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História Reversível - Basquete


Escrita por: injunland

Notas do Autor


olá gente <3
tô de volta e esse capítulo vão aparecer mais dois personagens hihihi provavelmente serão os dois últimos a serem apresentados, talvez não. ainda estou desenvolvendo o plot k.

não vou enrolar muito, espero que gostem e boa leitura <3

Capítulo 4 - Basquete


Após aquela sexta-feira da prova que não consegui estudar da forma que gostaria — ainda me culpava por aquilo no sábado, tinha certeza que minha nota baixa em matemática não seria recuperada —, tudo o que queria era um pouco de paz. No entanto, nem tudo funciona como nós queremos. 

Naquela mesma sexta anterior, notei que o meu costumeiro grupinho estava quieto até demais. Nem sempre somos tão barulhentos como já anteriormente descrevi, porém a forma que os garotos estavam era incomum; Chenle parecia querer matar um, Jaemin nem deu as caras no recreio, Donghyuck sempre que tentava criar alguma aura leve por ali, falhava miseravelmente, Jisung — não que isso fosse muito surpreendente —, estava mudo. E eu ali, tentando entender o que se passava. Mais tarde descobri que meu melhor amigo só tinha ido à secretaria resolver alguns problemas relacionado ao pagamento da mensalidade escolar, mas isso não excluía os outros garotos. 

Por aquele motivo mesmo desejava não ter contato com nenhum naquele dia, esgotado de estar no meio de um clima péssimo. Mas o chinês não colaborou com aquilo. 

 

Chenle 

Jeno aaaa 

Me ajuda, por favor! 

Jeno 

O que aconteceu Lele? 

Chenle 

O Jisung aconteceu 

Jeno 

Chenle... 

Chenle 

Por favorzinho! 

Jeno 

Tá bom 

O que aconteceu? 

Chenle 

Posso ir pra sua casa e contar aí? 

Jeno 

Ahn... Tá 

Mas espera pelo menos uma hora pra vir 

Pra eu arrumar o quarto, tomar um banho, comer... 

Avisar a minha mãe também, mesmo que não faça diferença no final 

Chenle 

Ok 

Obrigado sz 

 

Bufei. Definitivamente com o pensamento de que não teria paz naquele dia, mas ao menos teria a chance de resolver o problema o nosso grupinho enfrentava — ou melhor, a DR de Chenle e Jisung —, e assim não enfrentaria o clima esquisito novamente, ao menos por algum tempo. 

Parecia que o chinês estava bem desesperado para me contar sobre a situação com o mais novo do grupo, já que exatamente uma hora depois da última mensagem enviada, ele apareceu na porta de minha casa. 

— Só assim mesmo pra você chegar na hora. — Caçoei. 

— Não me testa, Lee Jeno. — Disse meio muxoxo, mas ainda assim com um pequeno sorriso indicando que estava brincando. 

Zhong Chenle e eu não éramos assim tão próximos no início do ano anterior. O que nos juntou foi justamente os problemas dele em relação ao Park; desde o início da história, quando ele ainda não tinha certeza se estava interessado, aos dias atuais com questões mais complexas, eu sabia de tudo. Antes ele me contava sobre “um garoto” e quando menos percebemos, o tal “garoto” foi identificado. Era o único do grupinho que sabia sobre os dois. 

A daquele dia era o termo “melhores amigos”. Era assim que se denominavam publicamente, mas o título era um tanto ultrapassado. Chenle e Jisung eram bem mais do que simples “melhores amigos”, mas apenas o mais velho da relação tinha de assumir o que de fato tinham. 

— Ele de novo me falou dos pais dele. — Reclamou, prosseguindo com o assunto iniciado a alguns minutos. Ele se apossava da minha cadeira de rodinhas e eu estava deitado em minha cama. — Parece que ele não entende o que eu falo, sabe? Eu não estou pedindo para ele tatuar na testa que é meu namorado e me apresentar para a família. 

— E o que você quer? 

— Ah... Sei lá. É tão chato ter que esconder de gente que sei que não tem problema, tipo você, sabe? — Suspirou, apoiando-se em seus joelhos seguidamente. — Queria contar ao menos para vocês, melhor, para o Donghyuck e Jaemin. 

— Entendi, mas Lele... — Chamei o garoto, que tirou seus olhos do chão para me encarar. — Olha, você me conta sobre essas coisas desde o início dessa história sua com o Jisung, certo? 

— Sim, e daí? 

— Bem, analisando tudo, a gente consegue ver como ele é bem lerdo parar caminhar em relações. — Chenle pareceu ponderar sobre o que eu falei. — E você apressado, né? — Ele riu baixinho, e eu neguei com a cabeça, desaprovando-o de brincadeira. — Você tem que respeitar o tempo dele, sabe? Fora que, pela forma que ele fala dos pais, se eles imaginarem da sexualidade do Jisung, o garoto está ferrado. Ele deve estar com medo, sabe, de alguma forma isso chegar neles. 

Ele de repente fechou a cara, enquanto seu olhar se entristeceu. Me levantei e fui até ele, dando tapas fraquinhos em seu ombro, chamando-o. 

— Vem, vamos para a cozinha, acho que tem bolo. 

— Jeno, por que eu sou tão egoísta ao ponto de sequer conseguir pensar no óbvio?! Que droga de mundo que eu vivo? — Perguntou baixinho e eu sabia que ele tinha chegado no segundo estágio. Eu dividia estes dias de desabafo do chinês em três fases: a primeira, em que ele se encontrava completamente irritado e contava as coisas mais com palavrões do que palavras convencionais. Após isso, a segunda, que vem acompanhado em seguida da terceira, sem pausas: arrependimento e drama. Chenle sabia bem como aumentar os problemas, mas tudo bem. 

— Lele, você estava tomado de raiva e não é completamente sua culpa. Ele também perdeu a razão te xingando quando você ainda estava tentando só conversar de boas. — Afaguei seus cabelos, que se encontravam desidratados por conta das diversas vezes que descoloriu os fios atualmente loiros, antes de me sentar ao seu lado, porém no chão. 

— Às vezes eu faço tão mal a ele que tenho medo dele desistir de mim, e eu não estou falando só como namorado. 

Certo, por mais que achasse aquilo pouco provável, porque Jisung era completamente apaixonado pelo menor, daquela vez Chenle não soava tão dramático. Era mais medo do que qualquer coisa. Um medo relativamente palpável. 

— Acho que você deve se resolver logo com ele. Liga pra ele. 

— Está me expulsando? Seu falso! — Falou com um sorrisinho e eu tapeei sua panturrilha, risonho. 

— Exatamente, vaza. 

[...] 

Minha mãe naquela tarde resolveu que iria visitar uma amiga de família, no outro lado da cidade; resolvi ficar em casa mesmo, afinal, não era muito próximo nem a ela e nem aos seus filhos. 

Fiquei sozinho em então; joguei alguns jogos que tinha para o meu console, fiz as tarefas que devia para a escola, assisti alguns programas na televisão, troquei de canais como se fosse a única coisa capaz de me entreter... Quando, por fim, desisti de procrastinar ao meu máximo naquele sofá, rendido ao tédio, e resolvi pegar algo que há um bom tempo estava no fundo do meu armário e sair de casa: minha bola de basquete. 

Eu costumava jogar muito o esporte há algum tempo atrás; fazia aulas, jogava por puro entretenimento, às vezes cobria alguém nos treinos do time da escola também — mesmo que não participasse dele efetivamente, não queria nenhuma responsabilidade sobre mim —, porém, assim como tudo aquilo que me lembrava ao meu pai, basquete foi algo que cortei em minha vida, sem dó ou piedade. 

Mesmo assim não desisti, caminhei a caminho da quadra mais próxima de casa — aquela mesma próxima a casa de Donghyuck, comentada em outro momento. Me sentia ansioso, mas não desisti da ideia. Queria ao menos tentar voltar a minha vida da forma que levava ela antes da morte do meu pai, mesmo que apenas em coisas que não me machucavam tanto. 

Me surpreendi ao adentrar a quadra e ver Mark Lee — ou Lee Minhyung, que era o nome que utilizava, na teoria, na Coreia, visto que era canadense — o bibliotecário que trabalhava com Jaemin, com um garoto que com absoluta certeza tinha mais de 1,80m de altura, jogando basquete, enquanto Kim Jungwoo os assistia, sentado em um banco. Fiquei um pouco inseguro, já que não queria que ninguém me visse jogando. Tinha muito tempo que não o fazia, me limitando a apenas quando o professor de educação física mandava, e eu ainda costumava mais enrolar do que sequer correr atrás da bola. Com certeza qualquer um deles estava melhor que eu, até o Kim, que era meio sedentário. 

— Lee Jeno? — Mark me chamou, o garoto ao seu lado continuava a tentar arrancá-lo a bola. — Yukhei, inferno, se aquieta um pouco! 

Me aproximei de todos ali, ao final da quadra, cumprimentando eles de forma muda e largando minha bola próximos aos bancos em que o único sentado se localizava. 

— Por que veio jogar tão longe de sua casa, Mark? — Perguntei, optando por ficar sentado também, perto de Jungwoo. 

— Aproveitamos que o Woo estava com um tempinho livre para vir, já que o Yukhei queria ver ele. — Comentou, e, de relance, vi o castanho ao meu lado se encolher um pouco. — Eu também queria ver um amigo que mora por aqui perto. — Continuou e o tal Yukhei ao seu lado riu, escandalosamente, me fazendo dar conta de quem ele era de fato. 

— Espera, você já trabalhou com o Jaemin na biblioteca? — Me direcionei ao mais alto. 

— Sim! Conhece ele? 

— São melhores amigos. — O canadense respondeu por mim. — Ele reclamou dos tapas, não é? Ele fez isso comigo também, só faltou me beijar de felicidade quando eu voltei troquei de volta os turnos com o Yuk. 

— Quanto drama... 

— Você com esses tapas deixa qualquer pessoa roxa, Xuxi. — Jungwoo se pronunciou, negando com a cabeça. 

— Que isso Kim Jungwoo, tem menor de idade aqui. — Minhyung galou e eu gargalhei, vendo o mencionado avermelhar-se. Não sabia se era de vergonha ou raiva, muito provavelmente os dois. 

— Volta a jogar e não me enche, idiota! 

Ficamos um bom tempo tentando parar de rir do garoto irritadiço, para então fazer o que ele tinha sugerido. Não estava nem perto do que jogava a oito meses, mas talvez tivesse sido um pouco dramático falando em quão ruim eu estaria naquele momento. Não fiz muitas cestas, mas ainda conseguia tomar as bolas e desviar relativamente bem. 

Diferentemente também do que pensei, não me senti tão mal em praticar o esporte, mesmo sendo a primeira vez o fazendo de verdade desde o meu ocorrido. Foquei em me divertir com Mark Lee, Wong Yukhei e com os comentários divertidos de Kim Jungwoo. Quando cheguei em casa até agradeci a mim mesmo por ter feito aquilo, a sair, a fazer algo que me lembrava do meu progenitor. 

Talvez fosse, de fato, a hora certa para eu parar de ignorar todas as coisas que me remetiam a ele. O problema era eu tomar as atitudes certas.


Notas Finais


morreram de orgulho do jeno? porque deveriam KJKSDJA

sem querer dar spoiler mas olha um desses personagens vai trazer muita treta futuramente rs

e ai, o que acharam? comentários me deixam feliz viu rs


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