Conversas entre Homens
Pov. Lily Collins
- Acorda baby. – já fazia algum tempo que eu ouvia a voz de Justin e sentia os seus beijos pelas minhas costas. Mas estava tão gostoso ficar nessa posição e por um momento eu queria que o mundo parasse de girar e nós ficássemos assim.
- Eu sei que está acordada, não adianta tentar me enganar. – Justin disse mordiscando a ponta da minha orelha.
Não resisti e sorri baixo enfiando o rosto travesseiro enquanto as mãos de Justin afastava o lençol que cobria o meu corpo nu e começava a acariciar toda a extensão das minhas costas.
- Dessa forma eu vou querer ficar um pouco mais na cama. – falei sentindo os seus dedos provocarem uma leve dor nas marcas em minhas costas que provavelmente estariam roxas.
Fruto da nossa noite louca, quente e inesquecível.
- Tentador ficar na cama, só que infelizmente temos a sua irmã para alimentar e eu preciso sair e saber se o meu pessoal esta trabalhando direito. – Justin disse e contraditoriamente puxou o meu corpo virando-me e ficando por cima de mim.
Olho para o lado e verifico pela fresta da cortina que o dia ainda estava amanhecendo.
- Justin ainda é muito cedo, acabamos de dormir e você já quer levantar. – resmunguei voltando a fechar os olhos.
- Não estou te reconhecendo Lily, cadê aquela garota matinal que acordava cedo, fazia o café da manhã para a irmã, a levava para a escola e ia para a faculdade? – perguntou salpicando beijos por todo o meu rosto.
- Aquela garota matinal não tinha um cara extremamente quente em cima dela. – falei colocando as minhas pernas em volta da sua cintura.
Justin gemeu sentindo nossas intimidades se aproximarem.
- Tenho certeza que não haverá nenhum mal se perdermos alguns minutos a mais. – disse mordendo levemente o queixo enquanto entrava em mim.
- Você ainda vai me matar com essas mudanças de planos. – falei suspirando alto ao sentir a sua mão aperta a minha bunda e empurrar o seu pau ainda mais em mim
- Mudo de planos na hora que eu quiser! – exclamou puxando o meu cabelo e fazendo- me o olhar
- Ah é, e o que te faz pensar isso?- perguntei em tom de desafio
Justin parou os seus movimentos e me fitou seriamente, sexy pra caralho!
- Porque sou o chefe, eu posso tudo, acostume-se com isso baby! – disse rouco e baixo.
E perdidos um no outro perdemos alguns minutos da nossa manhã, mas em compensação ganhamos em qualidade de vida.
{...}
- Lily você me acordou cedo para ir à escola?- Emma perguntou enquanto colocava o seu café da a sua frente.
- Não Emma, você lembra sobre o que conversamos na Califórnia não é mesmo? – disse colando o prato com omeletes e bacon na frente do Justin, que sorriu em agradecimento.
- Eu lembro Lily, você disse que o seu pai está vivo. – Emma falou casualmente tomando o seu leite e remexendo o cereal.
Era muito estranho ela se referir como o “meu pai” e não como o “nosso pai”.
- Em ele também é seu pai. – falei me sentando a sua frente.
- Eu sei. – disse simplesmente começando a comer o seu café da manha em silêncio.
Olhei para Justin estranhando a atitude dela e ele somente franziu a testa também não sabendo o que estava acontecendo.
- Emma esta acontecendo alguma coisa, você pode falar conosco o que quiser?- perguntei
Emma limpou a boca e em silêncio nos encarou seriamente.
- Lily antigamente somente existia eu e você, então chegou o Justin para fazer parte a nossa família e isso foi muito bom. Eu o amo, mas agora tem o seu pai, quer dizer, o nosso pai. Na verdade eu estou confusa, por que a mulher que é a nossa mãe disse que o meu pai é outro. – Emma dizia com a cara mais confusa que eu já vi
- Agora eu me sinto estranha com tudo isso, não sei o que pensar e tenho medo do seu pai não me querer, de não gostar de mim. – disse e seus olhos começaram a marejar.
Larguei o garfou em cima do meu prato sem saber o que dizer para a minha irmã. Realmente era muito drama para uma garotinha que ainda sonhava em ser uma princesa da Disney.
- Emma você só tem um pai querida e jamais pense que ele não irá te querer ou muito menos te amar. Alias, ele sempre te amou não preocupe com isso por que tenho certeza que o Phil irá te amar ainda mais vendo a garotinha linda e esperta que você se tornou. – Justin disso intervindo em toda aquela situação.
Emma sorriu fracamente, eu via em seus olhos que ela estava com medo do desconhecido.
- Eu estarei lá Emma e tudo dará certo. – disse sorrindo em sua direção.
- Espero que sim, por que seria legal ter um pai e ele pudesse ir às festinhas dos dias pais lá da escola. Quer dizer quando eu voltasse a estudar. – disse
- Falando em escola, eu vou providenciar uma professora particular para você não perder o ano. – falei e Emma bufou revirando os olhos.
- Justin me salva dessa professora que a Lily quer arrumar! – Emma dramatizou arrancando risos de nós.
- Emma infelizmente dessa vez eu concordo com a sua irmã. – Justin disse rindo.
- Eu não mereço vocês dois. – disse emburrada e enquanto riamos ainda mais da sua carinha fofa.
A base de risos e brincadeiras terminamos o nosso café da manhã de forma agradável. E dessa forma, eu espera que o dia também acabe.
{...}
Pov. Justin Bieber
- É estranho andar pelas ruas de NY sendo escoltados por dois carros cheios de seguranças. – Lily disse olhando pela janela os carros que nos seguiam.
- E isso vai ser necessário sempre que você e a Emma saírem da cobertura. – falei pegando a sua mão.
Para conseguirmos sair da cobertura tive me montar uma estratégia para “maquiar” a nossa saída. O meu carro saiu do estacionamento com um segurança que poderia ser muito bem confundido comigo e fez uma rota que pudesse despistar a pessoa que tivesse vigiando os meus passos. Enquanto eu, Lily e Emma saiamos em carros diferentes para seguirmos até a clinica do Dr. Flyn e visitar o seu pai e levar Emma para conhecê-lo. Olho pelo retrovisor e Emma demonstrava visivelmente estar apreensiva com toda essa situação.
- Já teve alguma noticia sobre eles?- Lily perguntou se referindo a Jeremy e Elizabeth.
- Ainda eu não, a impressão que me dá é que estamos procurando agulhas no palheiro. – falei baixo para não chamar a atenção de Emma.
- Será que um dia vamos os achar e ter sossego?- perguntou tirando os óculos escuros e me fitando.
- Vamos amor! – disse apertando levemente a sua mão contra a minha.
Demoramos alguns minutos para chegar à clinica e antes de entrarmos para visitar Phil conversarmos com o medico.
- Doutor o meu pai teve alguma melhora?- Lily perguntou quando o Dr. Flyn se sentou a nossa frente em seu consultório.
- Teve sim Senhorita Collins, esta ganhando peso e seu quadro clinico já não é tão preocupante quanto antes. – disse o doutor
- E a cegueira, já tem um diagnostico se ela é provisória ou permanente? – perguntou novamente
- Os exames saíram e como eu suspeitava o quadro se trata de um caso crônico de catarata. Só estou esperando o seu pai ter um pouco mais de condições físicas para agüentar uma cirurgia e operá-lo. – Lily sorriu com animada com a noticia do medico.
- E isso tem uma data especifica?- perguntei
- Se tudo der certo, operaremos ainda essa semana. - Dr. Flyn disse demonstrando o seu otimismo corriqueiro.
- Será que poderíamos vê-lo? – Lily perguntou animada ao saber que o pai estava melhorando.
- Claro, mas antes quero comunicar que o Senhor Phillipe desejar vê-lo Justin antes das filhas entrarem. – Dr. Flyn falou
- Tudo bem – falei olhando para Lily que tinha um sorriso leve nos lábios.
Saímos do consultório e caminhamos até a sala de espera onde Lily e Emma ficariam enquanto eu entrava no quarto.
- O que o seu pai pode querer comigo? – perguntei a Lily na porta do quarto de Phil
- Não faço a mínima ideia. – disse
- É melhor eu entrar do que ficar aqui fazendo suposições. – falei beijando a sua testa e observei Emma ficar entretida com o desenho que passava na televisão da sala de espera.
Entrei e seu quarto e Phil esta deitado de olhos fechados, os barulhos dos aparelhos que o monitoravam me davam certa aflição. Ambientes hospitalares não eram a minha praia.
- Justin? – perguntou ao sentir a minha presença
- Oi Senhor Collins. – falei o observando, mesmo de olhos fechados a sua aparência é saudável.
- Que bom que veio rapaz, eu precisava falar com você. – disse limpando a sua garganta para que sua voz saísse melhor.
- O doutor Flyn disse que o senhor queria me ver, mas antes de qualquer conversa eu preciso pedir perdão por todo o mal que eu causei ao senhor no passado. – falei sinceramente.
Esse sempre foi um dos maiores desejos que eu tinha, por que se eu não tivesse atirado nele, nada disso estaria acontecendo.
- Não há o que perdoar Justin, você era somente um garoto e estava sob pressão. Eu não posso julgá-lo por uma situação que não é sua culpa. – Phil disse calmamente
Agora eu sei da onde a Lily herdou toda essa bondade.
- Mesmo assim Senhor Collins, eu sinto muito por tudo o que sofreu. E sinto ainda mais por não conseguir cumprir promessa que fiz. – falei me sentando na cadeira que estava ao lado da cama.
- Justin, ouça bem, não se culpe mais pelos atos da minha ex mulher e do seu marido. Eles fariam tudo exatamente da mesma forma mesmo que você não existisse, e quanto à promessa que eu pedi que ficasse meu rapaz, hoje eu tenho certeza que fiz a escolha mais correta da minha vida. – suspirou tomando fôlego e continuou
- Por que você a honrou Justin, seria muito fácil deixar o que te pedi pra lá e tocar a sua vida normalmente. Mas não, você foi homem suficiente para carregar isso na sua vida, protegeu as minhas filhas com a sua vida e eu serei eternamente grato a isso. – disse virando o rosto em minha direção.
- Senhor Collins eu fiz o que achava correto e hoje eu não poderia viver sem elas. – falem sorrindo fraco
- Eu sei disso e espero que você faça a minha Lily muito feliz. – disse também sorrindo e esse sorriso era muito parecido com o da Lily e da Emma.
- Senhor, eu sei que não sou o tipo cara que um pai quer ao lado da sua filha, mas saiba que eu a amo com todas as minhas forças e vou lutar para sempre a fazer feliz. – disse demonstrando nas minhas palavras toda a sinceridade possível.
- Eu sei que irá fazer Justin, um pai sabe quando a sua filha esta feliz e eu senti isso nas palavras de Lily. – falou
- Senhor eu preciso sair para que as meninas entrarem, estou muito feliz pela sua recuperação. – falei sabendo que Lily estaria ansiosa para entrar.
- Ok, mas antes me diga se Elizabeth e Jeremy ainda estão soltos por ai? – perguntou me surpreendendo.
- Infelizmente estão, mas por pouco tempo, por que eu em breve estarei com eles em minhas mãos. – disse firmemente
- E você pode apostar que quando isso acontecer eu estarei ao seu lado. – disse levantando a mão para me cumprimentar.
Apertei em sua mão sabendo que agora eu teria um novo aliado nessa guerra.
Sai do seu quarto dando de cara com a Lily andando de um lado para outro.
- E ai, o que ele queria? – perguntou apreensiva
- Foi uma conversa de homens sua curiosa. – falei rindo
- Conversa de homens? – perguntou novamente desconfiada
Assenti me sentando ao lado Emma.
- Você não prometeu mais nada a ele, não é mesmo? – disse ficando a minha frente.
- Para de ser curiosa e vai ver o seu pai. – falei relaxando na cadeira, Lily estreitou os olhos em minha direção sabendo que eu diria nada a ela.
- Tudo bem! – disse rendida estendendo a mão para Emma.
Emma levantou e antes de pegar a mão a irmã virou-se em minha direção com a expressão um pouco assustado.
- Não tenha medo Em, ele vai amar te conhecer. – falei tentando tranquilizá-la.
- Obrigado Justin, eu te amo! – disse me abraçando e por fim pegou a mão de Lily para poderem entrar no quarto.
Antes de fechar a porta Lily se virou e sussurrou um “Obrigado, eu também te amo” em minha direção. Sorri diante das palavras das duas e era por isso que eu lutaria para dar uma vida tranquila a elas.
Enquanto as esperava saíram da visita eu tentei saber noticias de como estavam a caçada pela Elizabeth e verme, mas a cada noticia negativa eu me enfurecia mais.
- E Khalil tem alguma coisa pra mim?- perguntei logo que Khalil atendeu o celular.
- Tenho Justin, eu soube que a Elizabeth nos próximos dias irá embarcar para a Suíça para vender algumas garotas para o trafico e com isso o Jeremy não vai estar tão protegido assim. – Khalil disse soando animado.
- Caralho, essa noticia é muito boa. – falei levantado e caminhando pela sala de espera.
- Agora se prepara, por que tenho uma encomenda para você. – disse
- Filha da puta fala o que é. – perguntei
- Desculpa chefe, mas estou levando o seu presentinho para o galpão. – falou rindo.
- Certo, eu sei que é algo que vai ser útil, reúna todos no galpão por que estou indo pra ai. – falei desligando a ligação e sentindo que de agora em diante tudo iria caminhar da forma que eu quero.
E bem nessa hora Lily e Emma saíram sorridentes do quarto do seu pai.
- Foi tudo bem?- perguntei e elas assentiram
- Lily vai à frente com os seguranças, por que eu tenho que encontrar o pessoal. – falei selando os nossos lábios.
- Tudo bem Justin se cuide, por favor. – pediu me abraçando.
- Vá direito para a cobertura e não sai de lá. – falei me despedindo dela e da Emma.
Queria chegar logo e saber o que Khalil estava trazendo para mim, ou melhor, quem era a pessoa que o ele conseguiu pegar.
{...}
Não demorou muito para o segurança chegar em frente ao meu galpão, saio da SUV e vejo os carros de todos dos meu bando estacionados perfeitamente. Entro e me deparo com os caras me esperando.
- Hey Bizzle demorou! – Ryan me cumprimenta e eu o abraço me sentindo aliviado por vê-lo bem depois de todo aquele drama da explosão do avião.
- Vim mais rápido que pude. – falei caminhando em direção aos fundos com todos os homens ao meu encalço
- E ai Khalil qual é a surpresa eu você me trouxe. – falei o encarando.
- Veja por si só chefe. - disse apontando para um quartinho de havia a minha esquerda.
Peguei as chaves da sua mão e caminhei até o local, abri a porta de ferro e sorri me relembrando da pessoa a minha frente.
- Pensei que estava morta! – falei tirando os meus óculos escuros para poder enxergar melhor a medica que atendeu o pai da LIly anos trás.
- Eu preferiria estar morta do que ter ficado nas mãos daqueles imundos por todos esses anos. – disse com dificuldade por causa da mordaça que estava em sua boca.
Agachei-me apoiando os meus braços nos joelhos e disse:
- Pois bem, então me diga algo útil para que eu possa mudar de idéia e poupar a sua vida. – falei vendo o medo se espalhar por seu rosto.
A médica começou a chorar e sempre que uma vitima fazia isso, o meu salgue fervia ainda mais nas minhas veias.
- A perna do Jeremy estava infeccionada, mas o tiro que a atingiu só pegou de raspão. Então eu menti para a Elizabeth dizendo que o caso era grave e que a perna precisava ser amputada. E foi isso que fiz. – disse com a voz tremula.
- Isso não é suficiente para eu deixá-la viva, sei que sabe de mais. E querendo ou não, você vai falar. – falei caminhando até a porta a fechando com um estrondo.
Continua....
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