1. Spirit Fanfics >
  2. Re: Zero Devil May Cry >
  3. A Casa do Palhaço

História Re: Zero Devil May Cry - A Casa do Palhaço


Escrita por: ZangsDeadpool

Capítulo 3 - A Casa do Palhaço


 

Anteriormente...

 

- Emília-sama, é bem provável que nós vamos ter uma conversa bem importante com você, muito em breve eu creio. Eu espero que você entenda. – Continua o ruivo, entregando a insígnia a sua legitima dona, antes de começar a andar pra fora do casarão. – É melhor aproveitarmos esses momentos de paz, Emília-sama. Pode ser a última vez que possamos ver a luz da lua tão calmamente. – Nisso ele para e se vira para encarar o albino. – Nero-kun, posso te pedir um favor?

- Não tenho nada contra, contanto que você me devolva o favor. – Responde o meio demônio, com um sorriso divertido no rosto.

- Por favor, tome conta da Emília-sama. Ela não tem ninguém pra protege-la e pelo o que eu vi aqui, você é mais do que capaz de fazer isso. Posso confiar essa missão a você? – Pergunta o ruivo, olhando com seriedade para Nero.

- Meu amigo, considere ela mais segura do que se estivesse sendo mantida presa numa prisão de segurança máxima. – Diz Nero, dando um joinha pro cavaleiro, que sorri com a resposta. O que não foi de muito agrado para a maga em questão.

- Eu não preciso de proteção! Muito obrigada! – Reclama a maga, cruzando os braços e virando a cara com raiva dos amigos.

- Mas você não foi a primeira que quase morreu aqui? Se não fosse pelo garoto ali, você iria ter sua cabeça rolando no meu chão, lembra? – Comenta Rom, derrubando todos os argumentos que Emília poderia ter contra essa decisão de Reinhard.

- Agora você não tem escolha, garota. Eu vou com você até sua casa e explicar aos seus pais que sou seu novo guarda-costas, graças ao ruivinho ali. – Disse Nero, apontando Reinhard, que ainda estava parado perto do buraco do casarão.

- Eu não tenho pais. – Disse a meia-elfa, num tom triste e um tanto melancólico.

- Nem eu. Eu perdi a minha mãe e irmã aos 7 anos e cresci sem pai. Então estamos na mesma situação. – Rebateu o meio demônio, surpreendendo a platinada. – Meu tio me criou desde então e agora eu estou solto no mundo, como um homem feito.

Emília estava chocada com a forma que Nero falou de sua perda com total naturalidade, como se não fosse grande coisa. Mas seus olhos diziam o contrário. Mostravam tristeza, culpa, vergonha. Ela ficou pensando o porquê de Nero estar agindo daquele jeito, que nem percebe que ele  já estava praticamente indo embora, sem ela o acompanhando. E quando o albino percebeu isso, ele se vira para encara-la e ela ainda estava parada no mesmo lugar. O meio demônio bufa de frustração.

- Você vem ou eu vou ter que te carregar como eu fiz pra que a gente chegue naquela igreja? – Perguntou o albino, com um certo ar provocativo para a meia-elfa, que sentiu suas bochechas esquentarem quando ouviu aquela última parte.

- Nem se atreva a fazer aquilo de novo, ou eu juro que vou congela-lo pra sempre! – Pragueja a platinada, completamente envergonhada pela fala do meio demônio.

- E eu lhe digo, boa sorte pra me acertar com o seu gelinho, garota. Por que vai precisar. – Provoca Nero, se aproximando de Emília e ficando a um passo de distância e olhando fundo nos olhos dela.

Vendo que não iria ganhar de Nero com aqueles argumentos e com essa briguinha infantil, Emília decidiu se retirar, chamando o albino para segui-la. Nero apenas a segue e coloca seus fones de ouvido, conectado ao seu celular e começou a ouvir suas músicas, pra ver se o tempo passava mais rápido.

 

Agora...

 

Nero olhava a paisagem passando pelo lado de fora da janela da carruagem, que o levaria para onde ele iria morar de agora em diante, mesmo que a contragosto da platinada a sua frente.

Emília olhava de tempos em tempos para Nero e se perguntava o que era aquela coisa no ouvido dele, pra que servia e da onde estava vindo aquelas vozes estranhas, misturadas a sons que nunca tinha ouvido, em ritmos totalmente diferentes das que estava habituada a ouvir. Com um certo nervosismo de poder falar o que não devia para Nero, Emília o cutuca no ombro, fazendo o albino se virar para encara-la.

- O que foi? – Pergunta Nero, retirando um dos fones de ouvido pra poder prestar atenção no que Emília iria dizer.

- O que é isso? – Perguntou a garota, apontando para o fone na mão de Nero, olhando com certo espanto e curiosidade ao mesmo tempo.

- É um fone de ouvido. Eu uso pra ouvir música do meu celular. – Explica Nero, mostrando o aparelho que estava em seu bolso até então. Mas a explicação parecia não ter sido o bastante para Emília, que apenas começou a olhar aqueles aparelhos eletrônicos, que mais pareciam mágicos aos seus olhos, com mais curiosidade e estranheza ainda.

- Está dizendo que essa coisinha pode criar música?

- Acho que a palavra certa seria, reproduzir. Quer ouvir? – Perguntou o albino, surpreendendo a platinada, que se assusta com a pergunta.

- O que?

- Perguntei se você quer ouvir alguma música do meu celular. Você quer? – Repetiu o mesmo, estendendo o fone que tinha tirado para Emília.

Emília ficou pensando alguns poucos segundos e mesmo com um pouco de hesitação, ela pegou o fone e o colocou no ouvido oposto de Nero, para não ter nenhum problema com o tamanho do fio que o fone possuía, deixando ambos bem próximos um do outro. Nero então escolheu uma música de sua playlist, uma que ele acreditava ser bem leve e de possível interesse da platinada ao seu lado e a música começou a tocar. O som dos instrumentos começando a tocar diretamente no ouvido de Emília a assustou de início, mas esse susto passou rapidamente quando Nero segurou sua mão e olhou em seus olhos com um pequeno sorriso no rosto.

 

I found myself dreaming in silver and gold (Eu me encontro acorda)

Like a scene from a movie that every broken heart knows (Como na cena que todo coração partido conhece)

We were walking on moonlight and you pulled me close (Estávamos andando sob a luz da lua e você me puxou para perto)

Spliti second and you disappeared and then i was all alone (E em um segundo você desaparece e então eu estava sozinha)

 

I woke up in tears, with you by m side (Acordei em lágrimas, com você ao meu lado)

A breath of relief, and I realized (Um suspiro de alivio e eu percebo)

No, we’re not promised tomorrow (Não, o amanhã não nos é prometido)

 

- Essa música era especial pra minha mãe. Pois ela sempre cantava pra gente e dizia que sempre cantava pro nosso pai, antes dele desaparecer. Dizendo que era assim que mostrava pra ele o quanto ela o amava e ainda o ama. – Conta o albino, sem perceber que estava sorrindo, enquanto se lembrava dos dias que sua mãe cantava essa e outras músicas para ele e sua irmã quando eles pediam.

 

So I’m gonna love you, like I’m gonna lose you (Então eu vou te amar, como se eu fosse te perder)

I’m gonna hold you, like I’m saying goodbye (Eu vou te abraçar, como se eu estivesse dizendo adeus)

Wherever we’re standing, I won’t take you for granted (Onde quer que estejamos, eu vou te valorizar)

Cause we’ll never know when (Pois nunca sabemos)

When we’ll run out of time (Quando iremos ficar sem tempo)

So I’m gonna love you, like I’m gonna lose you (Então eu vou te amar, como se eu fosse te perder)

I’m gonna love you, like I’m gonna lose you (Eu vou te amar, como se eu fosse te perder)

 

In the blink of an eye, just a whisper of smoke (Num piscar de olhos, como um sopro de fumaça)

You could lose everything, the truth is you never know (Você pode perder tudo, a verdade é que nunca se sabe)

So I’ll kiss you longer baby, any chance that I get (Então eu vou te beijar muito, amor, qualquer chance que eu tiver)

I’ll make the most of the minutes and love with no regret (Eu vou aproveitar ao máximo os minutos e te amar sem nenhum arrependimento)

 

So let’s take our time to say what we want (Então vamos usar nosso tempo pra dizer o que quisermos)

Use what we got before it’s all gone (Usar o que temos, antes que tudo se vá)

No, we’re not promised tomorrow (Não, o amanhã não nos é prometido)

 

So I’m gonna love you, like I’m gonna lose you (Então eu vou te amar, como se eu fosse te perder)

I’m gonna hold you, like I’m saying goodbye (Eu vou te abraçar, como se eu estivesse dizendo adeus)

Wherever we’re standing, I won’t take you for granted (Onde quer que estejamos, eu vou te valorizar)

Cause we’ll never know when (Pois nunca sabemos)

When we’ll run out of time (Quando iremos ficar sem tempo)

So I’m gonna love you, like I’m gonna lose you (Então eu vou te amar, como se eu fosse te perder)

I’m gonna love you, like I’m gonna lose you (Eu vou te amar, como se eu fosse te perder)

 

I’m gonna love you, like I’m gonna lose you (Eu vou te amar, como se eu fosse te perder)

I’m gonna love you, like I’m gonna lose you (Eu vou te amar, como se eu fosse te perder)

 

Wherever we’re standing, I won’t take you for granted (Onde quer que estejamos, eu vou te valorizar)

Cause we’ll never know when (Pois nunca sabemos)

When we’ll run out of time (Quando iremos ficar sem tempo)

So I’m gonna love you, like I’m gonna lose you (Então eu vou te amar, como se eu fosse te perder)

I’m gonna love you, like I’m gonna lose you (Eu vou te amar, como se eu fosse te perder)

 

Quando a música parou, Emília pode ver uma parte que Nero não gostava de mostrar a outras pessoas, nem mesmo para seu tio. Um Nero sensível e triste, que sente falta de sua mãe e irmã a muito tempo falecidas nas mãos de demônios imundos e nojentos. O albino enxuga as lágrimas com as costas das mãos, enquanto outra música começava a tocar, mas nem um nem o outro estava prestando atenção na música.

- Isso sempre acontece quando eu escuto essa música. – Explica Nero, retirando o fone do ouvido de Emília e pausando a música que estava tocando no celular.

- É muito bonita. – Confessa a meia elfa, dando um pequeno sorriso para o meio demônio. – Digo, eu não entendi muito do que eles estavam falando, mas... O ritmo dela, o jeito que eles falavam... Eu pude sentir que se tratava de um amor tão grande que na falta do outro, da sua outra metade, eles ficam praticamente desolados. Então eles resolvem aproveitar o máximo de tempo que eles tem juntos para mostrar o quanto eles se amam.

Nero ficou impressionado com a análise de Emília sobre a música. Mesmo ela não entendendo a língua da música, ela pode entender sua essência. E isso o deixou imensamente feliz, não podendo evitar de sorrir que nem um bobo, o que deixou Emília confusa pelo ato.

- O que foi?

- O que? – Rebate de forma confusa para a platinada.

- Por que está sorrindo?

- Não posso sorrir? – Rebate novamente, num tom mais zombeiro e brincalhão para a garota a sua frente, que ri da brincadeira feita pelo albino.

- Claro que pode. Eu só quis saber o porquê de estar sorrindo. – Explicou a platinada, sorrindo em meio aos risos fracos.

- É segredo. – Responde Nero, fazendo Emília fazer um biquinho bem fofo para Nero e o mesmo teve que se conter em não se aproximar mais dela desfazer aquele bico de um jeito bem peculiar. – De qualquer forma, quanto tempo mais falta pra gente chegar? Está bem tarde agora. – Disse o albino, olhando para o lado de fora e vendo a lua bem alto no céu estrelado.

- Devemos estar quase chegando. – Responde Emília, também dando uma olhada pro lado de fora e procurando algum indicio de estarem chegando ao seu destino. – Ah, chegamos!

Quando Nero ouviu isso ele se virou pra mesma direção que Emília estava olhando e viu o local onde ela morava.

 

Cap. 3 – A Casa do Palhaço

 

Uma mansão enorme de três andares, bem similar ao Palácio de Versalhes na França, com um toque mais voltado a arquitetura alemã do que a francesa. Mas mesmo assim era bem bonita. Na porta da frente, duas empregadas, praticamente idênticas, os aguardavam de prontidão.

A carruagem em que eles estavam para na frente das empregadas e Nero foi o primeiro a abrir a porte e a descer, oferecendo ajuda a Emília a descer, como um bom cavalheiro que sua mãe lhe ensinou a ser, ao contrário de seu tio, que ensinou a como cortejar a mulherada e a lutar com estilo.

- Bem vinda de volta, Emília-sama. – Disseram as empregadas, fazendo uma reverencia a platinada.

- Estou de volta, Rem, Ram. – Devolve Emília, com um sorriso contente no rosto.

- Emília-sama, quem é esse aí com uma aparência selvagem? – Pergunta a empregada de cabelos rosas e olhos levemente vermelhos, inclinando levemente a cabeça pra um lado.

- Sim. Quem é esse ser incivilizado e de aparência selvagem, Emília-sama? – Pergunta a empregada de cabelos e olhos azuis celeste, imitando a ação da outra, mas pro lado oposta da mesma.

- Obrigado pela apresentação pomposa. Eu sou, assim como vocês descreveram, incivilizado e selvagem, Nero Kurokami Sparda ao seu dispor. – Diz Nero, fazendo uma pose convencida para as empregadas antes de continuar. – Também sou rude, bruto e hedonista. O pior tipo de pessoa que vocês podem encontrar. Então recomendo que leiam a nota de uso e dosagem quando forem interagir comigo da próxima vez. Brinquem com fogo e vão se queimar, tampinhas. – Termina o mesmo dando um sorriso sarcástico e zombeiro para as gêmeas, que olharam com desaprovação para o albino.

- Agradeceríamos se você nos desse um manual sobre isso. – Disseram as gêmeas ao mesmo tempo e mantendo o olhar de desaprovação para Nero, que ri abertamente com isso.

- É sério que vocês vão ler? Tá bom. Espero que estejam prontas pro que vocês vão ver. – Responde o albino, voltando a olhar para as gêmeas.

Quem quer que visse aqueles três na sua frente, poderia jurar que estava vendo raios sair dos olhos dos três e se chocarem, como se estivessem vendo qual olhar era mais ameaçador.

Emília via aquilo com uma gota na cabeça e se perguntava se deveria se meter no meio da conversa.

Mas não foi preciso pois mais uma pessoa havia chegado no local.

Ele vestia roupas extravagantes, parecendo um palhaço de circo ou um bobo da corte, com uma pequena cartola inclinada no topo da cabeça. O que reforçava mais a ideia de que ele era um palhaço era a maquiagem que o mesmo usava, cobrindo o rosto todo com um pó branco e manchas arroxeadas nos olhos heterocromáticos do mesmo, sendo um dourado e o ouro azul.

- Rem-chan, Ram-chan, não ensinei a serem mais educada com os nossos convidados? – Pergunta o palhaço que estava descendo as escadas que davam na porta da frente da imensa mansão.

- Sim, perdoe a minha querida irmã, Rosswaal-sama. – Pediu a azulada, voltando-se para o palhaço, que aparentemente era o patrão delas, e fazendo uma reverencia ao mesmo.

- Sim, perdoe a Rem, Rosswaal-sama. – Pediu a rosada, provavelmente se referindo a gêmea de cabelo azul, fazendo os mesmos movimentos da irmã.

- Emília, quem o mané fantasiado de palhaço? – Pergunta Nero, se virando para Emília e apontando para o palhaço na frente dele.

A cara das garotas quando ouviram Nero falar assim do proprietário da mansão e de uma forma tão normal e sem preocupação foi simplesmente impagável, na opinião do albino, que mantinha a cara de curioso para a platinada, enquanto o recém-chegado mantinha-se completamente tranquilo diante dos insultos.

- Nero! Esse é o proprietário desse lugar! – Diz Emília, claramente desesperada com o que poderia acontecer com Nero diante de tudo o que ele falou.

- Tem certeza? Por que pra mim ele parece mais um palhaço.

- Mas é claro que eu tenho! – Berrou a platinada, quase entrando em desespero total ali mesmo. – Por que você acha que ele não é o dono do lugar?

- Simples. Se tem cara de palhaço, se veste como um palhaço, se se maquia como um palhaço e se parece com um palhaço, a conclusão é óbvia. Ele é um palhaço! – Conclui o albino, apontando para Rosswaal, que sentiu uma veia saltar em sua testa, mas mesmo assim não perdeu a compostura diante dos insultos recentes.

Mas não foi ele quem ágil primeiro e sim a empregada de cabelo azul, Rem, que lançou uma maça espinhenta presa por uma corrente contra Nero, que respondeu com um tiro de sua Blue Rose, destruindo a esfera de espinhos completamente, surpreendendo a todos ali com o poder de fogo da arma, além de assusta-los com o estampido da arma. Nero então usa seu braço direito para pegar a corrente que estava presa a um fragmento da arma de Rem e como a garota ainda segurava o cabo da arma, ele a puxou para sua direção e desferiu um soco no rosto da mesma, a direcionando de encontro ao chão, chegando a rachar o piso da entrada e fazer Rem cuspir um pouco de sangue e saliva.

Ram e Rosswaal já estavam prestes a atacar também, quando Emília ficou na frente de ambos.

- PAREM! – Gritou a platinada, chamando a atenção de todos ali. Até mesmo os empregados que estavam no lado de dentro pararam o que estavam fazendo para ver o que acontecia no lado de fora. – Rem, Ram, Rosswaal-sama. Esse garoto me salvou de uma assassina na capital!

- Além de ter ajudado a encontrar a sua insígnia que você perdeu. Ou melhor, foi roubada. – Complementa Nero, ganhando um olhar furioso de Emília quando falou essa parte.

- Isso é verdade Emília-sama? – Pergunta Rosswaal, olhando diretamente a Emília, que olha pro mesmo com certa vergonha por ter deixado o roubo ter acontecido.

- Sim. – Responde a garota de maneira cabisbaixa ao mais velho, que solta o ar pesadamente, como se estivesse cansado.

- E eu ainda pedi pra que você deixasse isso aqui em casa. Se eu conhecesse a sua família, diria que puxou essa teimosia do pai ou da mãe. Mas pelo que parece, a mãe é que deveria ser a teimosa da casa. – Comenta Rosswaal, mesmo tentando aliviar a tensão no local. Rem já havia se levantado e seu nariz sangrava um pouco por conta do soco que levou. Provavelmente ele estava quebrado. – Agora não tem jeito. Emília-sama, nós vamos contratar alguém para protege-la. – Informa o palhaço (Eu vou chama-lo de palhaço por razões obvias), olhando diretamente para a platinada, que já estava prestes a protestar quando alguém fala no seu lugar.

- Isso não será necessário. Eu vou tomar conta dela pra vocês. Em troca, vocês me dão um teto pra morar, comida pra me alimentar e um dinheirinho pra me sustentar. – Informa Nero, surpreendendo a todos ali.

Até mesmo os empregados dentro da mansão ficaram incrédulos com o que ouviram.

- E por que deveríamos contratar alguém como você, meu jovem? – Questionou o palhaço, num tom de desconfiança e descrença.

- Ora, não viu o que eu acabei de fazer com a sua Power Ranger Empregada Azul ali? Deveria ser obvio que eu não sou um humano normal. – Responde o albino, apontando para Rem com seu braço demoníaco, fazendo o proprietário e seus empregados finalmente notarem a peculiaridade em seu braço direito.

- Você... É um mestiço, não é? – Pergunta Rosswaal, olhando mais para o braço de Nero do que para o mesmo.

- Sim. Sou Nero Kurokami Sparda. O mais novo guarda-costas da sua protegida que você falhou em proteger, Sr. Palhaço. – Responde Nero, zombando com bastante gosto Rosswaal, que sentiu-se irritado com aquela acusação.

- Como assim, Nero-kun?

- Ora, se eu fosse você, não teria deixado essa garota sair por aí com uma coisa tão importante como essa insígnia que ela carrega. E também, já teria contratado um guardião para ela há muito tempo, mesmo que isso fosse contra a sua vontade e as escondidas. – Responde o albino, mantendo a pose provocante e  sorriso convencido no rosto, aumentando ainda mais o nível de irritação de Rosswaal.

Porém, o mesmo devia admitir que o que Nero disse eram soluções muito melhores o que as que ele havia tomado até então. Ele tem sido muito condescendente com os pedidos e desejos de Emília. E a mesma, mesmo sendo uma maga poderosa, não podia lidar com todos os perigos que espreitam na capital sozinha. Além disso, ele não parece que se dobraria tão facilmente aos desejos da platinada.

Pelo que parece, Rosswaal fora derrotado por um mestiço que mal acaba de conhecer e foi na base de argumentos, onde ele era considerado um expert no assunto.

- Pois bem, eu aceito a sua proposta. Mas antes, eu gostaria de saber algumas coisas.

- Pergunte.

- Como conheceu Emília-sama?

- Digamos que foi por que eu estava no lugar certo, na hora certa. Ela estava atrás da ladra que roubou sua insígnia e eu ofereci a minha ajuda.

- Por que ajudou ela?

- O por que não te interessa, o pastel. – Responde Nero, abrindo um sorriso maroto no rosto e olhando para o palhaço como se ele fosse um idiota.

Será que ninguém pode ajudar alguém apenas por querer ajudar?

- Como foi decidido que você iria proteger Emília-sama?

- Foi depois que nós lutamos com uma serial killer, a vadia das entranhas...

- Caçadora. – Corrige Emília, fechando a cara por conta do palavreado de Nero.

- Isso. Aí um cara vestindo uma roupa chique e de cabelo ruivo chegou e explicou quem era ela. Ele também me pediu pra ficar de olho na nossa amiga aqui. – Termina Nero, bagunçando o cabelo platinado de Emília, que corou bastante com o ato e bateu na mão do albino em sinal de protesto.

- Para de bagunçar o meu cabelo! Deu o maior trabalho deixar ele assim. – Reclama Emília, tentando arrumar seu cabelo, mas o estrago já estava feito. – Ah! Agora vai levar uma eternidade pra arrumar ele!

- Relaxa. Eu dou um jeito nele pra você. – Diz Nero, de uma forma que apaziguasse a pequena rixa entre eles.

- Como assim?

- Esqueceu que eu tive uma irmã?

Enquanto o casal ficava trocando um pouco de conversa fora, a empregada de cabelos rosas, Ram, se aproxima da irmã e ajeita o nariz da mesma antes de se pronunciar.

- Rosswaal-sama, o que foi?

- Sparda... Eu conheço esse nome. Mas... Ele não tem descendentes. – Disse o palhaço, olhando com certa desconfiança para Nero, que estava provocando ainda mais Emília ao bagunçar ainda mais os seus longos cabelos platinados, a fazendo se irritar com aquilo, mas no fundo ela parecia gostar daqueles toques. – Amanhã ficarei ausente por um bom tempo. Quero que fiquem de olho no nosso novo convidado até eu voltar. Não façam nada precipitado ou tomem conclusões sem terem provas concretas. Ouviram?

- Hai, Rosswaal-sama. – Responderam as gêmeas, fazendo uma reverencia diante de seu patrão e o mesmo logo se vira para o casal à sua frente.

- Se já terminaram com a brincadeira, por que não entramos e comemos a nossa janta. Estávamos esperando a volta de Emília-sama, mas podemos providenciar mais um prato para você, Nero-kun. – Chamou o palhaço, atraindo a atenção de Nero e de Emília.

- Agradeço a hospitalidade, Jester. – Agradece o albino, parando de importunar Emília com o bagunçar de cabelos dela.

- “Jester”?

- É seu novo apelido, Palhaço. Ou você prefere que eu te chame de “Palhaço”, Palhaço? – Provoca Nero, abrindo um sorriso zombeiro para Rosswaal, que sentiu outra veia saltar em sua testa.

Bem, Jester era melhor do que ser chamado de palhaço toda hora, na opinião dele.

- Jester é melhor para a minha saúde mental. – Comenta o palhaço (Ainda vou chama-lo de palhaço, por que, né?), sorrindo forçadamente para o albino.

- Ok. Vamos lá, não queremos que a comida esfrie. – Disse o albino, enquanto adentrava a mansão do palhaço, que observava cada ação do Sparda.

- “Não tem como ele ser descendente daquele ser. Mas ele não parece estar mentindo. De qualquer forma, poderei descobrir a verdade amanhã, quando eu conseguir falar com ele e pedir que venha comigo para vê-lo.” – Pensa Rosswaal, enquanto adentrava sua própria casa, ao lado das gêmeas e da meia elfa.


Notas Finais


Finalmente chegou o Tio Palhaço!! Eu não sei como vocês chamam o Rosswaal, mas eu vou chama-lo desse jeito. Agora, sobre quem é que ele estava se referindo quando ouviu o nome Sparda?

Deixem suas sugestões nos comentários

Música: https://www.youtube.com/watch?v=2-MBfn8XjIU

Mansão do palhaço: https://vignette.wikia.nocookie.net/rezero/images/a/ac/Roswaals_Mansion_HQ.jpg/revision/latest?cb=20180209110347


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...