História Remember Me - Newtmas - Mysterious guy

Point of View of Thomas O’Brien

Uma coisa é certa: não existe noite de sono ao lado de Newt quando estamos sozinhos entre quatro paredes.

Mais uma vez me perdi ontem a noite entre seus braços, suspiros e gemidos intensos a cada toque e investida minha contra seu corpo. Newt é insaciável. Não na conotação sexual. Ele é insaciável para a vida, para a gana e o desejo de absorver tudo que tenho guardado para ele.

Estou agora tomando uma ducha fria para ver se passa esse frenesi que tenho pelo meu corpo, percorrendo cada partícula dele, presente que o loirinho deixa toda vez que me faz gozar loucamente.

- Eu quero mais!

Assusto quando as mãos de Newt deslizam pela minha cintura, abraçando-me por trás.

- Eu preciso respirar só um pouquinho... – murmuro perdido entre a água caindo sobre minha nuca e ele escorregando suas mãos para dentro das minhas perna.

Eu posso até tentar argumentar, mas não há negociação com ele e quando dou por mim Newt já está me masturbando deliciosamente no chuveiro. Encosto minha nuca contra a parede fria, fechando meus olhos, formando o perfeito “O” entre meus lábios enquanto ele faz movimentos ritmados de vai e vem contra meu membro duro, pronto para mais um round.

Sua boca procura pela minha, tomo-a em um beijo apressado e carregado de tesão. Agarro seu corpo leve, içando ele pra mim, Newt enrosca suas penas nas minha cintura acertando meu pau na sua entrada gulosa, escorregando tudo para dentro e arrancando um gemido alto dele.

- Hm, Tommy... – ele chia rouco contra meu ouvido, segurando com firmeza meus ombros a cada bombada mais forte.

Choco seu corpo contra a parede gélida ao sentir isso ele retraí as costas, colando ainda mais seu corpo no meu. Mantenho ele com firmeza em meu colo, ritmando as estocadas, me perdendo mais uma vez dentro dele e do mundo de abalos que ele adora causar. Além das gotas de água que caem da ducha, minha respiração bruta faz-se presente e mistura-se com seus gemidos abafados toda vez que enterra a cabeça na minha clavícula, mordendo minha pele.

Já perdi a conta de quantos chupões deixei pelo seu corpo delicioso e vívido, Newt parece não se importar que marque sua pele, tornando-o ainda mais meu. Intensificamos os carinhos durante a madrugada, as vezes tenho a sensação que o jogo está sendo invertido, de que não sou eu quem vai ensiná-lo as coisas do mundo e sim ele, Newt está bem empenhado em mostrar-me coisas que desconhecia desde estão. Você acha que ele é o frágil da situação? Errado. Frágil sou eu agora com ele em meu colo, rebolando como o diabo, extraindo mais um orgasmo intenso de mim, proporcionando uma onda de vibrações absurdas por cada centímetro do meu corpo.

Novamente preencho seu interior com meu gozo quente, ganhando um gemido manhoso dele ao socar todo meu membro pra dentro.

- Você agora é um campeão... – ele diz ofegante escorando sua testa na minha, deixando que a água do chuveiro molhe nossas faces.

- Sou é? Campeão de que? – questiono sem soltar seu corpo do meu colo.

- Agora você fez nove programas seguidos!

Newt beija meus lábios com carinho e rindo, acariciando meus cabelos molhados. Coloco o pequeno no chão e passo a banhá-lo, como fiz ontem a noite. Newt permanece quietinho, de olhos fechados, apernas curtindo os cuidados e a devoção a qual cuido do seu corpo.

Já do lado de fora do box observo ele de toalha branca na cintura, brincando com o vapor que se forma na camada do espelho.

- O que escreveu ai? – pergunto curioso.

- Newt e Tommy para sempre. – responde ele sorrindo.

- Jura?

- Claro que não, Tommy. Escrevi que estou com fome! – ele brinca comigo, ferindo meus sentimentos.

Mas quando decido checar o que seu dedinho indicador escreveu no espelho, constato que era exatamente sua primeira fala que estava ali escrita: “Newt e Tommy para sempre”. Fito o reflexo dele atrás de mim, Newt está sorrindo e roendo as unhas, apenas observando minha reação.

Avanço na sua direção jogando sua toalha pala longe, coloco ele sentado sobre a bancada do banheiro e damos início tudo de novo, vivenciando esse ciclo vicioso chamado Newtmas.

*****

- Tem certeza que isso vai dar certo? – o loirinho parece temeroso com meus planos para Teresa após transarmos mais uma vez e esse garotinho quase esfolar meu pau.

- Só não vai dar certo se ela não quiser! – já adianto para facilitar as coisas. – Vem aqui, deixa eu arrumar essa gravata borboleta em você! – puxo Newt pra mim, ajustando um dos laços da gravata.

A ideia para Teresa é simples e pensei nisso levando em conta os famosos bailes de formatura que adolescentes amam e com certeza essa garota seria uma dessas apaixonadas por essas coisinhas de meninas.

- Com quem foi no seu baile, Tommy? – Newt questiona quando termino de ajeitar seu smoking.

- Levei sua irmã comigo. – revelo.

- Uh, você foi com a Malia? – ele parece um tanto quanto surpreso.

- Eu queria ir com o Ethan, mas seria um choque para a escola, então convidei sua irmã.

- Queria ver uma foto. – pede.

Abro meu celular e procuro no rolo de câmera, infelizmente não tenho nenhuma, mas sei que Malia tem e pode nos enviar mais tarde.

- Vou pedir para ela mandar, ok?

- Tommy... – Newt me chama caminhando pelo quarto, parece pensativo. – Você e minha irmã por acaso já... – ele movimenta as mãos, um pouco nervoso.

Bom, não queria tocar nesse assunto, eu ia acabar contando para ele mais cedo ou mais tarde, nunca planejei esconder isso de ninguém, principalmente Newt, por isso concordo com a cabeça, buscando pela sua mão.

- Aconteceu, Newt. Eu estava em uma fase onde só pensava em você e no que tinha acontecido com meu melhor amigo. Malia estava triste e acabou rolando. Ela sabe que foi um erro.

- Ela sempre gostou de você... – murmura ele me fitando.

- E eu sempre gostei de você, Pudim! – respondo prontamente.

- O que acha que queria acontecido com a gente se eu ainda estivesse lá em Sitka?

- Isso não importa, Newt. Deus quis que isso acontecesse com você e agora estamos juntos. Tudo tem um propósito nessa vida, certo? – ele concorda com a cabeça. – Certo! Vamos nessa buscar a sua amiga Teresa, é hoje que vamos derreter aquele iceberg que ela tem no meio do peito.

Point of View of Teresa Agnes.

Sério, BOSS mandou me chamar e me entregou uma caixa gigantesca branca, com o logo de uma marca X fatorial. Estou agora plantada na frente do espelho sentindo-me ridícula de linda nesse vestido longo de festa, sem ter na menor ideia para onde vou e com quem vou.

- Seu cliente chegou. – Sonya sibila espiando uma limusine estacionar na porta do Maison.

Não queria sentir esse frio na barriga, mas é inevitável. Primeiro que a roupa que estou usando é linda, segundo que o cara mandou algumas joias para colocar junto e completar o visual e terceiro que ninguém nunca fez isso por mim, o que acaba ocasionando um siricutico em mim sem fim e totalemente desnecessário.

- Ele é bonito? – questiono com medo de ir lá fora.

- Não dá pra ver, mas... Boa sorte. Espero que ele transe bem.

Minha amiga diz colocando o capuz preto na minha cabeça e guiando-me as cegas até a saída. Entro no carro e logo o ar muda, fica mais intenso e carregado, bem masculino por sinal. Uma mão quente toca a minha, causando um arrepio gigantesco. Em resposta retraio a minha, ganhando uma pequena gargalhada do ser.

- Isso não tem graça! – protesto emburrada.

- Aposto que está de cara feia aí debaixo desse tecido e isso vai borrar a sua maquiagem... – ele sibila.

Ganho uma porção da sua voz, mas não a reconheço.

- Quem é você?

- Curiosa você, não? – ele me desafia. – Se for uma boa menina e prometer curtir a noite eu retiro seu capuz. Consegue ser uma boa menina, Teresa?

Ele diz meu real nome, que poucos conhecem.

- Prometo.

- Então jure. – ele insiste em um tom engraçadinho.

- Eu juro por Deus! – respondo rápido e um pouco sarcástica.

- Nossa! – ele exclama divertido – Tudo isso é vontade de me ver?

Rolo os olhos pelo capuz, percebendo que esse engraçadinho se acha. Deixo ele sem resposta, mas segundos depois percebo sua mãos segurar o tecido e retirá-lo da minha cabeça, revelando um rosto desconhecido, pertencentes a um homem relativamente novo, alto, moreno, olhos claros e dono de um dos sorrisos mais lindos que já vi.

- Quem é você? – pergunto observando o rapaz.

Ele usa um smoking preto divino que caí muito bem nele, parece um daqueles caras de filmes como 007 e tal.

- Eu serei seu essa noite. – sibila ele, bebericando um taça de champanhe.

- Meu o que? A droga de um príncipe encantado? – devolvo com desdém.

- Não, serei seu escravo.

Engulo a seco quando ele diz isso e pisca malicioso na minha direção.

- E terá mais dois deles ao seu dispor quando chegarmos no local combinado. – ele diz finalmente devorando meu rosto com suas orbes perfeitas, segurando meu queixo.

Estanco todos os meus movimentos quando o faz, deixando algumas das minhas defesas ruírem diante dele, a começar pela minha boca que está arrastando pelo chão.

- Slave, ao seu dispor. – se apresenta, beijando o dorso da minha mão.

- B-Blue. – devolvo quase gaguejando.

- Aceita uma taça de champanhe? – questiona ele todo charmoso.

- Sim, por favor, Slave. – afirmo.

O moreno, sim, ele é moreno como eu e tem os cabelos tão negros quantos os meus, serve a bebida borbulhante em uma taça, mas não me entrega. Ao contrário disso ele simplesmente sobre em cima de mim, senta seu corpo enorme sobre o meu, vira a taça quase que inteira na sua boca e aí segura meu rosto novamente com firmeza, exigindo que abra meus lábios com seu indicador.

Assim que o obedeço, Slave despeja vagarosamente a champanhe da sua boca para a minha, sem encostar seus lábios nos meus. Um filete escorre pelo meu queixo e pescoço e ele faz o que previa; lambe toda a extensão dele até que limpe a sujeira que estou fazendo. Depois disso ele volta para seu lugar e lambe os dedos de forma extremamente sensual, me provocando.

Estou em choque por vários motivos. Vamos analisar:

1 - Esse cara é lindo pra caramba.

2- Ele parece ser educado, bem diferente dos homens que frequentam o Maison.

3- Ao estacionar a limusine constato que estou na frente do que julgo ser um teatro, algo que vi poucas e raras vezes quando morava no Brasil.

4- Quando o motorista abre a porta do carro e Slave sai, Newt e Thomas estão a minha espera, tão lindos de smoking quanto Slave.

5- E último, o mais absurdo deles, o que realmente me impressiona e me choca: estou com a calcinha molhada!