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História Quem é Você, Nathaniel? - Nathaniel - Desaparecendo Pelo Céu


Escrita por: Risaberu-chan

Notas do Autor


Consegui, para não deixar vocês no prejuízo, mais um Capítulo.

Capítulo 48 - Desaparecendo Pelo Céu


Fanfic / Fanfiction Quem é Você, Nathaniel? - Nathaniel - Desaparecendo Pelo Céu

No Capítulo Anterior:

*Triiim! Triiim! *

-Ui! Deve ser eles! .

-Diga, diga, diga! Ahãm... Sim... OH! Menino? É MENINO! AAAAA! .

-AAAAA! .

-Quer falar com Nath, Ellie? .

-Emma, passe pro meu irmão, Ellie vai estar na linha agora... Okay, tchau. Toma.

-Obrigada... Nath? .

-... E-eu sou pai, Ellie.

 

Desaparecendo Pelo Céu

 

Sem o que dizer, parabenizar seria o mais provável, mas assim Ellie não fez, apenas petrificou. No outro lado da linha, Nath a chamava com voz falha, parecia chorar. Engolindo a seco, suspirou e tratou de pôr um sorriso, não era falso, apenas medroso.

-E-estou muito feliz, meu amor... Verdade.

-*Eu... Eu também... Não sabia que poderia sentir tanta felicidade, hehe*.

Tremendo os olhos, soltou o ar. Era complicado, era difícil, mas não era doído, talvez sim, mas agora, estava anestesiada, apenas soltando palavras.

-Caham... E quando voltaram para casa? .

-*Já estamos nos preparando, os médicos estão examinando meu... M-meu filho... Há, há! É surreal!*.

Ellie sorriu, conseguia imaginá-lo perfeitamente.

-*Enfim, Charlotte terá que ficar alguns dias de resguarda; quanto ao seu leite, ela terá que armazená-lo*.

-“Armazená-lo”? .

-*Sim, ela não ficará muito tempo com o bebê, seu destino é a prisão*.

Sobre essas duras palavras nessa doce voz, Ellie sentiu algumas pontadas. Qual seria pior dor para uma mãe? Certamente não ter seu bebê consigo. Charlotte provará, talvez, a pior dor de todas, mas será que será algo dolorido para ela? .

-Tudo bem, meu amor. Faça como quiser, toma cuidado e volte logo.

-*Sim, sim. Vou indo, uns médicos querem conversar comigo, beijos e até* .

Desligando, Ellie pôs o aparelho de volta no lugar, onde ficou pregado na parede no devido encaixe. Calada, sua mente ia a mil, em poucas horas... O bebê estará aqui, junto a ela.

-O que ele disse, Ellie? Não estava no Viva-Voz, lembra? .

Ambre disse sem paciência.

-Ah... Ele disse que logo estarão aqui.

-E a broaca?! .

-Ela... Bem, terá que amamentar o neném por alguns dias, imagino eu; e depois...

-... Passará o resto dos seus dias podres do xilindró! .

Ciranda tratou de responder, Ellie concordou.

-Ah! Então, era certo! Meu irmão e meu sobrinhozinho virão mesmo.

-Sim, Nath confirmou.

-Oh! Temos que preparar a chegada! Tudo foi tão de repente.

-E fazemos o quê, Ciranda? .

-Temos que comprar bexigas, faixas, farei um bolo todo decorativo! Temos que chamar as outras empregadas para arrumar o quarto, o berço e tudo mais! .

-Isso, isso! Vamos, vamos. Nos ajuda, Ellie? .

Ambre olhou-a convicta, era mais uma ordem do que uma pergunta. Dando em ombros, sem muitas opções, foi puxada para a “bagunça”.

 

Depois de tudo pronto, ou quase, Ambre e Ellie terminavam de encher os últimos balões.

-Arf, arf... Na próxima vez, compremos uma bomba, minhas bochechas doem! .

-Há, há! Verdade, isso é mais cansativo do que parece.

-Tem toda razão, ruivinha. Olha, eu vou lá ver como estão os comes e bebes com Ciranda, tenho medo dela se empolgar e fazer comida até para o próximo ano.

Ambre disse na porta, Ellie sorriu imaginando que era possível mesmo, isso também a levou a pensar: O ano está terminando.

Indo tocar levemente no berço, lhe veio sentimentos pontiagudos.

-... Eu sempre quis um desses... E agora eu tenho, mas... .

Apertando os olhos, lembrou-se das inúmeras vezes que visitou lojas unicamente para gestantes/infantis, e de como foi doloroso voltar das várias consultas, ver a expressão de alegria e esperança de Eduard se apagar todas as vezes.

-O que eu estou fazendo? Por que estou me enganando assim?! Esse bebê não é meu! Pare de se iludir, Ellisabete! .

Empurrando o berço, socou a parede, entre lágrimas. Com a face colada na lisa parede, chorou baixinho.

-... Foram poucas horas, tão poucas e eu... E eu já me imaginei como a mãe desse ser... Como sou idiota.

Se odiando por levar em consideração o que Ambre e Ciranda disseram, seu coração se apertava.

-Por que... Por que eu ainda insisto nisso? Por que achei que esse bebê seria meu? .

-Porque é seu.

-Hã?! .

Virando bruscamente assustada, Nathaniel estava na porta, seu olhar não era dos mais gentis.

-N-Nathaniel... .

-Amor, por que está novamente se torturando? .

Indo até a mesma, segurou suas trêmulas mãos, olhando-a tristemente. Envergonhada, desviou o olhar.

-Ei... Olha para mim.

-... Nathaniel... Eu... Eu não sei qual posição estou aqui.

-Hã? Como assim? Você é minha, essa é sua posição. Você... Você não quer por perto o bebê? .

-Não! A última coisa que quero é ter que fazê-lo decidir em quem ficar, mas... Por favor, tente me entender. Ele não é meu.

-Mas pode ser, se você quiser.

-Como? Tudo que quero é ver você feliz, mas... Eu sei que você é feliz vendo-me sendo feliz.

-Sim, está certa. Qual é o problema? .

-O problema é... É que... Como posso ser feliz vendo que quem te trouxe felicidade foi outra, e que sou incapaz de fazer isso.

Abaixando a cabeça, disse tão tristemente. Sem dizer nada depois, o loiro pegou sua mão e pôs sobre seu peito, no coração. Olhando-o sobre essa nova atitude, viu que o mesmo sustentava um olhar melancólico e pesado.

-Sabe o que é isso? São batidas.

-Hã? .

-Ellisabete, quando vai aprender? .

-... N-Nath... .

-Eu amo você. Esse coração está batendo agora por você, por causa de você. É tão difícil entender assim? .

-Mas... .

-Sim! Estou imensamente feliz por ser pai, era algo que me atormentava muito, muito mesmo. Olha para mim, olha o belíssimo exemplo que tive, mas... Eu estou bem agora, por sua causa.

-Quê? .

-Você me trouxe de volta, você tirou todos os meus medos, hoje só posso ser feliz porque está comigo. Só posso ser pai... Porque você me deu esperanças. Amor, vem comigo nessa nova aventura.

Sorrindo, uma lágrima escorreu, solitariamente. Sem palavras, Ellie soltou todo ar, estando sensível.

-Amor... Vem conhecer meu filho e seu, se assim quiser.

Olhando-o encontrando um sorriso sincero e meigo, sorriu despejando lágrimas, como se um grande peso saísse, finalmente.

-... Sim, t-tá bom.

-Ótimo, vamos.

Continuando segurar a mão que pegou há pouco, puxou-a, animado. Era evidente, Ellie percebia; seu brilho, sua disposição... Sim, talvez Charlotte tenha ajudado, no final das contas.

Entrando numa ala nova, havia um grande cômodo, que nele existiam várias salas. Agora, Ellie sabia onde saiam os tais médicos tão prontamente, existia quase um mundo e não fazia ideia. Entrando numa sala em particular, o berçário de um bebê só, habitava o de questão.

Se aproximando, o pequeno ser respirava com tubos, numa espécie de caixa, um campo seguro. A incubadora, toda preparada, mostrava um mini Nathaniel.

-... Ele é loirinho... .

Falando sem se dar por canta que sorria emocionada, Ellie apertou os olhos, contente. Passando a mão pela cintura dela, sorriu olhando seu filhinho.

-Ele é tão pequeno.

-Ele nasceu prematuro, certo? .

-Sim, mas os médicos me garantiram que muitos bebês sobrevivem, mesmo tão pequenos e de tão pouco peso.

-Sim, sim... .

Ainda hipnotizada, queria tocar, segurar em seus braços, então algo lhe veio em mente.

-Ei, Nath.

-Fala.

-Já sabe um nome? Você não quis saber o sexo do bebê, mas se preveniu? .

-Ah... Pode rir, mas... He, he, não.

-Hã? Mas você se previne de tudo.

A ruiva olhou-o sorrindo. Era fato.

-Sim... Você tem algum em mente? .

Olhando-a, trouxe para mais perto de si. Desviando o olhar não parando em nenhum canto específico, nada lhe vinha.

-Não... Talvez Emma ou Ambre saibam.

-Sim, perguntarei a elas.

-Ou... .

-“Ou” o quê? .

Olhando-o seriamente nos lindos olhos amarelados, Ellie tinha que falar.

-Ou Charlotte.

-Por quê? Por que ela? .

-Bem... Por bem ou por mal, ela é a mãe dele, Nathaniel. Quem sabe, talvez ela tenha um nome.

-Dela não quero que venha nada.

-Mas seu filho veio dela.

-Não importa, não veio por amor, e sim uma obsessão doentia.

Ellie concordou em silêncio.

-E não se preocupe, já tenho tudo organizado. Ela só o verá quando eu quiser.

-Ah... Sim, entendo.

Não querendo se aprofundar nisso, pensou que não era de sua conta e também pouco a importava. Se voltando para o bebê, que dormia tranquilamente, sorriu notando tudo que uma mãe notaria: As pequenas mãozinhas, os pezinhos, seus olhinhos enrugadinhos, tudo de mais fofo.

 

No dia seguinte, depois de uma longa noite, Ellie decidiu tocar sua vida. Chega, simplesmente, chega. Claro, não seria fácil, mas também não seria desagradável, ficaria triste em lembrar que Charlotte tinha parentesco direto, entretanto, aos olhos de Nathaniel, era si que tinha maior parentesco, então estava tudo bem.

Dando-o um beijo de despedida, o mesmo, todo enrolado nos lençóis, estando seminu, dormia tranquilamente, enquanto Ellie se arrumou indo a partir.

 

Indo para saída da cozinha, encontrou-se com Ciranda.

-Opa, bom dia, Ellie.

Vendo um sorriso gentil nela, sorriu contente em vê-la melhorando aos poucos. Pensou que com a chegada do bebê, ela também ficaria “mexida”, mas o que parece, ambas estão seguindo em frente.

-Bom dia, flor de todas as cores. Tudo bem? .

Rindo com o nomeio, Cih concordou.

-Sim, sim, imagino que você também.

Dando-a um olhar malicioso, Ellie riu constrangida. Era verdade, Nath e a mesma faziam muito barulho.

-Sim, dormi bem... No resto da noite que me sobrou.

Entrando no jogo, as duas riram alto.

-Enfim, deixando suas aventuras de lado, vai aonde? .

-Ah, percebi que fui a única a não dar nada para o bebezinho. Você fez um lindíssimo bolo, Emma costurou uma manta e Ambre trouxe vários e vários presentes.

-É mesmo, queria saber como Emma arranjou tempo para costurar aquela manta... Há, há.

-Então, preciso dar alguma coisa também, por isso, vou ao shopping.

-Ah, senhor Nathaniel sabe disso? .

-Não quis acordá-lo, o avisa por mim? .

-Certo, boas compras.

-Obrigada.

-Ei, espera um pouco.

-Oi? .

-Nathan... Digo, senhor Nathaniel me perguntou um nome para o neném, por quê? .

-Ah, ele não sabe um nome ainda.

-Oh, isso é raro, geralmente ele antecipa até dois passos.

-Sim, nós rimos dessa sua “falha”. Há, há. Você, por acaso, não teria um? .

-... .

Abaixando o olhar, Ellie percebeu que poderia ser algo sensível demais.

-Oh, me desculpe, Cih.

-Ah, sem problemas, estou virando esse capítulo aos poucos.

-Sim, eu entendo, super entendo, na verdade.

-Bem... Eu não tenho nenhum, nunca parei para pensar, nem no meu.

-Ah... Érr... Posso te perguntar uma coisa? Algo muito pessoal, se não quiser responder, eu entendo.

-Ah, não, Ellie. Já somos praticamente irmãs, manda.

Ellisabete sorriu feliz em saber disso.

-Bem... Você sabia? .

-O quê? .

-Bem... O sexo... O sexo do seu bebê... .

-... Não, ainda estava bem novinho, mal se desenvolvia... Não tinha como eu saber... .

Ficando em silêncio ambas, Ellie olhou-a recheada de feridas abertas.

-Quero que você sabia de algo, Ciranda.

-Hã? .

-Você é muito, muito forte. E você estava certa, minha dor não chega nem perto da sua, por isso, terá sempre minha disposição.

Com lágrimas nos olhos, Ciranda sorriu, grata.

-Muito obrigada, Ellie. Eu sei que ainda vai demorar, mas... Sinto que essa dor diminuirá, nunca sumirá, mas... Quem sabe, um dia eu encontre meu bebezinho.

-Quem sabe.

Sorrindo, as duas se abraçaram.

-Tenho que ir, tchauzinho. Fique bem, hein.

-Okay, cuide-se! .

 

No shopping, precisamente na loja de maternidade, via diversas oportunidades de presentear. De roupinhas a brinquedos, quase um paraíso para uma recém chegada mãe.

Depois da conversa que teve com Nathaniel, expulsou todos os sentimentos de exilo, entregando-se totalmente sua nova “ilusão”, torcendo para que durasse para sempre. Sim, não poderia ser coincidência, a vida lhe entregou tudo que mais queria: Um filho.

Pagando tudo que comprou, riu cogitando em dar algumas dívidas a Nathaniel, mas não passou de apenas pensamentos. Saindo do Shopping, olhou a movimentada rua do centro, pessoas chegando e indo, vindo de todos os lados. Firmando suas mãos, sentindo as alças das sacolas, sorriu sobre a nova brisa que movimentava seus fios. Segurando seu chapéu, seguiu passo a passo, pensava como usaria todos os mimos, até que sentiu mãos cobrirem seus olhos e boca, trazendo para o lado, para um beco.

Sem ter como reagir, apenas deixou seu chapéu voar e suas sacolas caírem num grito abafado. Uma delas, caindo aberta, escapou um ursinho até a rua, sendo atropelado por um carro. Ellisabete simplesmente sumiu, assim como seu chapéu pelo céu.

 

 


Notas Finais


Pãpãpãããã! Nath avisou tanto, pra q? Para isso ocorrer kkkk
Devo ressaltar que vivemos nos últimos caps, não direi quantos ainda faltam, fiquem se remoendo ae kkk
Bjs, boa noite. BONDE DA MADRUGADA? Ainda vivo?
*Desculpem os erros
*Até semana que vem ,3


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