Naquele lugar destruído, uma figura arrastava-se no chão. Essa figura continuava se esforçando.
Julius Juukulius sempre se esforçou para ser um cavaleiro elegante. Treinando, estudando, focando-se. Sua mente sempre forcada em tornar-se o homem que ele é hoje, o Cavaleiro dos Cavaleiros. Ele era um homem tão diligente que era admirado pelas pessoas ao seu redor e em especial seu irmão.
Mais tarde na sua vida, ele conheceu Anastasia Hoshin.
Uma comerciante considerada gananciosa de Kararagi e que ele conheceu quando esta foi até sua casa e apresentou-se para um negocio com sua família. De maneira surpreendente, ele descobriu que ela era uma das Candidatas previstas pela Tábua do Dragão para se tornar a próxima rainha de Lugunica após o fim da família real anterior para uma doença misteriosa. E que nem mesmo o Santo da Espada conseguiu salvá-los ao tentar ir para Torre das Plêiades.
Ao descobri-la, ele resolveu se tornar seu cavaleiro. Para protegê-la, para representá-la, para torná-la a próxima rainha governanta. Cumprindo o papel que todos os cavaleiros deveriam seguir desde o momento que vestiram o manto branco.
Julius então conheceu no dia da apresentação das Candidatas da Seleção Real um jovem; Um jovem arrogante, desconhecido, que se auto-proclamou um cavaleiro de uma candidata real — Emilia — e o cavaleiro teve de colocá-lo em seu lugar. Por isso Julius o desafiou e o espancou na frente dos outros cavaleiros. Não só para preservar a integridade e a honra dos cavaleiros que estavam lá naquele dia, como salvar a vida do jovem que não parecia entender o peso daquelas palavras.
Ele pensou ter conseguido colocar noção na cabeça dele.
Apesar de ter parecido um vilão naquele momento, ele fez isso na intenção de preservar a vida do jovem inconseqüente. Pensou que ele aprenderia com isso. Julius imaginou que, no futuro, poderia concertar a relação entre eles.
[Subaru: Caramba~ O Cavaleiro dos Cavaleiros, se arrastando no chão é tão patético. Chega ser triste, não acha, Pete?]
[Petelguese: Arrrr, ver a força de vontade dele para tentar se levantar e se esforçar para continuar tentando, mesmo sendo tão inútil! Oh, que beleza! Que persistência diligente, diligente, diligente! Parece que ele é movido pelo AMOR, AMOR, AMOR!!! Mas também é tão triste ver que o resultado dessa diligência é tão horrível~!]
[Subaru: Não é tão triste. Afinal, é o dever de um cavaleiro, não é? —— Vamos, Julius. Se esforça.]
Os olhos do cavaleiro se levantaram na direção das duas figuras na sua frente; Natsuki Subaru e Petelguese Romanee-Coti. O primeiro tendo sido a figura que ele espancou naquele dia na capital. Agora, ele estava na sua frente, de pé, enquanto o cavaleiro estava caído no chão, suas vestes brancas rasgadas, cobertas de terra e fuligem, do próprio sangue, com vários ferimentos.
Na frente do cavaleiro de cabelos roxos, estava o garoto arrogante que mais tarde se tornou o monstro que destruiu toda Priestella inundada junto dos outros Arcebispos.
[Subaru: Nossas posições mudaram, não é~? Que pena. Se fosse um combate justo, você acabaria comigo. Admito. O que me mostra o quão tristemente fraco eu sou sem meus poderes e estratégias. —— Você está bastante quieto, não quer falar alguma coisa?]
[Julius: ——]
[Subaru: Se olhar pudessem matar, o seu me rasgaria no meio. —— Eu sinto muito por você. Sabe? Estar nesse estado por minha culpa, por minhas escolhas, torna toda sua força e esforço patéticos, não é? —— Mas agora você pode compreender um pouco do que senti. Essa sensação de impotência, essa sensação de que todos seus sacrifícios são jogados na lama. Pois mostra como tudo é tão frágil, tão fácil de quebrar.]
[Julius: —— Tsk!]
[Subaru: Arrrr. Pete, por favor?]
Subaru se virou para se afastar ao ouvir o estalar da língua de Julius, terminando de ter seu interesse sobre o Cavaleiro dos Cavaleiros. Mesmo de costas ele sabia o que aconteceu em seguida; Seguindo suas ordens, Petelguese atacou incessantemente Julius com suas mãos invisíveis.
Socos, socos. Mais socos. Destruindo o corpo do cavaleiro até tornar-se uma massa de sangue morta na cratera criada pelo sangue.
Enquanto se afastava, ele via algumas figuras mortas. Algumas desfiguradas pelos que seriam os golpes de Petelguese, outras cortadas, outras queimadas. Enquanto continuava andando, ele viu uma figura importante. Anastasia Hoshin. A figura da pequena candidata estava com um buraco no seu coração arrancado, cercada por três outras figuras, trigêmeas, mortas ao seu redor.
[Subaru: Pensar que morreria pelo coração arrancado... Que surpresa, não imaginava que ela tivesse um.]
Com esse comentário, ele continuou a seguir seu caminho.
Naquela noite, na base da Hoshin Company, o Acampamento de Anastasia foi esmagado.
—[X]—
[Subaru: Al. Entre todos, não queria esmagar você, mano. Tão triste.]
Subaru disse enquanto carregava a cabeça arrancada, ainda que com o capacete, de Al, Aldebaran, quem era para ser o Cavaleiro de uma das candidatas reais, Priscilla Barielle. E o que ele falava é verdade. Já que Aldebaran era figura mais próxima de um lembrança do seu lar, fora suas antigas vestes e seu celular.
Suspirando, ele jogou a cabeça no ar. A cabeça voou, girou no ar, antes de um Majuun agarrá-la e mastigá-la e devorá-la em alguns instantes.
Ao redor do rapaz de cabelos negros, ele continuava caminhando pelos corredores destruídos da mansão Barielle. Ao redor da área da mansão estavam vários, vários e vários corpos mortos de vários soldados, que foram devastados; Esmagados, devorados, cortados. Mortos. Mortos por algumas figuras bastante poderosas, entre elas, a que seguia Subaru a frente do Majuun que ainda lambia os dentes para continuar o sabor da “comida” que devorou há poucos tempos.
[Meili: Oni~san, você não deve ficar alimentando ele sem me avisar~~ sabia?]
[Subaru: Desculpa, Meili-Chan. Só que eu realmente precisava me livrar daquilo, entende? Péssimas lembranças. —— Uh?]
Enquanto eles andavam pelo corredor, que se alargava conforme a figura do Majuun destruía o teto do lugar para segui-los, eles se depararam com a figura de um homem morto, de cabelos vermelhos e uma espada em mãos. Heinkel Astrea, com os intestinos retirados para fora e com uma expressão de horror na face.
[Meili: Elsa Nee~san realmente gosta de se divertir assim ~]
[Subaru: Urgh! Nem me lembre. Tenho péssimas lembranças sobre ter intestinos arrancado, mas contanto que não seja os meus... ela que fique a vontade se divertindo com as outras pessoas.]
[Meili: Não posso deixar de ficar curiosa com suas palavras, Oni~san.]
Elsa e Meili duas figuras, duas assassinas que trabalham para Capella, foi o que Subaru descobriu. Ele desgostou bastante voltar a encontrar-se com Elsa, mas não reclamou depois que viu o medo que elas sentiam da própria Arcebispo da Lúxuria — que ironicamente sentia quase o mesmo por ele. E ele rapidamente fez uma pequena amizade com a garotinha pequena.
Eles agora tinham feito um ataque juntos na mansão Barielle e, por agora, ele imaginava que Elsa deveria estar vagando pela propriedade, terminando de exterminar o restante dos alvos que estavam pela mansão e se divertindo com isso.
Continuando a vagar, ele separou-se de Meili ao chegar nas portas do quarto principal da mansão e ao entrar, ele se deparou com uma cena.
[Capella: Gyahahaha~! Está gostoso~ Seu pedaço de carne imundo está gostando tanto assim do sangue desta bela dama~?]
Capella estava sobre o corpo de Priscilla, sentada no que parecia um tipo de trono no seu quarto, o qual Subaru lembrava-se bem, a Arcebispo com um dedo enfiado na carne no peito da candidata e depositando uma boa quantidade de seu sangue dentro dela. O sangue que ela possui é de Sangue de Dragão Amaldiçoado, sangue venenoso.
O corpo de Priscilla estava quase completamente dominado pelo sangue da mulher de cabelos loiros curtos. Sua pele estava quase negra, com várias veias a mostra, enquanto estava babando e a visão turva, sem conseguir se mover.
[Subaru: Uma visão bem patética.]
Foi um comentário rápido dele enquanto continuava assistindo a cena.
A Princesa do Sol, a Matriarca de Vollachia, tinha sido completamente derrotada. Pois nada do que ela e Al tentaram para enfrentá-los foi o bastante para impedi-los. Naquele dia o ataque daqueles monstros tinha esmagado completamente o Acampamento da mulher de arrogância quase incomparável.
Suas forças? Esmagadas.
Seus companheiros? Mortos.
E ela? Presa ao trono enquanto era bombardeada por Sangue de Dragão, que só mais tarde a mataria depois de tanto sofrimento causado pro tal veneno.
Os últimos pensamentos Priscilla seria como ela desejava que o mundo esmagasse aquelas pessoas, que funcionasse ao seu favor mais uma vez para matá-los, a vontade dela em destruí-los até transformá-los em cinzas com sua espada Yang.
Mas tal desejo nunca se realizaria, pois sua vida terminaria algumas horas de agora depois.
—[X]—
Ferris não entendia o que ele estava fazendo ali. Andando por aquela mansão, ele passava por vários quartos diariamente e via aquelas figuras estranhas. Via pessoas deitadas em camas, via elas de olhos fechados, aparentemente dormindo. Pessoas que ele não conhecia.
Ele não conhecia ninguém naquele lugar. Não entendia porque as visita, não entendia porque sentia tristeza ao vê-las.
Ele não conhecia ninguém naquela enorme mansão. Mesmo assim, diariamente, ele se forçava a cumprir tarefas; Limpar o chão, limpar as janelas, limpar tudo o que era possível limpar, especialmente os quartos das pessoas que dormiam sem acordar. Ele também cuidava do jardim. As vezes ele parava lá, encarando as flores. E depois disso voltava para suas funções diárias naquela enorme mansão quase vazia se não fosse por ele, já que as pessoas dormindo não deveriam contar para tal na sua perspectiva.
Cozinhar não era tão complicado. Ele fazia uma refeição para si, comia. Mesmo que o gosto não fosse tão bom quanto as que ele imaginava algumas daquelas pessoas fazendo, mesmo que não as conhecesse.
Quando terminava suas atividades diárias, ele saiu para sua caminhada para cuidar das figuras. Usando sua magia em cada uma delas. Mas não importa o quanto tentasse instintivamente salvá-las com sua poderosa magia, ele falhava. Ele não conseguia despertá-los com sua magia.
Entre todos os que via desacordados naqueles quartos, duas eram mais importantes.
Um homem bastante velho, de aparência sombria, dura, cujo ao lado de sua cama estava sua espada. Ferris fazia o favor de limpar aquela arma, polir a espada, garantir que ela estava tão bem cuidada quanto o homem que deveria portá-la, o homem que deveria usá-la para travar as maiores batalhas contra todos os seres mais perigosos do mundo.
E a segunda era uma mulher. De cabelos verdes, bonita. Seu quarto era o que ele mais bem cuidava quando fazia seus trabalhos diários de limpeza. Incluindo penteá-la, trocar suas roupas para deixá-la com o máximo de conforto que podia oferecer, garantindo que estivesse protegida de tudo. Usando seu poder especialmente nela. Ele ficava muito, muito, muito tempo usando seu poder para tentar curá-la de um ferimento que não existe, tentando despertá-la de um sono que ele sabia que ela não iria acordar.
[Félix: Quem é você...? Quem são eles...? Quem são vocês...? Quem são vocês...? Quem são vocês...?]
Ferris se perguntava com seu tom em palavras quebradas de desespero. Pois ele buscava na sua cabeça a imagem daquelas pessoas, buscava na sua cabeça os nomes delas, buscava na sua cabeça o motivo de sentir-se tão ligados a eles. O motivo de estar naquela mansão, a mansão da propriedade Karsten, a quem ele não lembrava-se quem o levará no passado até aquele lugar.
Mas seus instintos o faziam-no fazer aquilo todos os dias. Fazia aquelas missões diárias por elas.
Só em sua mente, ele se lembrava de algumas figuras que recebiam sua raiva; Três figuras, três irmãos, dois rapazes de cabelos castanhos e olhos verdes, uma garotinha de cabelos dourados e olhos azuis, o trio com dentes afiados em suas bocas, liderados por um de cabelos negros e olhos assustadores.
Ferris se lembrava deles. Sentia sua raiva direcionada contra eles, sua raiva por aqueles que estavam inconscientes no sono da Bela Adormecida contra aquelas figuras.
Ele no fundo sabia de algo: Ele queria se vingar, mas não seria capaz.
Para os restos dos seus poucos dias, Félix Argyle, Ferris-Chan para seus antigos conhecidos, o Cavaleiro conhecido como o ‘Azul’ por ser o Maior Curandeiro do Reino, ele se trancafiaria naquela mansão para cuidar das pessoas. Sem saber que, para o mundo, o Acampamento de Crusch Karsten foi esquecido e devorado pelos Arcebispos da Gula, liderados por Subaru.
E a Baleia que o velho deste Acampamento queria tanto se vingar, devoraria todos os locais que no passado foram importantes para ele e sua esposa. Vivendo por mais séculos e séculos.
—[X]—
Número 79 não precisava mais pensar por si só, ela só teria que cumprir sua função como esposa: Obedecer às ordens de seu tão amado Marido-Sama.
Tal pensamento lhe trouxe muito alivio nos últimos tempos.
Ela nunca foi realmente feliz há muito tempo.
Ela ficou só com seu “Pai” em uma floresta de corpos congelados pela falta de controle sobre seus poderes. Ela foi encontrada por Roswaal L. Mathers e foi levada como uma candidata. Ela enfrentou o preconceito por sua origem e aparência semelhante como a do ser amaldiçoado que no passado devastou o mundo.
Ela sempre se culpou por isso.
Se culpou por ter aquela aparência, se culpou por não ser capaz de mudar tais imagens dos meio-elfos, se culpou por ser incapaz de ser uma pessoa que mereceria respeito. E tentou se tornar isso. Tentou se tornar uma candidata para mudar o mundo, para salvar seu povo, para concertar os erros causados por aquela figura no passado.
Mas ela começou a falhar desde o inicio do caminho, quando teve seu broxe roubado.
Por sorte, uma pessoa salvou-a de seu terrível erro.
Um jovem rapaz que recuperou seu broxe em troca de saber seu nome. Um jovem rapaz que mais tarde salvou todas as pessoas que estavam sobre os domínios da propriedade Mathers e que teriam morrido por sua culpa se não fosse por ele salvando-o. Um jovem rapaz que ela mais tarde abandonou na Capital quando quebrou a promessa que ela o fez fazer a ela de não comparecer naquele dia da Seleção Real.
Uma coisa que a fez se arrepender profundamente depois, pelos acontecimentos depois daquela semana.
Ele primeiro desapareceu no ar.
Tal coisa deixou-a preocupada. Já que ela não esperava que isso acontecesse, mas como Rem relatou, ele tinha sumido repentinamente quando estava tentando obter ajuda para o ataque da Baleia e do Arcebispo da Preguiça.
Alguns pensaram que ele era louco. Até que os ataques aconteceram; Uma caravana de Comerciantes foram destruídos pela Baleia e um lugar dentro do território Mathers, um lugar que Roswaal chamado de ‘Santuário’, foi atacado, destruído e seus conteúdos mais importantes roubados pelos Arcebispos da Preguiça e da Ganância, pelo que um dos sobreviventes, Garfiel, relatou para todos. Mostrando ser verdade as palavras daquele garoto.
Tudo na mansão começou a dar errado desde então.
Rem e Ram não tratavam-na mais da forma como começaram a tratar quando aquele rapaz estava. Roswaal ficava quase sempre trancafiado no escrito, nem se dignando a olhar nos olhos como se não fosse menos que um brinquedo de criança. Garfiel, que foi o novo membro, era sempre muito irritado e passava quase todo tempo treinando. E seu “pai” havia desaparecido.
No passado, quando ela ia para vila, era mal tratada por sua aparência.
Mas só piorou com o passar do tempo quando foi revelado para as pessoas que aquele rapaz de quem gostavam foi expulsa por ela e que havia desaparecido depois de tudo.
Um ano depois teve o ataque em Priestella. Onde ela descobriu o que tinha acontecido aquele rapaz: Ele havia se tornado um Arcebispo; O Arcebispo da Vanglória. E pelo que Santo da Espada havia contado para ela, como para todos, havia planejado todo ataque e causado toda devastação que aconteceu naquela cidade.
E então toda culpa que ela sentia só aumentou e aumentou cada vez mais.
Até que ela reencontrou-se novamente com ele, quando ele estava junto do homem que viria a ser seu ‘Marido-Sama’. Eles destruíram toda Mansão. Ela não sabia o que tinha acontecido com todos, mas só sabia que Roswaal tinha sido morto pelas mãos de seu Marido-Sama, partido ao meio.
E ela, quem antes era Emilia, só Emilia, tornou-se a esposa 79 de Regulus Corneas, quem ela tinha de chamar de Marido-Sama.
Como esposa, ela só devia seguir o que ele pedia. Não podia nem ao menos sorrir sem a permissão dele. E se tornou uma boneca junto de suas outras ‘irmãs’, esposas de seu Marido-Sama, e tinha que obedecer todas as ordens que ele lhe dava. Coisa que ela já estava acostumada antes graças ao seu “pai”, Puck. Sendo uma “esposa perfeita”, apesar de não saber fazer tantas coisas quanto às outras esposas.
Sendo uma esposa quieta, obediente, perfeita. Seu marido a elogiava e a tratava bem.
Mas havia momentos ruins quando ela fazia algo errado.
O pior era o dia de visita; Quando Subaru visitava a mansão de seu Marido-Sama, as outras esposas se juntavam com ele, tomavam chá, comiam juntos, e só a presença dele afastava o Marido-Sama para longe durante toda estadia dele lá. Mas ela não tinha tal sorte. Neste dia, suas “irmãs’ a abandonavam com o marido delas e deixavam-na para aguentar sua ira, pois ele não podia descontar no homem que odiava.
Número 79 se lembrava de todas as vezes que ele chegava e ia embora.
Subaru não encarava-a mais nos olhos, não a tratava mais como ele sempre tratou no passado, a ignorava como se ela não fosse nada mais do que um inconveniente. E quando ia embora, era a mesma coisa.
Ele simplesmente se virava e ia embora.
Mesmo que ela sentia que ele sabia do desespero que ela sentia no coração. O medo, o desespero, toda dor que sentia de estar naquele lugar, que mesmo com tantas outras, ela estava sozinha. Ele podia ver isso nela mas se virava e ia embora. Emilia revivia tudo isso, se lembrando de quando fez isso com ele: Viu seu medo, seu desespero, sua tristeza e o abandonou quando ele cometeu somente um único erro.
Agora, Emilia não era mais a meio-elfa da Floresta de Elior, era a esposa 79 de Regulus Corneas, e seria até ele não querer mais. Vivendo como uma boneca.
—[X]—
Reinhard apertava os punhos, encarando o chão da Sala do Trono com os olhos vazios. Sentada no trono, abraçando seus joelhos, estava Felt. Este tinha sido o dia da Coroação da nova rainha, da única Candidata sobrevivente, Felt, a Candidata que ninguém imaginava que fosse ganhar.
Seu cavaleiro a acompanhava no salão após a coroação.
Mas nenhum dos dois estava felizes, nenhum deles estava bem. Nenhum deles desejavam estar ali. Eles apenas suportaram tudo até serem deixados lá quando as pessoas deixaram a Sala do Trono. Abandonados, eles se renderam a tristeza e desamparo.
Como eles tinham sobrevivido?
[Subaru: No passado, existia na história nove pecados capitais ao invés de sete. Existia neles a: Melancolia e Vanglória. A Vanglória era um desejo exagerado de reconhecimento e elogios, ao contrario do Orgulho que era um sentimento de superioridade sobre os outros: O medo da irrelevância e à dependência da opinião alheia. —— Você foi a única que nunca buscou isso de alguma forma. Então, parabéns, Felt-Chan~! Eu resolvi deixá-la se tornar uma excelente rainha! Tenha cuidado, tudo bem~? Não deixe o poder subir a sua cabeça, certo~?]
Essas foram às últimas palavras com quem eles trocaram com Subaru, na semana em que ele massacrou todos os Acampamentos. Os poupando no fim. Foram somente aquelas palavras que o levou a poupá-los, nada mais do que isso, um desejo pessoal e egoísta.
Reinhard quis impedi-lo de ir embora, mas não conseguiu.
Mesmo quando sua arma chegou ao ponto de considerá-lo um oponente que ele poderia puxar para lutar contra, ele não o fez. Ele não conseguiu. Pois Reinhard tinha aprendido muitas coisas durante suas batalhas contra Subaru: Medo. Ele não conseguiu empunhar sua arma para enfrentá-lo, não conseguia lutar contra aquele rapaz que Reinhard sabia que poderia derrotar em uma luta frente a frente.
O Santo da Espada se sentia oprimido perante aquela figura.
Toda sua vontade esmagada por aquele que poderia esmagar todas as pessoas do reino quando assim decidisse, e ele nada poderia fazer. Pois ele mostrou o quão inútil eram seus poderes frente às habilidades de planejamento e liderança dele. Mesmo que conseguisse, do que adiantaria? Nada mudaria.
Reinhard designou-se a ser o que ele pretendia ser. Um Cavaleiro, a Espada de sua Rainha. Ele atenderia as ordens que ela lhe desse.
E quando fosse enviado para enfrentar o Culto, quando fosse enviado para enfrentar Subaru. Ele não faria nada contra eles. Mesmo que salvasse as pessoas, mesmo que impedisse muitas mortes. Ele não era capaz de enfrentar aqueles monstros. Pois sempre que ele se encontrava com Subaru, ele estremecia, paralisava e não puxava sua arma para lutar.
Pois no final, Subaru esmagou até mesmo o homem mais poderoso do mundo.
Mesmo que Felt fosse a Rainha, seu Acampamento foi esmagado. Porque eles nunca seriam capazes de fazer frente a aqueles monstros que poderiam fazer o que quiserem em seu reino e nem mesmo o Santo da Espada poderia detê-los.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.