1. Spirit Fanfics >
  2. Remember Me - Newtmas >
  3. It taste like Sh!t

História Remember Me - Newtmas - It taste like Sh!t


Escrita por: LadyNewt

Notas do Autor


L O S T F O L L O W E R S

A imagem da capa hoje é só pra ilustrar algo do capítulo.

B o a L e i t u r a!
LadyNewt

Capítulo 66 - It taste like Sh!t


Fanfic / Fanfiction Remember Me - Newtmas - It taste like Sh!t

Point of View of Teresa Agnes

 

Tudo está um caos aqui, nada mais é como deveria ser, ou na verdade nada mais é do jeito que nós achávamos que seria. Nosso quarto novo é bem menor que o antigo, salva exceção do banheiro ser um pouco maior e termos um box de verdade, de vidro, tipo um sonho de consumo não sair por ai molhando todo o piso da suíte quando se lava os cabelos.

As camas continuam sendo beliches, dessa vez de madeira, são novas, assim como os colchões e a roupa de cama, mas o armário para guardar nossas coisas diminuiu, a janela daqui é minúscula, as grades de aço cada vez mais revestidas dão para o jardim dos fundos da casa e não para uma viela como a outra.

- Alguma notícia do Newt? – Sonya está preocupada.

Todos nós estamos depois do que aconteceu aqui ontem. Derek levou o loirinho semi acordado para cima e desde então ele não desceu mais. Caçarola nos contou que nem foi solicitado que ele levasse alguma coisa para ele comer ou beber. Como punição pelos nosso ato de rebeldia conta eles os garotos levaram choques com aqueles armas idiotas que agora não saem das mãos de Justin e nós, meninas, fomos obrigadas a ficar na chuva a madrugada toda, morrendo de frio.

Taissa está visivelmente mal por conta da água e do ar frio, não parrou de tossir desde que topei com ela. Matt ficou com alguns hematomas nas costelas e braços por conta da descarga elétrica e Aris ainda tem seus cabelos em pé, um efeito da eletricidade.

- Ninguém sabe dele, Tess, estou a ponto de invadir o quarto do BOSS e arrancá-lo de lá. – Scott serra os dentes enquanto ajuda Caçarola a limpar copos e pratos.

- E ele, hein? O que será que aconteceu com esse monstro? – a curiosidade surge de Harriet, esfregando o palco e recolhendo os últimos pedaços de caco de vidro do chão.

- Só vi Hale correndo com ele para fora da casa, ele tinha uma toalha encharcada no rosto, parece que Newt aprontou uma merda muito grande com ele. – Nick confirma.

Nenhum de nós entendeu ao certo o que aconteceu, Harriet foi solicitada por Lydia a limpar o quarto do cretino após sua saída e a morena nos contou que encontrou a cama toda revirada, cacos de vidro no chão, um cheio forte de Whisky no quarto, além de um odor mais forte ainda no banheiro, com o chão lavado de água sanitária.

Teria Newt jogado isso na cara dele?

- Já falei, era água sanitária. – Harriet insiste. – Newt deve ter jogado isso na cara dele. Bem feito! – dá de ombros.

- Uma simples água sanitária não deixaria ele no estado em que ficou, urrando de dor. – Matt diz pensativo. – O frasco, onde está?

- Coloquei na lixeira interna.

- Vou checar! Venha comigo, Tess.

Sigo Daddario, o detetive das águas sanitárias do bordel. Cruzamos a cozinha até encontrar o grande latão de lixo no canto dela, o moreno a abre e vasculha sem drama algum, revirando os restos de comida e lixos do banheiro. Retira um frasco de plástico, branco, passando a ler a composição química daquilo.

- Eu sabia! – ele vibra, virando o rótulo pra mim, indicando com o dedo – Tem hipoclorito e soda caustica, os dois são corrosivos e causam sérios danos na pele e nos olhos, podem até causar um edema pulmonar, vômitos e se ingeridos em quantidade, coma.

- Ele devia era ter bebido essa droga então! – devolvo, fazendo Daddario rir.

- Muito provavelmente ele queimou o rosto e está no hospital tratando das queimaduras e... – Matt interrompe a fala, segurando meu queixo com carinho – Se Janson ficar com sequelas, você sabe que seu amigo está enrascado, não sabe?

Claro que sei, tenho toda consciência do mundo de que isso é perigoso e pode colocar a vida de Newt em risco. Trocamos um rápido beijo antes de voltar para a sala principal, apreensivos com o retorno de BOSS.

 

 

Point of View of A.D.Janson

 

Minha pele febril e a dor que emana dela, mesmo com essa bateria de analgésicos e o caralho a quatro, indicam o quanto estou fodido, o quanto o meu garoto me fodeu ontem. Toco minhas bochechas inchadas, ambas cobertas por gazes, tento sentir a textura, saber como estou, mas não consigo relar direito a ponta dos dedos nela. Eu bufo impaciente, sentindo uma imensa vontade de arrancar o cateter da veia e correr para casa sentar uns bons tapas naquele ingrato e atrevido.

- Ok, mantenha-me informado, Parrish.

Ouço Derek no corredor finalizando uma chamada. Meu capanga entra sério, evita me fitar, caminha ereto até a borda da cama e desembucha os fatos.

- Tudo está sob controle no Maison, estão limpando as coisas e colocando tudo no lugar.

- E Sugar? – rosno. Pela primeira vez na minha vida Sugar tem gosto de bosta na minha boca.

- Segundo Jordan ele continua apagado no seu quarto, foi algemado na cama e está recebendo doses de heroína a cada quatro horas para ficar inconsciente.

Eu não queria, não queria mesmo fazer isso com ele, droga-lo dessa maneira, viciá-lo em algo só para ter o controle sobre ele, isso é sujo, mas eu nunca disse que era limpo e que jogava limpo! Newton merece uma lição. Argent está me enchendo o saco para me livrar logo de uma vez desse garoto, vende-lo para Boehn e deixar que o cretino dome a fera que o loirinho se tornou, que podemos facilmente colocar Aris em seu lugar ou arranjar outro nos mesmos padrões, mas nenhum dele será Sugar.

Sugar apesar de tudo ainda é insubstituível.

- E as famílias? Alguma notícia? – questiono tencionando minhas mãos.

- Nem sinal deles, mas encontramos algo interessante. – Hale saca seu celular do bolso, mostrando-me uma imagem que nossa equipe dos Estados Unidos encontrou.

- Quem é esse? – questiono ampliando a imagem que revela um garoto alto, magro, cabelos castanhos quase cacheados e bochechas avermelhadas.

- Esse é Troye, ex namorado de Thomas, descobriram dados dele em Harvard quando invadiram o apartamento de O’Brien. Fora ele, não encontraram nada relevante.

- Hm... – gemo ainda em posse do seu celular.

- Com licença, senhores, sou o doutor Avery, estou cuidado do caso do paciente Janson, boa tarde. – um homem alto, moreno, cabelos raspados e olhos verdes me cumprimenta. – Vim retirar as gazes e analisar como está sua pele. Sente-se, por favor, Sr. Janson. – ele pede.

Enquanto recosto meu dorso, Avery vai até a pia do quarto e higieniza as mãos, deixando um cheio enjoativo de eucalipto pelo quarto. O médico aproxima-se de mim e retira uma a uma das gazes, proporcionando um pequeno alívio com a falta de pressão que elas fazem no local. Avery analisa minha face, franze a testa, e assente positivamente.

- O senhor deu sorte, pois não chegou a ingerir uma quantidade significativa do produtos, porém ele fez o que nós médicos já suspeitávamos, ele queimou sua pele e atingiu uma pequena porção dos seus olhos.

- Sim, minha vista direita está embaçada. – afirmo, tentando força-la para enxergar melhor.

- Exames preliminares indicam que perdeu cerca de 40% da sua visão no globo direito, além das queimaduras de segundo e terceiro grau na face.

- Desculpe, como é que é? – estou embasbacado com suas revelações. – Eu perdi minha visão e meu rosto... Vai ficar com cicatriz, é isso? – indago alarmado.

- A questão da derme pode ser reversível com algumas cirurgias plásticas, senhor.

- Eu quero um espelho. – peço, ignorando suas palavras vagas. – UM ESPELHO AGORA, PORRA! – grito mal conseguindo controlar minhas próprias mãos.

Avery retira um pequeno espelho do bolso e me fita apreensivo.

- Posso entrar em contato com a psicóloga do hospital se quiser e...

- Apenas. Me. Dê. A. Porra. Do. Espelho. – travo o maxilar, esticando minha mão até o homem.

Capturo o objeto, levando-o automaticamente até minha face, arregalo os olhos ao ver a imagem refletida, ao ver o que Newt causou a mim, metade do meu rosto todo vermelho e enrugado, nojento e repugnante.

Meu precioso fodeu a minha cara! Não acredito nisso...

Cerro o punho com violência, trincando o objeto do médico. Por longos minutos o Dr. Avery explica como devo proceder o tratamento, com medicamentos e pomadas, até a pele estar apta para um outro enxerto. Não escuto nem metade do que ele diz, minha vontade é de voltar imediatamente para casa e esfregar na cara de Newt a tempestade que ele iniciou.

Ao invés disso, assim que o médico sai do quarto, dando minha alta, acerto o telefone no ouvido, dando a ordem:

- Troye, não é mesmo? – sorrio encarando Hale, o mesmo coloca as mãos no bolso e me devolve um olhar tinhoso, apoiando meus planos para O’Brien – Podem traze-lo pra mim. Eu adoraria ter esse garoto na nossa equipe.

 

 

Point of View of Thomas O’Brien

 

- Você mentiu pra mim. – tenho vontades dentro de mim que nem sabia que existiam, tipo mutilar Malia por me fazer saltar daquela altura.

- Para de resmungar e anda logo, temos um longo caminho até o hotel. – Sangster me ignora, ajeita seu casaco e o capuz na cabeça, seguindo pela rua.

- Você mentiu pra mim de novo... – murmuro irritado – Eu achei que íamos de carro... – andar a pé após o acidente e meu salto frustrado não fazia parte dos meus planos.

- Não temos um carro, não tenho dinheiro para isso, não podemos usar nossos cartões, enfim, mexa sua bunda e ande. O hotel fica próximo ao metrô.

A malvada ordena, tendo Galileu pianinho ao seu lado, obedecendo todas as ordens que ela desfere contra nós. Breco o corpo de todos quando vejo ninguém menos que A.D.Janson saindo da porta principal do hospital, jogo o dois atrás de um carro, onde observamos ele e Hale caminhando pelo estacionamento.

- Filhos da mãe! – Poulter exclama.

- Temos que seguir eles. – Malia diz.

- Como, a pé? – gesticulo apontando o grande nada automobilístico que temos a disposição.

- Não, Tom, nós vamos roubar um!

 

*****

 

De nada adiantou Galileu tentar convencer sua futura esposa a não quebrar o vidro de um carro e fazer ligação direta nele, preenchendo com o primeiro item a ficha criminal de Poulter.

- Onde aprendeu essas coisas, meu amor? – o loiro pergunta para ela.

- Com meu ex namorado, Jared. – ela devolve, seguindo o carro de Janson.

- Que linda! – Poulter chia apaixonado, fazendo um carinho na coxa dela.

- Jared me ensinou muitas coisas legais como est...

- Não estou falando de Jared, mulher, esse eu quero que morra. Estou falando do fato de ter aceitado que lhe chamasse de meu amor.

BANG! Finalmente Galileu Poulter marca um ponto pra ele nesse jogo insano entre Malia Sangster.

Malia move lentamente sua cabeça até o loiro, devorando ele com seus olhinhos julgadores, ela tenta responder com classe, no entanto ignora ele, concentrando-se na tarefa de descobrir onde o novo Maison fica, pois onde Janson está, muito provavelmente Newt também estará.

Rodo escondido no banco traseiro por minutos, nem Malia, nem Galileu acharam uma boa eu expor minha face nesse carro antigo, sem filme escuro nos vidros. Janson ou Hale poderiam me reconhecer, atrapalhando a missão.

- Hey, acho que é aqui... – um sussurra para o outro no banco da frente.

Discretamente ergo minha cabeça e espio pelo vidro frontal a movimentação dos homens saindo do carro e entrando no local posteriormente. Damos algumas voltas pelo bairro, tentando reconhecer o lugar onde estamos e memorizar o caminho até aqui. É um bairro chique, com mansões e restaurantes, algo badalado para Kiev.

Anoto o nome da rua em um pedaço de papel, indo embora com meus amigos. Sou obrigado a acabar com minha vontade de entrar lá agora e retirar meu garoto, destruindo tudo e matando os cretinos, entretanto não posso estragar tudo novamente, um bom plano precisa ser bolado e dessa vez, vamos retirar todos os jovens desse local, nem que isso termine em tragédia, mas Newt e seus amigos não passam nem mais uma semana dentro desse inferno.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...