História Revenge - Season Two - Explosion of Worlds

- Layla Sharck. Pov. –

- Santa Mônica Beach –

- Los Angeles –

 

A música ecoava no último volume na grande caixa de som da praia. Maddie veio visitar os pais na cidade e aproveitei para voltar junto com ela. Por enquanto, preferi ficar no apartamento de Liam. Precisamos um do outro no momento.

Conversei com meus meninos pela manhã, me certificando de que estava tudo bem com ambos. Não tive coragem de contar à eles como estou com o..... Doador genético deles.

Não quero meus filhos expostos nisso. Só quero o melhor para Ben e Aiden.

Perguntei aos dois o que queriam ser no futuro, Ben disse que quer ser professor. Ele gosta muito de ler e explicar as coisas para o irmão. Já Aiden, respondeu “quero ser como o papai”.

Isso definitivamente não vai ser fácil.

Tenho medo que, com a separação, isso aflore dentro dele. Meu pequeno ainda é só uma criança, mas o gênio ruim do Bieber foi passado pra ele, isso é fato.

Tudo menos isso, por favor, Deus!

- Mais uma? – Maxon me apontou uma garrafa pequena de vodca, neguei. – Ei.... Eu acho que me lembro de você. – Ele parou um tempo para me analisar.

Estava com um belo biquíni preto, decorado com algumas conchinhas. Meu cabelo estava preto em um coque e estava de óculos escuros e fabulosos. Eram cor de rosa.

- Universidade? – Perguntei e ele concordou, rindo. – Também me lembro de você.

Era o capitão do time. Me lembro do dia em que o vi treinar enquanto ajudava as líderes de torcida com alguns passos e coreografias para o próximo jogo.

Decidi colocar em prática o plano de Maddie. Já chorei por dias seguidos, tentando arranjar forças para superar meu “tempo” com Bieber. Chorar não vai adiantar.

Estou apenas procurando maneiras de me distrair, sabe?

As garotas da universidade decidiram passar um dia na praia para matarem as saudades de Madeleine, e pra variar, ela me arrastou junto. Não sabia que os caras também viriam. Maxon veio com mais uns cinco amigos do time. Todos nota 10, à propósito...

- Layla.... Sharck. – Maxon sorriu de lado.

- Como sabe?

- Vi teu nome na secretaria, para aquela tal viagem. – A viagem dos formandos de arquitetura para a Itália. – Você vai?

- Sim. – Disse simples.

- Me surpreende seu marido deixar você ir. Desculpe se soar intrometido, mas... Ele não parece ser o tipo de cara que topa as coisas numa boa. – Ele deu de ombros.

- Conhece o Justin?! – Arregalei meus olhos.

- Todos conhecem ele. – Maxon riu, jogando os cabelos úmidos para o lado. – Seu marido mete medo em qualquer cara, Layla.

- Não...estamos mais juntos. – Soltei sem pensar e seus olhos castanhos me encararam.

Merda.... Dói demais dizer isso. Parece que arrancam uma parte de mim.

Respire, seja forte.

- Sinto muito. – Ele me encarou fixamente.

- Sempre melhora. – Ri baixo. – Pra falar a verdade, até que durou tempo demais...

- Você tem filhos com ele? – Maxon perguntou, curioso.

- Dois garotos. Os amores da minha vida. – Sorri instantaneamente. Ele também sorriu.

- Eu tenho uma garotinha. – Ele riu, bebendo sua cerveja. – Charlotte.

- Não pensei que fosse casado. – Franzi meu cenho, rindo.

- Não sou. Engravidei uma amiga do colegial. – Ele riu e nem sei em que momento começamos a dar risada juntos! – Foi besteira.... Mas, não me arrependo. Ela é tudo pra mim.

- Bonito ouvir isso. – Sorri.

- Vamos fazer assim... Por que não leva seus filhos para o jogo de sábado que vem? – Maxon sugeriu. – Vou adorar conhece-los, se você deixar, claro.

- Quem sabe? – Dei de ombros, o ouvindo rir.

- Você é sempre dura na queda? – Ele arqueou sua sobrancelha, se aproximando.

- Aprendi a ser. – O encarei nos olhos.

Belos olhos, por sinal.

- Estou atrapalhando algo?!

Maddie entrou no meio de nós dois, bêbada feito um gambá!

- Não! – Disse rapidamente.

- Na verdade, está sim. – Maxon não desviou seu olhar do meu, corei levemente.

Merda de mania idiota.

- Hummmm! – Ela gritou, se pendurando em meu pescoço. – Isso mesmo, amiga. Curte sua vida! E também, o Maxon é gostoso pra caramba... – Arregalei meus olhos e ele soltou uma gargalhada gostosa de ouvir.

- Madeleine, cala essa boca por favor! – Tapei a boca dela, ouvindo sua risada abafada.

- Agradeço pelo elogio. – Ele piscou para Maddie.

- O convite ainda está de pé. – Ele colocou suas mãos na cintura.

- Pensarei com carinho. – Sorri, beijando sua bochecha.

Talvez.... No final das contas, um convite como esse não fará mal algum, não é?

 

***

 

Vesti uma saia preta, rasgada. Uma camiseta de banda qualquer e meus amados All Stars. Passei apenas um batom fazendo o básico de uma maquiagem. As olheiras de noites mal dormidas ainda são profundas, infelizmente.

Mas, nada que um bom corretivo não tape.

- Fiu-Fiu pra você, gatinha...

Liam passou por mim, apenas de toalha. Ri alto!

- Ei, gato? Posso lavar algumas roupas nesse seu tanquinho? – Me escorei na bancada, cantando meu irmão. Foi a vez dele cair na risada.

- Engraçadinha... – Ele me mostrou a língua. – Que horas você volta hoje?

- Acho que vai ser mais rápido. Vou apresentar meu seminário final sobre arquitetura grega e as difusões dela pelo mundo. – Contei, animada! – Vou estar aqui antes das 22h, por que?

- Nada... – Ele deu de ombros.

Estranho. Muito estranho.

- Liam, o que você vai aprontar?!

- Vou sair com alguém. Só isso. Nada demais. – Liam sorriu safado.

- Quem é?! Mostra foto! – Pulei nas costas dele, o provocando. – É gostoso?!

- Vai ficar na sua curiosidade. – Ele piscou. – Agora me dá licença que já estou atrasado, ok?

Foi aí que Liam saiu correndo até seu quarto e trancou a maldita porta antes que eu conseguisse alcança-lo! Que merda!

Quem poderia ser?! Ah, esse pivete....

De qualquer forma, fico feliz por ele estar conseguindo seguir em frente.

Ele merece toda a felicidade desse mundo...

Nós dois merecemos.

 

***

- Belíssimo! Incrível! FANTÁSTICO!

Professor Louis batia palmas de uma jeito engraçado, agradeci, entre risos.

- Você é um primor, abelhinha. Ótimas observações! – Ele se aproximou, orgulhoso.

- Obrigada professor, significa muito vindo de você. – Sorri e pude ver de longe a Ellen e as garotas rirem, revirando seus olhos. Elas insistem em dizer que o professor puxa meu saco!

- Vai fechar seu semestre com nota máxima. – Louis sorriu.

Voltei ao meu lugar, toda animada! EU ESTAVA É SOLTANDO FOGOS!

Fechei com chave de ouro, hein?!

É tão bom sentir que eu consegui chegar até aqui. Pensei que jamais conseguiria.

É gratificante demais...

- Nota máxima, abelhinha! – Cindy imitou a voz do professor e não pude deixar de rir.

- Fantástico, incrível! – Audrey riu alto, apertando minhas bochechas.

- Parem de ser tão implicantes, meu Deus!

- Parabéns, amiga... – Ellen me abraçou com carinho. – Estamos orgulhosas de você!

- Já até comprei os nossos ingressos para os shows da Ariana Grande na Itália. – Cindy soltou essa, rindo. – Não podemos deixar de prestigiar a nossa estrela, por favor!

- Vida longa à rainha. – Disse e elas riram. – Ah, meninas...

- Ainda está na fossa, né? – Audrey me encarou, concordei. – Relaxe! Isso vai passar!

- Um término não é o fim do mundo, amiga. Acredite. Sei que era um casamento real, com amor, apesar de tudo. Vocês tiveram filhos, uma família. E isso é lindo! – Ellen sorriu.

- Suas praguinhas são as coisas mais fofas desse mundo! – Cindy encostou sua cabeça em meu peito, rindo baixo. – E eles com certeza têm orgulho de ter uma mãe como você!

Ah, como eu adoro essas meninas...

Nesse momento meu celular vibrou no bolso da saia. Encarei o visor, era Sam.

“ – Estou aqui fora, te esperando”.

Estranhamente sorri com essa mensagem.

Pitterson tem o dom de aparecer quando eu mais preciso, é impressionante.

 

***

- Oi.

Disse ao entrar em seu Porsche prateado, perfeitamente polido. Sam é perfeccionista com carros.

- Oi, Melissa. – Ele sorriu, beijando minha bochecha. – Vim ver como você estava.

- Já te contaram, né? – Ri baixo. – Mas, estou bem.

- Seu pai não é bom em guardar segredos. – Ele deu de ombros.

- Nunca foi. No meu aniversário de 8 anos, ele me contou sem querer sobre a minha própria festa surpresa. – Ri, acompanhada por Pitterson.

- Eu me lembro desse dia, foi hilário! – Ele gargalhou.

- Eu ainda te chamava de tio Pitterson nessa época, se lembra? – O encarei, risonha.

Só Deus sabe como eu tenho um carinho imenso por ele!

- E eu te chamava de Mel. – Sam riu baixo.

Mel... Ele era o único a me chamar assim.

- Senti saudade desses anos sem você, sabia? – Sorri passando a mão pelo ombro dele.

- Eu também, Mel. – Ele abriu um sorriso lindo.

Não sei ao certo como aquilo aconteceu, mas dei um selinho em Sam. Não era como se fosse com segundas intenções. Eu só queria.... Droga, eu não sei!

Acontece que Sam não me deixou sair daquele selinho. Minha cabeça se tornou uma bagunça e então estávamos nos beijando de verdade. Me lembrei daquela noite que tivemos no Canadá, naquele inverno. Foi tão bonito...

Mas, eu não posso.

Não é nele que eu penso todas as noites antes de dormir, não é ele quem domina meus pensamentos mais perversos. Não é ele quem me faz chegar nos céus apenas com uma troca de olhares.

O demônio dos olhos cor de mel. É ele quem faz isso.

“Como você consegue ser tão idiota, cacete?! VOCÊ TEM ALGUM PROBLEMA, LAYLA?!”

Devo ter mesmo, puta que pariu...

- Desculpa, meu Deus do céu! – Me afastei rapidamente, assustada. – Perdão, Sam!

- Por que se desculpa por algo tão bom?

Essa pergunta me pegou desprevenida.

- Não é isso! É que eu..... Merda! E-Eu não... – Me embaralhei toda e ele começou a rir.

- Está tudo bem, fique tranquila. – Ele me encarou, sincero. - Se quiser faz mais vezes, não me importo. – Pitterson sorriu, um lindo sorriso.

- É que eu.... Eu sei que vai me achar uma idiota por saber o que Justin já me fez passar nessa vida, mas eu o amo. Muito. – Fui sincera. – É difícil de explicar! Eu não sei o que fazer!

- Já sei. – Sam sorriu de lado. – Acho que você precisa de um bom hambúrguer. O que acha?

Foi obrigada a rir! Esse homem só pode ter sido inventado, porque real não é.

 

***

- E então? Me conte, tudo.

Estávamos em uma lanchonete do centro de Angeles. Dessas coloridas e aconchegantes, que à essa hora da noite, estava quase vazia. Bem dessas em que as garçonetes andam de patins e usam rabos de cavalo e aventais vermelhos. Eu adoro.

- Não sei se tem algo que você não saiba. – Ri baixo.

- Sempre tem. – Pitterson deu de ombros, mordendo uma batata frita.

- Foi com aquela garota do ano novo, se lembra? – Perguntei. – A ruiva, vagabunda. - Sam caiu na risada. – Na verdade, Bieber insiste em dizer que foi por causa da foto nossa que enviaram pra ele. O lindo surtou, só pra variar, aí saiu pra “esfriar” aquela cabeça de minhoca adormecida e ficou doidão. Ela POR UM ACASO estava no mesmo bar e magicamente eles foram parar numa cama cara de um Hotel cinco estrelas. Lindo, não?! – Ri alto, de puro ódio mesmo.

- Já ouvi explicações melhores, confesso. – Sam riu baixo. – Mas, não desacredite dele assim, Melissa. Tudo é possível, não se esqueça!

- A única coisa que vai ser possível é a minha mão naquela cara dele... – Rosnei, o escutando rir.

- Pense comigo. É o Justin. Ele não mentiria assim. Bieber poderia até te esconder, mas não acho que criaria tudo isso para se acobertar. Ele é doido, mas não é mentiroso. Pelo contrário, é sincero até demais. – Sam mordeu seu hambúrguer.

- Tá defendendo aquele Judas agora é?!

- Estou analisando todos os lados. – Ele piscou. – Só espero que tenha pensado direito.

- AH, SE PENSEI! – Gritei, rindo. – É o melhor, e aliás, era isso, ou matar ele. – Sorri falsa.

- Justo. – Samuel sorriu, me fazendo rir.

E a conversa continuou, falamos sobre tudo! Amores antigos, juventude, loucuras de terceiros e então trombamos em um belo assunto. Esse é conhecido como “Lauren Sharck”.

A puta.

“Layla....”

“XINGA MAIS”!

Eu adoro meu subconsciente.

- Meu pai é um trouxa! Um idiota, Samuel! – Disse, terminando minha Coca-Cola. – Ele não consegue sequer aceitar o fato de que ela é BIZARRA! – Rimos juntos.

- Ele a defende porque tem uma dívida com ela. – Sam disse. – Seu pai acredita que ela já pagou demais por ter crescido sem pai e toda aquela história...

- Isso não justifica o fato de ela ser uma maluca! Uma piranha! – Me exaltei.

- Ainda não consigo entender o que ela viu naquele cara. – Ele se referia a Nikolai. – Ela passou a noite na casa dele ontem. E não, eu não sou um stalker maluco. Sei disso porque ela postou uma foto no Instagram em que estava na sacada da casa de veraneio dele.

- Como ela foi capaz de ser tão baixa com você?! – Revirei meus olhos. – Posso estar bem maluca, Samuel. Mas, nada tira da minha cabeça que era ela naquela noite, tentando incendiar a casa da minha mãe. Eu sinto isso!

Tudo sempre aponta pra ela! Qual é, gente?! Não é possível isso!

- Ah, e você não sabe da última. – Sam me encarou, sério. – Sua mãe me ligou, estava irritada pra caramba porque descobriu que há alguns dias sumiram 50 milhões de euros de uma das contas da sua família, uma que fica na Suécia. – Abri minha boca, chocada. – Seu pai negou que Lauren tenha acesso à esses dados, mas eu não duvido.

- Ela tá armando algo grande, Sam. Algo muito grande. – Disse, olhando nos olhos dele.

- Isso está saindo de controle... – Ele suspirou. – Alguém precisa pará-la, e claramente esse alguém não vai ser o Lionel.

- Eu vou pensar em algo. – Disse mais para mim mesma do que para ele.

Eu pego essa ratazana loira, ou não me chamo Layla...

 

***

- Eu adoro essa música! – Ri alto, enquanto Sam dirigia em alta velocidade pelas ruas.

Estávamos nos aproximando da casa de papai, porque Pitterson precisava pegar alguns documentos no escritório pessoal dele. Disse que estava tudo bem, afinal, não sairia do carro.

Não quero falar com meu pai agora, vou acabar asfixiando ele!

- Não sabia que gostava de eletrônica. – Samuel riu. – Você é cheia de surpresas, Sharck.

- She said she too young, don't want no man....So she gon' call her friends, now that's a plan.... I just ordered sushi from Japan....Know your bitch wanna kick it, Jackie Chan! – Comecei a bater palmas e assoviar no refrão da música, fazendo Sam cair na gargalhada!

- Eu morro e não vejo tudo, inacreditável. – Ele sorriu pra mim pelo retrovisor.

Foi então que passamos pela rua de Justin e da nossa, digo, da casa dele. Sam infelizmente teve que diminuir a velocidade com o carro e fui obrigada a encarar a fachada daquela mansão. São tantos sentimentos juntos...

E aí, dei de cara com uma carro BEM CONHECIDO estacionado lindamente na frente daquela casa.

O CARRO DAQUELA MALDITA DAQUELA BASTARDA! AH NÃO, ISSO NÃO!

- PARA O CARRO! – Gritei e Sam quase teve um infarto!

- TÁ LOUCA, MELISSA! EU QUASE BATI NO POSTE! – Ele retrucou, assustado.

- É o carro dela Sam.... – Disse e já fui descendo do carro. – É o carro da piranha!

- Layla... – Sam ligou os pontos. – Layla, não! VOLTE AQUI! – Ele gritou pela janela.

O ignorei e sai correndo feito uma louca pelos jardins! Os homens de Justin me encararam sem saber o que fazer e apenas segui reto, em direção a porta. Ah, quando eu colocar as mãos no pescoço dela eu juro que eu...

- Layla! Que isso, gatinha?! – Harry me puxou pelo braço, confuso. – O que foi?!

- Cadê ela?! Cadê?! – O empurrei, continuando a correr.

- ELA QUEM, PORRA?!

- A PIRANHA DA MINHA IRMÃ! – Berrei, parecendo uma maluca.

- Layla para já com essa merda! – Hazza começou a correr atrás de mim, mas já era tarde.

Eu empurrei aquelas portas de vidro com toda a força do mundo e voei pela grande sala de estar, deixando os garotos, a Cait e a Lina com cara de confusos com a situação.

- Pirralha?! Ei?! – Ryan veio correndo atrás de mim também e quando olhei pra trás, já tinha aquela RENCA DE GENTE correndo junto, todo mundo sem entender nada e gritando para que eu parasse.

- QUE MERDA TÁ ACONTECENDO AQUI?! – Caitlin gritou, irritada.

Subi para o escritório, parecia até que eu já sabia. Chutei aquela porta com toda a força só para entrar com estilo! Meus olhos trombaram com uma cena que...

Droga, eu não podia ter visto essa porra. Não podia.

Lauren foi bruscamente empurrada para o lado e Justin me encarou completamente surpreso, senti as lágrimas escorrendo e então, comecei a soluçar. Eles haviam se beijado. Tinha aquele batom vermelho dela na camiseta branca dele, assim como em seus lábios.

Ah, eu vou.... Eu vou....

- MALDITA! DESGRAÇADA! EU VOU TE MATAR! – Gritei, partindo pra cima dela.

 

***

- Lionel Sharck. Pov. –

Mais um dia tranquilo na minha banheira.... Coloquei minha música clássica, acendi algumas velas aromáticas e estava comendo meus amendoins enquanto apreciava essa linda noite.

- Ah! Paz e tranqui... – Ia dizer, mas fui cortado pelo som do meu telefone.

Merda. Atendi sem muito humor, revirando os olhos.

“- UHUL, TÁ ROLANDO PORRADA! EITA PORRA! CHUTA! VAI! PEGA ELA, CARALHO”!

Que coisa é essa?

“ – Quem é que está falando?!”

“ – FALA LIONEL, AQUI É O NOLAN, AMIGO DO DREW! O NOLAN! PERAI, CARA! VAI PIRRALHA! PEGA ELA, NÃO SEPARA NÃO! CHAZ, PEGA A CÂMERA”!

“ – Por que é que você está gritando feito uma hiena, seu insolente? – Esse garoto deve estar sob o efeito de algum entorpecente. - Está em algum circo, por um acaso?!”

“ – A LAYLA TÁ QUEBRANDO A SUA OUTRA FILHA NO PAU AQUI NA MANSÃO”!

“ – QUÊ?!”

“ – Ela pegou aquela tal de Layra, a Luren, essa merda aí mesmo, beijando o Drew! Ela tá falando aqui que só vai soltar a garota quando você chegar, caso contrário....”

JESUS CRISTO!

Joguei o celular no chão e saí correndo de roupão molhado e escorregando pela casa toda! Elas vão se matar! Senhor, cadê a chave desse carro?!

- JOANA! PEGA A MINHA PANTUFA QUE NÃO DERRAPA! – Gritei, desesperado.

Peguei a primeira chave que vi, vesti a pantufa e corri loucamente pelo jardim atrás de um carro. Meus seguranças perguntavam o que estava acontecendo, mas não tinha tempo de explicar.

É hoje que eu bato é nas duas!