1. Spirit Fanfics >
  2. Protect You >
  3. Primeira impressão: Perdido

História Protect You - Primeira impressão: Perdido


Escrita por: DoubleBb-e-um-J

Notas do Autor


Agradeço desde já pelos favoritos


BOA LEITURA

Capítulo 2 - Primeira impressão: Perdido


Fanfic / Fanfiction Protect You - Primeira impressão: Perdido

Eu não sabia o que vestir, era pra ser mais formal ou mais desleixada mesmo? Eu ia cuidar de um garoto da minha idade! eu só posso estar louca. Definitivamente… louca!

   Nas redondezas do endereço que ele havia me mandado antes mesmo de chegar na casa, já dava pra ver que era um bairro chique com casas enormes que davam pra viver uma família inteira.

    Chegando no local avistei um enorme muro cinza, "essa é a casa ou a empresa?" pensei.

    Era a casa.

   Uma empregada que já se mantinha informada da minha chegada, abriu a porta e me levou em direção a um escritório, a casa era linda por mais que em todo o caminho era só um corredor gigante. 

-Kim Tae Hee-shi? -Uma mulher de salto baixo e saia comprida veio até mim.

-Sim senhora...

-O Sr.Yoon disse que pode entrar. -Ela sorriu abrindo a porta.

-O-Obrigada.

-Oh! Você esta bonita Tae Hee-shi. -Ele disse me fazendo corar. Havia colocado uma roupa mais formal só pelo caso de me encontrar com o pai dele, afinal era um diretor de revista famosa.

-Obrigada. -Sorri sem graça.

-Então, aqui está o seu contrato. -Sorriu pondo o contrato na minha frente, terminando de ler assinei e o devolvi o papel.

-Você não tem nenhuma pergunta? -Sorriu.

-Isso é sua casa ou a empresa? -Perguntei ainda maravilhada com tudo.

-Aah essa é a casa oficial onde reside eu meu pai e minha madrasta, só que por onde entrou é onde recebo convidados de negócios, a empresa fica no centro de seoul. -Sorriu.

-Aah...sim, é enorme.

-E bem vazio… Bom o meu irmão mora em outra casa, por motivos de querer independência.

-Sério? Imagino quantas casas tem. -Disse rindo um pouco debochada.

-Você irá o conhecer...-Ele olhou no relógio. -Em três...dois...-Antes mesmo de falar "um" ouvi o barulho da grande porta batendo e me assustei. -Chegou rápido. -Ele sorriu.

   Eu engoli a saliva que desceu seca por minha garganta e olhei o garoto, parecia que ele brilhava era realmente lindo, lábios cheios, olhos levemente puxados mas de cara já aparentava bem, bem mulherengo ele sentou ao meu lado de forma desleixada e me olhou.

-Eu sou Tae Hee. -Disse tentando não tornar o olhar tão intenso.

-Como ela disse, é Kim Tae Hee, sua nova secretária pessoal, ou melhor, babá. -O irmão mais velho sorria de forma vingativa. E eu corava, aliás "babá" não era um termo muito legal.

-Olha pra seu próprio bem eu aconselho que saia disso agora. -Me olhou nervoso.

-Eu? -Apontei pra mim incrédula.

    Ele apenas revirou os olhos soltando um longo suspiro.

-Ela não vai sair JongIn, eu finalmente encontrei alguém que não dê o braço a torcer pra você, e acho bom cooperar, se não você já sabe. -O tom do mais velho ficou um pouco mais sério e eu realmente queria sair daquela sala.

-Então vamos ver quem desiste primeiro. -Ele me olhou e sorriu de lado.

    Não se passou nem cinco minutos e eu já quero esbofetear a cara dele.

-Eu não quero ter que repetir mais JongIn… se você não cooperar, eu não vou ter escolha a não ser fazer a vontade da nossa mãe.

-Nossa mãe? -Ele riu debochado. -Só porque aquela vadia casou com meu pai… se bem que acho que nem pai tenho mais... -Ele disse irritado fitando as mãos.  -Enfim… ela não é minha mãe. -Disse agora, olhando dentro dos olhos do mais velho. E eu estava ali, analisando cada ação.

-Tae Hee, você vai passar a o acompanhar a partir de agora, e todos já sabem quem você é e o seu perfil.

    O que? Agora eu era vigiada também?

-Todos… quem? -perguntei.

-Os capangas dele. -O garoto sorriu.

-Os nossos seguranças, vão cuidar bem de você, para que você cuide bem de JongIn, e que a mídia não descubra que você é o nosso tapete. -Sorriu e eu entendi muito bem a referência, eu era o "tapete" que esconderia toda a sujeira do encrenqueiro.

-E você tem alguma regra que deseja impor JongIn? -O irmão disse.

-Você ta falando sério? Se tanto faz o que eu digo, você faz o que quer, mas pensando bem, uma regrinha pra moça. -Me olhou e gelei.

-Q-qual seria? -Perguntei mantendo o olhar.

-Não se apaixone por mim. -Sorriu e eu juro que me subiu um refluxo, que frase mais clichê.

-Pode deixar.-O olhei sem muito interesse.

-Estou falando sério, porque se nos apaixonarmos é capaz de te pagarem pra você me deixar, muito, muito dinheiro. -Me olhou e logo olhou pro seu irmão e ja pude notar que uma história longa existia por trás daquela frase. 

-Eu começo quando? -Disse mudando de assunto.

-Agora. -Disse JongIn e o olhamos confusos. -Estou indo pra um clube agora, se quiser evitar, é bom começar agora. -Sorriu.

-Kim JongIn! -Sr. Yoon disse mas o garoto não deu ouvidos e saiu andando, o que fiz foi me curvar e ir correndo atrás dele, eu tinha que impor minha autoridade, só não sabia como ainda.

(...)

  O lugar era o tipo que você olha e sabe que dali não sai e nem entra coisas boas, talvez as pessoas entrassem boas, mas saíssem totalmente desvirtuadas, será que era isso que ele pretendia? Me embebedar e fazer com que eu faça loucuras e ser demitida logo no primeiro dia? Eu não duvidava de nada.

-Ooooh Kai quem é essa belezura ai? -Disse um garoto alto rindo e piscando para mim.

-Não se preocupe com ela. -Ele disse me olhando de "rabo de olho." -Vamos nos divertir. -Disse e o amigo esqueceu de mim em um segundo o puxando para a multidão, me sentei em uma mesa onde podia o observar bem, e o que via não era legal, dançando com várias garotas, elas tentavam o beijar mas ele não deixava, e continuava a dançar sensualmente, bebia tudo que passava.Uma menina semi nua passou e deixou algo nas mãos de JongIn, mesmo não sendo muito experiente disso, sabia que aquilo era droga.

-Arg que merda! -Disse me levantando. Cheguei perto dele e puxei o pequeno saquinho da mão dele.

-O que você pensa que esta fazendo? -Me olhou sério.

-Te protegendo. -Devolvi o olhar.

-YAISH! -Ele passou a mão direita sobre o cabelo ferozmente. - Você está louca? -Me encarou.

-Eu estou prestes a ficar Kim JongIn-Shi. -Disse bufando.

-Me devolve isso, agora. -Travava os dentes, ele estava completamente são, como pode? Depois de tanta bebida!

-Não. -Coloquei dentro dos meus seios e o olhei gelando pelo olhar furioso.

-Não me faça tomar isso de você.

-Vo-Você não seria louco! -Temi, porque sabia que ele seria.

  Ele veio até mim como um flash, segurando minha cintura com a mão direita e arrancando o pacote dos meus seios. Por reflexo gritei e soquei seu nariz o vendo cair em câmera lenta no chão e apagando... logo me ajoelhei o protegendo caso aquelas pessoas bêbadas e drogadas poderiam o pisotear, liguei para os seguranças que por sorte já estavam do lado de fora e correram pegando Kim JongIn e o colocando no carro.

-O que houve exatamente? -O cara assustador de terno me perguntou.

-Bem...defesa pessoal. -Sorri sem jeito.

-Okay, tudo bem por enquanto, mas vai ter que explicar direito mais tarde viu? -Sorriu e não senti que fosse tão assustador assim.

-Sim senhor. -Fiquei em posição de sentido.

  Fomos para a casa do jovem encrenqueiro, era linda, ficava isolada da cidade, e por alguns minutos desconfiei que ali era seu esconderijo para se drogar .

-Gostou? Essa era a casa da mãe de JongIn. -Disse o segurança.

-Sim, mas me parece tão… -Pensava em qual palavra poderia expressar aquele sentimento.

-Solitária? -Ele completou.

-É... Talvez isso. –Afirmei.

  Ele e mais dois homens deixaram JongIn em segurança em seu quarto e me ofereceram carona, mas como me sentia de certa forma culpada não pude aceitar, e fiquei com JongIn.

Fui passeando pela casa no aguardo que ele acordasse e vi que de fato era uma casa sem nada, tudo que ela refletia era a luz da lua e as árvores que por causa da neblina ficava um pouco assustadora, e pensamentos me fizeram ficar com medo e decidi deixar a tour pra mais tarde e voltei para o quarto.

  JongIn remexia, não parava quieto, franzia a testa e depois ficava normal, seu tórax subia as vezes como quem teria dificuldades para respirar. 
  Vi que ele suava bastante, então corri para procurar algum termômetro, mas não tinha, então com minhas próprias mãos deduzi que ele estava sim com febre, peguei uma bacia pequena e um pano e comecei a enxugar seu suor, e fazendo pequenas compressas em sua testa. A febre não estava abaixando, e suas roupas estavam praticamente molhadas, pensei em chamar um médico, mas também pensei que aquela febre podia ser algum efeito da droga ou de tanta bebida, e aquele garoto levaria uma longa bronca do irmão mais velho, então resolvi guardar segredo e cuidar até onde podia.

   Vi que sua febre diminuiu então resolvi tomar um banho já que já havia caído a noite.

  Escutei um barulho e me assustei desligando o chuveiro e me enrolando na toalha. De repente o boxe abriu, e mais uma vez meu corpo reagiu automaticamente chutando no meio das pernas de JongIn… JongIn???

-AAAAAAAAAAAAARG! -Ele estava agachado no chão com as mãos em seu membro.

-D-d-desculpa...

-Ai meu saco!!! -Ele levantou um tanto desajeitado.

-Quem é que entra no banheiro sem bater? -O olhei.

-Quando o banheiro é meu, e tem um estranho tomando banho no MEU banheiro. -Ele disse fitando meu corpo me fazendo ter uma reação rápida e segurar a toalha.

-Você deveria ter gritado, perguntando se tinha alguém.

-A mais é claro senhora inteligência, tem um estranho na minha casa e eu vou perguntar "Oh você veio aqui me assassinar?" -Ele disse levantando as mãos fazendo gestos.

  Enfim reparamos que estávamos discutindo no banheiro,e ele me olhou saindo e eu logo vesti roupas extras que por sorte carregava na mochila e sai.

-Agora me explica o que ta fazendo aqui. -Ele disse e o olhei o vendo sentado no sofá em frente a mesinha.

-Você desmaiou, os seguranças te trouxeram, você estava com febre eu fiquei aqui tentando abaixa-la. -Disse rapidamente sem entrar em detalhes.

-Por que meu nariz dói tanto? -Ele disse resmungando e eu gelei. Ele viu seu telefone tocar e fez uma cara feia e logo pude adivinhar que quem fazia a ligação era seu irmão.

-Você contou pra ele né? -Me olhou entre a franja.

-Contei o...-E entendi do que ele estava falando. -Não. -Devolvi o olhar.

-Você não contou? Sério? Perdeu a oportunidade pra que? Vai me ameaçar? -Ele tinha um olhar cínico no rosto, talvez nunca experimentou lealdade, ou amizade na vida.

-Por nada disso. -Ri cínica também. -Só pra proteger você.

-Ah fala sério. -Ele virou o rosto desligando a ligação.

-Se ele soubesse disso você poderia entrar em sérios problemas, eu não sou muito boa de mentir, mas não o contarei, se me prometer que não fará de novo.

-Você fala isso pra um viciado ?

-Você não é um viciado.

-Você confia demais em mim pra só 24 horas de trabalho. -Sorriu.

-Kom JongIn… da onde venho, conheço milhares de pessoas viciadas, já perdi vários amigos quase perdi minha irmã e também conheço pessoas que só faz marketing… só querem aparecer e se te analisar bem… você não é um viciado. - Conclui

-Oh… bingo. -Ele sorriu mas não estava feliz, nem um pouco.

-Então você realmente só fez aquilo pra que eu corresse e contasse para o seu irmão. -O olhava vendo seu plano sendo desfeito e ele me olhava surpreso e um tanto irritado.

-Parece que meu irmão contratou alguém bem interessante. -Ele se aproximou.

  Muito. Cada vez mais próximo.

-T-t-tenho que atender. -Disse me afastando rapidamente enquanto atendia meu celular que tocou na hora certa

 

Tae Hee – Alô?

Tae Jin – UNNIE! ONDE VOCÊ SE METEU? JÁ SABE QUE HORAS SÃO?

Tae Hee – Ooh Jin-Aah me desculpe! Houve contratempos no meu novo trabalho, acabei que passei da hora.

Tae Jin – Unnie...você não está trabalhando com nada estranho não… né?

Tae Hee – YAH! Que tipo de pessoa você acha que eu sou… eu só recorreria a isso em último caso. –Disse a última frase mais baixo.

Tae Jin – Unnie nem pense nisso.

Tae Hee –Ok, Ok, entendido, vou desligar.

Tae Jin – Ok, te vejo em casa.

 

  Assim que desliguei o telefone me virei, e  tinha um par de olhos castanhos me encarando.

-Então como já deu a hora…  eu já vou indo. –Disse esperando uma confirmação.

-Já vai tarde.-Ele cuspiu tais palavras.

-Um “obrigado” estaria de bom tamanho. –cochichei enquanto pegava minha bolsa.

 

  A cidade a noite era de fato muito fria, e a neblina que pairava era assustadora, quanto mais eu me afastava da casa, mais eu achava que aquele lugar era assustador. Fiquei parada no ponto de ônibus por alguns minutos e quando o ônibus chegou foi um dos momentos mais felizes da minha vida.

  Chegando em casa encontrei uma Tae Jin desmaiada no sofá com o controle da televisão em mãos. Sorri vendo aquela imagem, parecia um anjo, parecia em paz… e por alguns segundos me lembrei de alguns anos atrás, quando o olhar dela era exatamente como o de JongIn e seus amigos naquela boate… fundo e sem sonhos.

 


Notas Finais


Se tiverem duvidas,perguntas ou criticas...comentem.

BJOCAS


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...