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História Radioactive - Let Me Love You - Contando a verdade


Escrita por: KWhite

Notas do Autor


Aproveitem isso.
Não é sempre que estou aqui.

Capítulo 43 - Contando a verdade


Fanfic / Fanfiction Radioactive - Let Me Love You - Contando a verdade

New York, New York – 22 de julho de 2011

Instituto de New York

Selena Clost

Permaneci calada e assustada com aquilo, eu iria tomar cuidado com dizer e permaneço calada até o resto de caminho que tenho para chegar no instituto. Pego minha mochila e meu livro no banco de trás, coloco o meu celular e o meu livro dentro da mochila, pego na alça da mesma e coloco sobre o ombro, assim que chegamos no instituto, retiro o cinto assim que é estacionado o carro e abro a porta do carro e saio do mesmo.

— Eu busco o carro depois em casa.

— Como vai na missão? – perguntou Dexter

— Minha moto esta no instituto, eu vou com ela. Podes ir – o olho fria.

— Boa sorte. – disse Dexter acelerando e indo embora.

Caminhei indo em direção até as escadas do instituto e as subi rapidamente, chegando a uma das portas e empurrando as mesmas, vendo a movimentação pelo instituto e vejo Jace fuçar no painel do instituto. Alguma coisa me dizia que a partir daquela noite, as coisas iriam mudar para mim e para todos nós, não diria que seria para uma jornada fantástica até porque eu vivo uma todo dia e toda noite, uma missão diferente, um cara para distrair diferente. Ainda me lembro do Damon, aqueles olhos azuis e corpo perfeito, suas mãos e veias a perfeita distração e fora o chute que a mamãe aqui ensinou a ele.

— Chegou bem a tempo, a rapidinha de aniversario com o Brian teve curto período de tempo? – disse Jace ao ouvir meus passos que estavam próximos dele.

— Quem me dera, está relatando algo que não ocorreu.

— Não foi dessa vez.

— Apenas mande Max ficar de olho no pandemonium, pois Brian quer invadir lá, não quero problemas para nós.

— Pedirei isso a ele e feliz aniversário maninha! – disse Jace sorrindo

— Obrigada, vamos fazer o nosso trabalho e depois disso comemorar se for possível. – sorri para ele.

— Que a festa comece. – disse Jace.

— Isso ai, eu te devo uma cerveja por minha conta.

— Cumpra isso, a primeira ressaca não mata ninguém hoje.

— Esse é o meu garoto – disse animada.

Caminhei até chegar ao corredor onde fica os quartos, caminho até o mesmo vendo Isabelle na porta do meu quarto, abro a porta do mesmo e entro, jogo minha mochila em cima da cama e vejo Isabelle entrar e sentar na cama, abrir minha mochila e fecho a porta do quarto. Vou até o meu som, ligo o mesmo junto com o ipod, coloco para escultar Gold Digger de Kayne West era a musica que fazia sentido naquele dia.

— Quem te deu isso? – disse Isabelle segurando o livro que o meu pai me deu.

— Foi meu pai que me deu. – olho para ela, caminho até a gaveta da cômoda e abro a mesma e procuro o conjunto de roupas estilo “vadia” que eu teria usar hoje.

— Cinquenta tons de cinza de E.L. James. – disse Isabelle que ouvia ela mexendo nas paginas – deveria me emprestar após ler ele.

— Eu empresto. – disse assim que pego o top branco de plástico com a coleira no pescoço e a saia curta com o mesmo tipo de material. – Tá afim de praticar as coisas do quarto vermelho da dor do Dexter com as coisas que tem ai junto com o Meliorn?

— Não, Meliorn mal sai da tenda do reino seelie e eu tenho que ir até ele e quem me dera se ele saísse de lá.

— Ele sai da tenda e sempre que dá esta no pandemonium. Quando começou a namorar com ele, vocês saíram juntos lembra? – disse observei mais uma vez aquela roupa.

— Eu lembro, você se lembra o que houve após isso? – perguntou Isabelle e a olhei enquanto segurava o top branco ridículo platificado que eu tinha que usar.

— Não lembro. – caminho até o provador do meu quarto e retiro as roupas, visto aquele top branco e reparo que meus seios estavam mais amplos e em belo destaque e noto que há tiras no meio para prender na gargantilha, coloco a gargantilha no pescoço e prendo as tiras na frente, visto a saia e ajeito a mesma - houve algo que eu deveria me lembrar?

— Não – notei que Isabelle estava me escondendo alguma coisa – não há nada de importante. – sai de trás do provador e olho para Isabelle.

— Tem certeza? – franzi as sombrancelhas com duvida – Você está me escondendo alguma coisa?

— Não estou – ela sorriu – por qual razão eu iria esconder alguma coisa de você?

— Eu não sei – pego os saltos e os calço e continuo olhando para ela – eu não me lembro de nada, é como um preto gigante na minha memória, o que aconteceu naquele dia?

— Bem aconteceu que você ficou no instituto lendo e eu fui me divertir com o Meliorn. – disse Isabelle

— Está me fazendo pensar em coisas. – dou risada – você não vai se arrumar? - pergunto a ela.

— Eu vou e não pense em coisas. – disse Isabelle se levantando e saindo do quarto e esculto a porta fechar, vou até a cômoda e acho o estojo de maquiagem da Avon, pego o lápis de olho e começo a contornar o olho enquanto olho o mesmo no espelho.

Termino de contornar os olhos com o lápis de olho, pego o delineador e o uso em meus olhos, em seguida pego o rimel e passo em meus cílios, depois pego o batom vermelho chamativo e abro a tampa e passo o sobre meus lábios, uso o pó compacto e passo de leve sobre o meu rosto, vejo que ficou perfeito.

Guardo tudo que usei no kit de maquiagem e reponho o kit dentro da gaveta da comoda, pego a minha chapinha e desenrolo o fio do mesmo, coloco na tomada o mesmo, começo a passar no meu cabelo e como era comprido, demorava mais. Eu estou agindo como se não tivesse preocupações, eu tinha que manter concentração sobre a missão, eu suspiro fundo como se algum ruim estivesse prestes acontecer.

Passo a chapinha sobre todo o meu cabelo o modelando, desligo a chapinha e retiro da tomada o enrolando novamente, coloco dentro da gaveta da cômoda e me olho no espelho e dou uma volta, eu estava com nojo e ao mesmo achando que não estava nada mal, retiro o meu anel de noivado, eu sabia que se nada desse certo, eu teria que dar adeus a isso e a lembranças com ele e coloco o anel em cima da cômoda perto da foto do Brian e desligo o som que estava em cima da cama.

— Gastou chapinha atoa. – disse Isabelle que estava maravilhosa e caminhava até a mim segurando uma peruca branca e um sobre tudo preto. – use isso e isso.

— Isso vai causar distração até em mundanos. – disse pegando o sobretudo e colocando em meu braço. – ao contrario acho que nossos irmãos vão nos confundir como estamos usando a mesma coisa.

— Eles sabem quem é quem. – disse Isabelle colocando a peruca sobre a minha cabeça.

— Duas garotas com cabelos brancos e curtos desfilando pelo pandemonium com um sobretudo preto e longo.

— Primeiro isso é loiro platinado, e segundo isso é pra sermos discretas como o Alec pediu e depois teremos o voilá e chamar a atenção do pessoal. – eu ouvia a voz de Isabelle assim que ela terminou de colocar a peruca em mim.

— Belo plano. – ironizei – mas para mim isso é branco.

— Loiro platinado e pronto. – disse Isabelle enquanto ela colocava a peruca nela mesma.

— Tanto faz, para mim ainda é branco. – disse para ela.

Andei até a minha cama, vejo o meu celular tocando e deslizo o dedo em rejeitar, desligo o telefone na mesma hora. Eu sabia que era Brian me ligando, eu não iria atender e eu sabia que todo esse orgulho e ignorância que havia no momento irá me trazer consequencias ou não mais tarde.

— Quem era? – perguntou Isabelle dando os últimos retoques em sua roupa.

— Quem mais seria? Brian. – olhei para ela. – Ele não irá mais incomodar, então vamos embora.

Saimos do quarto segurando nossas estelas e com nossas pulseiras de cobras em nossos pulsos e vimos Alec a espera com seu preto maravilhoso encostado na parede do corredor e começou a nos acompanhar, andavamos pelo instituto e Jace estava com Max ambos segurando suas laminas e ainda na tela do instituto, eles olham para nós e Jace manobra sua lamina nas mãos.

— Branco? Eu pensei que elas iriam usar loiro. – disse Max.

— É sério? Branco? – disse Alec caminhando ao nosso lado.

— Loiro platinado. – disse Isabelle enquanto eu colocava o sobretudo.

— Ela diz que loiro platinado atrai demônios.

— Tem certeza que isso vai dar certo? – perguntou Alec.

— Como é que você acha que matei tantos demônios? – disse Jace interrompendo Isabelle com a resposta, nos acompanhando até a porta do instituto.

— Pelo seu chame é que não foi. – respondi puxando a porta do instituto e saindo do mesmo.

— Charme? – Alec olhou para Jace – Não, foi por causa do meu cabelo loiro que me deixa incrivelmente gato.

— Você mente dizendo que seu cabelo é loiro, sendo que não é nem natural e ainda é tingido com tinta de cabelo de 1,99 que se encontra de lojinha de chines em Chinatown. – disse para Jace cortando seu momento de gloria e barato.

— Estraga-prazer. – disse Jace chateado e gargalhei enquanto descia as escadas do instituto.

Andamos até a lateral do instituto onde estavam nossas motos, paramos em frente a eles e checamos se não há ninguém nos observando. Subi na moto com o Jace e Izzy subiu na moto com o Max e Alec decidiu ir apé e na frente conforme o plano, Jace acelerou a moto e Max também e Alec foi caminhando logo a frente, seguimos para o pandemonium.

Paramos em um beco, descemos cada um em cima de uma moto e passo a estela na runa do salto, Jace e Max fizeram o mesmo e subiram para casas que de para vizualizar a porta do Pandemonium e eu caminhava pela superfície dos prédios e Isabelle provavelmente deve estar atrás do pandemonium, ela deve conseguindo algum jeito para nós sairmos de lá assim que matarmos quem esta transportando ou melhor traficando o sangue humano.

Existe zé droguinha do submundo, seja mundo humano e submundano sempre haverá algum filho da mãe que vai usar o que não presta e ainda vai espalhar e viciar todo mundo. Como maconha, ectasy, cocaína, crack como o ciclo infernal da morte, eu não posso dizer nada até porque eu escondo que fumo as vezes com o Maxon no sótão da casa dele. Eu não passo de cigarro, mas ele é manerado com a maconha dele, a mídia fez ele se isolar e ser um pouco inseguro, porém ele não aparenta ser nas fotos e entrevistas até porque o amor o fortalece a cada minuto e sempre tinha algum comentário idiota dizendo que ele é gay ou algo do tipo, embora ele não seja homofóbico e nem nada.

Presto atenção na cena, vejo Alec vigiando pelo espelho do mercado e olha para o lado, meu irmão é show de bola em ser discreto, e lá estava o cara da China, sei lá se é chileno ou não, para mim é tudo igual japonês, coreano e chinês. Que velhote! Pena que é um metamorfo que com uma mordida de vampiro ele fica melhor, ele cuida disso rapidinho nas mãos da Camille no Dumort e olhei para o outro lado vi Simon, Clary e Maureen conversando em cima da van, eles são mundanos e tem vida normal.

Que interessante, o Jace se estabarrou na Clary e que isso? Simon sem camisa, ah Simon para um nerd, você não é nada mal heim? Como eu não o notei antes? Pego a estela e passo na runa de audição no pescoço do lado esquerdo e decido ouvir a conversa enquanto caminho pela casa e observo mais um pouco o velhote.

— Hey você não consegue ver por onde anda? – disse Clary se virando para ele.

— Consegue me ver? – disse Jace que seguia em frente e depois se vira para falar com ela.

— Sim. O meio que objetivo. Mas obviamente, você não me viu. – disse Clary

— Você tem a visão. – disse Jace

— Eu tenho o que? – disse Clary ainda confusa.

— Como eu posso não saber quem você é? – disse Jace ainda duvidoso.

— Essa cantada alguma vez funcionou? Ao menos uma vez? – disse Clary, bem a ruiva não se lembra dele e com certeza não se lembra que jogou vodka na roupa dele em minha festa.

— Jace! – disse Alec que caminhava lá na frente seguindo o demônio e desci do predio e usei a runa de corrida discretamente e acompanhei Alec.

Bem estávamos usando runas de invisibilidade, Max avisa que o metamorfo mudou de forma para Alec e eu já havia descido e Jace começou a nos acompanhar. Eu andava atenta no meio da multidão do pandemonium, os demônios e humanos se requebravam ao som de David Guetta, sangue sendo sugado e geral se enfeitiçando com batidas da música e porções de feiticeiros de ficha suja e já avistei que o demônio era uma mulher agora.

Eu sentia a presença de alguém nos seguindo e vozes, eu me mantia a postura e suspirava fundo, aquela sensação que eu nunca senti antes, alguma coisa estava prestes a mudar e eu não sabia o que era. Eu estava em choque com o fato que Clary não se lembre de Jace, mas ela o viu e Simon e Maureen olharam para ela como se fosse louca, ela era uma shadowhunter e eu não sabia.

Andei pelo pandemonium, eu sabia onde era o ataque final e avisto a cortina enorme com acesso a área vip, a cortina era vinho e o teto do pandemonium era alto e havia vários bastões de luzes penduradas e piscando, eu vejo os guardas de preto abrirem a cortina e Jace entra na mesma e fica por trás da mulher.

— Soube que está transportando sangue mundano.– disse Jace em seu ouvido

-— Porque isso? – ela olhava confiante – você quer algum?

— Não, eu quero saber quem é seu chefe.

Subi até o mini palco, desabotoei o sobretudo que eu vestia e joguei ele de lado e removi a peruca. Comecei a dançar sensualmente atraindo os demônios, eles se aproximavam e eu fechei os olhos passando as mãos sobre o meu corpo e sorria tranqüila e olho de longe Brian feito um louco junto com Clary e Simon e o meu sorriso se desfez e a brincadeira acabou e jogo de lutas começou.

Clary empurrou o metamorfo que já exibia sueus tentáculos com garras na boca e Alec entrou em ação junto com Jace lutando com os demônios, o encantamento da runa de invisibilidade havia acabado e eu senti minha pulseira virando chicote e acertei os demônios os atacando e matando os dois lados e via Clary segurando a lamina, ela estava chocada e acertou o metamorfo.

Isabelle começou a me ajudar com os demônios e eu via Clary fugindo assustada dali e laminas sendo trocadas por Jace e Alec que matavam os demônios. Eu via Brian com seus olhos completamente vermelhos tentar vir até a mim, avisto o demônio ir até ele e tentar atacar ele. Corri até ele e usei o chicote e atingi o demônio que estava perto dele.

— Selena o que acontecendo? – seu tom de voz parecia assustado – me diga o que está havendo nessa merda.

Os olhos claros haviam sumido e eu estava certa que ele estava chapado, eu estava sabendo da pior forma. Ele não era assim. Eu sabia que ele odiava a fama do colégio, mas não sabia que isso já estava dando problemas.

Os olhos claros que eu amava estava sendo substituido por olhos vermelhos de dor, raiva e sofrimento. Aquilo me quebrou por inteiro.

Olhei para Magnus ao seu lado, olhei decepcionada para ambos e suspirei fundo, larguei a lamina no chão e Magnus notava que havia falhado em sua missão em conter Brian, infelizmente quebrei uma regra de muitas: Deixei um mundano me ver em ação. Brian cruzou os braços com raiva.

— Porque não me disse que era uma prostituta barata? – seus olhos expressavam raiva que pareciam que iriam queimar e o olhei chocada do que havia me chamado, aquilo havia me quebrado em pedaços – Há quanto tempo está aqui?

— Ei, garoto! Respeite a minha melhor amiga, ela não é uma prostituta barata. Ela salva sua vida todas as noites e não salva apenas a sua, ela salva a minha e de Nova York inteira, ela é a rainha que merece ser venerada e respeitada. – disse Magnus irritado por aquela merda que Brian disse.

— Eu não to nem ai para o que você diz. – disse Brian querendo avançar em Magnus e fico no meio dos dois. - Você mentiu pra mim.

— Eu acabei de salvar sua vida e você me chama de prostituta barata. – minha voz estava firme e meu coração exalando decepção sabendo que agora tudo iria mudar. - Eu menti porque eu te amo, agora vou deixar você e você não vai lembrar de mim. Eu to sabendo que falhei em proteger você da dor. Sabendo que aqueles olhos claros sumiram.

— Salvar minha vida de que? Eu não preciso ser salvo. – aquelas palavras me partiram ao meio. - Nunca precisei

— Magnus o leve daqui e cumpra o resto do trato. – o olhei e peguei a estela deixando minhas runas serem exibidas e senti o cheiro de cigarro vindo da boca do Brian – eu passo minha vida inteira com um cara que eu digo eu te amo todos os dias que agora eu nem sei mais quem ele é.

— Você mentiu para mim, e depois que não sabe quem eu sou? – gritou Brian – Eu é quem não sei quem é você, usando essas roupas, essas tatuagens, essas armas. Quer saber a verdade, Selena? Você é uma menina egoísta e só pensa em si mesma, não pensou em como eu me sentiria. – engolhi minha saliva e as lagrimas com aquelas palavras – Engraçado quando as pessoas não são quem você pensa.

— Eu não escolhi esta vida, esta no meu sangue. Eu cumpro a lei, eu cumpro a minha palavra, eu cumpro a proteção, eu estava pensando mais em você do que em mim, sangue por sangue, alma por alma. – disse me agachando no chão e pegando a lamina que brilhava.

— Seguranças. – disse Magnus

— Eu não vou embora. – disse Brian segurando o meu braço com força, ele olhou olho a olho para mim e eu sabia naquele momento que o meu noivo ficaria bem sem mim, sem mais dor e sem mais preocupação em proteger ele - Quero ver me tirar daqui.

Mamãe estava certa.

Os seguranças o puxaram segurando com força fazendo com que ele me soltasse, Magnus ordena que o leve para o seu loft e Brian se debatia ali tentando se soltar, Magnus abriu o portal e os seguranças jogaram Brian por lá e ouvi o grito dele e o barulho do portal se fechando e olhei para trás e vi Isabelle me chamando.

— Vamos embora. – disse Isabelle

Olhei para Magnus.

— Vá querida, eu dou conta dele. – disse Magnus

Corri até Isabelle segurando a lamina e Isabelle entra junto comigo no corredor, vemos Alec já saindo do pandemonium. Consegui correr para fora do pandemonium até chegar a moto junto com o Jace, ele sobe na moto e subo no mesmo, ele começa a pilotar tão rápido a ponto de voarmos, olho para trás ainda agarrada em Jace e vejo Max pilotar a moto dele e nos passa e vejo Alec e Isabelle nos acompanharem ao nosso lado.

Jace olhou para baixo e gritou:

— Clary! – ele manobrou a moto a fazendo descer até um beco.

— Vai lá, eu vou na casa do Magnus ver o que estava acontecendo. – respondi enquanto ele a deixava perto do beco.

Chegamos ao chão, Jace sacou sua arma e se escondeu pelos arbustos enquanto via Clary se molhar com a chuva e correr para dentro de algum lugar, Jace faz sinal me mandando ir, me ajeitei na moto e coloquei as mãos sobre os dois manúbrios e pisei fundo no acelerador e dei a partida indo em direção ao loft do Magnus. Jace estava indo atrás do amor de adolescência dele no caso a ruiva Clary Fray que acaba de presenciar um acontecimento para lá de chocante e cheio de faíscas nada luxuosas e inteiramente demoníacas.

Vejo o transito me cercar e os caras me encararem, aproveito o transito parado e pego a estela presa em minha saia e ativo a runa da invisibilidade e eu não estava com muita paciência em ficar no transito, então acelerei mais uma vez e dessa vez para voar, eu não era muito boa nisso, mas o meu humor no momento pedia pressa e que eu iria conseguir. Fui pegando impulso e lá estava voando como um unicórnio quase nu e soltando uma clina escura com o fundo escuro e a luz do luar destacando o momento junto com a roupa projeto de vadia.

Fui acelerando mais, Jace não vai acreditar que eu estava realmente voando e sem ajuda dele, visualizei a única janela ligada no prédio que Magnus morava e manobrei a moto, aterrissei no chão em frente as escadas do prédio onde Magnus vivia, desligo a moto e retiro as chaves colocando as mesmas dentro do top no meio dos meus seios escondido.

Corro subindo as escadas, abrindo a porta com tudo e correndo rapidamente, até as escadas que eram muitas, puxo novamente a estela e passo sobre o meu pulso rapidamente e ativando a runa do salto, me posiciono já agachada e dou impulso e salto em direção ao andar do Magnus e pulo a grade que suspendia o corremão.

Chego a porta da casa de Magnus, bato varias vezes impaciente e ouço apenas a voz de Magnus, que estranho. Eu pensei que Brian estava no apartamento todo irritado como um homem que sempre conheci e ele faz isso quando ele esta irritado, ele perambula pela casa até resolver me ligar para brigar ou desabafar ou até finalmente ouvir minha voz para acalma-lo.

Provavelmente, Brian deve estar dormindo.

— Que bom que chegou, querida. – disse Magnus com um tom de voz do qual alguma merda aconteceu ali, enquanto ele abria a porta para mim entrar.

— Deixe-me entrar Magnus. – Não o deixei falar mais e o empurrei fazendo com que ele se afastasse da porta e corri rapidamente até ver no meio da sala o corpo de Brian sobre efeito de alguma porção mágica flutuando e seu corpo estava coberto com magia verde que se movimentava.

Caio perto da parede longe dos sofás, eu coloquei a mão no peito completamente em choque e assustada com que eu tinha visto. Meu Raziel! Magnus, eu vou te matar, eu pedi para você tirar a memória dele e não transformar ele na bela adormecida. Agora terei todo o trabalho para acorda-lo, coma mágico? O que vou dizer para a minha sogra?

— Magnus, o que voce fez? – pergunto em choque.

Ele se aproximou de mim, estendeu uma de suas mãos para mim e eu segurei a sua mão e ele me ajudou a levantar, andei devagar até o corpo do Brian e fiquei de frente para ele, o olhei parecia que estava dormindo, parecia tão sereno tão lindo. Tento usar minha mão para ultrapassar a barreira e levo choque ao tentar passar para fazer carinho em Brian.

— O que aconteceu aqui? – levei o meu olhar para cima, e encarei Magnus – eu pedi para que tirasse sua memória e não deixar ele entrar num coma mágico.

— Senta e veja. – suspirou Magnus e moveu seus dedos fazendo aparecer uma especie de portal a minha frente só que como se fosse um replay do que houve.

— Mas que merda, maldita garota! – disse Brian completamente alterado.

— Não a chame assim, vai ficar aqui até ela chegar. – ouvia a voz de Magnus.

— Você não manda em mim, eu quero sair daqui. – Brian caminhou até a porta e a mesma se tranca sozinha junto com todas as janelas. – Mas que merda! Eu vou sair daqui, não vou esperar uma traidora.

— Nunca imaginei que mundanos fossem tão atormentados.

— Cala a boca, eu não tenho idéia do que você está falando e não sei o que é caralho significa mundano e eu não sou atormentado e você não me conhece, então não tem direito de dizer porra alguma sobre mim. – disse Brian olhando para baixo e passando a sua mão sobre suas calças e colocando a mão no bolso, tirando o saquinho de maconha e um isqueiro e ele passou a mão sobre o outro bolso e puxou o papel ainda nervoso.

— Aqui em meu apartamento, ninguém fuma. – rapidamente ouvi um estalo de dedos vindo do Magnus e vejo as mãos de Brian vazias e seus lindos olhos cor de mel arregalados.

— Me deixe sair que ai não fumo nessa merda de apartamento. – disse Brian ainda alterado, ele caminha até o puff e se senta emburrad--o no mesmo.

— Olhe, Brian. – ouvia alguns passos de Magnus se aproximando e se sentando num puff ao lado – É assim que se chama né?

— Como sabe meu nome? Por acaso é policial? – Magnus riu de seu tom e cruza as pernas.

— Sua noiva me contou, ela é minha melhor amiga aqui. – Magnus sorriu, fazendo aparecer uma taça de whisky em sua mão e na mão do Brian, ele passa o dedo pintado de rosa choque em volta da borda da taça. – Ela me conta tudo sobre você, ela é uma garota de muita sorte, deveria dar valor a isso.

— Porque ela não me fala nada? Ela não confia em mim. – Brian olha para o copo e em seguida olha para Magnus – Porque ela estava vestida daquele jeito?

— Brian, a vida dela possui restrições gigantescas que envolve a lei e possivelmente a perca de proteção. Ela confia em você tanto que protege sua vida das lendas urbanas que são tão reais que você nem imagina. Ela estava vestida daquele jeito para descobrir em como evitar mais tragédias infernais.

— Que tipo de restrição? – ele olha cada vez mais confuso para Magnus – Lei? Que tipo de lei? Que lenda urbana? – ele abaixa a cabeça, colocando as mãos passando pelos seus cabelos loiros. – O que são tragédias infernais? Eu estou cada vez mais confuso.

— A restrição se chama que ela é mais do que uma humana, ela é uma caçadora de sombras cujo sua espécie não muito agradável é chamada de Nephlim, composto por metade anjo e humano e também é descendente do anjo Raziel que criou esta espécie para proteger os humanos. As lendas urbanas? Feiticeiros como eu, fadas que são os demônios em forma de gente, lobsomens e vampiros, resumindo tudo é real. – disse Magnus se arriscando dizendo tudo aquilo.

— Eu não tinha idéia, e quanto as tragédias infernais?

— Tragédias infernais? Demonios matando humanos, possuindo os humanos ou extraindo o sangue humano e vendendo por ai como se fosse droga humana. Até mesmo evitar que espalhem pó de fada por ai ou Yin Fen em mãos erradas. – disse Magnus que pareceu que tinha tranqüilizado o Brian.

— O que é Yin Fen? É tanta informação que minha cabeça esta explodindo com tanta informação. – Brian permenecia confuso.

— Yin fen é uma pomada com veneno de vampiro, ele te vicia até um ponto que se voce consumir te deixa com estragos psicológicos e seu corpo fica dependente, se você não usar ele te deixa louco. Quase custou a vida do meu amigo, Jem.

— Eu a vi lutando, ela estava tão linda. Ela nunca tinha lutado assim em minha frente, ela é uma heroína e eu não sabia disso, eu estraguei seu aniversario. – a voz do Brian parecia que se sentia culpado - Eu fui um idiota.

— Não estragou meu caro. – Magnus colocou a mão sobre o ombro do Brian – apenas entenda que salvar o mundo é uma questão de se colocar em primeiro lugar e não gostei do jeito que tratou minha amiga. Ela mal tem tempo para a própria vida de tanto que coloca você e o mundo em primeiro lugar, embora ela esteja conciliando tudo tão bem agora com sua vaga garantida na academia de dança de New York.

— Como eu disse: Eu sou um babaca. – Brian se sentia culpado pelo que havia feito – eu tenho um ruby em minhas mãos e não soube ter valorizado

— Não adianta se menosprezar, não irá adiantar nada e nem mudar o que passou. Mas você terá como recomeçar, esse é o começo da sua vida e o começo da sua vida não é quando você nasce. É quando você começa a ter responsabilidades, indo trabalhar, indo casar, indo ter filhos, indo a faculdade.

— O que devo fazer?

— Se você ouvir seu coração, você vai sentir o que deve fazer. Surpreenda ela, faça com que ela não se preocupe com nada e só queira você, a faça se sentir bem e dê o que ela goste, e converse com ela. Nunca se sabe quando vai parar de ver ela e nunca se sabe quando ela vai estar viva novamente.

— Ela corre risco de vida? Eu não sei o que faria se acontecesse alguma coisa com ela.

— Todo caçador de sombras corre risco de vida, quando as batalhas se tratam de vir e eles são obrigados a ir, é como um chamado de missão do exercito americano para enfrentar a guerra em Israel e no Paquistão e ficam uns 6 meses. No caso dos caçadores, eles ficam até a batalha ter fim, mas nunca tem fim quando se trata de demônios.

— Tem alguma coisa que você saiba da minha mulher que eu não saiba?

— Há muita coisa. Eu não vou me arriscar em destruir a confiança dela sobre mim, eu já me arrisquei dizendo demais e deixei voce entrar no meu pandemonium.

— Conte a mim, alguma coisa que não ponha você mais em risco. Eu prometo não contar a ela.

— Eu vou dizer poucas coisas. – suspirou Magnus que estava acariciando o pelo do presidente miau em seu colo - Sua mulher é uma caçadora de sombras maravilhosa, ela é especializada em 2 armas: Chicote e lamina serafim e agora ta terminando de se especializar em arco e flechas e já esta quase iniciando a especialização em adagas.

— Além de lutar bem, sabe mexer com armas melhores do que qualquer um. Ouvir esse tipo de coisa me deixa mais apaixonado por ela do que imagina. – Brian sorriu apaixonado para Magnus.

— Isso é um dom de família, ela é uma Lightwood. Lightwoods são uma família poderosa há gerações desde que me entenda por gente e vi sua mulher crescer mais perto.

— Quer dizer que Clost não é o nome dela?

— Ela foi raptada quando nasceu e acabou sendo adotada pelos Closts, ela vive por eles desde então. Ela vive pelos Lightwoods e Closts desde criança, ela nunca quis abrir mão da vida mundana por sua causa, ela é metade anjo e voce a faz sentir-se mais humana e menos anjo.

— Minha mulher é uma boa mentirosa e o que me machuca é que ela não estava usando aliança.

— Pense que é pro seu bem que ela faz isso.

— Já amou alguém na vida?

— Já há muito tempo. – disse Magnus não se sentindo muito confortável ao falar sobre aquilo.

Brian se levantou e colocou as mãos sobre a mesinha de centro do Magnus cheia de porções e ele não sabia, então ele pegou um copo com bebida roxa e achou que era algum refrigerante. Aquilo era uma porção para dormir feita por Ragnor Fell, ai meu Deus, a inocência do Brian ainda vai ferrar todo mundo.

— Não beba isso! – disse Magnus ao ver Brian ingerir a bebida.

— Que foi? – disse Brian caindo no sofá dormindo e logo era levitado e uma camada se envolve sobre seu corpo.

Magnus fechou o portal, olhou para mim e eu olhei para ele decepcionada, ele contou a verdade para Brian sem minha presença e não apagou a memória dele e ainda deixou Brian entrar no pandemonium e ainda por cima deixou ele beber uma porção para dormir. Tá, a culpa não é inteiramente do Magnus na parte de beber a porção.

— Como posso reverter isso? Como posso apagar a memória dele assim mesmo?

— Querida, essa porção não é minha é do Ragnor do qual ele me preparou faz anos e só pode ser revertido com o livro Branco, isso está com ele e não comigo. – disse Magnus.

— Magnus, onde fica a casa dele?

— Deve estar recluso em Londres, mas não tenho certeza. Eu mando mensagem de fogo há anos para ele e ele nunca responde, isso é inteiramente frustrante. – disse Magnus.

— Abra um portal para Londres. – olhei para Magnus determinada.

— Não.

— Eu preciso trazer Brian de volta, o que eu digo para a minha sogra? O que eu digo para o pessoal do colégio?

— Invente alguma desculpa, voce é boa nisso. Eu dou conta deste mundano, é isso que eu tenho que fazer para tentar me redimir da merda que eu fiz o dia inteiro.

— Devo confiar em você agora?

— Com toda certeza.

Ouço um celular tocar, era o de Magnus em cima da mesinha embaixo do corpo do Brian, Magnus pega o celular e desliza o dedo, coloca em seu ouvido esquerdo e depois estende o braço por cima do corpo do Brian e me entrega o seu celular. Pego o mesmo e olho no visor era numero do Jace e coloco sobre o ouvido.

— Selena? – ouvi a voz nervosa de Jace – venha me encontrar num prédio do Brooklyn há 2 ruas da casa de Magnus, use minha moto.

— O que houve? – perguntei a ele.

— É a Clary, invadiram a casa dela e um demônio a atacou. – disse Jace.

— Fique ai onde está, eu já to indo. – o alertei.

— Vem logo. – disse Jace

Encerrei a chamada e entreguei o celular ao Magnus.

— De conta dele, eu tenho que ir. Uma mundana está ferida com sangue de demônio. – disse a Magnus

— Eu dou conta do garoto até conseguirmos resolver a situação dele. – suspirou Magnus

— Obrigado, Magnus.

— Não há de que. – disse ele.

Andei pela sala até chegar a porta e coloquei a mão sobre a maçaneta, movo a mesma girando para o lado, puxo a porta e abro a mesma, saio da porta e fecho a porta, retiro a estela e passo sobre a estela sobre o meu braço e ativo a runa do salto, pulo do alto da escada e chego no térreo e corro rápidamente para a porta do prédio. Vejo a moto do Jace, desço as escadas do prédio, deixando a porta do prédio bater.

Monto na moto, pego a chave no meio dos seios e coloco na ignição da moto, piso fundo no acelerador e saio pilotando até chegar a um prédio onde Jace estava sentado nas escadas com Clary no colo e eu conhecia aquele prédio. Era o prédio da Madame Doratha, a moça do qual eu não vejo há muito tempo, acho que a ultima vez que a vi, foi antes de me mudar pra Nashville onde ela previu o futuro do ex- casal Brian e Charlotte.

Jace se levanta corre até a mim com a Fray no colo sobre na moto, ele ajeitou ela e fez como se ela andasse no meio, ativou a runa de invisibilidade em mim e nela e nele. Ele me pede para acelerar mais ainda, acelerei cada vez mais rápido a ponto de voarmos novamente e avistarmos o instituto.

Eu já estava toda melada de veneno de demônio por trás, Jace me manda descer em frente ao instituto, assim que faço e ele sobe correndo pelas escadas do instituto e abre a porta da mesma empurrando com o pé de leve, enquanto escondo a moto e escondo a moto, pego a estela e vou fazendo a runa da camuflagem. Assim que termino vejo que está bem escondida, corro subindo as escadas e abro a porta rapidamente correndo.

Vejo Jace pedindo ajuda feito um desesperado, Max e Izzy e Alec foram correndo ajuda-lo com Clary e ando mais rápido e sigo para o meu quarto e vou até o banheiro e tomo o meu longo banho, visto uma blusa regata preta e uma calça jeans e botas altas e ando pelo corredor e vejo Alec e Jace descutindo na porta do quarto do Jace e vejo Clary toda manchada de veneno de demônio, e provavelmente morrendo no chão.

Enquanto não tomavam uma decisão rápida, pego a estela e faço perto de sua clavicula a runa da cura e faço em seu braço a iratze. Tento a carregar no colo, mas não consigo e chamo Max, ele me ajuda a levar Clary até um canto seco e arruma a cama enquanto a tiro as roupas dela que estavam meladas de sangue de demônio e assim que retiro e as seguro uso a runa do fogo e queimo suas roupas sem sobrar nada.

— Max, me dá sua camiseta. – olhei para ele e ele retirou a camiseta e me entregou e o agradeci e visto em Clary rapidamente, peço para Max a me ajudar a colocar Clary em cima da cama, ele assentiu com a cabeça, colocamos ela na cama e a cobrimos.

Peço para Isabelle deixar uma muda de roupas, eu já estava cansada de um dia inteiro. Eu mandei Jace ficar com a garota até ela acordar, e quanto a Alec? Apenas mandei ele ir dormir pois estava tarde, ele me olhava torto e rabugento e o empurrei até o quarto dele, Isabelle tambem foi dormir, apenas entrei em meu quarto e deitei na cama, me cobri e cai no sono de tão cansada que estava.   

 


Notas Finais


Bjs.
Aproveitem


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