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História Red Riding Hood - Capítulo II - As Sombras de Um Passado Fúnebre


Escrita por: Simekal

Notas do Autor


Boa Leitura

Capítulo 2 - Capítulo II - As Sombras de Um Passado Fúnebre


Capítulo II: As Sombras de Um Passado Fúnebre;

 

❝Até quando as folhas parassem de cair...

Seria até onde seu amor duraria; E elas continuaram caindo durante muito tempo. Mas ninguém tinha ideia do quanto duraria, pois a folhas nunca pararam de cair. Saori fora levada de volta para a vila, ela não comeu e não dormiu por vários dias, todas as noites acordava em alarme, despertando do pesadelo que foi a morte de Izuna. Ela continuou visitando a cerejeira e ficava a observar as folhas caindo, a lembrar-se de seu tão amado Uchiha dos olhos ônix. Foi deixada de lado por alguns dias, pois todos estavam fora fazendo uma verdadeira chacina com os lycans.

Quando retornaram, foi uma surpresa para todos. A felicidade era gritante em seus rostos, apesar de número de baixas. Ouve um a cerimônia fúnebre em homenagem aos mortos, com suas devidas honras, porém, na mesma noite houve festa, todos estavam alegres, até as viúvas abdicaram de seu luto por algumas horas, e permitiram-se a juntarem-se as rodas de dança formada pelas mulheres, a alegria e esperança de que seu povo enfim seria livre da ameaça lycan era gritante. Naquela mesma noite, fora anunciado o dia do casamento de Saori e Shuji, ela não se opôs não se rebelou nem chorou, ela aceitou tudo muito submissa, estava conformada afinal, não tinha o que fazer, Izuna estava morto, e isso não tinha mais volta.

Quando o dia de seu casamento chegou, todos estavam ansiosos, afinal, os clãs Haruno e Akasuna finalmente iriam se unir, e uma aliança seria formada a partir de então. Em seu quarto, as moças arrumaram os longos cabelos de Saori, trançavam graciosamente suas madeixas, enquanto outras embainhavam o seu vestido branco. Ele era realmente bonito, era um pouco justo da cintura, caindo em uma saia rodada até os pés, a alça tomara que caia feita de renda rondava-lhe os ombros, e em sua cabeça haviam colocado uma coroa de rosas brancas. Saori lembrava-se da cerejeira cada vez que direcionava seu olhar a elas. O casamento foi rigidamente ás tradições, porém a noiva estava alheia a tudo, respondeu a tudo automaticamente, e logo eles se retiraram para as núpcias, ao chegarem Saori olhou a casa que a partir de então seria sua, era modesta e aconchegante, poderia ser a casa que ela viveria com Izuna. Por um momento infame imaginou Izuna no lugar de Shuji, e então voltou a realidade, estava casada com outro homem, este homem não era seu Izuna Uchiha, era Shuji Akasuna. Estava nervosa, mas não deixou transparecer, seu marido teve ao menos condescendência e não lhe tocou durante certo tempo, porém ele era homem e deveria ceder a expectativas dos anciões, consumar o casamento era crucial, pois a aliança realmente seria feita quando a primeira criança, fruto dessa união nascesse.

Pouco tempo depois, nasceu a primeira criança, logo depois veio a segunda criança, Saori encontrou a felicidade novamente no sorriso dos filhos, porém ela nunca esqueceu seu antigo e perpétuo amor. Todos os dias até a cerejeira e observava as folhas, seus filhos conheceram a cerejeira e brincaram envolta dela, mal sabiam que estavam brincando em cima do cemitério do homem que um dia fez o seu coração bater. E assim a vida se seguiu, ela viu seus netos e bisnetos nascerem, e morreu de velhice. Assim, se tornou uma tradição, uma criança Akasuna e uma Haruno se juntarem em uma união matrimonial, pelo menos 1 a cada geração, para manter o laço entre clãs.

 

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Não entendia por que haviam lhe arrastado até ali, era de madrugada e ainda estava meio sonolento, haviam muitas pessoas naquela cassa, era a casa dos Haruno, podem perceber pelo emblema em frente ao grande casarão, as pessoas ali presentes pareciam felizes. Adentrou ao casarão sendo guiado por seu pai que o puxava pela mão, ali haviam algumas pessoas que conhecia, elas cochichavam a respeito de algo que ele não conseguiu identificar entrou em um dos quartos e tinham algumas pessoas envolta, no meio desse círculo estava o chefe do clã Haruno sentado ao lado de sua esposa, que estava deitada em sua cama, com um pequeno embrulho nos braços. Quando anunciada sua entrada, Kizashi fora a seu enlaço, ele e seu pai se cumprimentaram e então o Srº Haruno direcionou-se para si.

 

– Sasori, quero que conheça uma pessoa – Guiou o menino até a cama onde estava sua esposa, ela lhe sorriu graciosamente e abaixou um pouco o embrulho para que pudesse ver.

 

– Sasori, está é Sakura, sua futura esposa – Disse a o Srº Haruno, era uma menina extremamente branca, com as bochechas rosadas, ela tinha o polegar na boca, e parecia um pouco agoniada, pode reparar uma penumbra de fios rosas em sua cabeça, tão claros que eram quase invisíveis. Mas o que lhe chamou atenção, foi quando ela o olhou, curiosa, seus olhos que eram pedras jades brilhantes e viu-se enfeitiçado por aqueles olhos, naquele momento, Sasori Akasuna se apaixonou por Sakura Haruno.

 

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Sakura corria descalça pela floresta, havia escapado pela quinta vez nesse dia de seus pais para correr pela floresta, ela estava com o rosto suado e as barras do vestido estavam sujas, mas ela não se importava, gostava de sentir a terra fria em seus pés. A menininha de 7 anos correu tanto que não reconheceu mais o caminho onde estava, era uma mais escura da floresta, e não se lembrava de ter passado por ali antes, tratou de direcionar-se para a estrada de terra, mas parecia estar andando em círculos. De repente, a menina ouviu uns barulhos estranhos, ela estranhou e manteou-se quieta. Quando percebeu que os barulhos estavam se aproximando, ela não pensou duas vezes em sair correndo, agora, estava sendo perseguida por um coiote. Ela corria e corria, mas suas pernas já estavam exauridas devido a longa corrida que fizera anteriormente, em um momento de vacilo, ela tropeçou em um galho e seu corpo se chocou contra o chão, naquele momento um terror fulminante tomou conta do seu corpo. Em consequência disso, lágrimas esvaíram-se pelos seus olhos.

 

O coiote se aproximava a passos lentos e sorrateiros, os olhos negros de fome, pronto para atacar sua presa. A menina fechou os olhos, rezando para que alguém aparecesse e levasse-a dali, de preferência seu Papa. E no segundo seguinte, pode ouvir o barulho de um corpo se chocando contra o chão, abriu os olhos e era seu predador, inerte, não mais com os olhos pretos, e opacos, sem vida. Havia uma flecha bem no ponto onde ficava o coração, após perceber isso, procurou pelo seu salvador e seus olhos foram de encontro a figura de um menino, mais afastado de si.

 

Era um menino, tinha os cabelos tão vermelhos, que podia ter a certeza de que era o que mais lhe chamava atenção, os olhos castanhos semicerrados, o peito estufado, certamente era a criança mais bonita que já tinha visto. Ele caminhou vagarosamente, e estendeu-lhe a mão, mostrando cordialidade e um sorriso gentil.

 

– Está tudo bem, Sakura? – A menção de seu nome na boca do menino estranho fez seu estômago revirar.

 

– Como sabe meu nome? – Perguntou franzindo o cenho.

 

– Nós já nos conhecíamos – ❞

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Os tambores batiam em uma melodia alegre, a fogueira no centro estava alta, o suficiente para aquecer os corpos que se remexiam ao som da música. Não que eles já não estivessem aquecidos. Sasori observava de longe como a jovem de cabelos rosa remexia-se em volta da grande fogueira, com duas amigas em seu enlaço. Mal podia acreditar que aquela garotinha que salvara há 13 anos, agora já era uma mulher adulta, dotada de belas curvas, que se acentuavam naquele vestido. Sakura ainda não sabia, mas era sua prometida desde de seu primeiro sopro de vida. O pensamento de tê-la como esposa fez um sorriso maroto formar-se em seus lábios.

 

– Sasori! – Foi desperto de seus pensamentos pelo seu inconveniente companheiro, Deidara.

 

– O que é? – Indagou cético.

 

– Estou perguntando faz horas. Qual o nome daquela garota de cabelos castanhos que está do lado da sua Sakura?

 

– Tenten? – Soltou uma leve risada de escárnio imaginando Deidara flertando com a Mistashi – Se voc–

 

– Obrigada! –Levantou-se de supetão, aparentemente caminhando até a morena.

 

– Idiota... – Sussurrou taciturno. Com certeza coisa boa não viria.

 

...

 

– Pare de se mexer Tenten! – Sakura tentava pressionar o máximo de tempo possível a compressa de gelo na testa da amiga. Genial havia sido a sua ideia de dar uma cabeçada no Deidara. – Você está em seu juízo normal? O que tinha na cabeça para fazer isso com a sua cabeça?

 

– A culpa foi dele! – Exclamou indignada – Onde já se viu, ele nem me cumprimentou e foi logo me puxando pela cintura. Idiota! – Ela praticamente berrava – Ainda me chamou de docinho –

 

– Sorte a dele foi que o senhor seu pai não estava por perto, felizmente – Suspirou de alívio e cansaço, quando terminou de preparar o unguento para o inchaço da amiga havia saído da festa para cuidar do machucado da amiga, agora se sentia cansada. – Pronto Tenten. Você tem que usar 2 vezes ao dia, quando acordar, e quando for repousar – Disse preparando as coisas para se retirar.

 

– Obrigada Saky, não sei o que seria de mim sem você – Disse corando.

 

– Tudo bem – Fez uma breve reverência para a Mitsashi – E tente não se meter em encrencas. Boa noite – Antes mesmo que ela abrisse a boca, já tinha batido a porta.

 

No dia seguinte, foi desperta pelos feixes de luz que atravessarem as persianas. Fez sua higiene matinal, e caminhou rumo a sala de jantar, para juntar-se ao desjejum. Como esperado, eles estavam conversando animadamente enquanto se alimentavam, ao notar sua presença, sua mãe cortou o assunto imediatamente.

 

– Sakura querida, Bom dia – Disse disfarçando com um sorriso sem graça.

 

– Ahn... Bom dia. Mãe, Pai – Sentou-se junto a eles na mesa, ela estava farta das coisas que mais gostava, incluindo seus preciosos morangos – Do que estavam falando? – Demandou.

 

– Nada demais querida, agora coma – E deu-se por encerrado o ‘assunto’.

 

O dia correu tranquilamente, como de costume, sua mãe foi juntar-se a matriarca dos Akasuna’s para tomar chá da tarde, não sabia o que tanto as duas conversavam. Seu pai foi para o conselho dos clãs, eles comandavam a vila, basicamente, decidiam e debatiam os problemas, diplomaticamente. O maior problema deles sempre foram os lycans, que seu pai dizia ser a maior praga já existente. Pelo que sua avó lhe contou, desde sempre, eles travavam lutas constantes contra os lobos, especialmente o Clã Uchiha, pois eles foram responsáveis por uma chacina na vila, num passado distante quebrando um pacto que haviam feito.

 

Foi até seu guarda-roupa, abriu-o com graça, na última cruzeta havia sua capa preferida, que havia ganhado da avó, que ganhou de sua bisavó. De acordo com ela essa capa tinha uma história muito bonita e assombrosa. Ela havia lhe dito, que sua bisa havia se apaixonado por um Uchiha, e por isso foi punida severamente, pois, viu seu amado ser morto bem na sua frente, por aldeões, e foi obrigada a casar-se com alguém antagônico ao seu verdadeiro amor. Vestiu-a rapidamente, passando na cozinha, pegou uma cesta, no caminho pretendia pegar mais morangos, além do que pretendia pegar algumas flores. Ainda era de dia, gostava de caminhar pela floresta, não importava a hora. Não tinha medo, estava acostumada a correr por ela desde que era garotinha.

 

Foi primeiro até a cerejeira, e sentou-se debaixo da sombra que as folhas se proporcionavam. A grande árvore, ela estava cada vez mais bonita, Sakura a venerava, a paisagem que ela lhe proporcionava era estonteante, poderia passar o dia todo ali, o lago mais a frente, tinha uma cachoeira que fazia um barulho tão agradável, já havia se banhado ali, e a água era ótima. De acordo com a história de sua avó, era debaixo dessa árvore que os dois amantes do passado se encontravam. Riu com o pensamento, nunca se apaixonou por ninguém, e não tinha grandes expectativas sobre ter um amor tão avassalador quanto o da história que a Chiyo lhe contava. Acordou com uma rajada de flores chocando-se contra seu rosto, havia cochilado, o entardecer já estava próximo. Enquanto voltava para casa, Sakura deparou-se com camélias, eram flores excepcionalmente bonitas, simples, porém eram em sua simplicidade que se encontravam sua beleza. Decidiu colher algumas, sua mãe também adorava flores.

 

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Estava brincando pela floresta como sempre, Daisuke com seus 7 anos já era um lobo muito astuto, havia acordado sua forma lycan a pouco tempo, e por isso já lhe era permitido andar pelos arredores da floresta, estava virando um curioso nato. O menino era o único herdeiro do Alfa do Clã, e como tal, tinha suas características estampadas pelo corpo. Tinha os cabelos grandes, extremamente rubros e lisos, os mesmos olhos ônix, característica do Clã. Tinha o mesmo humor cético que o pai, porém, era uma criança gentil, assim como sua mãe. Danou-se a perseguir um coelho, mas isso se mostrou uma tarefa bem difícil, estava a tarde toda atrás dele, e dessa vez estava indo longe demais, e na sua forma humana, se alguém o reconhecesse seria perigoso.

 

Encolhido atrás de uma árvore, observava o seu alvo que estava a se alimentar de um ramo de folhas verdes, dessa vez, definitivamente iria pegá-lo. A passos lentos e cautelosos foi atrás do animal, por sorte, dessa vez ele não tinha lhe percebido, quando estava bem próximo, um estalo foi ouvido e por instinto o coelho correu para dentro de uma moita, e desapareceu entre as folhagens. Daisuke, insatisfeito grunhiu, então foi capaz de ouvir outro estalo, e decidiu seguir o som. Foi caminhando em direção de onde vinham os tais estalos, e pode ver um tufo de cabelo rosa, aquilo o deixou em alarme. Escondeu-se atrás do tronco de uma árvore e passou a observar o seu vulto, que já não era mais um vulto. Era uma moça, de cabelos rosa até o meio das costas, ela usava uma capa vermelha. Estava colhendo flores, por isso o estalo, graciosamente, aproximava uma camélia do nariz cheirando, para logo depois depositá-la dentro de uma cesta. Reparou em seu semblante, tinha traços delicados, assim como a moça das histórias que sua avó Mikoto lhe contara, exatamente iguais. Precisava imediatamente contar isso para seu pai.


Notas Finais


Bom, eu gostaria de me desculpar com todos que favoritaram a fic e esperaram por mais de 3 meses a atualização. Ganhei um notebook novo de natal, então postarei regularmente...Beijos.


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