1. Spirit Fanfics >
  2. Psycho Crazy Love >
  3. Deus do Caos

História Psycho Crazy Love - Deus do Caos


Escrita por: ImAFuckingQueen

Capítulo 7 - Deus do Caos


Quase fiquei a noite inteira lendo e relendo a ficha do Coringa. Mas eu queria estar completamente desperta e disposta para lidar com ele. Por isso, 08h00min horas da noite eu já estava dormindo, com a ajuda de alguns comprimidos, claro. Meu horário para dormir era uma, duas da manhã.

Acordei disposta como o esperado e me permiti um banho bem demorado. Fiquei repassando a ficha dele em minha cabeça.

Alter ego-

Nome: -------

Idade: 28 anos.

Data de Nascimento: Maio.

Local de Nascimento: Brasil (uou).

Codinome: Coringa\Joker.

Apelidos do Codinome: Senhor C, Mister J, Senhor, Mestre, Rei de Gotham, Príncipe Palhaço do Crime, etc. 

Especialidades Universitárias: Química, Física e Computação.

Psicopata, Narcisista, QI elevado.

Depois da trigésima quarta vez repassando a lista, decidi parar e sair do banho.

E pela primeira vez na vida, me enrolei para decidir que roupa usar. De repente, nada parecia bom ou apropriado e me assustei quando pensei ‘’Será que Coringa vai gostar?’’. Oras! Ele não tinha que gostar de nada. Eu era a médica e ele o paciente. Ele estava subordinado à mim, não o contrário.

No final, escolhi uma saia social preta que ia até um pouco acima do joelho e tinha uma pequena fenda na perna esquerda. Coloquei uma blusa de seda de manga longa e com botões, de cor verde escura. Eu nunca gostara muito de verde, mas estava me sentindo espirituosa no dia. Coloquei um salto verde musgo e prendi meus cabelos num coque trançando, tradicional e moderno ao mesmo tempo. Passei um batom vermelho fechado nos lábios, rímel e espirrei um pouco de perfume em minha pele.

Coloquei meus inseparáveis óculos de grau e me fitei no espelho. Séria, profissional e bonita. Perfeito.

Fui até a sala, catei minha bolsa, meu jaleco, as chaves do carro e a ficha. Fiquei tentada a ler mais uma vez, mas parei. Eu não podia ficar obcecada com tudo isso.

- Seja lá quem cuide do mundo e controle toda essa matéria... Me dê sorte. – fiz joinha pro teto, me sentindo uma idiota e sai de casa em seguida.

Mais um dia longo. Bem longo.

 

Ao chegar ao Arkham, percebi que a notícia já havia se espalhado.  De forma discreta ou descarada, todos me encaravam enquanto eu passava. My lord...

Vi Amanda vindo em minha direção, com um sorrisão na cara.

- Antes que me pergunte, sim eu estarei com você no ‘’Caso Coringa’’. – ela disse.

-Yes! – comemorei, trocando high five com ela.

- Não poderia perder isso. Vai ser um aprendizado pra mim, eu vou trabalhar com você e você sabe que eu amo trabalhar com você e meu salário vai ganhar um ajuste de 40%, ou seja, posso ficar rica cuidando do Coringa. –ela riu e eu acompanhei. Eu também recebi um generoso aumento pelo ‘’Caso Coringa’’. - Mas meu sorriso não é por isso. É por outra coisa.

- Que seria...? – indago.

- Angelis me chamou para um encontro. – ela sorri e parece eufórica.

- Angelis... My lord! Jura?! – dou uma risada surpresa e feliz ao mesmo tempo. – Eu não sabia que ela era do babado.

- Pois sim. Por que você acha que nunca deixam ela cuidado de mulheres? Ela já foi médica da Hera Venenosa uma vez. E a Hera também é meio... Babadeira acho eu. Enfim!  Estou tão animada.

- Exijo te arrumar pra esse momento fatídico. –eu disse autoritária, mas sem conseguir disfarçar o sorriso.

- Claro que sim! Você é ótima pra escolher roupas. Vai ser esse sábado. E se hoje é quinta... Ai, ai. – ela se abana.

 

 E a manhã passou rápido. Consegui arrancar algumas coisas do Espantalho e passei o almoço inteiro fazendo anotações na ‘’Pasta do Espantalho’’. Amanda exigiu que eu comesse algo, mas eu estava realmente empenhada em desvendar o Espantalho. Todos têm medo, ‘’menos’’ os psicopatas. Alguns até tem, só não sabem reconhecer direito ou se confundem ao senti-lo, achando que é ansiedade ou até transformam o medo para uma dor física. Mas o Espantalho não é psicopata.

 Algumas horas depois, eu ainda me encontrava em minha sala, quando Amanda entra sem bater. Não que eu exigisse isso dela. Não dela.

-  Ei coisinha, você está maluca? – ela disse, colocando as mãos em sua cintura.

- Por quê? –indaguei, sem tirar os olhos da tela do notebook em que eu fazia uma ficha do Rei do Medo.

- Daqui a 15 minutos você tem uma consulta com o maior vilão de Gotham.

Puta que pariu!

-AMANDA! – grito, fechando com força o computador.

Pego o gravador, a ‘’Pasta do Coringa’’, minha bolsa e o notebook, praticamente voando da sala, com Amanda rindo em meu encalço.

Caminho quase correndo pelo saguão e junto com Amanda, pego um elevador para dois andares abaixo do térreo, que era onde as celas de segurança máxima ficavam.

- Você sabe quem mais está nas celas de segurança máxima? – indago, olhando ansiosa para o horário em meu celular.

- Bane. – ela diz, como se sentasse se lembrar. – Mulher Gato, que embora não seja tão perigosa, escaparia de uma ‘’cela comum’’ facinho. Hera Venenosa, que também não é tããão perigosa, tá mais pra ladra, mas aquele lance das plantas merece uma atenção especial. El Diablo, que também não é um assassino louco, é até tranquilo, mas com o lance do fogo também não seria muito... Apropriado deixa-lo em uma cela comum. Crocodilo, que é bem violento e perigoso. Tubarão-Rei, que é a mesma coisa que o Crocodilo e o Coringa.

- Ah sim...

- Mas sem dúvidas o perigoso mesmo é o Coringa.

- Que animador. – dei risada e ela me acompanhou.

Enfim o elevador desce no andar esperado.

Coringa estava no andar -2, isolado dos outros de segurança máxima, que estavam todos no -1. Dizem que o último andar do subsolo é completamente reservado ao Joker, o que me fez pensar: onde eu estou me metendo?

MAS, tudo pelo trabalho e aprendizado. Esse é meu novo mantra.

Eu e Amanda caminhamos por um corredor extenso, até chegar duas enormes portas de ferro. Havia quatro guardas\policiais de segurança máxima, portando armas enormes e uniformes muito bem equipados guardando as duas portas.

- Sou a Dra. Gabriella Frances Quinzelle, psiquiatra e neurologista responsável pelo Coringa. Essa é Amanda Almeida, enfermeira responsável pelo Coringa.

- Preciso vistar seus crachás. – disse uma guarda.

Eu e Amanda nos entreolhamos, mas mostramos os crachás. A guarda usa um cartão de acesso no leitor da porta, que destrava e abre.

As portas deram visão à uma ampla (quando eu digo ampla, é ampla mesmo) sala. A iluminação era boa, com muitas lâmpadas florescentes e a sala em si era toda em cimento. Na parede direita, haviam duas portas, uma era ‘’normal’’ de madeira branca com uma janela em vidro e a outra parecia aquelas de centro cirúrgico, larga e também branca. Na parede direita, havia uma porta que era ligada a uma espécie de corredor feito de barras de ferro. Esse corredor era uma espécie de ligação entre essa porta, que deduzi ser o banheiro a jaula que ficava no meio da sala.

A jaula do Coringa. Era uma grande caixa de barras de puro ferro, que estava ‘’dentro’’ de outra ‘’caixa’’ também com barras de ferro, permitindo uma visão muito boa do interior. Acima da jaula, arame farpado e cercado elétrico, além de haver um guarda como aqueles primeiros em cada canto da sala e um em cada aresta da grande caixa de Coringa.

Amanda me olhou meio pasma. Então isso era uma prisão de segurança máxima. Mas não para um criminoso comum. Um criminoso psicopata, anarquista, mafioso, louco e completamente insano e que além de tudo, era o maior vilão do Batman.

Que maravilha. Ou que droga. Dá tudo na mesma.

- Sua psiquiatra chegou Coringa. – anunciou outra mulher que também era guarda.

Coringa, que estava sentado no chão cimentado de sua cela (por que no chão, se tem um colchão ali? Por que ele louco, Gabriella, dã), vira o pescoço e o olhar para mim. Um largo sorriso toma conta de seus lábios vermelhos e a cicatrizes de sorriso em ambas as bochechas se repuxaram.

Ele então se levanta e se vira completamente para mim. Vestia um uniforme cor laranja de detento. Era laranja pros homens e bege para as mulheres. Os primeiros botões da camisa estavam abertos, revelando suas tatuagens. O sorriso psicopata e o olhar insano ainda existiam em seu rosto. Mesmo preso ele não perdia o ar assassino-psicopata-hipster-mafioso que ele tinha. Era impressionante.

Caminho em sua direção. Meus saltos faziam barulho no chão de cimento e me irritavam de certa forma, a julgar pelo total silêncio que estava aquele lugar.

- Olá, Coringa. – cumprimento, séria e profissional. – Como já dito, sou psiquiatra e neurologista, Dra. Gabriella Frances Quinzelle. Aquela é Amanda Almeida, sua enfermeira titular.

-Prazer Amanda, enfermeira titular. – Joker diz, acenando simpático para ela. Simpático! Aham, sei.

- Olá, Joker. – ela cumprimenta também séria, mas com um leve tremor na voz.

- Gostaria que me chamassem de Senhor C, ou Mister J, ou Mestre, ou Senhor, ou Lord, ou Deus do Caos, o que preferirem.

Narcisista? Certamente. Mas vamos entrar no jogo dele. É a melhor forma de eu conseguir arrancar as coisas que necessito.

- Certo. Preciso que levem o Mister J para a sala de terapia. – digo para os guardas.  

Todos os guardas da sala se juntam em uma espécie de escudo humano e apontam as armas para Coringa, que fica coberto de pontinhos vermelhos em seu corpo. As duas portas da jaula são destrancadas e Amanda vai prontamente à direção do criminoso e coloca uma camisa de forças nele com toda destreza. Um guarda algema os tornozelos dele e o escoltam até a sala de terapia, que fica na parede esquerda, na porta branca com janelinha de vidro.

My lord... Esse cara realmente não é brincadeira. Todo o aparato policial... Deuses.

Suspiro e caminho até a sala, pronta para a primeira terapia com o Senhor C. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...