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História Quem disse que precisa ser docete? - Capítulo seis - Wolf in sheep's clothing


Escrita por: RikuAbsolem

Notas do Autor


Sinto muito pela demora para postar, demorei muito para lembrar em que está salvo os meus arquivos da história - principalmente porque precisei reescrevê-lo.

Esse capítulo é necessário para o decorrer da história. Por isso, precisou ser narrado pelo Alexy.

Capítulo 7 - Capítulo seis - Wolf in sheep's clothing


Fanfic / Fanfiction Quem disse que precisa ser docete? - Capítulo seis - Wolf in sheep's clothing

Precisam mudar para que haja mudanças.

"Hahaha, isso é sobre você."

"Cuidado, cuidado, seja cético.

Com os sorrisos, os sorrisos banhados a ouro.

Engano tão natural

Mas um  lobo em pele de cordeiro é mais que que um aviso."

Era uma manhã fria de verão, o que chegava a espantar e preocupar algumas pessoas mais desesperadas. Os ventos passavam de forma desnorteada pelas ruas de minha cidade, ruidosos e enfadonhos, bagunçava os cabelos e desmanchava os diversos penteados dos seres que ousavam brincar com ele, parecendo divertir-se com tal ação. Assim que acordei naquela manhã tive o pequeno pressentimento que algo ruim aconteceria, não que fosse um sentimento que nunca houvesse aparecido antes pois, na época em que eu estudava em outra escola, eu sempre tinha essa sensação ao amanhecer. Principalmente porque havia motivos para que eu sentisse-me assim.

Era um desagrado entristecedor que parecia querer pôr-me para baixo, no entanto, sempre estive longe de permitir que isso acontecesse. Pelo menos tentei evitar ficar com um lado sombrio perceptível. Bem, acho que até consegui evitar bem, meu irmão nunca percebeu ao menos.

Cinco para sete. Conclui cansado após olhar para o despertador em funcionamento sobre a cômoda.

Eu estava sentado na ponta da minha cama, alongando-me de forma dolorida. Meu pequeno celular, que na noite anterior ficara carregando sobre a gaveta da escrivaninha, começara a vibrar de maneira incessante, fazendo eu levantar-me, preguiçosamente, e ir pegá-lo.

- Alexy na linha. Quem está falando? - Perguntei mal-humorado, evitando que um bocejo saísse por minha boca. Eu andava em direção ao banheiro da casa que fica no fim do corredor a direita de onde durmo, enquanto esperava uma resposta. Seria pedir demais não querer ter que passar pelo quarto do meu gêmeo? Provavelmente sim, afinal não há como evitar. Mas, com tudo que aconteceu entre nós, desde aquele dia, nem sei se tenho coragem de ficar encarando-o, na verdade, nem quero encontrá-lo pela manhã.

- Ah, é o Lysandre. - Respondeu de forma baixa. A voz suave dele fica rouca pela manhã, é tão diferente da normal, muito mais atraente, quer dizer... Eloquente. - Desculpe, acordei-te?

- Ah não. E-eu já havia acordado, só não tinha levantado ainda. - Falei depois de demorar certo tempo para responder. Eu não entendia o porquê da ligação, mas estava a me desesperar. A adrenalina em meu sangue parecia encontrar-se em enorme quantidade, minha mente desprovida de sanidade não conseguia formular bem um motivo e isso deixava-me amedrontado.

Entrei no banheiro sentindo curtos calafrios que eram-me proporcionados pelo úmido toque da água. Eu estava em um estado alegre, dando graças a Deus pelo Armin ter trancado a porta de seu quarto. Fechei a porta atrás de mim, um suspiro cansado saindo por meus lábios. Encostei-me na fria parede, sentindo um calafrio passar por minha espinha. - Aconteceu algo?

Ao olhar-me no espelho do local pude perceber que meu cabelo estava totalmente desarrumado. Meu rosto marcava-se em um dos lados, parecia que eu havia deitado sobre alguma coisa cheia de linhas e círculos - não duvido nada que isso tenha realmente acontecido. Peguei minha escova de dentes vermelha e coloquei a pasta sobre ela. O celular apoiava-se no ombro desnudo, assim não acabaria a cair na pia como das outras vezes.

"Quem estou enganando?

Agora, não vamos ficar com excesso de zelo aqui

Você sempre foi um pedaço de merda

Se eu pudesse matá-lo eu o faria

Mas é desaprovada em todos os cinquenta estados

Dito isto, queime no inferno"

- Não, nada não. Apenas... Eu só queria saber como as coisas estão indo por aí. - Explicou calmamente. Sorri comigo mesmo feliz por ele está demonstrando curiosidade, vezes como essa eram tão raras.

Enxuguei as mãos e o rosto em uma toalha azul que estava lá e sai do local com ela, voltando para meu quarto. Os passos vagarosos permitiam-me um tempo para pensar sobre o que estava acontecendo. Não seria uma boa ideia dizer agir tão descuidadamente com Ambre a partir de agora, seria um risco muito grande ao meu bem estar.

Coloquei o celular no viva-voz. Deixando-o sobre a cama enquanto eu prestava atenção em minha comum vestimenta que prendia-se em um cabide preso a maçaneta do guarda-roupas. A porta sendo trancada para evitar que "acidentes" voltassem a acontecer.

- Eu nem sei bem. Acho que algo não está dando certo, eles não parecem mais próximos, apenas mais distantes... Contudo ainda não descobrir o que deu errado. Talvez tenha sido o balde de tinta e a foto. - Falei indiferentemente, trocando minhas roupas. Será que no segundo andar alguém pode ver-me nu? Espero que não. - O Armin está meio aéreo esses dias, parece querer isolar-se ainda mais da sociedade. Imagino se ele descobriu nosso plano.

- ... - Escutei sua respiração ficar um pouco pesada, provavelmente ele também decepcionara-se com o nosso erro de calculo. Estralei a língua, amaldiçoando-me mentalmente por esquecer como nossos elementos não batem. - Acho bom darmos um tempo para as coisas resolverem-se então. É melhor assim, a vida das pessoas não são nossos brinquedos. Não temos o direito de continuar com isso, não agora.

- Você deve ter razão. - Murmurei incomodado, um pequeno calafrio passando por minha espinha ao ouvi-lo falar sobre dar um tempo. Sentei-me na cama, cruzando as pernas desconfortável, a toalha molhada rodeando meu pescoço e deixando minha blusa úmida. - Era só isso que queria falar comigo?

Acho que isso soou um pouco grosso demais. No entanto,essa realmente não foi a minha intenção... Ah, tanto faz.  Isso não importa-me muito mesmo, não feri os sentimentos de outra pessoas apenas com uma fala boba como está.

- S-sim. Desculpe-me por incomodar-te tão cedo. Provavelmente devo ter acordado-lhe. Des-desculpe-me. - Lysandre falou rapidamente, com a voz trêmula e incerta. Sei que temos pouco tempo de convivência que possuíamos pude notar que normalmente ele faz isso quando magoa-se. Passei a mão pelos cabelos, bagunçando-os ao invés de arrumar. Talvez eu devesse cortar minha língua para não ficar sendo cruel.

- Oh, não. Tudo bem, eu já estava acordado e mesmo que não estivesse não importo-me de ser acordado por bons motivos. - Falei com rapidez, levantando-me em um pulo da cama e quase caindo no chão por pisar no tapete. - Como daqui a pouco vamos estar na escola não faz muito sentido ficar adormecido.

- Sério? Quer dizer... Fi-fico feliz em saber que não atrapalho-te nesse momento. - Murmurou parecendo ter ficado constrangido. Soltei uma risada nasal, sentindo um leve rubro surgir em minha face. - O... O que foi?

"Ovelha negra, tem alguma alma?

Não, senhor, a propósito, o que é moral?

Jack seja rigoroso, Jack seja rápido.

Jin é uma putinha e seus álibis estão se transformando em truques."

- Nada não, querido. Nada não. Apenas pensei em uma piada que ouvi outro dia. - Segurei o celular com as mãos parcialmente trêmulas, mas não me incomodei. Isso que falei podia até não ser verdade, mas pelo menos não deixava-me tão constrangido como a verdade. Se eu dissesse para ele cada palavra que passa em minha cabeça, quando reajo desta forma, pensariam que estou apaixonado por ele, o que não é verdade - aparentemente.

- Realmente? - Perguntou sem querer manter o silencio entre nós. Como senti dúvida em sua voz me permiti ficar um pouco contente por começar aquela manhã falando com aquele ser e pensar que meu humor estava péssimo quando  acordei.

Abri um sorriso de canto.

- Realmente. - Concordei balançando a cabeça como se ele pudesse ver. Coisa que sei que ele não veria, mas ainda assim fiz por ser um reflexo natural.

- Lexy, você já está acordado? - Escutei a voz abafada e sonolenta de Armin soar do outro lado da porta, peguei a minha mochila que estava no chão ao lado do guarda-roupas e a coloquei no ombro. Andei até ela e pus a mão sobre a maçaneta, pensando se eu deveria abrir ou não. Um pequeno momento de reflexão para observar as circunstancias em que eu encontrava-me.

- Eu preciso ir, Lys. O Armin acordou e está batendo aqui. - Sussurrei ao telefone, escutando-o murmurar um simples "até mais tarde, Alexy" antes de desligar. Não seria bom falar ao meu irmão sobre essa ligação, ele poderia acabar descobrindo o plano, ou pior, poderia acabar ficando com mais raiva do Lysandre por ligar-me tão cedo - o que só o deixaria mais irritado com o platinado - afinal ele está com esse complexo de irmão super-protetor e apaixonado demais.

Abri a porta sem pestanejar muito, permitindo que mais uma vez o vento frio da manhã entrasse em meu quarto, arrepiando meus cabelos. Deixei que meu olhar caísse sobre Armin, notando que ele já estava pronto para ir a escola, trajando sua costumeira roupa - que dei a ele - e com a mochila sobre os braços. Sorri maroto e ele fez o mesmo, levantando a mochila como se quisesse que eu levasse-a no lugar dele, o olhar sereno e apressado.

- Está pronto? - Indaguei curioso, guardando o celular dentro do bolso da calça. Ele olhou para minhas mãos parecendo querer perguntar algo, porém apenas balançou a cabeça, voltando a olhar para meu resto.

Ele mordeu o lábio inferior, falando:

- Sim. - Encostou a mão no cabelo, bagunçando-o. - Vamos logo, precisamos passar lá na lanchonete, quero encontrar com a Lyin antes da aula.

- O Nath não vai gostar disto. - Murmurei saindo do quarto e trancando a porta atrás de mim.

Comecei a andar pelo corredor em direção a sala do apartamento, meu irmão vindo ao meu lado. Realmente ver uma crise de ciúmes envolvendo o Armin, a Lyin e o Nathaniel... Isso seria cômico de se ver, principalmente porque ele gostava dela, bem, até que ela começasse a namorar e assumisse a relação, não que importe muito. Acho que todos os garotos da escola já sentiram algo por ela.

- Não estaremos fazendo nada de errado, apenas conversando. Ele não precisa preocupar-se. Eu sou vou atacá-la se ela pedir. - Explicou-se murmurando a última parte, mas eu ouvi, mesmo que estivéssemos andando com um pouco mais de pressa.

- Sei. - Sorri fingindo acreditar.

"Então, você poderia...

Me diga como você está dormindo fácil?

Como você só está pensando em si mesmo

Me mostre como você justifica

Contando todas as suas mentiras como uma segunda natureza..."

...

Faltavam menos de meia hora para o início das aulas quando cheguei a escola, a mochila de Armin prendia-se em meu braço esquerdo enquanto a minha ficava no direito, sem ficar verdadeiramente segura no local. Observei ruidosamente os alunos que chegavam e espalhavam-se pelo pátio, a maioria era formada por pessoas que nunca cheguei a falar, porém havia um alto ser platinado que definidamente chamara a minha atenção, fazendo com que eu ignorasse totalmente a lembrança de Lynn com Armin.

Lysandre estava sentado em um dos bancos que ficavam no jardim, vestindo sua famosa roupa vitoriana e, tão concentrado em algo que escrevia em seu precioso bloco de notas, que parecia não notar tudo passando ao seu redor. Em pé, próximo a si, estava o seu melhor amigo, Castiel, que parecia irritado com o vento, como o de costume. Ele estava com o sapato apoiado no banco, enquanto um violão branco ficava em seu braço apoiando-se em sua perna direita. Deve conhecer bem os acordes do instrumento, pois está o tocando muito bem, não que seja de surpreender-se aparentemente ele tocara maravilhosamente no show que houve na escola.

Eu ia até eles, porém fui impedido pois alguém segurou o meu pulso com firmeza. Virei meu rosto para o lado, corando um pouco ao perceber o olhar frio que Armin lançava-me sem ao menos piscar. Por que será que ele fica olhando-me assim? Não estou fazendo nada de errado, nunca faço nada de errado contra ele pelo menos.

- O-o que foi? - Indaguei olhando curioso para meu irmão. Ele apenas revirou os olhos , segurando com mais força em meu pulso esquerdo.

Armin abriu um sorriso maroto, prestes a aprontar algo.

- Para onde pensas que tanto olha? - Perguntou passando o braço ao redor de minha cintura, o olhar encontrando-se imediatamente com o meu, enquanto nossas mochilas iam de encontro com o chão sujo do local.

Assim você me ferra, mano. E eu não quero mais isso, estou cansado de mentir para mim... De esconder as coisas de você, mas é para o melhor que eu poderia fazer. Você entenderia se eu explicasse? Mesmo depois de ter gostado da Lynn? Não. Você não me perdoaria por ficar metendo-me novamente.

- Na-não estou olhando para canto nenhum, querido, é apenas uma impressão sua, apenas isso. Uma impressão. - Menti tentando não desviar a nossa atenção. Que belo fora acabei de dar contra mim mesmo, gaguejando assim provavelmente ele estanhara.

"Ouça, marque minhas palavras, um dia

Você vai pagar, você vai pagar

O carma vira recolher a sua dívida."

Assim que falei isso, Armin sacudiu a cabeça negativamente, soltando um suspiro desanimado. Ele aproximou tanto os nossos corpos que eles encontraram-se um com o outro, o que proporcionou arrepios em ambos os corpos, cobertos ainda pelas finas roupas de algodão.

- Tem certeza? Minha impressão era que você olhava para o Castiel e o Lysandre. - Comentou com a voz baixa, sua respiração batendo contra minha pele, o olhar sacana indo para algo presente atrás de mim.

- Eu já disse que não estava, não foi?- Falei emburrado, inflando as bochechas infantilmente sem notar o rubor que estava em sua pele.

- Então... Você não estava olhando para o Cassy? - Indagou o apelido abrindo um sorriso sacana, afrouxou o braço que estava em minha cintura, acariciando meu rosto com a mão livre.

Deixei-me levar pelas carícias, sem pensar em nada para responder a ele. Sei que eu estava olhando para eles mesmo, porém ele não precisava saber sobre isso. É exagero falar tudo, principalmente para alguém tão ciumento.

Desviei meu olhar do que ele lançava, observando a paisagem atrás dele, era até bonito para falar a verdade, para a frente de uma escola. Talvez a Violette já tenha decidido pintá-la, ou não.

- O que os gêmeos estão falando sobre mim? - Escutei um timbre alto soar ao meu lado, dei um pulo para trás distanciando-se de meu irmão, um baixo grunhido saindo. Minha atenção caindo sobre um certo ser ruivo que fitava-me com desgosto, parecendo incomodado por estarem falando sobre si sem sua autorização.

- Na-nada não. - Exclamei agitando as mãos nervoso. Armin apenas deu de ombros, pegando as mochilas do chão e entregando a minha.

Castiel franziu o cenho, cruzando os braços descrente.

- Vocês pronunciaram o meu nome. - Comentou indiferente. - Tenho certeza disto.

- Pronunciamos... Quer dizer, não. Bem, na verdade sim, mas não importa. Não que você não importe, mas o motivo não importa... Pelo menos para mim não. Não que eu esteja dizendo com o que você deve se importar ou não. Não é isso, por favor, não entenda errado. - Exclamei urgente, vendo-o fazer uma expressão confusa e mostrar um sorriso debochado. As pessoas ao redor paravam para olhar, porém logo seguiam em frente ignorando tudo que acontecia.

- Agora eu não entendi nada. - Suspirou, inclinando a cabeça para o lado, as mãos vazias sendo cruzadas subitamente. - Entendeu algo, Lysandre?

- Desculpe, mas também não. - Uma familiar voz respondeu, virei o rosto para o lado, notando a presença dele ali pela primeira vez desde o começo da conversa. Fitava-nos de maneira inexpressiva, a boca levemente aberta por não dizer o que queria.

- Gostaria que eu explicasse o que ele disse? - Armin quis saber, divertindo-se com a situação. Ele havia pegado de dentro da mochila seu PSP e agora jogava, sem notar para onde estava indo parar a conversa. - Seria mais prático.

- Olha, eu... - Olhei para Lysandre vendo-o abrir um sorriso de canto, fitei novamente meu irmão que parecia ter ficado emburrado com o jogo. Ajeitei a mochila em meu ombro, um suspiro saindo incapacitado por meus lábios. - Preciso ir, até depois.

Sai correndo para dentro da escola, ignorando completamente os chamados por parte daqueles que importavam-se.

"Fee-fi-fo-fum, é melhor correr e se esconder

Sinto o cheiro do sangue de um covarde mesquinho

Jack seja letal, Jack seja liso

Jill vai deixar você morrer sozinho em uma vala imunda"

...

Eu estava passando pelos corredores da escola, sendo quase um fantasma por causa da fome que eu sentia, quando vi, sentada na escola, Ambre e suas seguidoras. As três conversavam descontraídas, parecendo espalhar veneno apenas em abrir aquelas carnudas bocas, sem importarem-se com as pessoas que surgiam ao redor. Desde aquele dia não nos falamos nenhuma vez, também né, não podíamos esperar que ela resolvesse mudar do dia para a noite, contudo achar que ela ficaria um pouco mais amigável não era nenhum sonho impossível.

Eu tentei fazer dar certo. Pensei sentindo uma dor surgir em minha cabeça, como estive desgastando-me nesse último mês. Tentar fazer as pessoas felizes está mais difícil do que imaginei. Formar casais então, missão quase impossível, principalmente por conhecer muito as pessoas que tentam te ignorar. Mas não desistirei. Não facilmente.

- Alexy! - Alguém gritou próximo ao meu ouvido, dei alguns passos para o lado, chocando-me com a pessoa que não importou-se muito. Arfei e ele também, soltando uma risada desdenhosa pelo acontecido, o lábio inferior sendo mordido para conter qualquer som.

- Resolveu falar comigo, Kentin? - Perguntei evitando sorrir mais, porém estava difícil. Vê-lo mostrar um sorriso infantil e fofo como aquele para mim era tão raro -  e adorável - que eu não conseguia ficar com raiva por ele ter distanciado-se. - Achei que eu te irritasse.

- Você e seu irmão irritam-me. Mas não vou te ignorar por isso. - Kentin revirou os olhos, ajeitando sem interesse o casaco que usava. - O que anda fazendo ultimamente?

- Planos. - Murmurei simplista, inclinando meu rosto na direção de Ambre, que parecia não notar a ação por estar atenta demais em sua conversa, porém não passara despercebida pelo garoto.

Kentin voltou a atenção para mim após seguir meu olhar, a mão apoiando-se no queixo.

- Que tipo de planos? - Perguntou relutante.

- Daqueles cruéis que dominaram o mundo e todos seus civis. - Falei risonho vendo-o elevar uma das sobrancelhas em intriga. Oh, meu Deus, é isso. Como não pensei antes. - Sabe, eu estou brincando e... Ei, você está gostando de alguém no momento?

- Eu... Sabe que sim, eu já te disse. - Suspirou. - Ainda não mudou, mesmo que ela namore com outra pessoa. - Completou ruborizado, a expressão fechando-se quase que imediatamente enquanto murmurava a última parte.

- Hum... Acho que sei como te fazer esquecê-la então... - Falei animado, erguendo uma das mãos e segurando a dele com delicadeza.

- Como pretende fazer isso? - Kentin indagou sem parecer incomodado por mim tê-lo tocado. Sua mente deveria estar ficando tão agitada quanto a minha naquele momento.

Entretanto, ele não demonstrava, deveria estar curioso demais sobre todo o assunto. Quem não estaria, para falar a verdade, era uma oportunidade única na vida ter uma pessoa que é, praticamente, seu amigo dizendo como esquecer a pessoa que tu amas a tanto tempo.

Sorri.

- Vou te fazer gostar de outra pessoa, muito fácil.

Dei uma última olhada na loira, que agora encarava-me com o nariz empinado e um sorriso maldoso nos lábios, antes de retirar-me para uma sala vazia puxando Kentin comigo.

"Então me diga como você está dormindo fácil

Como você só está pensando em si mesmo

Me mostre como você justifica

Contando todas as suas mentiras como uma segunda natureza."



Notas Finais


Já perceberam que, com o passar do capítulos, vão surgindo sérias dúvidas quanto a tudo que acontece? Por que acham que o Alexy está fazendo tudo isso?


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