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História Quando o amor bater à porta - Guarde boas memórias


Escrita por: Lyare

Notas do Autor


Hey leitores lindos. Vim dizer que a fanfic terá 14 capítulos hihi, escrevi o último ontem. Espero que gostem... Minha fase água com açúcar está passando :)

Ps: sou péssima com capas e estou sem criatividade. Se alguém tiver uma sugestão eu super aceito.

Boa leitura!

Capítulo 5 - Guarde boas memórias


 

Quando o amor bater à porta, guarde boas memórias.

 

— Um... Dois... Três! Gato mia? — Sakura ouviu várias vozes responderem “miau”. 

Itachi segurava o riso vendo a cena. Sua cerejeira estava de biquíni na parte rasa do lago e todos resolveram brincar, menos ele, Fugaku e Mikoto que observavam da varanda. Os pais estavam deitados confortavelmente comendo algumas melancias e conversando, fazia tempo que o mais velho não via os pais naquele grude. Já Itachi estava apenas com os pés dentro da água, sentado em uma pedra.

Era a vez de Sakura procurar. Obito cuidava dos gêmeos com um olhar atento e nem estava brincando, era só a babá já que tanto Sasuke quanto Sayuri resolveram brincar. Os tios também brincavam, inclusive era Reiko quem tentava confundir a menina fazendo barulho na água, mas a Haruno era esperta e tinha sacado.

Itachi gostou daquela tarde. Quando saíram da água reclamando de fome, os gêmeos estavam todos enrugados. Obito foi dar comida pros dois e o Uchiha decidiu ir até sua pêga favorita. Sakura estava boiando na água olhando o céu que começava a escurecer, mas logo Itachi surgiu obstruindo sua visão.

— Você é meio ruim, sabia? — Itachi a levantou da água e a colocou no colo. A menina soltou um gritinho de susto com o movimento.

— Ei! Nem vem. Eu sou ótima, tá bom? — Sakura jogou um pouco de água nele, já que ali a água ia até a cintura de Itachi. — Você não viu como eles se divertiram mais fugindo de mim do que caçando os outros?

— Você deixou eles ganharem, então? — Itachi ergueu uma sobrancelha divertido.

— Claro. Prefiro ver eles felizes. — Sakura o abraçou e isso desarmou o Uchiha. Foi tempo suficiente pra Sakura apoiar o pé no chão e derrubá-lo de costas na água. — Pronto, gato molhado agora.

Itachi fez um bico, mas não a soltou. Manteve as mãos ao redor da cintura e a girou mantendo-a junto a ele. Sakura o encarava esperando seu próximo movimento que não demorou: Itachi se aproximou e a beijou. Como era bom ter Sakura dentro do seu abraço, como era bom tê-la ali tão perto. O coração dava aquelas batidas irregulares diante de alguém que se ama. Sakura desejou que o mundo parasse. Desejou que pudesse passar o resto da eternidade ali, naquele momento tão simples e tão significativo. Queria ter Itachi sempre ali com ela.

Se separaram ofegantes. As testas coladas, os sorrisos faceiros. Estavam felizes ali, daquele jeitinho meio gelados por causa da água, mas felizes um com o outro. Felizes com a vida, com o presente que tinham ganhado: um ao outro.

--

A noite chegou. Mikoto, Reiko, Sayuri e Sakura estavam conversando em um canto da sala com muito risinhos. Os homens estavam do lado de fora arrumando a fogueira, tradição dos Uchihas. Sasuke era o mais curioso — ou o único que demonstrava —, pois sempre tentava chegar perto da janela pra ouvir o que conversavam.

— Coisas de mulheres, Sasuke. Melhor nem saber. — Takashi brincou enquanto trabalhava colocando fogo na lenha. Depois de algum tempo, a fogueira estava pronta. Então logo a família estava sentada diante do fogo. Obito tinha ficado dentro de casa pra colocar os gêmeos pra dormir.

— Se divertindo? — Itachi perguntou entregando um espeto com marshmallow a Sakura. 

— Simm. Sua tia é um máximo. — Ela começou a colocar o espeto pra assar e Itachi sentou bem próximo da rosada. — Com frio?

— Talvez. Acho que o cabelo não secou direito. — Ele usou a desculpinha clássica. As pernas se tocavam enquanto conversavam. 

Sakura usava um moletom largo, mas enlaçou o braço do Uchiha. Ele não reclamou. Os casais ficaram ali curtindo a companhia um do outro. Primeiro Reiko e Takashi se despediram com a desculpa de que estavam com sono, por causa da idade. Minutos depois Mikoto e Fugaku disseram estar com frio e por fim Sasuke e Sayuri — a última estava capotando de sono por ter passado mais tempo na água com as crianças do que os outros.

Restaram Sakura e Itachi, que ficaram ali aproveitando a companhia um do outro.

— Se você pudesse pedir qualquer coisa que se realizasse, o que seria? — Sakura indagou de repente fitando o céu estrelado. A falta de luz daquele lugar proporcionava um céu espetacular durante a noite.

— Hm. Não sei. São muitas coisas que eu quero no mundo. — Itachi titubeou por algum tempo. O que queria? 

— Talvez sejam as mais simples as realmente necessárias. — A Haruno comentou despreocupada e aninhou-se no peito do moreno. Itachi a abraçou e puxou as pernas delas de forma que ficassem por cima das suas, quase como quando a carregou mais cedo.

— Talvez. O que você pediria? — Perguntou passando levemente o nariz gelado na bochecha de Sakura.

Ela fez silêncio por alguns segundos. Uma ruga se formou na testa e parecia pensar muito seriamente sobre isso. Itachi aproveitou para dar beijinhos ao longo do queixo e da bochecha da jovem. Por fim, contentou-se em enrolar algumas mechas do cabelo rosa nos dedos. Como ela era linda.

Sakura abriu a boca pra responder, mas fechou de novo. Uma, duas vezes. A menina via-se diante de um impasse: como colocar em palavras seu pedido até bobo? Pediria para Itachi ficar pra sempre ali com ela? Não, era egoísta. O amor não era egoísta.

— Memórias. — Sussurrou. Itachi não entendeu o que ela queria dizer com aquilo até as mãos pequenas começarem a tocar sua face. — Quero lembrar de cada pedacinho seu, de cada olhar...

Ela começou a desenhar as sobrancelhas dele com os dedos.

— Cada expressão divertida ou até mesmo brava... — Ela fez o contorno dos lábios dele com o indicador — de cada sorriso, de cada careta, bico... De cada beijo. Só quero lembrar e saber que foi bom. Que foi real.

Eles sorriram. As testas se colaram e ficaram ali, sem beijo, só sentindo a respiração um do outro.

--

— E então o senhor dog disse pra Asami: “o que faremos agora?” — Sakura, Sayuri e Asami estavam na sala brincando com as pelúcias da mais nova. Sayuri segurava um panda e Sakura segurava o cachorro, logo ela mexeu o bichinho como se realmente estivesse falando, só que de uma forma engraçada. As três ficaram ali aos risos.

— Você gosta mesmo dela, não é? — Mikoto surgiu atrás do filho. Itachi tomou um susto e quase caiu da cadeira na varanda. A mãe o olhava matreira.

— Mãe, não se faz essas perguntas. — O olhar insistente da mãe o fez acenar com a cabeça.

— Isso! — Itachi estranhou a comemoraçãozinha. — Reiko, eu ganhei! Tá me devendo aquele jogo de porcelana!

Itachi não acreditou quando a mãe simplesmente foi embora cantando vitória. Elas não existiam. Minutos depois estavam Reiko e Mikoto sentadas ao lado de um Itachi confuso.

— O que foi?

— Eu disse pra sua mãe que devíamos tentar ajudar vocês dois, já que você não é o tipo de pessoas que sai namorando qualquer uma, acreditamos que ela é uma forte candidata à nora. — Mikoto acenava séria, mas estava adorando a brincadeira.

— Achei que vocês tinham mais confiança em mim. — O Uchiha tinha os olhos estreitos. Bem que estranhou a quietude das duas no dia anterior. Na verdade elas estavam estudando Sakura.

— Só queremos que dê certo, já pediu ela em namoro? — Mikoto foi direta e arrancou uma tossida de Itachi. — Ah, não! Vocês estão apaixonados! Oficialize isso, meu filho!

— Calma, mãe. Eu ainda não posso dizer “eu te amo”, quero ter certeza disso antes de fazer isso.

— Amar é uma decisão, Itachi. — Reiko respondeu um pouco pensativa. — Se você estiver disposto a isso, já é um começo. As coisas se acertam depois. 

Itachi não respondeu.

--

— Hora de ir, crianças. — Obito surgiu por volta das 16h com as malas do gêmeos já prontas. Mesmo chateados, despediram-se da família — inclusive das duas novas tias — e foram.

— Acho que devemos ir também. Você pode vir nos seguindo, Itachi. — Sasuke propôs-se a dirigir. As meninas foram terminar de arrumar as coisas e Takeshi e Reiko já se despediam.

— Quero te ver mais vezes, Sakura! Apareça qualquer dia lá em casa, tenho uns livros úteis pra você. — Os olhos da rosada brilharam com a palavra “livros”. Sakura prometeu ir visitar Reiko assim que pudesse.

Em alguns minutos, já estavam prontos. Sakura entrou no carro muito cansada ao lado de Itachi.

— Vou nem perguntar se você se divertiu. Mal teve tempo pra mim. — O moreno riu dando a partida.

— Ei, nem é. Ficamos juntos um bom tempo... Não tenho culpa se a Asami capturou minha atenção. — Sakura apoiou a cabeça no banco e envolveu a mão livre de Itachi com as mãos. Itachi começou a fazer carinho nas mãos da Haruno e o cansaço começou a falar mais alto. A música tocando baixinho proporcionou o momento perfeito e Sakura relaxou.

— Acho...que... Amo você. — Balbuciou meio dormindo e meio acordada. O Uchiha não esperava por aquilo. Sakura ressonava tranquila no banco perdida em seus sonhos.



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