1) Otto;
Ajeitando-se na frente de seu espelho particular, ele observava o seu quimono pessoal, feito para si pelo seu atual empregador ou escravagista — como Otto carinhosamente apelidou-o — para o evento de suma importância que ocorreria neste dia. Não que fosse desagradável usá-lo, mas somente era estranho para alguém que não costumava usá-lo. Só que ele não tinha escolha!
O Quimono de Otto Suwen fluía suavemente ao seu redor, os tecidos de tons esmeralda capturado pela luz ao seu redor. Feito de uma seda leve e luxuosa. Era adornado com padrões dourados que se entrelaçavam como rajadas de vento dançando pelo tecido. As mangas eram ligeiramente mais largas do que o usual, permitindo que se movessem com elegância, mas sem perder a praticidade necessária para um comerciante que estava sempre em movimento.
Amarrado firmemente ao redor de sua cintura, um obi vermelho profundo criava um belo contraste com o verde vibrante do traje.
Entre os nós do cinto, uma pequena pena branca estava presa delicadamente, um detalhe sutil, mas marcante, remetendo ao icônico chapéu que ele sempre usava. As bordas do quimono eram finalizadas com um fino bordado dourado. Sobre os ombros, um capuz de tecido verde escuro, preso à gola do quimono, repousado suavemente. Não era grande o suficiente para cobrir todo o rosto.
[Otto: Natsuki-Kun realmente tem uma boa habilidade de costura...]
Colocando uma mão no queixo, ele massageou enquanto se observava. Não achando ruim o quimono que lhe foi dado de presente. Um dos quimonos costurados a mão por ele. Ele realmente não achava desagradável, realmente. —Não, ele ainda preferiria suas vestimentas normais que vinha usado durante anos.
A vestimenta não era desconfortável. De alguma forma, realmente não era desconfortável.
Mas isso era uma das coisas que ele poderia deduzir das habilidades de costureiro de Subaru, como suas outras habilidades que eram devidamente notadas nos tempos que ele permaneceu ao seu lado. O que infelizmente para o Suwen, foi sobre pretextos odiosos e infelizes para si, com uma grande divida monetária.
Há não mais de um ano atrás, um pouco mais de um ano e meio especificamente neste caso, ele conheceu-o quando entrou quando, junto de outros comerciantes, começou a se envolver em negócios de Kararagi. E esses negócios tinham haver com a produção das então famosas máquinas de escrever. Essas maquinas começaram a fazer grande sucesso entre os nobres, para escrita de documentos, histórias entre escritores, como arquivos, etc. Algo que estava gerando muitos lucros!
Otto nunca foi realmente um sujeito ganancioso, mas que comerciante não se interessaria por uma chance de tirar proveito e ter um lucro gigantesco em algo aparentemente garantido? Ele não, como outros.
Mas seu grande azar seguiu-o.
Quando estava fazendo sua entrega de tintas e partes dos equipamentos para construção das partes essenciais para parte da escrita, perdendo muitas dessas partes. Uma quantidade gigantesca em um acidente. Uma quantidade que equivalia-se a 200 Moedas de Ouro Sagrado, pelo que foi calculado nas despesas pela Rainha Comerciante de cabelos malva e isso quase o fez enfartar pela quantidade de dividas em que tinha se envolvido.
Pela primeira vez em sua vida, dominado pelo medo profundo ao ser encarado por aquela dama de roupagem elegante e um olhar calmo, ele viu a sua vida passar diante dos seus olhos. Como se fosse um flash rápido que passou todas suas lembranças desde o momento que ele conseguia realmente reter memórias.
Não foi uma vida particularmente proveitosa, no ponto de vista racional dele. Algumas partes ele amaldiçoava sua sorte como também sua Proteção Divina ao pensar sobre os motivos de sua infância não ter sido boa como as das outras crianças que conheceu e se lembrava. Sua vida de comerciante também foi cercado de azar, desventuras, como situações embaraçosas e complicadas. Mas ainda foi sua vida, uma vida que ele queria dizer estar orgulhoso de ter vivido.
Ele estava prestes a ser “morto” ao se ver como um escravo de dividas de uma das Candidatas Reais.
Até Natsuki Subaru aparecer e “salvá-lo” daquela situação. Aceitando assumir as dividas de Otto se o comerciante aceitasse trabalhar para ele, como seu ajudante/assistente. Desesperadamente o comerciante aceitou para se livrar da divida gigantesca que tinha conseguido, mas logo se arrependeria pelos fatos acontecidos subseqüentemente.
O trabalho em si não era realmente tão ruim. Mas as palavras de insultos, como também as brincadeiras constantes de ser esquecido complicavam seu relacionamento de chefe e empregado. Só que em comparação... Subaru era um chefe leniente que permitia o modo de Otto agir livremente, como liberdade para se expressar e até para se divertir da forma que queira, podendo até beber sem ser mal-tratado ou demitido.
*Toc, Toc*, um som de batidas chamou sua atenção para porta do quarto.
[Otto: Estou saindo.]
Dito isso, ele foi até a porta de entrada de seu quarto. Ele viu parado na frente de sua porta estavam duas figuras: Os irmãos Juukulius. Joshua Juukulius e Julius Juukulius, usando também os quimonos feitos pela figura mais conhecida no Acampamento de Anastasia, o rapaz de cabelos pretos — que titulou cada vestimenta de maneira diferente.
Podia se resumir o traje de Joshua como: Elegância de Tradição; A seda roxa do quimono de Joshua caía suavemente sobre seu corpo esguio, um tecido de qualidade impecável que refletia sua origem nobre. O tom lavanda mesclava-se a detalhes sutis em dourado, criando padrões intricados de lírios e ondas que serpenteavam pelas mangas e pela barra da vestimenta. O corte era perfeito, ajustado ao seu porte magro sem comprometer a fluidez dos movimentos.
Ao redor da cintura, um obi negro de brocado, adornado com fios prateados que brilhavam contra luz, mantendo o traje bem ajustado. O nó era feito de maneira impecável.
Sobre os ombros, uma sobreposição de seda preta, fina e translúcida, adicionava um ar de formalidade ao traje. O tecido balançava levemente, conferindo-lhe um ar ainda mais distinto, como se fosse feito para se mover para que cada movimento seu fosse planejado com máxima precisão na intenção de extrair sua elegância.
Enquanto o quimono de Julius poderia ser descrita como: A Honra Vestida em Seda; O quimono era um reflexo de sua própria essência—nobre, imponente e impecavelmente refinado. O tecido de seda azul-profundo parecia capturar o brilho em sua superfície, reluzindo sutilmente sob a luz ambiente. Bordados dourados e prateados serpenteavam pela extensão da vestimenta, formando intrincados desenhos de dragões e flores de lótus — uma flor da terra natal de Subaru —, símbolos de força e pureza. A gola alta e bem estruturada do quimono trazia um toque de formalidade, enquanto as mangas largas e elegantes conferiam um ar de majestade a cada um de seus movimentos. O corte era ajustado na medida certa para ressaltar sua postura imponente e sua musculatura bem definida, sem comprometer a fluidez característica da vestimenta.
O obi, um cinto de tecido reforçado, era de um dourado vibrante, amarrado de maneira perfeita nas costas, com um nó que representava sua posição como um dos mais talentosos cavaleiros de Lugunica.
Sobre os ombros, uma sobre vestimenta azul-acinzentada, de tecido levemente mais pesado, completava o traje, conferindo-lhe um ar de respeito e disciplina militar.
Figuras de cabelos da mesma cor, vestidos elegantemente.
[Joshua: Vejo que está preparado para comemoração de Anastasia-Sama. ——O traje projetado, e costurado por Subaru-San realmente estão bem em sua figura, Otto-San. Devo admitir que ele realmente fez um bom trabalho nas roupagens deste evento importante. Apesar dele não ser um homem realmente bem versado, ou elegante, ou capaz de mostrar-se um ser finidade. Coisa que ele perde extremamente quando comparado-se com meu irmão.]
[Otto: Humm.]
Otto deu um olhar cansado, enquanto Julius apenas abriu um sorriso nervoso quanto as palavras do Juukulius mais novo. Pelo fator que era bem sabido pro todos.
Joshua tem um grande respeito por Julius, por suas capacidades que admirava desde que eram mais novos, e em especial quando ele virou um Cavaleiro. Um Cavaleiro Espiritual com o título de: O Cavaleiro dos Cavaleiros. Alguém admirado por muitos, seu irmão adotivo em especial.
Mas ele tinha problemas com Subaru. Tanto por sua disciplina, jeito nada refinado em conversar ou agir, como também por conta dos comentários circulando de que o jovem inventor estava sendo capaz de roubar a gloria de Julius como o Cavaleiro de Anastasia. Tirando todo brilho do fato de seu irmão ser o Cavaleiro da Rainha Comerciante. Joshua desgostava do fato de Subaru não ter a elegância de seu irmão, como mesmo assim se sobressaindo e realizando coisas que aumentavam a fama da Candidata que serviam — algo que ele esperava que Julius o fizesse.
Apesar de algumas vezes se darem bem, quando as situações apareciam. Não era tão raro vê-los conversando propriamente, com Joshua tentando corrigir os comportamentos de Subaru.
Um comportamento descrito por Subaru como: “Tsundere”.
E após descobrir o significado de tal termo, Otto não podia deixá-lo de achar Subaru hipócrita. Já que Subaru agia assim na sua maioria das interações com Julius. Quase como um ciclo completo, em que Joshua agia assim com Subaru e Subaru agia assim com Julius, mas agia no oposto com cada irmão, já que Otto via como Subaru tratava Joshua com seu comportamento da mesma forma que Julius o tratava.
Os três se davam realmente bem, na percepção externa e interna de quem visse o relacionamento entre eles.
[Julius: É hora de irmos. Subaru deve estar com tudo preparado, e acho que Anastasia-Sama também deve estar animada para surpresa.]
[Joshua: Espero que realmente seja algo minimamente interessante. Tem alguma idéia, Otto-San?]
[Otto: ——Não posso contar. Ele me forçou.]
[Joshua: ——Imaginei que não pudesse.]
Otto suspirou com cansaço enquanto saia, apertando o chamado “interruptor” para desligar a luz elétrica de seu quarto, a lâmpada de seu quarto. Uma coisa bastante que tornou-se bastante comum dentro dos domínios Hoshin.
2) Halibel;
Quando conheceu Subaru, Halibel, admitidamente, não esperava grandes coisas do garoto que conheceu perdido na cidade. Foi um acaso. Um acaso do destino, talvez? Ele não pensaria a respeito se não fosse pelos acontecimentos após conhecê-lo. Invenções revolucionárias, habilidades espirituais, capacidade de juntar pessoas ao seu redor, como também capacidade de liderança.
Se não bastasse suas habilidades normais: Foi ele quem liderou Zarestia e os Presa de Ferro, na ida na Capital quase um ano atrás, mais de seis meses, na caçada contra Baleia e contra o Preguiça. Trazendo mais fama para o Acampamento Hoshin, como sua companhia além de Kararagi para dentro de Lugunica.
Parecia que aquele jovem de cabelos negros, e roupas incomuns estava destinado a grandeza. Por si só ou ajudado e ajudando outras pessoas, como os seus atuais aliados.
Mas o que Halibel não esperava era o quão próximo eles ficaram desde o dia que se conheceram. O mais forte de Kararagi não desgostava do garoto, realmente não desgostava. Eles começaram a se dar muito bem. Com o tempo, Halibel até juntou-se ao grupo de Anastasia, uma figura que no passado conheceu através de Ricardo, como parte de seu Acampamento por conta de Subaru ter se firmado com ela por negócios — e então por se interessar nela como mulher. Se Halibel fosse honesto, teriam dois motivos: 1. Ele queria cuidar do garoto que fez amizade e 2. Por ver o quão empolgante sua vida se tornaria a partir daquele momento graças ao jovem de cabelos negros.
Saindo de seus pensamentos e voltando a situação atual.
Em um quarto particular estavam cinco figuras distintas, todos Demi-Humanos, três figuras pequenas com duas maiores. Os trigêmeos e os dois homens-lobo que observavam vestir suas roupas costuradas para o evento que ocorreria em alguns minutos, enquanto os homens observavam os mais novos.
[Mimi: O que vocês acharam?! Hein, hein?! O irmão-chefe não fez um quimono lindo pra Mimi?!]
[Hetaro: Mimi realmente está muito bonita.]
[Tivey: Não posso negar que o trabalho de Natsuki fez foi realmente bom. Magia, espíritos, e invenções como costuraria. Realmente ele poderia se dar bem como um comerciante solo, não?]
[Ricardo: Sim, sim. O garoto realmente fez um bom trabalho com vocês, e conosco. Não acha? Não achei que ele poderia deixar esse bonitão ainda mais bonito!]
[Halibel: Também não achei que fosse possível. Realmente gostei de minha roupa nova, apesar de que ainda preferiria meu quimono do dia a dia.]
Disse enquanto analisava-se e aos outros.
Para descrição dos trajes.
Mimi usava algo que foi intitulado como: Um Brilho Travesso; O quimono, feito com um tecido macio e levemente cintilante, possuía um fundo branco perolado, tão puro quanto a neve recém-caída. Sobre essa base imaculada, padrões vibrantes em tons de laranja e dourado serpenteavam pelo tecido, formando elegantes pegadas de gato que pareciam dançar ao longo das mangas e da barra. Pequenos detalhes em verde-água, a mesma cor dos olhos brilhantes de Mimi, estavam delicadamente entrelaçados ao design, trazendo harmonia ao conjunto.
As mangas eram longas e soltas, feitas especialmente para dar um ar fluido e gracioso aos seus movimentos.
Mas o detalhe mais encantador estava na faixa Obi, um laço bem ajustado em um verde-água vibrante, com bordados finos de pequenas flores de sakura e sinos dourados minúsculos que tilintariam suavemente a cada passo. Ao vesti-lo, Mimi girou empolgada, sentindo o tecido envolver seu pequeno corpo felino como uma nuvem macia.
Atrás, um adorável detalhe fez com que sua cauda balançasse animadamente: Subaru havia costurado um pequeno enfeite felpudo em forma de rabo de gato no laço do Obi, combinando perfeitamente com sua verdadeira cauda laranja.
O quimono não era apenas belo, mas feito para permitir sua liberdade e alegria de sempre.
Enquanto o de Tivey seria: Sabedoria Contida; Entre os muitos quimonos que ele estava costurando, o de Tivey exigia um toque especial. Ele sabia que o homem-gato não era do tipo que gostava de ostentação desnecessária, mas também não podia fazer algo simplório demais. Precisava de equilíbrio: sofisticação sem exagero, classe sem chamar atenção demais.
O quimono de Tivey era elegante, refinado, algo que combinava perfeitamente com sua personalidade calculista e intelectual.
O tecido base era um azul-marinho profundo, quase negro, refletindo sua postura séria e sua preferência por ambientes fechados, longe das travessuras de seus irmãos. Em contraste, finas linhas douradas formavam padrões geométricos sutis ao longo das mangas e da barra inferior, remetendo a diagramas precisos, como aqueles que um estudioso desenharia ao compilar seus conhecimentos. Pequenos símbolos bordados discretamente na barra, como minúsculos pergaminhos e livros abertos, adicionavam um toque de personalidade sem comprometer a elegância.
A faixa (obi) era um verde-água profundo, um aceno sutil à cor dos olhos de Tivey, trazendo uma sensação de continuidade e unidade com seus irmãos. A faixa era adornada com um pequeno broche dourado em forma de raposa, simbolizando sua inteligência e lealdade à Iron Fang.
As mangas eram ligeiramente ajustadas, permitindo um caimento fluido, mas sem excesso de tecido que pudesse atrapalhá-lo ao escrever ou organizar documentos. Um detalhe extra era a leve corrente dourada presa ao monóculo de Tivey, conectando-se sutilmente ao quimono, um pequeno toque de requinte que dava um ar ainda mais intelectual à sua aparência.
E o último dos irmãos, Hetaro: A Guarda Silenciosa; O tecido principal era de um laranja suave, puxando para um tom âmbar, uma cor que remetia tanto ao calor de sua presença quanto à sua conexão inegável com seus irmãos.
Diferente da energia vibrante de Mimi, o tom escolhido era mais sóbrio, transmitindo maturidade e equilíbrio. Para complementar essa base, delicados arabescos verde-água serpenteavam pelas bordas do quimono, como correntes suaves de vento ou folhas ao sabor da brisa. Esse detalhe não só trazia um toque de sofisticação, mas também destacava os olhos expressivos de Hetaro. As mangas, de comprimento médio, caíam suavemente sobre seus braços, garantindo liberdade de movimento sem comprometer a elegância da peça.
A faixa (Obi) foi cuidadosamente escolhida em um verde-musgo com um sutil acabamento dourado queimado, uma tonalidade que reforçava a sensação de firmeza e responsabilidade que Hetaro carregava consigo. A faixa era ajustada com precisão, sem exageros, trazendo um equilíbrio perfeito entre sofisticação e praticidade.
No entanto, o detalhe que tornava o quimono verdadeiramente único estava bordado discretamente na parte de trás da peça. Lá, desenhado com fios dourados sutis, repousava o emblema de uma espada atravessando um par de pegadas de lobo.
Os trigêmeos estavam se apreciando enquanto viam-se com o trabalho final que Subaru tinha feito para eles. Normalmente, enfeitados de formas diferentes. Mas o mais bem cuidado entre eles com certeza o de Mimi, que, bem sabido por quase todos, era a favorita de Subaru, que sempre mimava-a das maneiras que queria — coisa que até irritava Hetaro, pois não era incomum ver Mimi sentada no colo de Subaru recebendo tapinhas na cabeça.
Ricardo observava-os com um sorriso satisfeito pela empolgação deles, enquanto também observava o seu próprio, intitulado de maneira simplista pelo garoto: Grande Lobo; A vestimenta era feita de um tecido espesso e resistente, mas sem perder a suavidade do caimento. O fundo era de um vermelho bordô intenso, como o crepúsculo de uma batalha recém-finalizada, enquanto detalhes em dourado reluziam ao longo das mangas e da bainha, desenhando marcas tribais inspiradas em lobos e chamas que pareciam dançar ao longo do tecido.
O quimono não seguia o estilo tradicional.
Subaru sabia que Ricardo não se sentiria à vontade com mangas longas e pesadas.
Então, ele fez uma versão sem mangas, permitindo que os braços musculosos do guerreiro ficassem livres, como se estivessem sempre prontos para a batalha. O obi — a faixa amarrada à cintura — era preto com detalhes dourados, trazendo equilíbrio ao conjunto e mantendo um toque de autoridade. Além disso, um símbolo discreto da Presa de Ferro estava bordado na parte inferior das costas, um detalhe pequeno, mas significativo para o líder da alcatéia.
Para completar, Subaru adicionou um toque pessoal: uma corrente dourada presa ao obi, que pendia levemente na lateral, combinando com o brilho selvagem dos olhos de Ricardo e dando-lhe um ar de comandante destemido.
A vestimenta que rendeu algumas brincadeiras e elogios de Ricardo pelo trabalho duro que Subaru fez em prepará-lo.
Seu olhar então vagou para o novo quimono de Halibel. Mesmo o mais forte de Kararagi não escapou de uma “repaginada”, como Subaru gostava de dizer, para o evento noturno de aqui há alguns minutos: O Lobo da Névoa; A peça era negra como a noite sem lua, refletindo sua natureza enigmática, mas adornada com padrões sutis de névoa roxa e dourada que subiam pela barra e pelas mangas, como se sua própria presença estivesse sempre envolta em mistério. As mangas eram longas e desgastadas nas extremidades, um detalhe proposital de Subaru para combinar com a aparência desgrenhada e casual do homem-lobo.
No entanto, a grande surpresa estava nas costas: um símbolo tribal de lobo estilizado emergia em dourado sobre a seda escura, como se estivesse esculpido na própria noite.
O obi, um cinto largo que segurava o quimono no lugar, era de um dourado envelhecido, com pequenas linhas roxas formando padrões geométricos que lembravam as marcas da tribo de Halibel. O tom escuro do ouro casava-se perfeitamente com seus olhos predadores. Ele puxou as mangas um pouco para cima, satisfeito ao perceber que o traje não restringia seus movimentos. Um quimono elegante, sim, mas ainda assim funcional — perfeito para um homem que carrega a honra de sua raça e a liberdade de um vento noturno.
[Halibel: O garoto realmente se empolgou, não é?]
[Ricardo: Você sabe muito bem o por quê, certo? Hahaha! Eu deveria ficar irritado, como responsável pela Ana-Bo. Mas... não. Não posso deixar de admirar um pouco o jeito dele de agir baseado nos seus sentimentos. E ele pelo menos deixa tudo divertido! Hahaha!]
[Halibel: Exato. ——Arrf, aquele garoto.]
Soprando a fumaça de seu kiseru, Halibel assentiu em concordância as palavras e ao tom divertido de Ricardo ao falar de Subaru. Os dois adultos não poderiam deixar de divertir-se com a forma empolgada do garoto em fazer as coisas das maneiras mais extravagantes possíveis.
E ele tinha prometido que essa noite seria inesquecível.
3) Anastasia;
[Anastasia: Natsuki-Kun realmente se esforçou bastante para as vestimentas de hoje estarem bastante bonitas e elegantes, não acham? Não que eu vá reclamar do trabalho que ele colocou, prefiro não pensar que ele se esforçou desnecessariamente por nada.]
[Reize: Não se preocupe Anastasia-Sama. Enquanto ele trabalhava, eu e Otto-Sama fizemos o que pediu e impedimos que ele se esforçasse demais. Até tentamos ajudá-lo no que podia.]
[Zarestia: Su realmente se esforça muito. ——Não vou reclamar do presente, mas acho que poderia ter feito com minhas próprias mãos. Como espírito. Mas o Su realmente fez um trabalho impecável nisso, sim, bem diligente. —Urgh! Aquele cara estranho.]
Lembrando-se do Arcebispo que enfrentou, Zarestia não podia deixar de avaliar seu quimono feito por Subaru exclusivamente para ela: A Beleza Caótica; Diferente dos outros, seu traje parecia brilhar por conta própria, como se estivesse feito de luz líquida. Branco puro e imaculado, o tecido era suave como a neve recém-caída, deslizando sobre sua pele como uma segunda camada natural. O decote era moderado, mas insinuava sua feminilidade, enquanto as mangas longas balançavam levemente ao ritmo de seus passos.
No entanto, foi nos detalhes que Subaru colocou sua verdadeira maestria.
Traços verde-limão se espalhavam pelo tecido, como se fossem rajadas de vento carregadas de energia, formando espirais delicadas ao redor da cintura e descendo até a barra da saia. Diferente do quimono original de Zarestia, este mantinha a saia curta, mas com uma camada extra de tecido translúcido, que criava um efeito etéreo conforme ela se movia.
O obi era prateado com reflexos esverdeados, parecendo brilhar sob diferentes ângulos de luz, como se fosse um pedaço de sua própria Esfera de Luz costurado à sua cintura. No centro do nó, um pingente de cristal verde-limão estava preso, capturando o olhar de todos que se aproximassem.
As outras duas não conseguiam deixar de admirar sua beleza. Se naturalmente já tivesse uma beleza assassina, ela acentuava-se mais pela delicadeza como pelo cuidado feito no quimono que ela usava agora.
Mas o mesmo podia ser dito das outras duas, a Comerciante e a Oni.
No caso de Anastasia: Uma Elegância Astuta; O tecido branco puro, como a neve recém-caída, servia de base para um delicado padrão de flores de ameixeira, pintadas à mão em tons suaves de azul-petróleo. Pequenas estrelas douradas estavam entrelaçadas entre os galhos floridos, refletindo a luz sempre que ela se movia, um detalhe que remetia ao grampo de cabelo que adornava sua franja. As mangas longas e fluidas eram bordadas na ponta com detalhes florais quase imperceptíveis, escondidos como segredos à espera de serem descobertos. A bainha do quimono exibia um gradiente de azul-petróleo para branco, uma transição sutil que dava a impressão de que Anastasia estava envolta em uma névoa encantada.
O obi, uma faixa de tecido ricamente decorada, era de um roxo profundo, aveludado ao toque, com intrincadas linhas douradas que serpenteavam por sua extensão. Essas linhas brilhavam como ouro derretido sob a luz. No centro do obi, um pingente dourado em formato de moeda balançava levemente a cada passo.
Para completar o conjunto, um lenço de seda azul, fino e quase translúcido, estava amarrado com elegância ao obi, ele se movia com a brisa, como se tivesse vida própria, uma peça simples.
E no caso de Reize, foi um pouco diferente. Porque a garota Oni sentiu-se indigna de receber um presente daquele que no passado tentou assassinar injustamente por um lapso referente ao seu cheiro inconsciente. Tal desejo de ser renegada, no entanto, foi ignorado pelo rapaz de cabelos escuros e pelos outros do Acampamento, recebendo o presente após insistência que ao menos deveria usar para o evento.
O da oni era diferente, mas elegante: A Fúria Silenciosa em Seda; A seda escura, em tons de azul-noite e cinza profundo, envolvia seu corpo com uma elegância fria, como o silêncio antes da tempestade.
Bordados sutis de ondas revoltas e nuvens turbulentas adornavam as mangas e a barra da vestimenta.
As mangas longas e fluidas, comuns em quimonos mais formais, davam-lhe um ar de nobreza contida, mas a amarração do obi, um cinto vermelho-escuro com padrões de chamas sutis, era ajustada de maneira firme, quase militar, como se servisse para lembrar a si mesma da sua missão. O nó em suas costas era simples, sem adornos extravagantes, refletindo seu caráter prático e direto.
Sobre o quimono, Reize usava um haori fino — um casaco curto de seda preta com detalhes em azul-gelo, as pontas do tecido eram ligeiramente desfiadas.
As três mulheres vestidas de forma bela. Cuja elegância de tais quimonos ressaltavam suas belezas já naturais, que excediam as das roupas — nas palavras do próprio Subaru —, e elas gratificante mente andavam pelo corredor iluminado pelas lâmpadas produzidas pelo trabalho árduo de Subaru. As lâmpadas afastavam a escuridão do lado de fora, ao mesmo tempo que iluminavam as roupas delas.
Enquanto caminhavam, logo elas se encontraram na entrada do lugar. Os outros esperando-os.
[Ricardo: Fiiuuu!!! O mini-chefe realmente fez um bom trabalho!]
[Mimi: SIM, SIM! A Lady está muito, muito, hiper bonita! E Tia e Ze também!]
[Halibel: Não vou discordar. Não teria argumentos.
[Julius: Realmente... estão todas elegantes em suas vestimentas. Zarestia-Sama, se me permitir, realmente está magnífica. Como você também Anastasia-Sama e Reize-San.]
Cumprimentando-os, as quatro figuras foram as únicas que falaram abertamente sobre a beleza do trio feminino, enquanto os outros ainda estavam surpresos ou escolheram manter-se quietos ao verem suas imagens vestidas daquele jeito. As damas reagiram de maneira diferente aos elogios: Anastasia manteve um semblante neutro com um pequeno sorriso, Zarestia estava indiferente — internamente feliz pelos elogios — e Reize claramente envergonhada pelas palavras.
[Anastasia: Obrigado pelas palavras doces, e elegantes de sua parte Julius. Mas acho que está na hora de irmos para... ver o show. Que Natsuki-Kun preparou para todos nós.]
[Otto: Posso garantir que será algo bastante... empolgante.]
Disse com um pequeno sorriso de lado, contido.
—[X]—
[Subaru: Vejo que todos estão aqui! ESTÃO EMPOLGADOS?!]
[Mimi: Mimi tá, Mimi tá!]
Gritando de volta com tanta empolgação que o primeiro, a garota em seu quimono dava alguns saltos com o punho estendido Omo se quisesse enfatizar o “Eu”, “Eu” e isso só deixava a empolgação de Subaru maior, como seu sorriso.
Todos que estavam ali reunidos, também prestavam atenção na roupagem que o garoto usava.
Como de todos, ele também fez seu próprio quimono.
Aquele que Subaru usava tinha o titulo que só ele compreenderia, por algo mais profundo para si mesmo: O Quimono de Regressão; O tecido negro ondulava suavemente sob a brisa fria da noite, absorvendo a escuridão ao redor e tornando-se parte dela. Seu corte era tradicional, mas carregava um toque moderno – as mangas eram um pouco mais curtas que o normal, permitindo liberdade de movimento, enquanto a barra da vestimenta terminava em um padrão irregular. Linhas sutis em um tom cinza escuro percorriam o tecido, como cicatrizes que marcavam a história de sua jornada. Elas formavam padrões geométricos que pareciam mudar dependendo do ângulo da luz.
A faixa ao redor de sua cintura, o obi, era de um laranja vibrante, cortando o preto da vestimenta como um raio de esperança em meio ao desespero. Seu tecido era firme, mas não rígido, como se tivesse sido feito para envolver e sustentar aquele que o usava em seus momentos mais difíceis. No centro do laço traseiro, um pequeno emblema estava bordado da companhia.
Suas pernas eram cobertas por uma hakama ajustada, permitindo-lhe se mover com agilidade sem comprometer a estética tradicional. Pequenos traços dourados decoravam as bordas, quase imperceptíveis, como estrelas distantes em um céu escuro. As sandálias zori que ele usava eram reforçadas, feitas para alguém que estava sempre em movimento, e suas fitas laranjas se entrelaçavam ao redor dos tornozelos, dando a impressão de que chamas se acendiam a cada passo. No pescoço, um cachecol fino e negro balançava suavemente, feito de um tecido leve que parecia absorver o vento. Em uma de suas pontas, discretamente bordadas, estavam palavras que apenas ele podia compreender — 仕事 (Negócios) = 愛 (Amor), uma piada interna só sua por seu interesse pessoal pela figura principal dessa noite que todos tinham seu olhar.
Por fim, uma corrente de metal escuro pendia do obi, os elos tilintando levemente conforme Subaru caminhava.
[Subaru: Como todos bem sabem, hoje é um dia especial...! Tanto para essa pessoa, como para todos! ——O Aniversário de nossa querida Anastasia-Sama!]
Gritando aos quatro ventos, seu tom era de grande empolgação enquanto reafirmava o fato que todos sabiam. E isso rendeu alguns olhares divertidos na direção da comerciante, que mantinha um sorriso simples na face, sem revelar se estava empolgada ou só contendo-se ao estar ali.
[Anastasia: Natsuki-kun realmente está fazendo bastante alarde sobre o aniversário de uma dama. Não sabe que algumas não gostam de se lembrarem que estão ficando mais velhas?]
[Subaru: Eh? Sério? Mas você não deve se preocupar, Ana-tan! Independente de que idade você tenha, você ainda seria a mais bonita, eu acredito nisso! Assim como a Mimi prépre será a mais fofa, não estou certo, Hetaro?!]
[Hetaro: H-Hum?! A-ah, SIM! Lady Anastasia e a irmã sempre serão, sim!]
Forçado a ficar em evidência, com nervosismo e embaraço, ele concordou com as palavras de Subaru quando recebeu os olhares sobre si, enquanto Tivey resignava-se a suspirar com cansaço pelo irmão render-se dessa forma aos atos de Subaru. Subaru colocou as mãos em seu quadril e estufou o peito com orgulho, encarando o olhar de Anastasia sem vacilar, notando um pouco do divertimento dela.
Eles estavam no jardim. ——Não seria bem um jardim, mais uma área aberta com várias partes bem cuidadas. Seria uma área aberta/jardim grande bem cuidado e pertencente as áreas dos domínios da Companhia de Anastasia, que serviria para o que Subaru tivesse planejado para esta noite. Um lugar devidamente preparado para suas próximas ações.
[Subaru: Sem mais delongas, quero apresentar para vocês minha nova invenção! Esse presente para Ana-tan e o mundo!]
Apesar de querer corrigir o modo de referir-se de Subaru a dama deles, Julius não o fez.
Permitindo tal jeito só por essa noite.
No ar ao redor de Subaru, chamas apareceram, até conseguir uma forma física. Uma espécie de ave. Uma ave que não tem nem metade do tamanho de Mimi, barriga rosada, plumagem vermelha e grossa, bico dourado, olhos azuis brilhante de maneira intensa e uma pena gigantesca que parecia imitar uma espécie de chifre — azul na ponta, vermelho no centro e laranja na base. O grande espírito do fogo desenvolvido de Subaru, Antares.
[Subaru: Você está pronto para o Show, meu amigo?]
[Antares: Devidamente, Su-Su~~!]
Falando em um tom animado, ele bateu suas pequenas assas fortemente enquanto começava a voar. Batendo as assas rapidamente, as pessoas do mundo de Subaru pensaria que a velocidade de seu bater das assas, como seu movimento no ar lembraria um beija-flor do mundo natal dele.
Enquanto ele se afastava um pouco, Subaru seguiu até juntar-se ao grupo.
[Subaru: Espero que estejam preparados. Porque vai ser um grande show!]
[Ricardo: Espero mesmo, Mini-Chefe. Porque só os quimonos como presentes seria interessante, mas não o bastante se não tornou exclusiva para nossa dama.]
“Alertou” com um tom “ameaçador”, zombando fortemente da decisão de Subaru em fazer roupas para todos com suas habilidades e desperdiçar tanto tempo que poderia ser para costurar uma exclusiva para Anastasia em si.
Enquanto isso.
Antares voou até o ponto exato, com um bater das penas de sua cauda, acendeu o primeiro pavio. Esse pavio começou a queimar-se até o fim. Faíscas voaram, e um chiado intenso ecoou enquanto o projétil disparava para o céu. FWOOOSH! De repente, a escuridão foi rasgada por uma explosão de luz dourada, seguida por faíscas vermelhas que se espalharam pelo céu como pétalas flamejantes.
[Quase todos: WUOOOH!!!]
Outra rajada subiu rapidamente após a primeira, explodindo em um padrão azulado brilhante. E mais outra em uma cor verdejante. Para eles, lembrava a magia que usaram na caçada da Baleia, que permitia o céu ficar completamente iluminado, mas essa gerava luzes coloridas que rapidamente se dissipavam após sua explosão, em padrões bonitos.
[Mimi: Que bonito! QUE MANEIRO!]
[Tivey: O que é isso, Subaru?]
[Subaru: Isso, Tivey, é algo da minha terra natal. Chamamos de fogos de artifício.]
[Joshua: F-Fogos de artifício...? E como é feita? De que é feita?]
[Subaru: Boa pergunta, Joshua-kun! Isso, meus caros, é o resultado da pólvora! Um pequeno pó negro. ——A pólvora é uma mistura explosiva feita de três ingredientes principais: salitre, carvão e enxofre. O salitre fornece oxigênio para a queima, o carvão age como combustível e o enxofre faz a ignição ser mais rápida. Quando acendemos um pavio conectado a um recipiente cheio de pólvora… BAM! A reação cria um gás que se expande rapidamente, gerando uma explosão!]
Outras explosões de fogos acontecia no céu noturno, iluminando-o rapidamente, antes das cores se dissiparem e ser preenchido em seguida por outros. Várias, várias e várias vezes. Em uma sucessão incrível, mas bela.
[Reize: O que dá as cores, Subaru-Sama?]
[Subaru: Boa pergunta! Para criar diferentes cores, adicionamos metais específicos à pólvora! O cobre cria azul, o estrôncio dá vermelho, o bário produz verde e o sódio gera amarelo. Quando queimamos esses metais, os elétrons neles entram em um estado excitado e liberam energia na forma de luz colorida! Usamos tubos de madeira ou metal para lançar os fogos e pequenos compartimentos cheios de pólvora para criar os formatos. Dependendo de como organizamos a carga explosiva, conseguimos padrões diferentes no céu!]
Dito isso, novas cores enfeitaram o céu noturno no jardim. Subaru então deu um olhar significativo para seu Espírito de Fogo que entendeu o sinal.
[Subaru: Agora... vamos ver algo mais interessante.]
Quando ele falou isso, Antares acendeu o próximo pavio dos outros fogos de artifício. Recomeçando. O foguete disparou, FWOOOSH!, o fogo subiu rapidamente até o céu e então explodiu, mas ao invés de uma simples bola de luz, o rosto de Halibel foi formado em uma luz roxa com faíscas cinzas que ainda se destacavam no céu noturno.
[Halibel: O QUE?!]
Outros fogos foram atirados, e então no céu os rostos de Mimi, Tivey e Hetaro formaram-se em luzes alaranjadas com verde brilhante e toques brancos, personalizado com base no cabelo, olhos e roupagem padrão dos pequenos, que por sua vez ficaram de olhos arregalados. Os rostos estavam lado a lado, com sorriso formados no céu. E quando os rostos dos trigêmeos desapareceram no ar, outro fogo subiu.
Dessa vez o rosto canino de Ricardo foi formado com um sorriso gigantesco, e um símbolo de espada logo atrás.
[Ricardo: HAH! Hahaha! Agora sim, isso é bonito!]
Outros fogos, novas explosões. Dessa vez formando os rostos de Joshua e Julius no céu noturno. Logo depois veio o de Zarestia em uma luz branca com verde e quando se dissipou veio o de Reize, cujo olhos brilharam intensamente juntos do grande espírito do vento.
[Zarestia: Su, Su! Como você fez isso?! Usou alguma magia?!]
[Subaru: Não, não. Tia-chan! Eu apenas usei a ciência nos fogos de artifício! Para formar os rostos, só precisei usar uma carga moldada!]
[Reize: Carga moldada?]
[Subaru: Exatamente! Normalmente, os fogos de artifício explodem em todas as direções ao mesmo tempo. Mas se colocarmos pequenos explosivos individuais organizados em um formato específico, como um círculo, uma estrela… ou um rosto, conseguimos moldar a explosão para que ela siga um padrão definido!]
De seu bolso, ele pegou um dos cartuchos que não tinha sido disparado e mostrou seu interior. Dentro, várias pequenas esferas explosivas estavam organizadas em um padrão circular.
[Subaru: Cada uma dessas bolinhas contém um pouco de pólvora e sais metálicos para criar as cores. Antes de lançar, alinhamos essas esferas dentro do cartucho no formato desejado. Quando o projétil explode no céu, essas esferas são lançadas em um padrão pré-definido, criando a forma que queremos!]
[Anastasia: Então… Você basicamente faz a explosão seguir um desenho?]
[Subaru: Exato! ——Mas é um processo difícil. Se a pólvora não for distribuída de maneira perfeita ou se o tempo de explosão não for calibrado corretamente, o desenho pode sair todo torto. Por isso, precisei testar várias vezes até conseguir fazer funcionar direitinho. E usei o Otto pra me ajudar.]
Isso arrancou um pequeno suspiro de Otto, que lembrou-se de ser uma cobaia de teste que levou leves explosões no rosto que deixaram-no cheio de fuligem várias vezes, o forçando a se lavar várias vezes.
Subaru deu um olhar significativo para Antares, que entendeu novamente o recado. Acendendo o pavio do último. Esse último fogo de artifício era grande, e voou com potência para o céu em um FWOOOSH! maior que os dos outros. Ao chegar no seu ponto mais alto: Explodiu. Em várias cores arco-íris, de cores douradas, branca, roxa e verde, moldando o rosto completo de Anastasia Hoshin com um grande sorriso, com seu acessórios característicos.
Os olhos de todos se arregalaram e brilharam novamente ao verem tal exibição, mas os de Anastasia perdeu a neutralidade que normalmente moldava seu rosto para os negócios. Abrindo um grande sorriso sincero, como também seus olhos brilhavam, enquanto as cores se refletiam neles. Uma exibição magnífica! E ela estava claramente animada, feliz pela exibição magnífica.
[Subaru: Isso!]
A comemoração ao seu lado a fez olhar para o lado, enquanto as luzes da explosão gigantesca continuava por mais tempo do que qualquer outra explosão anterior. Subaru encarava-a com um sorriso gigantesco e os olhos brilhando, claramente empolgado como uma criança que conquistou o mundo enquanto a encarava sem desviar os olhos.
[Anastasia: O que foi...?]
[Subaru: Nada! Eu sempre fico feliz quando você sorri de verdade! São nesses momentos que eu me apaixono por você novamente!]
Declarando tais palavras com animo, sinceridade, como sem vergonha, apesar de suas bochechas rosadas, ele falou diretamente o que pensava para garota ao seu lado. Por sua vez a fez sentir algo que não sentia muitas vezes: nervosismo e vergonha, pelas palavras ditas tão diretamente, olho no olho. Um contraste leve entre quem normalmente estava a mercê e quem estava no comando das suas próprias emoções.
[Subaru: Então... gostou do seu presente?]
[Anastasia: ——]
Enquanto todos os outros continuavam distraídos olhando para o céu, nenhum deles notou a dupla que ficou mais atrás no grupo. Não viram a comerciante agarrando o jovem pelas gola, surpreendendo-o, e ainda mais quando foi puxado. Normalmente ele não seria tão facilmente sido puxado para baixo. Mas pela distração, ele cedeu. Enquanto ela também se levantava um pouco para alcançar a altura de seu rosto.
No meio termo entre um sendo forçado a se abaixar e outro se levantando, ambos se encontraram no meio do caminho. Os lábios se chocando nesse momento em um beijo enquanto a luz do fogo do rosto se dissipava e encerrava o show. Sem nenhum deles perceber, aqueles dois se beijaram durante alguns instantes antes de se separarem. Os dois rostos vermelhos. Mas enquanto Subaru estava levemente chocado, Anastasia estava com um sorriso sincero.
[Subaru: O-O que foi isso...?]
[Anastasia: Sua recompensa... por me fazer finalmente me apaixonar por você, idiota.]
Enquanto dizia isso, ela sabia conter um pouco de mentira ao falar aquelas palavras. Pois desde bastante tempo atrás ela realmente tinha se apaixonado pelo rapaz honesto na sua frente. Mas ela só agora se permitiu abrir-se honestamente com ele, depois de tanto tempo, até perceber que seria impossível para alguém dizer tais coisas sem pudor, com uma cara tão idiota, sem estar perdidamente apaixonado.
Enfim, a ganância amorosa do garoto de olhos assustadores de outro mundo superou a infinita da Comerciante de cabelos malva de Kararagi.
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