhava em silêncio enquanto ele limpava, percebendo o qual cuidadoso Hanbin era quando cuidava de alguém.

Assim que sentiu arder, fez uma careta, mas pôde se sentir muito melhor com a expressão de preocupação dele, seguido por um pedido de desculpas mais do que sincero.

-Temos que ir agora Hanbin... -Ele disse baixo, assim que o menor terminou com o canto de sua boca.

Antes que ele pudesse dizer alguma coisa sobre o olho roxo do outro, Jiwon se levantou, indo até o banheiro novamente. Conferiu novamente seu rosto e voltou para o quarto.

Hanbin havia separado uma roupa para si, e depois que colocou a mesma, guardou as atuais em uma sacola e enfiou na mala.

Tudo o que poderiam ter pego naquela casa, já estava consigo mesmos. YunHyeong buscado o carro assim que o dia amanhecesse, e eles iriam de moto, deixar a mesma com Junhoe.

Por sorte, não era tão difícil levar aquela malas consigo em uma moto, e Hanbin tinha certeza de que nada iria vir durante o percurso, já que estava praticamente amarrado a elas, além de estar grudado em Jiwon.

Subiram as escadas do prédio de Junhoe correndo, e teriam tempo apenas para lhe entregar a mala com armas e a chave da moto, junto com os capacetes. Junhoe mal podia acreditar na loucura de Jiwon, mas era pior ainda saber que aquilo havia dado certo, e ele sozinho, havia acabado com Lee. Junhoe sabia que ele também havia apanhado, caso contrário, não estaria usando os óculos que havia ganhado de aniversário e ter dito odiado tanto os mesmos.

Enquanto os dois desapareciam daquele prédio, Junhoe sorriu com a feliz lembrança dos tempos em que vivia normalmente sem essa vida dupla, e junto com ele, Jiwon quase sempre esteve lá.

Já no aeroporto, haviam comprado passagem para um país mais quente. Era cheio de praias e Jiwon faria questão de ficar em um hotel na beira do mar, apenas par poder finalmente relaxe de verdade.

Com a expressão fechada e usando seus óculos, parecia engraçado na visão de Hanbin, que sorria animado por conta de sua viagem. Era a primeira vez que iria sair do país, e não podia ser mais animador. Tudo bem que ainda estava fugindo com Jiwon, mas tirando isso, em sua mente tudo estava perfeito.

Se assustou em pensar em algo de ultima hora, e acabou olhando rapidamente para Jiwon que olhava para o nada como se fosse tudo.

-Jiwon! Eu estava foragido! Como eu vou sair do país com você? -Ele perguntou baixo, em tom desesperado.

-Identidade falsa. -Jiwon com tanta tranquilidade que acabou assustando Hanbin mais ainda.

-Minha foto está no sistema!

-Estava, até Junhoe dar um jeito. -Jiwon sorriu, o olhando. -Ninguém mais lembra de você agora, seu zé ninguém. -Ele brincou, acabando por passar o braço em volta dos ombros do menor. -Por que não relaxa um pouco? Daqui vamos estar longe daqui... E aí, você vai poder ser uma nova pessoa quando voltar.

Hanbin apenas concordou, confiando nas palavras do maior fielmente enquanto relaxava entre seus braços.

O nervosismo continuou até que ambos estivessem na classe A do avião. Hanbin estava totalmente surpreso com aquilo, já que os luxos de sua vida só começaram quando passou a viver com Jiwon. Mas mesmo assim, o outro vivia de modo normal, tendo apenas sua moto e carro como objetos de grande valor.

A felicidade não durou muito, já que em menos de 20 minutos de vôo, ambos haviam dormido. Roncavam baixinho enquanto dividiam o pequeno cobertor que havia sido-lhes entregue. Estavam de mãos dadas, que apesar de ter sido escolha de Hanbin, Jiwon fitou da sensação, e não reclamou nem se pronunciou até estar no décimo sono.

Hanbin nunca havia visto um lugar tão bonito em toda sua vida. O clima quente e  o dia todo ensolarado lhe encantava e ele sorria bobo enquanto ainda estavam no taxi, indo para o hotel.

Jiwon sentia com o se tivesse sido amassado por um caminhão de concreto, e por mais que a classe A tivesse seu conforto, nada seria comparado a uma cama de verdade. Estava louco para dormir, e seria melhor ainda se Hanbin estivesse consigo.

Assim que fizeram o check-in no hotel e fora com toda calma para a Suíte Presidencial, Hanbin conseguiu desfrutar do conforto de uma cama após entrarem no quarto. Foi o primeiro a se jogar na cama de casal, rindo alegre enquanto se esticava todo no colchão macio.

Jiwon largou sua mala no chão após fechar a porta e riu do menor, andando até ele com calma. Tirou o moletom que usava junto dos óculos escuros e os deixou em cima da mesinha de centro, indo em direção ao outro que estava largado em cima da cama.

Riu enquanto subia em cima dele e o olhou, passando a mão por seus fios enquanto o olhava. Sabia que ele estava cansado, e sabia de sua própria condição física também.

-Vamos dormir... Depois nós vamos poder fazer o que quisermos... Nossas ferias vão durar por um bom tempo... -Ele disse baixo, beijando o mais novo em seguida.

Hanbin sorriu e apenas concordou. Ainda tinha energia para colocar um pijama, e nada mais. Colocou seu pijama favorito e sorriu, vendo que Jiwon também estava usando o pijama, além da expressão sonolenta que o deixava de certo modo fofo.

Se ajeitaram na cama de modo confortável e antes que pudessem dizer mais alguma coisa, apenas apagaram. Pareciam duas estrelas do mar, com os braços e pernas abertos, em total relaxamento.

Somente quando acordaram, foram perceber que haviam dormido praticamente 12 horas seguidas. Sem se mexer muito, Hanbin conseguiu olhar para o relógio despertador em cima do criado mudo.

Sorriu quando começou a assimilar as sensações e viu que Jiwon estava o abraçando, enquanto mantinha o rosto contra sua nuca. A respiração pesada do outro fazia Hanbin se arrepiar todo, enquanto se encolhia cada vez mais em seus braços.

-Estou apenas respirando e você já fica assim?

Hanbin se surpreendeu quando escutou a voz do outro perto de seu ouvido. Mas antes que pudesse se mexer e virar para o olhar, Jiwon prendeu seu corpo, beijando sua nuca com toda calma.

-Mas tudo bem... Afinal você também me deixou assim...

Sussurrou baixo perto do ouvido do outro novamente, enquanto encostava sua recente ereção contra as nádegas de Hanbin, apertando o corpo do mais novo em seus braços.

Colocou sua mão devagar dentro da camisa de Hanbin, passando a mão pelo corpo meio definido dele enquanto continuava a beijar seu pescoço, às vezes o mordiscando sem força. Arranhou de leve seu abdômen e subiu pelo peitoral, sorrindo contra a pele branquinha do menor, percebendo que seus mamilos estavam eriçados.

-Já está assim?

Voltou a conversar com ele, lentamente se mexendo atrás de si, desejando que Hanbin sentisse o que causava em Jiwon sem fazer esforço algum, afinal, estavam dormindo há alguns minutos.

Lentamente, Jiwon pegou uma das mãos de Hanbin, a guiando até seu membro. Suspirou quando sentiu o menor lhe apertar entre os dedos e voltou a mordiscar sua pele.

Hanbin sabia muito bem o que aquilo significava, e sem dizer uma palavra, faria mais do que perfeitamente o que ele havia pedido.

Devagar, libertou o volume do outro de sua calça de pijama, escutando-o grunhir ao sentir a mão do mais novo o envolver com tanta agilidade.

Começou apenas passando o dedo polegar pela glande, enquanto segurava a extensão com os outros dedos. Jiwon cada vez mais apertava a camisa de Hanbin, agora já mantendo a própria testa contra sua nuca, mordendo o lábio inferior com força, sem importar com a dor que sentia por conta dos socos. Hanbin o massageava lentamente, mas parecia ser mil vezes melhor do que quando fazia rápido.

Parou a mão do outro com rapidez, soltando o ar com força. Jiwon se sentou rapidamente na cama e jogou sua camisa longe, logo ficando em cima do mais novo. Começou a beijar Hanbin com rapidez, apertando a pele entre os dedos, ansiando por escutar os suspiros tão manhosos que ele soltava quando já estavam com mais velocidade.

Sentiu os dedos de Hanbin puxarem seu cabelo quando o apertou contra o colchão, deixando-o sentir a ereção contra sua coxa. Sorriu mais ainda quando sentiu suas mãos descendo e parando em suas costas, arranhando levemente, mas também apertando sua pele.

A excitação era tanta que Jiwon já não aguentava mais ficar vendo ele vestido. Abriu botão por botão de seu pijama enquanto olhava diretamente em seus olhos, se sentindo satisfeito ao perceber que Hanbin já estava ofegante.

A cada botão, um beijo no peitoral do outro. Beijava aonde antes tinha um botão e sorria, mordiscando seu corpo apenas para Hanbin se arrepiar.

Sorriu abertamente voltando a beijá-lo com sede enquanto tentava a todo custo se livrar das próprias calças e também as do menor. Passava suas mãos nas laterais do menor freneticamente, apertando-o também contra si, querendo cada vez mais contato com ele.

Quase não aguentava mais.

Sorriu quando o viu nu e mesmo com toda a pressa, parou por um momento querendo o admirar. Levou sua mão até o rosto de Hanbin e acariciou sua bochecha devagar, passando o polegar por seus lábios. Aqueles mesmos lábios que haviam o deixado sem dormir por algumas noites, tendo que colocar em sua cabeça que era errado fazer qualquer coisa com ele, afinal, era um policial.

Sorriu malicioso quando voltou a si e ondulou seu corpo contra o do menor, sentindo as ereções se roçando, o que causava um certo arrepio em ambos os corpos. Simulava penetração fazendo isso e apenas tinha o melhor som de todos perto de seus ouvidos. Para Jiwon, quando Hanbin gemia somente para si, era como se estivesse no céu e não havia sido avisado.

Parou de se mover e o olhou sorrindo de canto. Se ajeitou no meio de suas pernas e passou a acariciar suas coxas, apertando-as com carinho, enquant encarava Hanbin, o deixando cada vez mais ansioso.

-Vamos fazer diferente dessa vez... –Disse baixo, fazendo Hanbin se sentar na cama.

Sentou-se ao seu lado e o ajudou a sentar em seu colo. Sorriu ao sentir o peso dele em cima de seu membro e suspirou baixo, repousando suas mãos na cintura do mais novo, enquanto esperava ele começar a se mexer devagar. Não estava dentro ainda, mas a sensação parecia maravilhosa para si do mesmo jeito.

Assim que Hanbin rebolou pela primeira vez, Jiwon pendeu a cabeça para trás, suspirando baixo enquanto fechava os olhos. Para não acabar com isso logo, teria que pensar até em uma parede.

Conforme o menor rebolava em si, ganhava marcas de dedos nas laterais de seu corpo. Estava deixando Jiwon mais excitado ainda e estava adorando ver o outro tão vulnerável assim.

Levantou seu corpo devagar e pegou no pênis do outro, o direcionando para dentro de si. Enquanto se sentava devagar, via Jiwon lhe ajeitando para que ficassem mais confortáveis. Ele não estava deitado, estava encostado na montanha de travesseiros na cabeceira da cama.

Enquanto sentia o menor lhe receber, sabia que era uma das melhores sensações de toda sua vida. Mais confortável impossível.

Apertou com força o corpo de Hanbin quando este se mexeu, causando arrepios em Jiwon. Agora que sabia das sensações que uma posição diferente causava, faria questão de tentar todas enquanto ainda fosse vivo.

Não demorou muito para que Hanbin estivesse rebolando mais agressivamente em seu colo, e os dois praticamente gemiam em uníssono, apreciando as sensações com seus olhos fechados.

Foram questões de segundos para que Jiwon mudasse aquela posição, deixando o menor deitado na cama de lado enquanto investia cada vez mais forte, sorrindo ao perceber que Hanbin estava amando aquilo.

Apesar da força, sabia muito bem que os sentimentos presentes ali eram muito mais fortes que qualquer coisa. Podiam se marcar o quanto quisessem, usarem força e até mesmo algemar o outro, mas o sentimento sempre seria o mesmo.

Assim que Jiwon sentiu as unhas do mais novo em suas costas, soube que deveria parar de segurar e se deixar levar. Não queria ter que despedir daquela sensação nunca, mas parecia que o desfecho era melhor ainda.

Quando os dois encontraram o clímax, se deixara deitar cansados, um do lado do outro. Após regularem a respiração, trocaram alguns olhares e logo sorriram, se aproximando para compartilharem da tão boa sensação de poder amar.

Jiwon beijou o pescoço de Hanbin com calma, e enquanto o abraçava, podia desfrutar do som das ondas quebrando lá fora. Foi subindo seus beijos e então olhou nos olhos de Hanbin quando selou seus lábios.

-Agora está tudo bem...

 

~~P~~

Após três anos de tanto mistério, um novo chefe havia sido escolhido. Havia sido "votado" por ser reconhecido como o mais corajoso e forte, que também tomaria as decisões certas para que a máfia continuasse intacta, reinando sobre a cidade de Seul.

Era inverno novamente. Jiwon sempre acreditou que o tempo era um tipo de remédio para a maioria das coisas, mas também podia ser veneno.

Os sapatos batiam de modo suave no chão apesar dos passos rápidos demais para contar. Estava se dirigindo para seu quarto, após mais uma de suas madrugadas passadas em claro. Poder era bom em proporções, mas perder noites e noites de sono já começava a o incomodar.

Abriu a porta do quarto devagar, sorrindo ao ver o outro deitado na cama grande, debaixo das cobertas grossas que o protegiam do frio. Tirou seus sapatos devagar e desafrouxou o nó de sua gravata aos poucos, relaxando enquanto se sentia mais solto aos poucos.

Sentou-se na cama devagar, tomando todo o cuidado possível para não acordar o outro e sorriu ao perceber que havia falhado. Assim que o outro grunhiu manhoso entre os lençóis e abriu lentamente os olhos, ele sorriu, deitando-se na frente dele, para logo sentir a palma da mão quentinha dele passear em seu rosto.

Aproximou devagar seu corpo e acabou deixando um beijo na testa do outro, abraçando o corpo mais magro contra si, enquanto sorria minimamente.

-Se eu soubesse que seu sorriso era bonito assim, teria feito você sorrir há mais tempo...

-Você não iria conseguir... Eu só sorrio quando você não olha...

-Mentiroso...

Ambos acabaram rindo, e então o menor se aconchegou mais contra Jiwon, sorrindo minimamente. Passou novamente suas mãos pelo rosto do mesmo e suspirou. Ele estava claramente cansado, e Hanbin tinha certeza absoluta de que ele não havia dormido de novo.

Empurrou o corpo maior até o seu lado e sorriu enquanto o despia. Ele ainda estava com aquela roupa social idiota, e simplesmente era impossível dormir vestido dessa maneira.

Ria enquanto tirava as roupas do maior, as jogando para fora da cama. Assim que o deixou apenas com a boxer, voltou a se aconchegar enquanto fazia cafuné nos fios do outro.

Jiwon aos poucos foi se rendendo enquanto se aproximava mais do menor. Se continuasse a relaxar assim, provavelmente babaria no ombro alheio como da última vez. Hanbin sorriu com aquela visão e acabou parando, vendo que o maior estava praticamente dormindo.

Assim que teve os olhos do maior sobre si, deixou-se sorrir enquanto o observava. Mesmo com sono, Jiwon tinha o mesmo olhar sobre si. O mesmo olhar de três anos atrás.

Três era um número bom.

                                                                 

                                                                       FIM.

 

 


Notas Finais


Então foi isso gente. Devo dizer que estou meio destruída por acabar mais uma fanfic minha. Essa fanfic ficou marcada para mim com muitas coisas. Ela ultrapassou os favoritos de OTIDF, me fez começar uma amizade maravilhosa e ainda por cima me provou que eu consigo escrever qualquer tema se realmente tentar. Eu quero agradecer de coração a todos os leitores que me acompanharam, desde o início, desde o meio e até aqueles que chegaram há poucos dias. Saibam que cada um de vocês foi importante para me dar forças para continuar escrevendo isso e eu fico muitíssimo alegre em postar mais para vocês, por que vocês são simplesmente os melhores. Cada comentário de vocês me deixava alegre para o dia inteiro e sempre que eu via que alguém comentou, eu sabia que estava fazendo algo certo, algo que agradava vocês. Peço desculpas pelas vezes que vocês choraram lendo a fanfic, mas eu sei que muitos sorriram também. Eu sei que muitos vão me agradecer nos comentários, mas quem tem que agradecer de verdade, sou eu. Obrigada, de coração.


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