1. Spirit Fanfics >
  2. Quem está no controle? >
  3. Fogo encontra Gasolina

História Quem está no controle? - Fogo encontra Gasolina


Escrita por: laurasalmon

Notas do Autor


Por enquanto essa é uma fanfic de um capítulo só. Eu acabei de imaginá-lo e ainda não tem um enredo concreto nem uma sinopse. Se houver um retorno positivo eu continuarei. Me desculpem os erros. Não revisei direito. Só queria compartilhar com vocês. Espero que gostem.

Capítulo 1 - Fogo encontra Gasolina


― Bate com força, Gustavo! ― Fernanda suspirou, abaixando as mãos e curvando os ombros. ― Se você continuar a me dar esses coicinhos vamos ser substituídos.

―Não dá. ― Gustavo sorriu, dando uma volta completa em torno de si. ― Como é que eu vou bater na sua cara assim do nada, Fer?

Ela revirou os olhos castanhos. Não demorou nem dois segundos para que ela erguesse a mão direita e acertasse com força o meio do estômago de Gustavo. Ele gemeu, curvando e dando um passo para trás.

― Vai logo. Revida!

Gustavo ergueu os olhos para ela. Era a Fernanda, não tinha como ele conseguir dar um soco no rosto dela. Nem no estômago. Nem chutar as pernas dela. Ou qualquer coisa violenta assim. Ela parecia durona, sempre parecera, mas mesmo ali no meio do ringue com luvas de boxes e uma cara de fúria, ela ainda era uma garota e bater nela ia contra seus princípios.

― Você passou nesse papel para socar a minha cara. ― Ela parecia cansada de tentar convencê-lo. ― Gu. Se a gente não mostrar que quer matar um ao outro nesse ringue vamos ser substituídos. Eu quero muito fazer esse filme contigo, poxa.

Gustavo se endireitou levando o braço até o rosto dela, mas parou com a mão no ar. Fernanda bateu com a própria cara na luva, fazendo ele gargalhar.

― O que tá pegando? ― A risada de Gustavo foi diminuindo enquanto a voz de Lucas preenchia todo o local.

Eles viraram o rosto em direção à entrada do set de gravações. Fernanda apertou os lábios dando de ombros. Lucas estava com aquelas toucas que o Paulo é quem costumava usar. Ele devia usar aquilo sempre. Ficava bem nele. Ela afastou esse tipo de pensamento, apontando para Gustavo.

― O Gustavo tá abrindo mão do papel dele no filme.

― Ela quer que eu soque a cara dela. ― Gustavo abriu os braços para Lucas.

Lucas caminhou até o ringue. Ele tinha que gravar algumas chamadas para a próxima novela que estava escalado, mas ainda tinha tempo. Se debruçou nas cordas, sorrindo devagar para Gustavo, deslocando os olhos para Fernanda. Não havia mais nenhuma mecha rosa naqueles longos cabelos escuros presos em um rabo de cavalo desafiador. Ela agora estava em outro papel e ficava muito bem nele com aquele short de boxeadora, as luvas e aquele top.

― Cara, você tem a oportunidade de dar na cara dessa garota e não faz isso.

― Do que você tá falando? ― Fernanda riu.

― Eu socaria a cara dela. ― Lucas fingiu ignorar ela, o que começou a deixa-la com raiva.

Lucas era o tipo de amigo que ela mantinha distância. Quero dizer, ela não conseguia se concentrar muito bem quando ele estava por perto. Não era como quando ela estava com Gustavo. Ela se sentia normal com o Gu. Eles faziam todo tipo de coisa sem que Fernanda ficasse se perguntando o que ele estaria pensando sobre ela. O que no caso do Lucas era recorrente. Ela fingia que não, mas a opinião dele sobre ela importava mais do que ela gostaria. Por isso ela o mantinha distante, para não ter aquele tipo de preocupação. Mas naquele momento ele simplesmente estava dizendo que sempre quis socar a cara dela.

― Eu duvido que você consiga me derrubar, Lucas. ― Fernanda apontou para Gustavo, encarando-o seriamente. ― Dê as luvas para ele.

― O que? ― Gustavo riu, enxugando o suor da testa com o braço.

― Vai arregar? ― Fernanda se voltou para Lucas.

Ele sorriu, um meio sorriso canalha de quem iria fazer algum tipo de estrago. Lucas retirou o casaco que usava e a touca do cabelo. Desabotoou o relógio enquanto Gustavo retirava suas luvas e saía do ringue. Fernanda mexeu a cabeça de um lado para o outro, tentando relaxar a tensão enquanto Lucas puxava a blusa para cima e entrava no ringue só de bermuda.

― O que vocês estão fazendo? ― Era a Aninha. ― A gente não tem que gravar, Lucas?

― Depois que eu socar a Fernanda. ― Lucas fingiu estar concentrado em arrumar as luvas.

Ele ergueu os olhos para Fernanda, olhando-a debaixo para cima. Seus dentes seguraram o fecho da luva da mão esquerda, prendendo-a com força. Fernanda bateu as luvas uma nas outras.

― Sabe que eu também sempre quis socar a sua cara, Lucas?

― Sei. Você já deixou isso bem claro.

Lucas abriu os braços, jogando-os para frente e para trás. Os músculos de seu abdômen se contraiam quando ele fazia aquilo. Ele não era tão forte, mas estava começando a ficar diferente do que Fernanda se lembrava de quando eram crianças. Muito diferente, por sinal. Ele piscou um dos olhos. Nicholas e Matheus também apareceram.

― Eu vou marcar o tempo. ― Gustavo ergueu o relógio de Lucas. ― Podem começar, senhor e senhora.

Fernanda não esperou Lucas fazer o primeiro movimento. Ela simplesmente socou o rosto dele com força. Mas Lucas ergueu os braços, se defendendo. Ela era muito rápida. Lucas mal podia enxergar enquanto ela socava. Tentou se esquivar e socar a barriga dela. Mas ela uma barriga linda demais. Essa pequena distração o custou um gancho de esquerda direto no seu maxilar.

― Olha ele levando uma surra! ― Nicholas gritou.

― E isso é por você ser um falastrão. ― O joelho dela atingiu a costela de Lucas. ― E por achar que podia me derrubar.

Lucas usou os punhos para empurrá-la para trás. Fernanda se desequilibrou, tentando não cair. Isso fez com que ele ganhasse tempo para dar uma rasteira nela e leva-la ao chão. Lucas passou o braço pelo pescoço dela, descendo pra lona e enroscando as pernas na cintura de Fernanda. Presa pelo pescoço e com as pernas de Lucas em volta dela, Fernanda sentia a respiração dele em seu ouvido enquanto encarava a cara surpresa de seus amigos. Eles estavam torcendo para Lucas? Começou a ficar sem ar.

― Quem é a falastrona agora?

― Isso não vale seu babaca! ― Tentou se livrar, mas estava com dificuldade para respirar. Lucas apertou as pernas em volta da sua cintura. Ele parecia uma anaconda pronto para quebrar seus ossos. O que não parecia legal. ― A luta é boxe. ― Fernanda fez força, mas não conseguia se livrar. ― Não é MMA.

Nenhuma de seus amigos fez nada. Eles estavam se divertindo. Havia um bom tempo que todo mundo queria que Fernanda e Lucas se enfrentassem e se entendessem. Aquela provocação com flerte não os levava a nada. Ou se socavam ou se assumiam. Era isso que todo mundo queria. Ok, nem todo mundo. Muito menos Fernanda. Naquele momento ela só queria se livrar do golpe. Sua única saída foi morder o braço de Lucas.

Ele gritou. No segundo seguinte em que ele se descuidou, Fernanda se virou, jogando-o de costas para o chão e sentando-se sobre ele. Se ela havia ganhado o papel de boxeadora, aquele era o momento perfeito para encarnar a lutadora. Seus punhos baixaram sobre o rosto de Lucas. Ele se defendia como podia, mas era a vez dela prendê-lo entre as coxas.

“Prim-prim”

O gongo soou, fazendo Fernanda parar. Lucas ficou deitado no chão com as mãos sobre o rosto. Fernanda saltou o mais rápido que podia quando se deu conta de onde estava sentada. Deu duas voltas pelo ringue enquanto Lucas se levantava e jogava os cabelos para trás.

― Traz as outras luvas, Gu. ― Ela começou a arrancar as que usava. ― Se ele quer brincar de MMA, vamos brincar.

Lucas não era muito bom com boxe, mas ele sabia que era bom em MMA. Se aproximou das cordas enquanto Matheus entregava a ele as luvas certas. Com o canto do olho, fitou Fernanda. Ela o olhava com fúria. A parte da frente do seu cabelo estava sobre seu rosto suado. Os fios subiam e desciam com a forte respiração dela. Seus olhos estavam quase semicerrados como se pudessem destruí-lo ali mesmo. Lucas sorriu, ajeitando as luvas. Fernanda mordeu o fecho das suas de forma agressiva. Ela estava furiosa.

― Cara. ― Lucas se virou para Matheus. ― Tira todo mundo daqui.

― O que? ― Matheus ergueu as sobrancelhas. ― Por que?

― Olha só pra ela. Ela tá furiosa. ― A mão de Lucas passou por entre os cabelos suados. ― Só dá um jeito de tirar todo mundo daqui porque pra mim tá impossível controlar. E não quero que essa gente toda fique de plateia não. Porque ela vai gritar e dar um chilique se acontecer aquilo.

― Aquilo?

― Porra Matheus olha pra ela. ― Lucas sussurrou de forma raivosa. ― Olha cada detalhe dela e me diz o que vai acontecer se a gente cair no chão de novo.

Matheus gargalhou. Ele era mais novo que Lucas. Ainda mais agora que Lucas estava com dezessete. Mas mesmo assim ele entendeu o recado e piscou um dos olhos. Aquele japonês ruivo ia dar um jeito de tirar todo mundo do set.

Fernanda se dirigiu ao centro do ringue, esperando por Lucas. Ele caminhou vagarosamente para lá, fechando os olhos e tentando ignorar a figura dela. Fernanda o perturbava de um jeito que ninguém mais fazia. Ela era arredia. Ele gostava. Ela o maltratava. Ele insistia porque queria mais. Sorriu de olhos fechados ao ouvir o gongo.

Ela veio com tudo para chutá-lo. Lucas segurou o tornozelo de Fernanda. Mas antes que ela pudesse pensar em como se livrar, Matheus chamou por Gustavo, Ana e Nicholas.

― Cara, trouxeram o Rabito de volta. ― Ele levou a mão aos cabelos. ― Só que ele tá descontrolado lá fora e as pessoas querem uma foto da gente com ele antes de leva-lo.

A luta parou. Fernanda com a perna no ar. Lucas segurando seu tornozelo. Ela olhou rapidamente para Matheus e os outros seguindo-os. Estava em dúvida sobre ir até lá.

― Se você sair daqui você perde. ― Lucas apertou o tornozelo dela.

― Eu não vou a lugar nenhum até quebrar seus dentes da frente.

Ele deixou uma risada escapar. Fernanda vacilou por um momento. O suficiente para que Lucas puxasse sua perna com força e agarrasse-a pela cintura. O braço dele forçou o pescoço dela para trás. Fernanda tentou socar as costelas dele, mas não estava surtindo efeito. O corpo pesado de Lucas forçava o dela para trás. Ele era dois anos mais velho e apesar dela ter ganhado alguns músculos torneados, eles ainda nem pareciam nada perto dos dele. Isso contribuiu para que ela caísse no chão de novo.

Fernanda bateu a cabeça com força na lona, apertando os olhos e deixando um suspiro de dor involuntário escapar de seus lábios. Lucas arregalou os olhos, segurando a nuca dela e puxando-a pra cima.

― Machucou?

― Você é quem vai se machucar agora. ― Ela rosnou, batendo com força a testa no nariz dele.

Lucas gritou. Com isso, Fernanda segurou os braços dele, jogando-o para trás e prendendo a cabeça dele com as pernas enquanto puxava seu braço direito. Lucas conseguiu socar o rosto dela com a mão esquerda.

― Você me socou!

Fernanda o soltou. Ela estava surpresa. Porque não achou que ele fosse ter coragem de dar um soco no meio da cara dela. Apertou os olhos e sorriu. Lucas parou por um momento. O suor descia pelo pescoço dela, dançava pelos ossos da clavícula e procurava o caminho entre seus seios. Estava começando a perder o controle. Quando Fernanda veio para cima dele e sentou sobre ele para socar o seu rosto, ele só ficou parado, sentindo o osso esquerdo abaixo do olho arder profundamente.

Fernanda ergueu a mão novamente, mas parou com ela no ar. Os lábios de Lucas se entreabriram quando eles se encararam. O nariz dele estava sangrando e ela tinha vontade de sorrir com aquilo, mas não o fez. Não sorriu porque sentiu algo muito estranho por baixo dela.

― O que você tá fazendo? ― Ela sussurrou.

― O que você está fazendo. ― Lucas enfatizou. ― O que você faz comigo.

― Ah, meu Deus! ― Ela escorreu, saindo de cima dele e correndo meio desnorteada. ― Meu, você tá ficando excitado comigo? Que... ― Lucas se levantou esfregando o sangue do rosto. ― Que nojo!

― Ei! ― Ele se aproximou. ― A culpa foi sua.

― Não! ― Fernanda olhou rapidamente para baixo, arregalando os olhos e voltando-os para o teto. ― Não se aproxima com essa coisa armada pra mim. Seu tarado.

― Eu sou tarado? ― Ele falou entredentes, soprando na cara dela.

― E sadomasoquista.

― Não sei o que isso quer dizer.

― Seu coiso está de pé porque eu te soquei!

― Não, Fernanda! ― Lucas esfregou os cabelos. ― Está assim porque meu corpo responde ao seu! Porque não consigo me controlar quando você está perto! Não consigo não olhar pra cada detalhe do seu corpo e não querer...

― Cala a boca! ― Ela ainda tava olhando pro teto, mas colocou a mão em cima da boca dele, impedindo-o de continuar. Ok. Ela havia visto aquela coisa toda marcando no short dele. Era assustadoramente grande. E a queria. ― Ou eu vou chutar bem lá.

― Você não vai chutar lá. ― Ele empurrou a mão dela.

Lucas cruzou os braços. Sabia que aquilo ia acontecer. Ficar excitado com ela. Ele conseguia se controlar sempre, mas não com eles se engalfinhando no chão. Com ela sobre ele. Se movendo em cima dele. Aquilo era demais para qualquer ser humano. Ainda mais se tratando de Fernanda. Ela era linda demais. Com fúria ela ficara perfeita.

― Como é que você pode ter certeza disso?

 Os olhos dela escorregaram de novo e ela sentiu o rosto queimar, tentando olhar para cima. Boca entreaberta e vermelha por causa da briga, peitoral suado e ofegante, músculos do abdômen contraídos e o coiso daquele jeito, rígido, marcando a roupa dele.

― Por que se você chutar lá vai sentir de novo.

Fernanda engoliu em seco, apertando os lábios. Ela tinha sentido bem embaixo dela. E era forte demais pra ela recuar. Tentou pensar no que dizer, mas Gustavo estava voltando. Lucas se virou, saindo do ringue por trás.

― Você ganhou? ― Gustavo abriu os braços. ― Não tinha nada lá fora. Ei, qual é a do Lucas?

― Fez xixi na calça. ― Fernanda passou pelas cordas, retirando as luvas e procurando sua camiseta. ― Eu preciso fazer uma ligação. A gente ensaia depois.

Gustavo entreabriu os lábios para falar, mas Fernanda já havia saído correndo. Ela pegou sua mochila, procurando o celular e se esgueirou para o meio da rua movimentada. A emissora estava cheia de figurantes para as gravações da novela nova. Se enfiou no meio deles, discando o número mais seguro que encontrou em sua agenda.

― Diz, Concon. ― Maísa atendeu rapidamente.

― Maísa eu tô com um problemão. O Lucas teve uma ereção comigo.

― O que? ― Havia um barulho do outro lado da linha. ― Fala mais alto, tô no salão.

― O Lucas ― Fernanda abafou a ligação. ― Ele teve uma ereção comigo.

― O que tem a redação do Lucas?

― Não é redação! ― Fernanda gritou. ― O pinto do Lucas ficou duro por minha causa!

As pessoas em volta pararam, se afastando para olhar para ela. Fernanda abaixou a cabeça, se escondendo entre a parede dos fundos de um dos prédios. Apertou os olhos.

― Ma?

― MEU DEUS DO CÉU!

― Eu sei! Acabei de gritar isso por todo o SBT.

― MINHA SANTA PEREQUITINHA.

― ME AJUDA, MAÍSA! O QUE EU FAÇO!

― Espera você viu o coiso dele? Você... O que você tava fazendo pra ele ficar assim? Do nada não foi.

― Eu tava ensaiando com o Gustavo...

― O GUSTAVO TAMBÉM?

― NÃO! ― Fernanda deu uma olhada em volta. ― O Gustavo saiu e o Lucas tava no ringue e a gente tava se socando e... Você já assistiu MMA?

― Claro que sim. Parece uma pornô. Meu Deus.

― É. A gente meio que tava se amassando no chão. Mas não do tipo amasso sabe só socos e...

― E se esfregando nele, Fernanda!

― Eu não fiz por mal. Eu não sei o que fazer agora, Ma!

― Espera. Eu vou mandar uma foto minha de máscara verde pra ele. O pinto dele vai abaixar. Fica calma.

― Maísa! Eu não tô com ele agora, ok? Eu não tô nem aí como ele tá agora. Tipo, isso não importa. O que eu to querendo dizer é o que eu vou fazer depois?

― Você não percebeu nada né? ― Fernanda franziu o cenho. Não estava entendendo. ― Amiga. Essa ereção significa que ele tem uma atração muito forte por você. Achei que estava bem óbvio. Você é a causa das ereções dele. Isso é bom, em parte. Significa que ele gosta de você. Porque amiga, eu aprendi uma coisa. Homens mentem. Mas os pintos deles não.

Fernanda entreabriu os lábios, encarando uma plantinha pontiaguda em sua frente. As lembranças ainda estavam frescas em sua mente. Desligou o telefone sem nem mesmo se despedir de Maísa. Porque pior de Lucas ter se excitado com ela era o fato de que ela também ficara excessivamente quente, vermelha e ofegante. E sua maior luta não fora socar a cara de Lucas, mas sim lutar contra si mesma para não se aproximar dele naquele ringue e beijá-lo bem lenta e demoradamente.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...