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História Promised - Não sou um monstro.


Escrita por: sradornan

Notas do Autor


Só tenho uma coisa pra dizer: SEGURA O FORNINHO!!!!
;'D

XOXO, boa leitura!!!

Capítulo 16 - Não sou um monstro.


 

                     A Elena tem uma mão bem forte, apesar de o tapa ter doído muito eu não podia deixar de irritá-la... Era tudo o que eu queria, vê-la irritada, do mesmo jeito que eu fiquei quando soube de tudo o que ela aprontou.

****

             Durante toda a noite, o que a Elena me disse não saiu da minha cabeça, nem por um mísero momento preguei meus olhos, porque diabos ela tinha tocado no nome da Bonnie? Por volta das 03:00 da manhã, resolvi me levantar, aquilo estava me deixando louco, eu precisava falar com a Bonnie, talvez ela tivesse alguma resposta, por isso resolvi ligar pra ela, é, isso seria bem inconveniente.

              Hesitei um pouco em ligar, mas alguma coisa me dizia que era pra eu ligar, por isso... Liguei, ela me atendeu no quinto toque sua fala um pouco embolada por eu tê-la acordado.

— Damon? - Ela perguntou.

— Isso... - Respondi. - Como está? - Ela demorou alguns segundos para me responder.

 - Bem... Porque me liga? Não acha que já colocou minha família em problemas demais? - Franzi o cenho e perguntei.

— O que? - Ela suspirou.

—Damon! - Ela me repreendeu. - Não se faça de bobo... - Eu sabia que algo estava errado.

— O que foi, Bonnie... Eu realmente não sei do que você está falando. - Ela demorou mais alguns segundos para responder.

—Não sabe? Sua mãe acabou com a parceria de nossos palácios, por pouco meu pai não vai a falência, tivemos 5 ataques  no período que ela desfez a droga das alianças, sabe o que é pior? - A essa altura, eu só queria saber o porque de minha mãe ter feito aquilo, não houve nenhuma briga. - Nós não fizemos nada, não sabemos o porque de ela ter feito isso... - Fiquei sem saber o que falar, apenas suspirei.

— eu não sabia disso! - Declarei, Bonnie não disse mas nada... - Eu preciso desligar. - Ela suspirou e respondeu.

—Tudo bem... - E então eu o fiz... 

                   Eu já tinha certeza que a Elena sabia o que estava acontecendo.

...

****

                          Depois disso, eu tive um breve ataque de raiva que me levou até o quarto do Klaus que me ajudou a sair do castelo sem ser notado, eu precisava pensar um pouco... Como agora,eu estava dentro do carro, muito irritado e mal-humorado, apesar de eu ter posto a minha vingança em prática e ter deixado a Elena tão irritada quanto eu, eu não me sentia bem, eu não me sentia satisfeito, eu só queria entender o porque de tudo aquilo, seria tão mas fácil se ela não complicasse tanto, se ela não tivesse feito isso, nós estaríamos bem... Agora nenhum de nós está feliz!

                            Antes de ter tido essa discussão com a Elena, eu falei com a minha mãe, interroguei ela sem rodeios, e claro... Ela acabou por dizer o que elas armaram, tive um pequena discussão com ela, mas nada demais, o que me deixou mais bravo mesmo foi o fato de a Elena ter feito isso e nem ao menos ter pensado nas consequências que iriam trazer pra ela... Ela tem o dom de fazer as coisas erradas.

                          Agora o que eu precisava fazer, era me acalmar. Naquele momento o que eu mais queria era sumir e não ver a Elena por um bom tempo.

...

                        Resolvi voltar ao castelo por volta de 00:30 pra não correr o risco de encontrar ninguém acordado, quando eu cheguei no mesmo o susto foi grande, todos estavam acordados, exceto Elena que não se encontrava na sala.

—  Damon! - Minha mãe se levantou e veio até a mim, me abraçando.

  - O que aconteceu? -  Ela suspirou contra o meu ombro e me soltou do abraço. - Onde está a Elena?  — Ela fechou a cara por alguns segundos e só então eu percebi que ela havia chorado. -  Mãe? -  Alguma coisa tinha acontecido com a Elena! -  Mãe o que aconteceu? -  Meu coração se acelerou, só em pensar que algo ruim poderia ter acontecido à aquela  princesa mimada... -  O QUE ACONTECEU? -  Agora eu não perguntei diretamente a minha mãe, perguntei a todos os que estavam na sala... Meu pai abaixou o olhar e torceu os lábios, Klaus me encarou e suspirou, por fim... Acabou me respondendo.

—  A mãe da sua esposa faleceu! -  Ele disse secamente, franzi o cenho.

                      Aquilo não podia estar acontecendo!

—  Ham? Que? -  Custei a acreditar, como? 

—  Você não estava aqui, Damon! -  Klaus começou a dar um discurso. -  Quando a Elena precisou... -  Eu precisava vê-la, maldita hora em que eu resolvi brigar com ela. 

                  Klaus continuou a falar, mas eu não entendi mais nada... Apenas virei as minhas costas e saí novamente, ouvi o grito de minha mãe me chamando, mas nada me prenderia ali, a Elena precisava de mim...

                  Algumas longas horas de viajem, era isso o que eu enfrentaria, mesmo ainda estando com raiva dela, eu queria abraçá-la e dizer que tudo ficaria bem porque eu sei que a qualquer hora e a qualquer momento eu posso contar com ela, e era isso o que eu queria que ela soubesse, ela também poderia contar comigo, SEMPRE.

[...]

 

               Ainda era madrugada quando finalmente cheguei ao castelo de Verano, assim que eu adentrei o castelo, pude ver Elena, sentada bem ao lado de seu pai, seus olhos vermelhos e inchados por conta de um choro, naquele momento toda a minha raiva sumiu... 

              Quando ela percebeu que eu estava mesmo ali, se levantou e veio ao meu encontro, totalmente diferente da Elena alegre, teimosa e irritante que eu conheço... Ela estava séria, triste, mas apesar de tudo, tentava se manter forte. Ela me deu um abraço apertado como se pedisse por forças ou por uma coisa que trouxesse sua mãe de volta.

— Vai ficar tudo bem... - Sussurrei enquanto a abraçava fortemente, para que ela soubesse que eu estaria ali, até tudo aquilo terminar e até depois, afaguei seus cabelos e senti as lágrimas dela molharem a minha roupa.

                    Era triste vê-la daquele jeito, mas eu não podia fazer nada, aquele foi o pior momento no qual eu passei do lado dela, eu nunca a vi tão fragilizada, eu percebo que em todas as nossas malditas brigas, ela se controla até o último segundo pra não chorar na minha frente, mas hoje ela fez isso sem nenhuma cerimônia.

  ...

                      Por volta das 06:00 da manhã, consegui convencer Elena de subir para o quarto, foi aí que ela finalmente cochilou foi que eu consegui parar pra pensar em tudo... Ela havia me dito que a mãe teve um ataque cardíaco, Miranda sofria de muita ansiedade e infelizmente isso acabou acontecendo...

—   Damon? -  Elena me chamou baixinho ainda com os olhos fechados, como eu a encarava ao lado da cama, logo respondi.

  - Oi... -  Ajeitei uma mexa de seu cabelo que tapava um de seus olhos, para que quando eles se abrissem nada atrapalhasse a sua visão.

— Por favor, me diga que foi um pesadelo! -  Ela perguntou ainda de olhos fechados, a voz fraca e tristonha, suspirei e fechei os olhos com bastante força,  eu não queria responder... 

—   Eu queria te dizer que sim... - Ela manteve os olhos fechados e se encolheu um pouco começando a chorar novamente.

 

...

 

                                       O velório foi na manhã seguinte, o rei optou por deixar que o povo se despedisse da rainha, Elena se manteve firme enfrente ao seu povo, mas quando voltamos ao castelo, tudo o que ela fez, foi chorar... E como eu era um péssimo marido, não sabia nem ao menos o que dizer.

—  Vai ficar tudo bem. - Disse me sentando ao seu lado no sofá da enorme sala de estar, o rei não estava presente, resolveu ficar na rua por um tempo, talvez pra não mostrar a sua fraqueza pra Elena, porque tudo o que ela não precisava agora, era ver alguém chorando ao seu lado, meus pais tinham ido ao velório, ficaram péssimos com a notícia, por isso logo trataram de se acomodarem e nos deixaram a sós.

  - Eu sei... -  Ela sussurrou e se deitou no sofá se encolhendo um pouco. -  Me deixa um pouco sozinha? - Ela estava estranha comigo, eu podia sentir. Neguei com a cabeça e ela franziu o cenho. - Você não acha que eu já estou bastante péssima, pra ainda ter a cara de pau de ficar na minha frente? - Ela perguntou com raiva, mas sem deixar de derramar as lágrimas.

                     Droga, ela estava falando da nossa briga.

— Eu menti, nada daquilo era verd... - Eu tentei tocar sua mão, mas ela à distanciou e me interrompeu logo após.

— Não é uma boa hora! - Ela falou.

— Nunca vai ser uma boa hora. -  Falei com toda a minha paciência. Ela pôs as duas mãos no rosto e as manteve lá por um tempo. - Eu menti, eu só queria fazer raiva em você... Eu não vi a Bonnie, só liguei pra ela... Se você quiser eu posso... - Ela enfim tirou as mãos dos olhos e gritou comigo.

— NÃO É UMA BOA HORA DAMON! - Arregalei os olhos um pouco assustado, ela agora tinha se levantado, mas eu fui mais rápido e me levantei também.

— Tá, eu saio! - Ela respirou com um pouco de dificuldade e se sentou de novo, eu apenas, virei as costas e subi pro antigo quarto dela.

 

 

                           3 dias se passaram, meus pais já tinham ido embora, só restaram eu, Elena e Caroline que tinha vindo também, junto aos meus pais para o enterro da rainha, não entendi o porque de a Elena querer tanto que a Caroline ficasse, ela ainda estava estranha comigo, só trocava algumas mínimas e secas palavras comigo, ficava o máximo de tempo longe de mim, eu sentia que ela estava tentando me distanciar, sabia que ela ainda estava magoada, mas ela não me dava nenhuma chance de me desculpar.

 

                      No quinto dia resolvi que iríamos embora, tudo já estava pronto, mas no último minuto o que era mais importante não estava comigo: Elena.

  - O que foi? Ainda não se despediu do seu pai? - Perguntei assim que adentrei o quarto, ela estava em pé em frente ao espelho enorme que cobria uma parede inteira, ela se virou lentamente pra me encarar, ela deu um meio sorriso e eu franzi o cenho... O que ela queria? -  Vamos, ficar aqui não vai melhorar em nada as coisas. -  Ela mordeu o lábio inferior e olhou pra baixo.

— Damon... -  Ela falou um pouco rouca. -  Eu não vou voltar com você! - Abri a boca por alguns segundos, mas depois a fechei de novo, não sabendo nem o que falar, aos poucos eu me aproximei dela e a cada passo que eu dava ela levantava a cabeça novamente até que estávamos a apenas alguns centímetros de distância.

— Fala isso olhando nos meus olhos. - Pedi tranquilamente, aquilo só podia ser brincadeira, uma brincadeira de mal gosto por sinal.

                       Ela respirou fundo, olhou pros meus olhos, boca... Foi como se ela registrasse a última lembrança que teria de mim.

— Eu não vou voltar com você! -  Ela afirmou e aí eu tive certeza de que aquilo não era nenhuma brincadeira. - Sabe... - Ela voltou a falar. - Minha mãe dizia que se eu fosse uma menina boa, meiga, carinhosa... Eu seria muito amada, durante todos esse anos eu acreditei nisso, fui obediente, paciente, fiel... - Ela deu um meio sorriso e uma pequena lágrima escorreu de um de seus olhos. - Mas não fui amada... As pessoas amam a princesa, não à Elena, como elas poderiam amar uma pessoa que elas nem ao menos conhecem? - Ela negou com a cabeça. -Ela sempre me disse que eu iria ser muito feliz. - Ela parecia reviver cada uma das cenas vividas ao lado de sua mãe enquanto falava e derramava algumas lágrimas. - Eu sou... -Ela olhou bem no fundo dos meus olhos, o que me fez sentir um babaca por não amá-la. - Mas você não é! - Ela declarou, eu ia intervir, mas ela não deixou, levou seu dedo indicador em frente a minha boca e chiou um pouco. - Eu quero que você seja! -Ela disse enquanto levava a sua mão ao meu rosto e acariciava a minha bochecha. - Você é tão amado... - Ela sorriu por entre o choro. - Não tem nenhuma noção do quanto eu amo você. - Ela suspirou e tirou sua mão de meu rosto. - Aproveita Damon, você ainda é jovem, lindo... Pode ter a mulher que você quiser, mas poucos são amados como você é! - Senti um nó se formar em minha garganta, eu queria interrompê-la, mas eu não conseguia. - Antes do nosso casamento, minha mãe disse que me amaria pra sempre... - Ela mordeu o lábio inferior lentamente e então continuou. - O sempre dela, acabou! - Seus olhos agora se encheram de mais lágrimas ainda, e as mesmas passeavam descontroladamente pelo rosto dela. - Agora eu vou ficar com o meu pai, ajudar ele em tudo o que precisar, estou disposta a governar esse reino sozinha. - Ela respirou fundo e gaguejou um pouco antes de voltar a falar. - Por isso eu tomei uma decisão.  - Ela me encarou com tristeza no olhar.  - Eu quero o divórcio. 

 


Notas Finais


Não deixem de comentar!!! <3
XOXO


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