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História Projeto viagem no tempo - Avancem.


Escrita por: Konan26

Capítulo 2 - Avancem.


Capítulo 1 – Avancem.

           

Um clarão foi a última coisa que vi.

Acordei com areia em lugares onde eu nem sabia que podiam chegar. Olhei em volta, e mais da mesma me cercava. Se tudo tiver corrido de forma correta, suponho que esteja no passado e no País do Vento pelo visto.

Verifiquei minhas ferramentas ninjas e tudo estava aqui, desde shurikens até suprimento.

Que bom que não fui roubado. Ainda tenho muito o que andar até chegar na Vila da Areia.

Ir para a Vila da Areia foi a decisão mais segura no momento. O anoitecer se aproximava e ficar preso no deserto durante a noite, não era o mais sábio a se fazer, as noites eram tão frias quanto os dias eram quentes.

Se vai para a vila daquele garoto, acho melhor se apressar.

-Eu sei. – Respondi para Kurama que parecia estranhamente impaciente.

Percorri o caminho o mais rápido que pude, vez ou outra parava para um descanso rápido e voltava para meu objetivo. Chegando perto dos portões, lembrei que ainda vestia a bandana ninja da Folha. Sem saber como andava a situação política entres os países, optei por guarda-la e esconder o rosto com o capuz da capa que vestia.

Me apresentando como nômade, consegui passar de forma fácil pela segurança. Os ninjas responsáveis aparentavam estar com pressa e isso deixou seu trabalho desleixado.

Ao entrar na vila, uma nostalgia me preencheu. Ver todas aquelas casas feitas de areia e do esforço do povo, me fez perceber o quão avançado estávamos. Nos dias atuais a vila tinha um aspecto totalmente diferente, havia mais cores e a própria arquitetura mudara. Gaara se esforçou muito para conseguir a confiança do povo e consequentemente sua evolução e avanço. Voltar ao passado e perceber toda a mudança que ele fez, foi inspirador. Um dia gostaria de ser um líder tão bom quanto meu amigo.

Será que é possível encontra-lo nessa época?

Não demorou muito para que eu recebesse a resposta. Alguns homens correndo e gritando palavras quase incompreensíveis me fizeram entender o que se tratava.
            Correndo para mais perto vi que o garoto amedrontava algumas pessoas. Não podia deixar que ele as machucasse.

...Vocês devem ao máximo evitar contato com o passado, principalmente se essa interferência for muito distinta da linha original do evento...

Como uma pancada, as palavras do Kakashi-sensei me fizeram travar onde estava.

Por que se preocupar? Você nem ao menos os conhece, deixe que morram, essa é a ordem natural dos acontecimentos.

-Eu sei que não deveria me envolver, mas, não da pra ficar parado vendo isso.

Então vire de costas e siga seu caminho.

Claro, conversar com um espirito devastador de vilas e causador de mortes não foi a coisa mais esperta que fiz. Entretanto, não podia negar que por um lado ele estava certo, essa era a ordem natural dos fatos, só que, enquanto eu estiver ciente não posso deixar isso passar tão fácil.

Naruto, o que vai fazer? Você sabe da regra. Vai desobedecer a ordens superiores?

-Não, só vou atrasar essa tal “ordem natural”.

Você não sabe o que vai acontecer se fizer isso.

-Eu não vou atrás de uma luta, só quero distraí-lo.

Ignorando os avisos de Kurama, fiz um kage bushin e transformei a mim e o outro eu em um garoto de aparências genéricas com a de um morador da vila.

Ainda com o rosto coberto fui salvar os moradores. Corri em direção a Gaara me pondo a sua frente de forma estupidamente perigosa, com minha guarda aberta consegui sua atenção e foi a deixa para que meu clone tirasse as pessoas de perigo.

Sem sacar nenhum tipo de arma, não fiz menção de lutar, mas como era de se esperar, Gaara fez sua areia avançar em mim. Se fosse antigamente, eu teria sérios problemas para lidar, mas hoje já não é mais assim. Fui desviando de cada ataque seu, o que deixou sua frustração evidente.

Quando percebi que já não tinha mais pessoas em perigo, sair correndo com o garoto no meu encalço. Fazendo vários clones disfarçados, fui o enganando e o afastando de onde a maioria das pessoas estavam. Vez ou outra ele conseguia pegar um clone e ao perceber que não era o verdadeiro, só ficava cada vez mais furioso.

Fui o enrolando até onde consegui. Não podia me dar o luxo de irritá-lo muito, era perigoso que seu demônio tomasse o controle; as coisas iam ficar piores e tudo teria sido em vão. Fui diminuindo a quantidade de clones aos poucos até o ponto em que eu já estava longe o suficiente dele, desfiz todos os clones restantes e fiquei o vigiando durante a noite toda.

No decorrer da noite fui recapitulando os acontecidos. Lembrei-me de como meu time e eu estávamos apreensivos e de como eles usaram nossos próprios chakras e de outros ninjas para a ativação do jutsu. Foi uma sensação horrível.

O método de ativação é desumano.

Não foi você que disse que era tudo pelo avanço da vila, que ninjas corriam risco de vida e isso era normal? – Kurama debochou.

-Não mude o sentido das minhas palavras! Não foi dessa forma que eu quis dizer. Entregar ninjas de bandeja para a morte é uma coisa inaceitável.

Parabéns garoto, você acaba de recitar o conceito da guerra. Pessoas morrem toda hora, seja por motivos triviais, acidentais ou com propósitos importantes; morte, é algo que você não pode evitar, Naruto. Aceite a realidade.

-Ninguém vai morrer enquanto eu puder evitar. Todos os ninjas que foram sacrificados nessa missão serão lembrados como heróis.

E então o que? Vai cancelar o estudo do projeto quando se tornar Hokage? Vai atrapalhar o “desenvolvimento” da sua amada vila?

-Uma coisa não tem haver com a outra, esse jutsu é desnecessário.

Como pode dizer tamanha idiotice? Sabe quantos confrontos poderiam ter sido evitados só com a ideia de voltar no tempo e concertar um deslize, ou então descobrir um erro e resolvê-lo? A vida não é um conto de fadas em que no final tudo dá certo. Sacrifícios são necessários para resultados. Se chegar na liderança com essa mentalidade de agora, só vai atrapalhar o futuro.

Com as palavras de Kurama martelando na cabeça, passei o que restava da noite vigiando Gaara e pensando no que era o certo, o errado e o necessário.

Amanheceu e eu estava exausto. Quando os moradores começaram a sair de suas casas e os comerciantes abrirem seus negócios, voltei a minha aparência original e andei atrás de abrigo. Caminhando entre as pessoas, pude ouvir rumores do que havia acontecido na noite anterior. Apressando o passo só entre na primeira pousada que bati o olho.

A ordem era clara, ir para a Vila da Folha, porém no meu estado atual não seria possível sequer chegar perto da fronteira dos países. Descansar e me alimentar era o melhor a se fazer.

Aluguei um quarto e paguei a recepcionista. A preocupação do estado dos meus amigos ainda me atormentava, mas, ao deitar na cama só consegui fechar os olhos e esquecer o mundo ao redor. Isso iria me atrasar com certeza, só que, essa era a única saída que me restava no momento.



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