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História Recomeçar - Todos em casa


Escrita por: juniechild

Notas do Autor


Olaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, por favor não me bata, não me bata, não me bata, eu juro que tenho motivos plausíveis por ter sumido, sorryyy
Mas aí está um cap quentinho para vocês, espero que gostem <333333 Em especial a senhorita @missacoldmars por que você é maravilhosa e tem uma paciência incríel comigo auhsuahsuaish <3
Boa leituraa

Capítulo 58 - Todos em casa


Fanfic / Fanfiction Recomeçar - Todos em casa

Alguns dias depois.

POV Ashley

- EU O ODEIO – Gritei e engoli mais um monte de sorvete.

- Me explica de novo – Drye ajeitou o pote de sorvete no colo. – Ele quis comprar o seu carro?

- É!

- E por que não vendeu?

- Por que o Bruno quer arrumar uma forma de me controlar, como se eu não pudesse sobreviver sem ele. Ele paga uma pensão pra Ellie, que daria pra eu sustentar uns 3 filhos!

- Que filho da mãe!

- Sim, eu o odeio!

- Não parecia quando vocês estavam se beijando. – Ela riu. Joguei uma almofada nela e acabei rindo.

- É isso que eu mais odeio. - Murchei - Ele ainda tem poder sobre mim. Nós brigamos, xingamos, derrubamos prédios, mas ele ficar a 5 cm do meu rosto, pronto! Já era meu auto-controle.

- Eu realmente não entendo vocês dois, vocês tem tanta química. – Ela falou

-O problema é... - mas antes que eu pudesse retrucar, a campainha tocou. - Já vai. – Me levantei e fui em direção a porta.

- Boa noite meninas. – Lucas disse assim que eu abri a porta.

- Luuuuu – O abracei.

Lucas me abraçou de volta e depois beijou minhas mãos quando nos desvencilhamos.

- Como você está?

- Ótima, agora que você finalmente chegou.

- Desculpa, eu estive ocupado. Mas eu tenho uma surpresinha aqui. – Ele tirou três papéis do bolso. – Nossas passagens para a Bolívia. A sua também Andrye.

- Opa – Ela se levantou com o balde de sorvete nas mãos. – Deixa eu ver. – Ele entregou um dos papéis a ela e o outro a mim.

- Um dia depois do aniversário da Ellie. – Murchei.

- Sim, não quero mais perder tempo. – Ele sorriu.

Lucas sentou na mesa com Andrye e começaram a conversar sobre a viajem, e eu fiquei encarando meu bilhete.

Será que eu devo mesmo ir até a Bolívia? Até que ponto eu confio no Lucas?

Observei Lucas e Andrye conversando e notei como ele emagreceu. Seus braços estão mais finos e sua aparência está cansada. Ele poderia não ter essa bendita doença.

Será que eu e ele daríamos certo?

- E como está Gabe? – Lucas me despertou bagunçando meus cabelos.

- Ah... Hum...Está cada dia melhor. A pior parte já passou graças a Deus, e se continuar assim, ele poderá comemorar o aniversário da mana em casa! Não sei se poderei deixa-lo no meio da festa, mas pelo menos ele estará no conforto de casa. – Me escorei na parede.

- Que bom. E nossa princesa, onde está?

- Dei banho nela agora pouco e a pus pra dormir. Ela começou a ficar birrenta, acho que é da idade.

- Tem que cortar logo, senão ela vira uma pequena escandalosa. – Ele disse e pegou o pote de sorvete das mãos de Andrye, que partiu pra cima dele e começou a disputar o balde com ele.

Mordi o lábio inferior e recostei a cabeça na parede. Mais uma vez me lembrei daquele beijo.

Deus, será que eu vou ser forte para me afastar?

(...)

 

POV Bruno

 

Fui convidado a ir ao programa da Ellen DeGeneres, e lá cantamos nosso novo single.

Logo que cheguei, ela já me mostrou milhões de perguntas das fãs, querendo saber do novo CD e da turnê. E o principal, se eu havia terminado com Ashley ou não. Passei o programa inteiro falando da música e de mus novos projetos, tanto na música quanto na TV.

Depois que Ashley me deixou na frente da oficina, eu quis gritar. Quando eu penso que estou me aproximando dela, vem algo e PUF, abre uma cratera entre nós.

Isso vai ser pior do que eu pensava.

Fui no outro dia ao hospital visitar Noah, e fiquei contente ao saber que ele estava se recuperando bem e que já sem nenhum aparelho para auxilia-lo. Infelizmente ele precisará tomar medicação pelo resto da vida. Por causa de um erro meu.

Eu sinto que vou carregar esse peso pelo resto da vida. Saber que meu filho será escravo dos remédios por que eu não pude me controlar. Eu preciso consertar isso, ou pelo menos melhorar.

(...)

Faltam 2 semanas para o aniversário de um ano de Ellie, puxa! Um ano!

Parece que foi ontem que eu a vi pela primeira vez, no hospital, tão frágil!

Ashley pediu que fizéssemos uma festa pequena, no apartamento dela mesmo, só com os amigos mais próximos, para evitar tumulto, ainda mais por que Noah vai estar em casa, e ele não pode ficar perto de muita gente, por ser muito frágil. Etão, a melhor das opções será deixa-lo em casa, para facilitar as coisas.

O tema da festa vai ser a nova obsessão da Ellie, um ursinho verde que fica cantando músicas infantis e mexendo o corpo de um jeito muito irritante na TV. Ela não pode ouvir a musiquinha do comercial que começa a gritar e fazer festa.

Eu e Ash resolvemos a maioria dos detalhes por telefone, ela não quis se encontrar comigo, inventando desculpas sempre que tentava marcar algo.

Eu não quero que ela se livre do carro. E qual é o problema de eu querer ajuda-la? Ela precisa de ajuda financeira, e eu ainda espero por ela voltar para casa.

Ashley não quis decorar o quarto de Ellie, deixando todos os móveis dela na casa. Não que eu deixe Ellie dormir sozinha. Ela acaba dormindo comigo, todas as vezes que a trago para casa.

(...)

 

Acordei cedo, me barbeei, vesti uma roupa discreta e fui bem cedo para o hospital.

É hoje! O dia que Noah vai para casa! Ashley vai leva-lo para o apartamento, apesar de eu querer traze-lo para esta casa.

- Bruno – Ana se assustou comigo na cozinha – São 6 da manhã,

- Bom dia Ana – A rodopiei – Eu sei que horas são, mas quero chegar cedo ao hospital.

- Ai menino, vai me derrubar no chão – Ela riu e arrumou o vestido. – Que pressa é essa?

- Noah sai hoje do hospital Ana. – Sorri e ela cobriu a boca com as mãos.

- Eles vem pra casa?

- Não, - Murchei – Infelizmente.

- Você a Ashley ainda não se entenderam?

- Ana, dessa vez foi sério. Mas eu não desisti – Agarrei uma torrada. – Só que dessa vez quero fazer diferente. – Beijei seu pescoço. – Por isso estou saindo cedo. Beijo.

- Vá com Deus menino. E cuidado com o trânsito.

(...)

 

Assim que cheguei ao hospital, dei de cara com Ashley. Ela estava linda, usando uma tie dye shirt e uma calça jeans. O cabelo estava preso em um rabo de cavalo e ela estava... Perfeita.

- Bom dia – Eu entreguei um dos cappuccinos que comprei no caminho par ao hospital.

- Bom dia. – Ela sorriu sem graça, sem me olhar. – E obrigada.

- Eu sei que não tomou café. Comprei para você. – Ela sorriu.

Ela estava, sei lá, ansiosa, diferente. Bem produzida, parecendo outra pessoa. Ela é sempre maravilhosa, mas assim, toda arrumada mesmo de manhã, a deixa um mulherão, e ela nem está notando.

- Obrigada, onde está a enfermeira?

- Não sei, acabei de chegar.

- Desculpe a demora – Uma enfermeira entrou na sala de espera e trouxe um bocado de papéis junto. – Trouxe a alta e as receitas do pediatra.

A enfermeira nos entregou a papelada e começamos a preencher.

- É importante que vocês sigam a risca tudo o que está escrito. E tragam ele aqui daqui 6 dias, para avaliarmos o seu crescimento, como foi com a Elleanor. – Assentimos. Eu podia ver que Ashley tremia de ansiedade e não me contive.

- Calma, ele está vindo – Passei o braço pelo seu ombro e ela sorriu.

- Vamos busca-lo?

- Vamos – Ela se levantou.

 

(...)

 

POV Ashley

 

Uma das melhores sensações da vida é sair do hospital com seu filho nos braços.

Eu coloquei uma fralda para proteger seu frágil corpo e quase chorei ao vê-lo apoiar sua mãozinha em meu peito, como se estivesse me cumprimentando.

- Vamos para casa meu amor. Vamos para casa – Deixei algumas lágrimas caírem e olhei de verdade para Bruno pela primeira vez.

Ele assentiu e me conduziu até seu carro.

Entrei no banco de trás, com Noah em meus braços. O médico disse que ele começa a contar os dias de vida a partir de hoje.

Segurei em sua mãozinha e ele me olhou curioso, o rosto ainda era meio confuso, mas ele parece que vai puxar o pai. Olhei para Bruno pelo retrovisor e o espiei me flagrando.

Sorri sem graça e beijei a mão de Gabe. E ele sorriu. E eu derreti no banco.

- É engraçado como você já está tão apegada a ele. – Bruno disse.

- Ele e Ellie são meus bens preciosos. Tudo o que eu tenho na vida.

- Verdade. – Ele pigarreou. – Vamos para sua casa. – Ele ligou o carro.

- Vamos.

 

(...)

Coloquei o bercinho de Gabe ao lado da minha cama, e levei o de Ellie para o quarto de hóspedes. Bruno deu banho em Ellie enquanto eu colocava Gabe para dormir.

- Pronto, os dois anjinhos estão dormindo. – Bruno se escorou no balcão que divide a sala da cozinha e eu o olhei por cima da pia de louça.

- Graças a Deus. – Coloquei o que havia lavado no escorredor e sequei as mãos no pano de prato.

- Você quer que eu te ajude em alguma coisa?

- Não precisa, eu fico grata pela sua carona.

- Não foi nada. – Ele juntou as mãos e mordeu o lábio inferior. – Tomara que ele se adapte logo aqui, não quero voltar aquele hospital pelos próximos 10 anos.

(...)

 

Noah acorda a cada 2 horas e chora muito, faz escândalo e chora doído quando vamos dar banho nele.

Bruno tem ficado o dia todo em casa para me ajudar, já que Ellie se assusta e começa a chorar sempre que ouve Noah.

É tão lindo ver como ele e ela são ligados, como pai e filha de verdade. Dá um aperto no coração, só de pensar que meu pai foi tirado de mim. As vezes olho para Bruno com Ellie e penso como seria se eu tivesse com meu paiE o fato de ver como os dois são próximos, pesa nas minhas decisões, não posso afasta-los, não posso deixa-la crescer sem pai. e isso dói.

Bruno é praticamente o único que consegue acalma-la, agora que Ellie anda muito agitada e rebelde. Ela fica se agarrando nas pernas da mesa e nas nossas pernas para tentar ficar de pé, e nós temos que ficar de olho sempre para que ela não se machuque quando cair. Bruno fica a incentivado a andar, mas o máximo que ela conseguiu foi 1 passo antes de cair ao chão.

E enquanto Ellie dá um show caindo toda hora, chorando e gritando e resmungando ao ver TV, Noah se mexe a todo o momento, faz pirraça pra mamar e tem uma força na mão impressionante. O oposto de Ellie, que sempre foi quieta, Noah tem me deixado de cabelo em pé a 4 dias. Não posso mais contar muito com Andrye, já que ela conseguiu um novo emprego como sub-chefe de um restaurante italiano, então sobra tudo literalmente pra mim.

- Bom, eu acho que ele dormiu. – Bruno me disse assim que sentamos no sofá.

- Ainda bem! Ele tem muita disposição para quem acabou e nascer. – Rimos. – Amanhã, depois da consulta de Gabe, Drye vem para casa com Presley e Sophia. Elas vão me ajudar a arrumar o apartamento para a festinha. – Disse e estiquei os braços. – Um ano Bruno...

- Um ano dela, quase um 2 anos do acidente. – Ele sorriu.

- Pois é, que sufoco ein.

- Sim. – Ele olhou para o teto e fez uma longa pausa. – Eu estou exausto Ash.

Mordi o lábio inferior.

- Eu também estou... O dia foi puxado – Ele me olhou e arqueou a sobrancelha.

- ... Então, você vai viajar com o Lucas né?!

- Então, eu ainda estou na dúvida. Não quero deixar Noah, amanhã ele faz 6 dias aqui em casa, quero leva-lo ao médico e ouvir que ele está bem e que pode sim, finalmente, ficar em casa...

- Pode ir Ash. Eu cuido deles. – Bruno disse e se ajeitou no sofá.

- Tem certeza? Não quero que você pense que eu estou jogando um peso em você...

- Ashley, relaxe. Vá, curta sua viajem, e depois que voltar, você irá seguir sua vida, eu vou voltar com a turnê e tudo vai terminar bem. – Ele me olhou e eu mordi o interior da bochecha.

- Bruno... – Aumentei minha voz em pelo menos 3 tons mas grave.

- Eu já vou indo Ash, sabe que se precisar de algo, me avise.

- Bruno

- O que?

- Eu... - Senti minha cabeça girar. - você pode me dar carona amanhã para a consulta?

- Claro.- Bruno ficou me encarando, como se estivesse pensando em algo para falar.

 

- Esteja aqui 10 horas.

- Ok. Até amanhã. – Ele sorriu e me deu um beijo na testa.

- Até.

 (...)

 

- Desculpa a demora. – Disse assim que cheguei ao hall do prédio.

- Não tem problema, o trânsito está bom hoje. – Bruno pegou Ellie do bebê conforto e foi na frente. – Comprei outra cadeirinha para Noah. – Ele nem olhou na minha cara e já foi destravando o carro.

Depois de colocarmos os dois em suas cadeirinhas, eu entrei no Cadillac com Bruno e ele arrancou para o hospital.

 

Graças a Deus, estava tudo bem com Noah, o médico me passou mais alguns remédios e algumas recomendações, para que ele não passe calor, que se alimente de leite materno regularmente e que tenha espaço para se adaptar a nova casa.

Comentei do seu comportamento em casa, e o médico disse que poderia ser manifestação a sua personalidade, que alguns bebês saõ mais quietos e outros são mais elétricos, um indicador de que ele terá gênio forte, mas que deveríamos ficar de olho da mesma forma.

Voltamos para casa e Bruno me ajudou a subir com as crianças e depois foi embora. Andrye chegou já com alguns doces prontos e Sophia trouxe a decoração. Logo atrás Presley e Tahiti chegaram também e começaram a nos ajudar com a arrumação.

Ellie fazia festa e ficava engatinhando pela casa, brincando com os balões. Em certo momento ela se escorou no sofá e ficou de pé. Nós batemos palmas a incentivando a andar, mas ela caiu no chão mais uma vez.

Paciência.

(...)

 

POV Bruno

 

Eu havia comprado uma daquelas bicicletas de bebês, em que os pais podem ir guiando a criança, da galinha pintadinha. Não tinha muita ideia do que comprar, então resolvi levar isso e mais uns bichinhos de pelúcia.

- Bruno – Tiara desceu as escadas as pressas quando eu pegava a chave do carro no porta chaves. – Você vai pro aniversário da Elleanor?

- Sim, por que?

- Hum... Será que a Ashley se importaria se... Eu fosse? – Ela arrumou o batom.

Sério?

- Sério?

- É, sei lá.

- Eu acho que não. Vamos.

- Okay. Mas, eu não comprei nada para Ellie. Vamos ao shopping primeiro. – Ela passou na minha frente.

Olhei para o relógio, estava quase no horário, Deus ajude que não tenha engarrafamento.

 

(...)

Ela comprou uma pulseirinha e um par de brincos para Ellie, e depois seguimos para a festa.

Estacionei o carro na frente do prédio de Ashley quase em cima da hora de começar a festa. Eu iria apanhar. Definitivamente.

Foi uma dificuldade andar com aquele trambolho todo embrulhado em um papel de presente nada discreto, mas conseguimos entrar.

- Qual o andar? – Tiara perguntou quando entramos no elevador.

- Pera – Me equilibrei para apertar o botão.

- Espera. – Ouvi uma voz dizer ao fundo e Tiara segurou a porta. – Obrigada.

O embrulho estava na minha cara, então não pude ver quem era. Quando o elevador fechou a porta, que fui ajeitar o embrulho e ver. Era um cara, daqueles que tem maior pinta de modelo. Olhos claros, moreno. Dava pra sentir minha irmã suspirar do meu lado.

Fala sério ein.

- Hey, Bruno Mars, caraca que prazer em te conhecer. – O tal moreno me cumprimentou.

- Tudo bem cara. – Perguntei e ele assentiu. Tem o sotaque parecido com o da Ash.

- Sou Tiara, irmã do Bruno – A outra já se eriçou por causa do macho. Fala sério.

- Guilherme – Ele beijou a mão dela. – Prazer em conhecê-la.

O elevador abriu e eu agradeci aos céus. Mas fiquei confuso ao vê-lo bater na porta da Ashley.

Ele... Não, naaaaaaaaaaaao...

- Gui! Você chegou! – Ash disse assim que abriu a porta e o abraçou.

- Desculpe o atraso, esse trânsito é louco. – Ele riu.

Gui? Sério?! Só pode ser brincadeira.

- Que isso, pode entrar. – Ela abriu espaço para ele entrar, e depois notou a gente.

Ela está tão linda, que eu até cheguei a esquecer do ser humano na minha frente.

- Bruno! – Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha – E Tiara!

- Olá Ashley, espero que não se incomode de eu ter vindo. – Ela respondeu.

- Que isso, fico muito feliz em te ver aqui. – Elas se cumprimentaram rapidamente e Tiara entrou, indo em direção a Presley.

- Eu não sabia muito bem o que comprar pra ela, então trouxe isso. – Eu disse e entrei no apartamento, deixando o embrulho no canto.

- Tudo bem – Ela me abraçou meio sem jeito e eu apertei sua bunda disfarçadamente – Bruno! – Ela arregalou os olhos, e fez cara de brava, mas eu sei que ela queria rir.

- Reflexo – Levantei as mãos em rendição. – Você não pode por uma calça justa dessa e não querer que eu aperte sua bunda.

- Vai pro inferno – Começou a rir.

O apartamento estava uma confusão de gente. Além das minhas irmãs e meus sobrinhos, vi Ed conversando com Niall Horan, Harry Styles e um outro cara parecido com Niall, Wesley roubando um brigadeiro com Poly, Andrye brincando com Ellie que estava no colo do Lucas e mais algumas crianças que eu não conheço.

Cumprimentei todos ali e logo me enturmei com Ed e os garotos, descobri que o outro cara é irmão de Niall, e que ele levou o filho de 2 anos chamado Theo para a festa de Ellie, além de um afilhado.

- Olha só Bruno, eles não formam um casal lindo? – Andrye segurou Theo, que estava comendo um salgadinho e ficou do lado de Lucas, que ainda não tinha me notado e estava com Ellie no colo. – Já posso imaginar o casamento – Ela mordeu os lábios e Ellie começou a rir.

- Papaaaa – Ela esticou os braços e eu fui pega-la.

Ela abraçou meu pescoço e quase se colou em mim. Dei risada e a abracei também

- Que saudade que eu tava dessa dengosa! – Eu fiz cócegas nela. – E não, a senhorita – Apontei para Drye – Não pense que irá arranjar casamento para meu bebê. Casar, só com 60 anos. – Ela riu.

- Vai nessa Bruno, vai nessa!

- E aí cara, tudo bem? – Lucas se aproximou.

- Ótimo, e aí, tudo certo?

- Se der certo, vamos amanhã.

- Eu posso confiar que você não tá aprontando?

- Você nem imagina como vai me agradecer. – Ele se afastou e logo eu senti dois braços ao meu redor.

- Bruno! Meu deus, como você engordou meu filho – Dona Andreia me abraçou.

- A senhora acha? – Arrumei a tiara de orelhinha de Ellie.

- Claro que sim, está um pão. Quando você e a cabeçuda da minha filha vao ficar juntos de vez?

Ri sem graça.

- Não sei dona Andreia, estou trabalhando nisso. – Duas crianças passaram correndo por nós, e logo Ellie pediu para descer.

Ela foi engatinhando até as crianças e eu fui conversar com Ed. Logo Phill chegou com Urbana e as crianças, e a festa estava completa.

Sempre que eu tentava chegar perto de Ashley, ela se esquivava, ou inventava qualquer desculpa para sair de perto, e eu já estava perdendo a paciência. A única vez que ela falou comigo, foi para dizer que Eric não viria por que a Mila estava gripada e enjoada.

Entrei no quarto de Ashley para ver Noah, que estava quietinho no berço, com as mãozinhas nos pés, olhando qualquer coisa na parede.

- Tá acordado campeão. – Sorri e ele me olhou. – Como tá grande ein filhão, vai ser um gato esse menino. – Fiz cócegas nele, e ele riu, banguela e sapeca. – Vê se não dá muito trabalho para sua mamãe ein, deixa pra dar dor de cabeça quando estiver mais velho. – Ele riu e levantou a mão, eu a beijei e ele me olhou, como se dissesse “você é o meu pai”.

Meus olhos se encheram dágua e minha garganta secou.

 

POV Ashley

 

Hoje é o dia do aniversário de Ellie, e eu acordei estranhamente mais cedo que o normal. Ajudei Andrye a arrumar o que faltava da mesa e depois fui dar banho na dupla dinâmica Ellie e Gabe. Haja fralda para segurar esses dois.

Ellie agora deu de ficar de pé no berço, ela pula e dá uns passinhos, mas cai logo, me causando mini infartos matinais.

Andrye dá mamadeira para Ellie, enquanto eu preparo a água de Gabe. Ele me olha o tempo todo que dou banho nele. Ele acordou quieto, ainda não fez nenhum escândalo, o que é novidade. Normalmente, eu já estaria ensopada, mas ele está só me olhando, me examinando.

Graças a deus, ele ganhou peso e aumentou alguns centímetros. – meu gordinho – é bem dengoso e elétrico. O contrário de Ellie, que é tão quietinha, quase nunca chora e obediente.

 

(...)

Era por volta de 10h que os primeiro convidados chegaram (Sophia e Liam), trazendo presentes para Ellie e Gabe.

- Cadê a linda da tia! – Ela pegou Ellie no colo e encheu de beijos.

Wesley e Polly foram os próximos a chegar, e quando vi, a casa já estava cheia. Música de criança tocando, criança correndo de um canto para o outro, o pessoal conversando, eu cuidando de Niall, para não roubar todos os doces da festa e de olho em cada vez que a porta que se abria.

Eu estava ansiosa pela chegada de Bruno, não sei o que vai acontecer hoje, e eu ainda chamei Guilherme para vir a festa. Não sei se o Bruno vai gostar muito da ideia, mas, a casa é minha, e se ele não quiser ficar, que vá embora!

Só não imaginava que os dois chegariam juntos, e com a Tiara ainda! Óh céus!

Depois que ele chegou, eu fiquei completamente embratinada, andando de um lado para o outro, tentando disfarçar o nervosismo e o coração acelerado.

(...)

A cada 30 minutos, eu vinha dar uma olhada em Gabe, já que ele não pode ficar no meio da bagunça, deixei ele no meu quarto, quietinho, torcendo para que não acontecesse nada com ele.

Abri a porta sorrateiramente e notei Bruno na beira do berço. Já ia sair quando ouvi ele sussurrar algo para Gabe.

- Desculpa meu amor.

Me aproximei, e notei que ele fungava, todos os seus músculos estava contraídos, e ele estava mais curvado que o necessário.

- Eu espero que você não tenha raiva de mim, eu sei que fiz muita burrada na vida já. Mas eu quero que você...você saiba, eu te amo. Você, sua irmã e sua mãe são as coisas mais importantes da minha vida. – Ele fungou e eu senti uma pontada no coração.

As palavras da minha mãe me atingiram em cheio, junto com essas palavras dele, e eu comprimi os lábios.

- Perdoa seu pai, huh? Eu não quero te prometer nada, mas eu vou fazer o que puder para ser digno de ser chamado de melhor pai do mundo.

Me aproximei e toquei suas costas. Bruno se assustou e virou bruscamente.

- Que susto. – Ele disse, seus olhos estavam vermelhos.

O abracei. Não havia nada para fazermos.

Não sabia o que dizer, perdão, desculpe, essas palavras já não tinham mais efeito. Eu sei o que quero, mas sei que vou sacrificar algumas coisas para conseguir. E não sei qual decisão tomar, para que lado ir. Dos dois lados, eu perderei algo.

- Ashley, vamos parar com isso. Essa nossa separação já deu o que tinha que dar. Eu vejo nos seus olhos como você está triste. Volta pra mim de uma vez. Dessa vez será diferente. Me escute – Ele encostou nossas testas.

Não o respondi. Eu não podia falar. E eu tentei, eu cheguei a tomar fôlego, mas as palavras não encontravam o caminho de saída.

- Ash – Polly abriu a porta, mas logo voltou. – Desculpe.

Nós desvencilhamos do abraço.

- Tudo bem, fale.

- É que a Ellie está quase andando.

Arrumei minha roupa e saí, sem olhar para Bruno. E mesmo com os nervos a flor da pele, fui ajudar minha criança a andar.

- Atrapalhei alguma coisa? – Polly me puxou de canto quando Bruno passou por nós duas, colocando os óculos.

- Não, só estávamos conversando.

- Ah sim.

- Vem cá no papai meu amor. – Bruno sentou na ponta do sofá, do outro lado da sala onde estava Ellie.

Lucas a pôs de pé, e ela tentou dar alguns passos, mas sempre caindo.

- Fica tranquila amor, o papai está aqui. Seus dois pais. – Bruno disse.

E então, ela andou. Ela foi, de Lucas para Bruno, uns 6 passos. Mas ela andou.

 Bruno a pegou no colo e beijou sua testa, depois olhou para mim. E o jeito que ele olhou, me matou por dentro, por que eu sabia o que ele queria dizer com aquele olhar.

(...)

 

- Quer que eu passe aqui para pegar vocês amanhã? – Lucas disse da porta.

- Não precisa, a gente pega um táxi. – Sorri e nos abraçamos.

- Se cuida tá. – Ele apertou minha bochecha de leve.

- Relaxa. Ninguém vai fazer nada comigo aqui.

- Estou me referindo a ele. – Lucas apontou com a cabeça para Bruno, que catava uns brinquedos com Ed e Andrye do chão.

- Fique tranquilo. – Ele me deu um beijo na testa e foi embora.

Olhei para meu apartamento, em estado lastimável, e só de pensar que terei que arrumar antes de viajar, dá uma canseira.

- Eu acho que vou levar as crianças para casa hoje mesmo, já que você viaja amanhã. – Bruno pegou dois ursos de pelúcia e jogou no sofá.

- Tudo bem. – Mordi o lábio inferior. – Eu vou arrumar as coisinhas deles agora então.

- Sem pressa Ash. – Ed falou. – Eu já vou indo. Deixa o Bruno ficar mais tempo aqui pra te ajudar a limpar a bagunça. – Ele riu e Andrye saiu da cozinha.

- A cozinha está limpa! Graças a deus.

- Obrigada amiga, você é um anjo. – A abracei.

- Eu sei que sim. – piscou – Mas a Tiara me ajudou.

- Não precisava Tiara.

- Que isso – Ela disse. – Era o mínimo que eu poderia fazer.

- Amanhã cedo venho te acordar. – Andrye disse.

Ed e Andrye se despediram e ficamos só eu, Tiara e Bruno no apartamento.

Bruno fez menção de falar, mas eu me adiantei e fui para o quarto das crianças.

Arrumei as duas bolsas, colocando roupas suficientes para 5 dias, e mais uma bolsa para mamadeiras, chupetas, babador, fralda, qualquer coisa que eles possam precisar.

- Você já revistou essa bolsa 3 vezes. – Pulei de susto ao ouvir a voz de Bruno. – Eu acho que não falta nada aí.

Ainda de costas, arrumei o coque no cabelo e respirei fundo.

- Só queria me certificar Bruno.

- Ashley, - Tiara disse da porta. – Acho que o Noah está com fome.

- Tudo bem. – Saí sem olhar para Bruno.

Antes de sair, ainda precisei trocar a roupa de Gabe, já que ele gorfou a blusa toda por causa do leite, e tentei faze-lo dormir, mas ele não queria ficar parado.

Descemos o elevador em silêncio, eu sempre olhando para Gabe, ou mexendo em Ellie, que dormia no colo de Bruno, e até mesmo papeando com Tiara, mas nunca olhando para ele.

Dei um beijo em Ellie e em Gabe, e depois arrumei os dois nas suas cadeirinhas, e guardei as bolsas no porta malas do carro de Bruno.

- Droga! – Dei um tapa em minha testa. - Me esqueci de pegar o leite de Gabe, se ficar em casa vai azedar.

- Eu vou com você. – Bruno disse dando a volta no carro.

- Não! – Tentei não soar desesperada. – Fica aí com as crianças.

- Eu cuido delas, podem ir. – Tiara falou de dentro do carro.

Merda.

- Tudo bem. Vamos.

 

- A festa foi muito boa hoje. – Bruno disse.

- Sim, revi gente que não via a bastante tempo.

- Por isso gosto de festas. É a melhor desculpa para encontrar os amigos... Você pode olhar para mim quando eu falo com você?

Olhei para ele e ele sorriu, ironicamente.

- Vamos só pegar o leite, okay? – O elevador abriu e eu já saí pegando as chaves do apartamento.

Fui direto para a cozinha, peguei uma caixa térmica e coloquei o leite lá dentro.

- Você precisa tomar muito cuidado com esse leite. – Entreguei a caixa térmica para ele.

 

Bruno colocou a caixa térmica no sofá e fechou a porta da sala com o pé. Arqueei a sobrancelha para ele e senti meu coração errar uma batida.

- Eu te fiz uma proposta mais cedo, lembra? Eu quero a resposta. – Bruno veio na minha direção.

- Eu lamento te decepcionar, mas não vou responder sua proposta.

- E por que? – Ele cruzou os braços..

- Por que você já sabe a minha resposta.

- Não Ashley. Eu não sei mais a resposta. Eu sabia, antigamente, eu sabia mesmo. Eu não te conheço mais. Você trouxe um estranho para a sua casa, no aniversário da sua filha.

- Ele não é um estranho! É meu amigo.

- Amigo? E quantas vezes vocês foram para a cama?

- Você tá com ciuminho?

- Porra nenhuma!

- Bruno, eu agradeço que você irá ficar com os meninos, mas eu quero que você vá embora.

- Eu não saio. Até você me dizer.

- Não! Nós não vamos voltar! Por que o nosso amor nos machuca! Você tem um milhão de defeitos e eu não quero mais aguentar sua chatice!

- Falou a senhora perfeição!

- Eu nunca disse que sou perfeita. – Senti o sangue ferver nas veias.

- mas age como se fosse, como se só eu fosse o culpado na história. Só o Bruno faz merda e eu sou a vítima. – Ironizou.

- Você é um babaca. – Ai que ótimo, comecei a chorar. – Vai embora Bruno.

Bruno ficou parado no lugar, olhando para as lágrimas que caíram, e eu as enxuguei rapidamente. TPM não...

- Bruno, sai. Por favor.

- Ashley...

Eu não posso mantê-lo aqui, não desse jeito. Pensa Ashley.

Bruno tocou meu braço e eu recuei.

- Você disse que não iria mais correr atrás de mim. Por que está com isso agora?

- Eu nunca disse isso.

- Disse sim, lá no hospital. – Por favor, vaaaai;

Bruno puxou os cabelos e xingou algo baixinho.

Ele se virou de costas e saiu do apartamento sem falar nada.

Fiquei estática, olhando para a porta fechada na minha frente.

 


Notas Finais


Dia 10 começam as minhas férias, ou seja, não vou mais demorar para postar capítuloooooos
Amo vocês :*


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