[Subaru: Bom dia, Rem-rin~!]
[Rem: Bom dia, Subaru-kun!]
Era assim que as manhãs do garoto de cabelos negros começava se cumprimentando. Um jovem mordomo com uma jovem empregada. As manhãs dele, obviamente nem sempre foram assim. Como um jovem Japonês, ele vivia uma vida simples junto de seus pais em uma casa tradicional.
Ele tinha sido invocado para outro mundo.
Uma coisa que começou como uma clássica historia de Isekai, imaginando que seria um personagem OP de Isekai clássicos. Mas mostrou-se como falso. Ele não recebeu nenhuma habilidade ou barra de status clássico das histórias clássicas que lia, mas não foi assim, ele recebeu um poder que o permitia retornar do tempo após morrer e ele acabou tendo que usá-la sete vezes — seis mortes causadas por outros e uma por vontade própria. E nesse tempo ele tinha formado grandes amizades, e laços, com as pessoas da Mansão Mathers.
Neles, Rem, a Oni de Cabelos Azuis, que servia na Mansão como uma empregada exemplar. Alguém que fazia 80% dos serviços gerais da casa com grande diligência que ninguém poderia superar.
Subaru agora servia como um mordomo, um mordomo que foi por conta da recompensa que ele exigiu depois de salvar Emilia, a Meio-Elfo, que ele conheceu no seu primeiro dia naquele novo mundo de fantasia. Alguém que ele gostava bastante. E a pessoa quem ele ajudou em dois casos diferentes, com a assassina, Elsa, e o ataque das Mabeasts há pouco mais de quatro dias atrás.
Uma vida complicada, mas não indesejada para esse jovem de cabelos negros. Pois ele finalmente estava conseguindo se ver tendo um tempo de paz desde sua chegada.
Trabalhando dentro da mansão como um mordomo, ele fazia seu serviço da diligente Rem e sua irmã gêmea Ram, quem chamava-o de Barusu desde que se conheceram. Ele fazia companhia para garota na Biblioteca Mágica, Beatrice, um espírito que tinha um comportamento classificado por ele como “Tsundere Clássica”, mas que ele também considerava extremamente fofa. O mago Roswaal, quem ele tinha muitas dúvidas sobre suas intenções. E a doce Emilia, que vivia acompanhada do espírito gato, Puck.
Companhias complicadas que aquele jovem não esperava em toda sua vida.
Mas, boa.
Atualmente ele estava voltando da vila de Arlam junto da empregada oni, ambos conversando durante esse tempo sobre o jantar que preparariam juntos — Subaru ainda aprendendo o oficio com Rem. Ao mesmo tempo que falavam sobre a vila, quem Subaru ajudou a proteger e salvar.
As crianças da vila particularmente se davam bem com Subaru, graças aos seus exercícios de Radiocalistenia e recompensas quando participavam nas vezes que ele realizava. Incentivando-os a sua vida de exercícios, como bem estar, saúde. Pontos que mesmo ele, um Hikikomori, considerava importante — especialmente para proteção de seu lar.
[Subaru: Petra parece estar realmente se tornando mais adepta ao caminho da Radiocalistenia.]
[Rem: Sim. E Rem notou que ela parece gostar de ficar bem próxima de Subaru-kun.]
[Subaru: Hum? Sério? Não notei isso antes. Mas falando sério, aqueles pirralhos estão ficando cada vez melhores também. Logo, logo. Posso ver a Radiocalistenia sendo realizada por todas as pessoas do mundo.]
Falando isso com um sorriso animado, ele proclamava como se pudesse ver o futuro. E nesse futuro sua bela radiocalistenia era compartilhada por todas as pessoas do mundo. Não seria algo tão importante para outros, mas para este jovem de cabelos negros, compartilhá-la com todos, como também a Maionese, era um dever sagrado que veio pessoalmente de sua família.
Uma missão que não foi realmente lhe passada pelos seus pais, mas que ele acabou pegando. Na intenção de preservar algumas das lembranças da sua antiga vida. Essas intenções também se estendiam as suas queridas roupas no seu quarto na Mansão — algumas novas copias costuradas por Rem para ele não vestir sempre a mesma — e seu celular, um dispositivo que não tinha mais sinal desde sua chegada no Reino Lugunica nessa terra de fantasia.
Enquanto caminhavam e se aproximavam da Mansão, eles chegavam perto da entrada da grande estrutura. Subaru sentia um pouco de saudades da música de toque do seu celular: Yoake no Michi — Flandes no Inu.
LALALA LALALA
ZINGEN ZINGEN KLEINE VLINDERS
LALALA LALALA
ZINGEN VLINDERS LALA
LALALA LALALA
ZINGEN ZINGEN KLEINE VLINDERS
LALALA LALALA
ZINGEN VLINDERS LALA
Mesmo agora ele sentia que poderia ouvi-lo, em alto e bom tom. A música que usava como toque.
Miruku iro no yoake
Mietekuru massuguna michi
Wasurenai yo kono michi wo
Patorasshu to aruita
Sora ni tsuzuku michi wo
Patorasshu!!
[Rem: Que som estranho é esse...?]
[Subaru: Hum?]
Komugibatake namiuchi
Kaze ni hikaru kazaguruma
Wasurenai yo kono michi wo
Patorasshu to aruita
Tooi to oimichi wo
Ringobatake no mukou de
Kawaii Aroa ga yonderu
Wasurenai yo kono michi wo
Patorasshu to aruita
Nagai nagai michi wo
Patorasshu!!
Foi na entrada da Mansão que ele percebeu.
Não era só na sua cabeça, nas suas lembranças. O som do toque de seu celular estava por todo ar ao redor. A musica estava sendo tocada de dentro da Mansão, e ao abrirem a porta, eles ouviram o som mais claramente do que antes.
[Ram: Barusu! Seu estranho dispositivo começou a fazer um enorme barulho repentinamente!]
[Beatrice: Sim, um barulho irritante, eu suponho.]
[Emilia: Sério...? Eu não achei tão ruim.]
[Roswaal: Subaru~~kun, você poderia cuui~dar disso, por favor?]
[Rem: Subaru-kun...?]
Subaru não respondeu, na verdade, ele mal ouviu os que eles tinham falado enquanto seus olhos estavam focados no celular que Ram segurava com as pontas dos dedos e direcionava um olhar irritado. Em choque, surpreso. Ele andou até a oni de cabelos rosas, pegou o dispositivo e o abriu.
[MÃE — Atender - Rejeitar]
Escrito bem na tela, estava uma coisa que ele não esperava ver. Sua mãe estava ligando para ele. Quando as coisas nesse novo mundo não pareciam mais surpreendentes, ali estava uma coisa que o fez ficar de olhos arregalados, a boca seca e seu coração ao ponto de parar.
Sua mãe estava ligando para ele, de alguma forma.
Mas isso só era desconhecido para Subaru, mas para o mundo...
—[X]—
O Mundo Inteiro estava chocado. Não era de surpreender, afinal. Um novo continente inteiro tinha aparecido no meio do Oceano Atlântico; Um super-continente que, através dos satélites, parecia dividido em quatro nações. E isso foi o bastante para fazer todo o mundo entrar em alarme.
E como instinto, os lideres de cada nação queriam chegar até aquela nova descoberta que parecia ter sido trazida de um mundo de fantasia. Por isso forças expedicionárias de cada nação foram enviadas para irem até tal novo lugar, para exploração. Alguns com armamentos pesados.
Entre esses, o Japão mandou sua expedição. Dez helicópteros armados.
Só que o inicio disso não foi da maneira que eles esperavam. Pois no vasto oceano, as águas revoltas refletiam a figura colossal de um dragão negro. No caminho, eles a encontraram, um dos Arcebispos do Culto das Bruxas, Capella Emerada Lugunica — não que soubessem quem ela era ou a quem estivesse afiliada, mas só viam um dragão negro com um sorriso grotesco voando no caminho entre eles e a nova nação.
[Capella: Ho~hoho~ O que seriam esses pequenos insetos de metais que rodeiam essa bela dama~? O Evangelho realmente acertou quando disse que encontraria coisas interessantes e repugnantes se eu seguisse por esse misteriosos lago que encontrei~~!]
Perguntou enquanto olhava ao redor com desdém, observando as maquinas voadoras com diversão distorcida. Para provocar: Ela lançou um jato de fogo negro contra um dos transportes que conseguiu desviar a tempo, mas arrancou um riso distorcido dela pelo desespero claro dentro da aeronave.
[Capella: O que foi, hein?! Míseros pedaços de carnes enfurnados em metal tem medo de se aproximarem dessa bela dama, Gyahahahaha~~! Se não vierem logo... essa dama pode escolher acabar com vocês!]
[Piloto: Alvo hostil, fogo!]
Os pilotos receberam ordens imediatas para abrir fogo. Em segundos, rajadas de balas traçantes e mísseis cortaram os céus, indo direto na direção da gigantesca fera. A princípio, Capella riu, observando os ataques como se fossem meras gotas de chuva.
Mas então, as primeiras explosões acertaram seu corpo.
O impacto fez suas escamas tremerem. Rajadas de balas perfuraram sua couraça negra, queimando sua carne. Sua expressão de superioridade vacilou, sua boca se contorceu num rosnado de irritação.
[Capella: Como ousam...!?]
Ela rugiu, expelindo um mar de chamas negras em fúria. As labaredas cortaram os céus como uma maldição viva, consumindo dois helicópteros que se transformaram em bolas de fogo antes de caírem no oceano. Mas os japoneses não hesitaram. Os helicópteros remanescentes se dispersaram, ajustando suas formações e redobrando os ataques.
Mísseis rasgaram os céus, explodindo contra suas asas e forçando-a a recuar momentaneamente.
Capella rangeu os dentes, sentindo a dor formigar em seu corpo. Pela primeira vez, percebeu que aqueles insetos eram mais problemáticos do que esperava. Suas feridas começaram a se regenerar, mas a raiva fervilhava dentro dela.
[Capella: Vocês... ratos miseráveis... ATREVEM-SE a ferir a mim?! EU, QUE DEVERIA SER ADORADA?!]
Ela bateu as asas com fúria, criando uma onda de choque que sacudiu os helicópteros. Com um movimento de suas garras, suas asas começaram a se transmutar, crescendo lâminas negras que refletiam a luz do sol. Com um impulso, ela disparou pelo céu, colidindo diretamente contra um dos helicópteros e o destroçando como se fosse papel. As chamas negras engoliram os destroços.
No entanto, os pilotos japoneses eram treinados para o combate contra ameaças de alta periculosidade.
Outro ataque coordenado veio de diferentes ângulos, atingindo a lateral de Capella. O rugido de dor e fúria reverberou, sua cauda chicoteou o ar, derrubando outro helicóptero em retaliação. A batalha se intensificava. Cada ferida que Capella sofria apenas alimentava sua fúria crescente. Mas os humanos não recuavam. O oceano abaixo refletia os incêndios no céu, enquanto o confronto entre a besta demoníaca e a tecnologia militar se tornava cada vez mais violento.
Com seus olhos ardendo de ódio, Capella avançou contra mais um helicóptero. Suas garras perfuraram a fuselagem metálica, arrancando pedaços do veículo como se fossem papel.
Os soldados dentro mal tiveram tempo de reagir antes que a monstruosa arcebispa os esmagasse com um aperto brutal. O helicóptero explodiu em meio ao rugido de sua fúria.
Outros helicópteros tentaram recuar, mas a besta não lhes deu chance. Com um bater de asas, lançou-se em meio ao esquadrão, suas garras afiadas rasgando outro veículo ao meio. O metal retorcido girou em chamas antes de cair no oceano, deixando apenas destroços boiando na água. As metralhadoras continuaram a disparar contra seu corpo, enquanto mais mísseis atingiam suas escamas. Cada explosão arrancava pedaços de sua carne, expondo feridas abertas e esguichando sangue escuro. Mas mesmo ferida, Capella avançava, impulsionada por seu orgulho distorcido e desejo de aniquilar aqueles que ousavam desafiá-la.
Com um rugido ensurdecedor, ela expeliu mais uma rajada de chamas negras, carbonizando outro helicóptero no ar. O fogo consumia a aeronave, transformando-a em cinzas antes de colidir violentamente com as águas abaixo.
Agora restavam apenas dois helicópteros.
Os pilotos, desesperados, usaram suas últimas munições. Uma chuva de balas e mísseis golpeou Capella, perfurando suas asas, dilacerando suas garras e arrancando pedaços de suas escamas reluzentes. A dor era excruciante, seu corpo tremia, mas seu orgulho não a deixava cair.
Com um movimento final, ela se lançou contra o penúltimo helicóptero, esmagando-o entre seus dentes. O gosto metálico misturado ao sangue dos soldados invadiu sua boca antes que ela o cuspisse como se fosse lixo.
O último helicóptero tentou fugir.
Capella viu e sorriu cruelmente.
Com um vôo rasante, sua garra gigante se fechou ao redor da aeronave em pleno ar. O veículo estremeceu, os motores giraram em vão, mas a força esmagadora da arcebispo era avassaladora. O metal rangeu e se contorceu, enquanto os soldados dentro gritavam desesperados.
Capella apertou mais.
Num instante, o helicóptero implodiu entre suas garras, suas lâminas mortais perfurando cada pedaço do veículo até que nada restasse além de destroços retorcidos que despencavam em direção ao oceano.
Ofegante, ferida, ensangüentada, Capella observou o mar coberto de destroços e fumaça negra.
[Capella: Foi isso...? Ridículo...]
Ela cuspiu no ar, sua respiração ainda pesada. Embora tivesse vencido, estava longe de sair ilesa. Seu corpo ardia de dor, e suas feridas ainda se regeneravam lentamente. Mas para ela, o resultado final era o que importava.
Aquele tinha sido o primeiro encontro entre um Arcebispo do Pecado com as forças da Terra.
Marcando o possível inicio de um conflito maior.
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