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História Rolwse Academy of Magic ( INTERATIVA) - O Semblante secreto de Mary


Escrita por: Temomen_Orim

Capítulo 34 - O Semblante secreto de Mary


— Quem está ai?

— Calma, estão muito nervosos. Sou apenas um caçador fazendo o seu trabalho... E vocês? Qual a desses capuzes estranhos? Festa fantasia? Culto tenebroso?

— Cale a boca! Deixo-nos em paz seu verme!

— Calma Urn, não o provoque...

— De novo! Você disse meu nome, seu idiota!

— OK, vou fingir que não encontrei os dois. Tenho alguns monstros para caçar e o tempo é curto. Aproveitem sua festa fantasia.

Como vão meus queridos? Eu tenho usado essas palavras de mais? Me refiro a "Como vão meus queridos?" Acho que tornou-se força do habito. De qualquer forma, onde paramos no capitulo anterior? Ah sim! Eu lembrei.

— Não me importo. Eu vou fazer isso

— Arya, espere um pouco — Pediu Merlin.

— Se vai tentar me convencer a desistir, esqueça — Ela avisou — A situação da Lis é minha culpa e ela não vai carregar o peso dos meus erros...

— Eu só quero lhe contar algo que aconteceu comigo — A diretora fez um gesto para ela acalmar-se.

— Estou ouvindo...

— Todos sabem que a vinte anos atrás uma guerra se encerrava, mas tenho certeza que por mais que pesquisem nunca irão encontrar muitos detalhes sobre o que realmente aconteceu...

— Eu já havia notado isso. Então, qual o grande segredo sobre essa guerra?

— Não posso lhe contar tudo, lamento — Merlin sentou-se, como se estivesse sentindo-se desconfortável — O que posso dizer é que já fui aluna da Rolwse, e meu time estava nessa guerra. Minha equipe era formada por mim, Mestre Kenpachi, Delsin e um velho amigo, e namorado, chamado Chrono.

— Seu namorado? — Arya estava surpresa, Merlin sempre fora mencionada com heroína de guerra e a garota nunca havia parado para pensar nela como uma simples mulher — Delsin e Kenpachi estão aqui, esse Chrono...

— Ele morreu... — Ela suspirou — Desculpe, ainda dói falar sobre ele.

— O que aconteceu?

— Nessa guerra lutávamos com alguém muito poderoso, uma verdadeira ameaça. É por isso que muitos detalhes não são mencionados em livros ou documentos, alguns poderes devem permanecer escondidos para que ninguém os use novamente...

— Eu entendo.

— O que eu quero lhe dizer, é que Chrono sacrificou sua própria vida para acabar com a guerra. Ele é o verdadeiro herói e nem sequer pode ser lembrado — Ela retirou o óculos do rosto, enxugando uma pequena lagrima — Arya, eu sinto que podia ter evitado tudo isso, e todos os dias essa duvida preenche minha mente. "Eu podia tê-lo salvo?"

— Merlin, com todo respeito. Eu tenho a chance de salvar a Lis agora, ou você está me pedindo para torna-se como você e carregar essa duvida pelo resto de minha vida?

— Eu errei tantas vezes em minha vida, e carrego o arrependimento por tudo até hoje. Eu não sou nenhuma heroína, nunca fui... Fui a vilã para muitos e tenho certo que muitos me odeiam. Mas meus companheiros lutaram por mim mesmo assim, é por isso que eu respeito e honro o sacrifício que cada um deles fez por mim. Eles confiaram em mim e eu lhes devo essa confiança, arrependimentos são algo que eu guardo para mim...

— Está me dizendo que seria honrado aceitar o que a Lis está passando agora? Como se ela estivesse feliz por sacrificar sua visão por mim? Eu não aceito isso!

— Eu também não aceito a morte do Chrono... Mas um sacrifício por outra pessoa não precisa de aceitação.

— Novamente Merlin, com todo respeito. No seu caso, não há mais nada que possa que possa fazer, você não pode trazê-lo de volta, mas eu posso ajudar Lis — Arya olhou para a diretora — Me diga, se tivesse a chance de mudar o passado, você não o salvaria?

— Eu gostaria de dizer que não, mas meu coração diz que sim — Respondeu sinceramente — Mas há algo a mais. Ele morreu por aqueles que amava, por mim e por todos nesses reinos. Não seria desrespeito com o Chrono tentar tirar isso dele, seu ultimo sacrifício.

— Não é a mesma coisa com a Lis! — Arya esbravejou com lagrimas correndo pelos olhos — Ela ainda está aqui! Ela tem um futuro! E como posso deixá-la encarar isso sem ver nada? Eu nunca tive ninguém para se importar comigo, a única gentileza que conheci quando mais jovem foi a do Príncipe Zack por ter me declarado inocente, depois disso não houve mais ninguém. E de repente alguém faz isso por mim de maneira tão repentina, não vou deixá-la  sofrer por isso.

— Já parou para pensar em seu próprio futuro? — Perguntou Alexia que ainda estava ali, de braços cruzados e prestando atenção em tudo — Você sempre me pareceu tão orgulhosa de seus olhos...

— Não são os olhos e não é orgulho. É apenas o desejo de ver e entender o mundo, foi o que sempre quis...

— E você vai desistir disso? — A professora a encarou.

— Ver o mundo sabendo que tirei a possibilidade de alguém fazer o mesmo é uma tortura pior do que não enxergar...

— Exatamente — Disse Merlin levantando — Se você desistir de sua visão pela a da Lis é exatamente assim que ela irá se sentir. Como você mesmo disse, a dor é maior. Quem se sacrifica paga o preço, mas a dor é carregada por quem recebe o sacrifício. Não faça a Lis carregar esse peso...

— Eu entendo... Mas...

Merlin abraçou a garota, Arya não teve reação, mas após alguns segundos ela simplesmente aceitou o abraço, agarrando a diretora também e chorando.

— Não se preocupe minha garota — Falou Merlin — Chamei uma amiga, ela pode ajudar Lis a ver o mundo de outra maneira, conhecendo a determinação dela, quem sabe sua companheira de equipe possa até lutar no torneio ainda.

— Sobre o torneio Merlin — Pronunciou Arya — Já pode colocar meu nome como vencedora, eu vou ganha-lo. Vou ganha-lo com esses olhos pelos quais a Lis sacrificou os próprios. Eu vou ganhar por ela...

 Eu já disse o quanto estou ansioso\ansiosa pelo torneio? E agora temos olhos ardendo em chamas! Rivalidade entre irmãos, rivalidade entre países e algumas outras rivalidades que podem vir a tona durante esse torneio. Faltam duas semanas e alguns dias ainda... Eu poderia simplesmente pular até lá. Mas acho que ainda tem algumas coisas acontecendo e vocês parecem gostar dessas coisas melosas — Fazer o que... — Bem, ainda há algumas coisas acontecendo na escavação. É claro que deu errado, mas a Rolwse recebeu justamente para lidar com situações de riscos, e o trabalho ainda não havia terminado. Então Mars ficou para terminar sua pesquisa histórica e para o caso de mais problemas Lucas e Jack foram enviados para lá, afinal, os três são um time.

— Calma Yuki, sei que não gosta desse clima quente do verão — Disse Jack abraçando sua enorme loba — Mars, não podia fazer um pouco de neve?

— Minha magia não serve para refrescar seu bichinho de estimação — Ela reclamou — Estou aqui a trabalho, vocês deviam ficar atentos a algum intrusos.

— Nada vai acontecer — A garoto disse — Estamos os três aqui, nossa formação de combate é forte...

— Aquela garota, Arya está bem? — Perguntou Lucas.

— Por que quer saber? — Mars estranhou a atitude dele — Você nunca pergunta por ninguém...

— Só fique curioso...

— Me diga o motivo, não pode me enganar — Insistiu ela.

— Eu já disse, não é nada...

— Te peguei! Você normalmente responderia com algo como, "Isso não é relevante" ou " Motivos irrelevantes" — Ela imitava a voz dele — Mas você parece bem preocupado dessa vez, será que é porque você tem uma queda por ela?

— Não — Respondeu friamente.

— Mas eu acho que você tem — Ela sorriu — Na verdade, agora que parei para pensar, ela é bem bonita não é mesmo? Olhos azuis, cabelos escuros...

— E dai?

— Viu só, você não fala assim, como se estivesse incomodado. Na verdade eu achei que nada te incomodava, mas você não parece confortável falando sobre isso...

— Mars, deixe o Lucas em paz — Pediu Jack — Ele só é um pouco tímido... O que foi Yuki? Tem algum problema? — Ele volto-se para sua loba que estava um pouco nervosa.

— Por isso que quero ajudá-lo. Essa é a primeira chance de fazermos algo como um time...

— Esse trabalho é algo que estamos fazendo como um time... — Disse Lucas.

— Originalmente não era nem para estarmos aqui — Lembrou Mars — O fato de estarmos os três aqui hoje foi uma serie de imprevistos, então...

— O que é aquilo?! — Apontou Gambrel assustado.

 Nesse momento eles estavam fora do enorme túnel que abriram até a cidade soterrada. Foi quando das arvores surgiu uma enorme criatura, uma espécie de lobo, parecia ter seus 4 metros de altura — Sobre as quatro patas — Era magro e tinha o pele escuro. Os três magos levantaram preparando-se para a batalha, mas no mesmo instante a criatura caiu e em suas costas estava um rapaz... — Ah! Não me importo em ser estraga-prazeres, é o Adriel, o caçador, acho que vocês lembram, não preciso dar emoção para a entrada de um personagem que já apareceu — Resumindo, lá estava ele, com a espada cravada nas costas do monstro e fumando seu cigarro.

— Desculpem o susto — Ele disse — Essa coisa demora a cair...

O caçador observou bem as pessoas que estavam ali.

— Vocês são magos, não são? — Dirigiu-se a Mars, Jack e Lucas.

— E quem é você? — Perguntou Mars tentando parecer o mais durona possível.

— Só um caçador fazendo seu trabalho... — Ele saltou de cima da criatura trazendo a espada consigo e pousando próximos aos três com que falava — ... Nada incomum por aqui a não ser sua beleza — Disse enquanto curvava-se perante Mars.

— Que cavalheiro — Disse ela sarcasticamente — Mas não me impressionou. Se não tem nada a tratar aqui apenas vá embora.

— Ouch — Ele brincou — Fria com o gelo, furiosa como uma avalanche... Mas linda como a neve. Posso ao menos saber seu nome?

— Mars — Respondeu ela — Não que você vá precisar usá-lo.

— Então, devo chamá-lo de anjo?

— Deve procurar outra garota para bajular — Ela virou as costas e tomou distancia deles.

— Eu gostei de sua amiga — Adriel disse para Lucas — A propósito, me chamo Adriel. Vocês são da Rolwse certo?

— Somos — Respondeu Lucas — Mas qual a relevância dessa informação para você?

— Ual, hoje é o dia de me tratar mal? Ou vocês são todos assim?

— Não ligue para eles, isso é comum. Me chamo Jack, é um prazer conhecê-lo. Podemos ajudar em algo?

— Na verdade não. Só queria saber se tem noticias de um amigo que conheci a algum tempo. O nome dele Isaac, ela anda com três garotas, uma ruiva irritada, uma bem bonitinha de cabelos castanhos e outra de cabelos azuis bem tímida.

— Eu sei quem é — Confirmou Jack — Ele está vivo, mas está se recuperando de um grave acidente...

— Acidente? Mas ele está bem?

— Vai ficar, temos uma grande medica na Rolwse, ela meio... louca — Jack lembrou de como Miraney o persegue — Mas ela é a melhor. Se são amigos, deveria visitá-lo.

— Faz parte do meu estilo ser um pouco...solitário. Mas se eu tiver a oportunidade, quem sabe eu passe por lá, assim eu visito aquele idiota do Isaac e aquele anjo ali.

— Sinta-se convidado para o torneio, será no inicio do mês que vem — Disse Jack.

— Um torneio? Se vão haver lutas tenha certeza que eu vou estar lá — Ele deu um longo trago no cigarro — Bem, tenho que ir andando. Terminei meu trabalho e quero ir embora antes que mais esquisitões apareçam pela floresta...

— Esquisitões? — Lucas estranho aquele comentário — Defina isso.

— Olha, não foi uma piada com o seu jeito de falar — Brincou Adriel — Eu me referia as uns estranhos de com capuzes e mascaras que encontrei na floresta. Eles pareciam terem acabado de sair de um luta ou algo assim, estavam de mal humor. Acho que já era um pressagio para que hoje só encontraria pessoas mal-humoradas — Ele voltou-se para Jack — Você não, você foi legal.

— Adriel, vou precisar de mais detalhes sobre esses estranhos que você encontrou. É um assunto serio. Mars! — Gritou Lucas a chamando — Venha aqui! Acho que temos uma informação relevante. Bem relevante.

O pequeno grupo está prestes a descobrir coisas relevantes... Eu disse relevantes? Eu ia disser interessantes! Maldito garoto esquisito! Vamos para algum outro lugar antes que eu me torne uma esquisito\esquisita também. Talvez a aula de historia da Maria ajude um pouco.

— ... Então, foi assim que a guerra civil de Axis acabou. Com a ajuda do Rei dos Trovões Zarpss.

— Que nome horrível — Comentou Chaya enquanto pintava as unhas da mão esquerda.

— Não tinha outra hora pra você fazer isso? — Perguntou Harvey revirando os olhos.

— Não a hora certa para ficar mais bonita...

— Chaya — Chamou a professora — Quem foi o Rei dos Trovões Zarpss?

— Não sei — Respondeu ela sorrindo.

— Imaginava... — Suspirou a professora — A aula está acabada hoje, mas para você Chaya tenho um atividade extra.

— Atividade extra? Isso é injusto!

— Não, não é. Todos os outros aprenderam um pouco sobre a guerra civil em Axis e o Rei dos Trovões Zarpss, mas você irá aprender muito mais. Porque na próxima aula você será a professora, uma aula inteira sobre o grande Rei dos Trovões. Aguardo ansiosa.

Chaya derrubou o esmalte que usava ao congelar sem reação. Maria estava pronta para ir embora, quando Kayla a chamou.

— Professora, pode falar comigo um minuto?

— Claro — Ela aproximou-se de onde o time deles sentava — Em que posso ajudar?

— É sobre o torneio. Eu gostaria de alguma ajuda com o controle de fogo, eu ouvi as pessoas falando que a Arya venceu um inimigo usando a lava. Como se controla outros elementos desse signo?

Maria abriu a mão, uma pequena fora emitida até que se tornou um pequeno rio de lava, que começou a circular e formar uma esfera.

— Você quer disser isso... — Ela fechou a mão desfazendo sua magia — Eu não sou a melhor para se perguntar sobre isso, eu sou uma historiadora, não um lutadora.

— Mas a senhora consegue controlar a lava...

— Não tão bem. Kayla, eu não sou uma grande maga, sei que eu e minha irmã somos as únicas entre os professores que usam fogo... Tem a Alexia, mas eu raramente a vejo usar magia. Mesmo assim, entre as três usuárias de fogo nenhuma pode ser considerada uma mestre. Mas se precisa de ajuda em combate, é a Gabriela que devia procurar.

— Ela ajudaria alunos de outra casa?

— Claro, qualquer professor ajudaria. Não encare as casas como um divisória entre vocês. Só não diga que eu mandei você ir falar com ela... isso faria ela me encher o resto do ano. E Chaya, eu espero que faça sua atividade extra! — Dito isso ela se foi.

— Você vai ver essa Gabriela? — Perguntou Harvey.

— Sim, agora mesmo.

— Eu vou com você.

— Porque?

— Porque se eu cair em uma luta contra alguém que usa fogo, eu posso entender melhor como ele vai atacar.

— Só não me atrapalhe...

— Helena, você tem que me ajudar — Chaya agarrou-se com ela.

— Não precisa fazer isso. O que você quer?

— Esse tal de Senhor dos Trovões...

— Rei dos Trovões — Corrigiu Helena.

— Tanto faz. Ele é alguma coisa da família do seu namorado, certo?

— Zack não é meu namorado! E sim, ele é avô do Zack. E ainda está vivo, caso queira perguntar.

— Ótimo! Temos esse final de semana livre. A aula de historia é só na próxima terça, tenho certeza que se pedirmos a Merlin, poderemos viajar até Salander, perguntar umas coisas ao velho e eu terei tudo que precisar. Você viveu no castelo de lá, então deve...

— Não. Eu era a jardineira, não tenho permissão nem para falar com Rei, imagine com seu pai.

— Mas, se o seu amigo loirinho for junto, as coisas vão ser diferentes...

— Você quer que eu peça ao Zack para ir com a gente?

— Sim.

— Desculpe, mas não vou fazer isso.

Chaya fez uma  cara de choro e abraçou Helena.

— Depois tudo que fiz por você — Ela chorava — Você simplesmente me diz um não...

— Olha Chaya — Falou Helena sem jeito — Podemos pedir ao Ziggyard

— Ótimo, e podemos levar um relâmpago na cara quando ele disser não — Brincou parando de chorar, mas voltar a chorar assim que terminou de falar.

— Você nem está chorando de verdade.

— Estou... Você partiu meu coração, achei que éramos amigas...

— Chega de drama, eu vou ver o que posso fazer... Vou tentar falar com o Zack, mas não garanto que ele vá aceitar...

Chaya saltou a abraçando enquanto sorria.

— Por isso que somos melhores amigas!

— Eu sabia que estava fingindo...

— É claro ele vai aceitar — Ela aproximou-se do ouvido de Helena — Ir sem calcinha nunca falha...

Devo dizer que adoro viagens, por que em todas as viagem algo rele... interessante! Acontece... Tenho que tomar cuidado com esse Lucas. Mas deixando o planejando dessa viagem de lado, acho que todos querem saber como anda Isaac, pois bem, vamos a ele.

— Você teve sorte da garota ter lhe congelado! — Brigou Miraney — Isso te salvou! Então, vou avisar logo, esse foi o ultimo tratamento que fiz, deixei tudo pronto, mas você deve ter dois dias de repouso ou então eu vou deixar você morrer!

— Entendi... Foi só um descuido... — Disse ele levantando da cama da enfermaria.

— E que você estava fazendo? Eu disse nada de masturbação...

— Eu não estava fazendo isso! — Respondeu Zangado — Isso é coisa de idiotas.

— Então o que era? Porque quando te achei você estava sem calças...

— Nada...

— Eu posso te partir ao meio com um dedo agora. Então melhor dizer.

— Eu estava com uma garota! Satisfeita?

— A ruiva não perdeu tempo.

— Não era a Sarah...

— Não? Estranho, ela parece gostar muito de você.

— Ela tem um jeito estranho de demonstrar isso então.

— Amor e ódio garoto — Miraney sorriu — Na verdade, parece que todas em seu grupo gostam de você, quando digo gostar, digo gostar de verdade. Só falta saber quem você escolheu...

— Eu não quero escolher nenhuma.

— Então quer um hárem?

— Também não! É que as coisas estão acontecendo muito rápido ultimamente...

— Garotos são bem lerdos as vezes... Tenho mais trabalho a fazer. E você tem visita.

— Aprontando de novo Isaac? — Perguntou Mary entrando no quarto.

— Senti sua falta, as coisas ficaram uma confusão...

— Não pude deixar de ouvir a conversa entre vocês — Ela sorriu — Podemos conversar um pouco também antes de voltáramos para o seu dormitório.

— Vou deixar vocês sozinhos — Avisou Miraney partindo — E nada de sexo!

— Eu não faço essas coisas com a Mary!

— Mas já tentou fazer — Ela brincou.

— Foi a muito tempo...

— E agora as garotas parecem correr atrás de você, quem diria?

— Nem me fale, alem daquelas três tem outra de cabelos platina que ficar dando em cima de mim. Mas ele não me parece muito normal...

— Então você não gosta dela?

— Nem um pouco, tem algo assustador nela.

— Hum... entendo. Então você se encontra em um triangulo amoroso, e as três são bem bonitas.

— Eu não quero decepcioná-las Mary, mas estou em uma situação difícil agora. Não sei o que pensar.

— Eu posso te ajudar. Já fui apaixonada por você, sabia?

— Ótimo, são quatro agora!

— Foi a muito a tempo. Agora você é como uma irmão para mim.

— Que bom... — Ele suspirou — Warlick foi meu único amigo e você minha única família. Hoje temos muitas pessoas a nossa volta.

— Você tem razão. Mas eu gostaria de te perguntar algo. Quando eu passei morar com você, o que sentia sobre mim? Seja sincero.

— Pergunta difícil... Não confunda as coisas, naquela época eu era outra pessoa. Mas eu te via como uma fraca e alguém de que eu poderia cobr... Ah! Isso doentio pra caralho! Não acredito que eu pensava assim! Olha Mary, eu achava que sua situação era sua culpa, por que eu passava pelas mesma coisas e não havia desistido. Mas eu me dei conta de que eu também não era forte como eu pensava e que eu não podia exigir de você ser igual a mim, foi quando eu passei a te ver como alguém importante, o mais próximo que eu teria de uma família de verdade.

— Foi quase o mesmo pra mim, eu me via como um nada. E sentia que você me enxergava com um nada, nada alem de um corpo bonito. Mas de repente você começou a me tratar como alguém, foi quando me apaixonei...

— Ótimo... Um bela historia de amor — Ele brincou.

— Poderia ter sido. Mas eu vi que você não me amava desse jeito, fiquei decepcionada no inicio, mas você ainda se preocupava comigo e por isso eu não poderia simplesmente ficar brava. Eu devia te amar como um irmão, você foi minha única família também — Ela sorriu — Quando você veio para a Rolwse eu tentei seguir sozinha, mas não consegui. Então te procurei de novo e agora estou aqui, acho que não sei mais ficar longe de você...

— Sabe Mary, eu não acredito que as pessoas estão presas a um destino que não possam mudar, mas... — Ele a olhou nos olhos — Nosso encontro foi destino.

Os dois se abraçaram por um longo tempo.

— Você é o melhor irmão mais velho que eu poderia pedir...

— Mas você que é um ano mais velha.

— Isso importa em algo?

— Acho que não...

Finalmente se largaram.

— Isaac, eu queria te perguntar a mesma coisa, mas sobre a Nyu. O que sente sobre ela?

— Nyu? — Ele parou para pensar um pouco — Quando eu a conheci ela não passava de um guria tímida e irritante, mas ela foi atacada e eu não podia deixar. Então eu vi algo que não esperava, ela não fugiu, não permitiu a si mesma ir embora por que não aceitava alguém fazendo as coisas por ela. Eu percebi que ela não só uma guria tímida, algo tinha feito aquilo com ela, mas ela tinha coragem para ir em frente. Mais tarde ela me falou sobre algo, não posso te contra, porque sinto que estaria a confiança dela...

— Eu entendo.

— ... O que é importante é que eu pude imaginar o peso que ela carrega em suas costas. Pesado de mais para alguém tão gentil e calma como ela. Ela é o tipo de pessoa que eu não conseguiria abandonar...

— Então é isso o que sente? Responsabilidade sobre ela. É a sua cara, se preocupando com outros.

— Responsabilidade... — Ele repetiu a palavra tentando assimilar isso com a Nyu.

— Sobre a Celine? Como foi?

— Ela me deixa realmente confuso... Ela nunca esteve contra mim, isso já era algo que eu apreciava nela. Mas ela começou a me defender quando a Sarah me atacava com palavras, isso é estranho. Eu nunca fui defendido por ninguém, então não sei o que pensar... Só sei que não quero decepcioná-la. Ela acreditou em mim e eu quero agradecê-la por isso de todas as maneiras que eu puder.

— Gratidão...

— Não é tão simples assim. Ela disse que me ama e... Mary, eu realmente gosto dela, talvez não tanto quanto ela gosta de mim, mas...

— Isaac, você mesmo confunde sua mente. Claro que você gosta dela, mas você a ama de verdade?

— Não sei...

— Se você não sabe, é porque não ama.

— Como se as coisas fossem simples assim...

— Vou facilitar para você, de alguma forma, o que sente por ela se parece com o que sente por mim?

— Acho que sim.

— Você vê? Você realmente gosta dela, mas o que você sente é medo de decepcioná-la e perde-la, isso não é amor — Ela pôs a mão no ombro dele — E a Sarah?

— Quando a conheci eu a odiei...

— De verdade?

— Sim, mas mesmo assim algo nela me chamava atenção. Ela passou o tempo todo gritando comigo, tentando me matar e fazer com que os outros se voltassem contra mim...

— E o que você fez?

— Eu fiz o meu melhor... para ser alguém que ela respeitasse. Acho que tem haver com essa historia de liderança...

— Ou talvez seja outra coisa...

— Talvez... Eu não sei porque eu queria tanto que ela me olhasse de outra forma, mas mesmo assim eu não suportava sua presença. E quando aquilo aconteceu com ela... Eu... Eu não pude aceitar — Uma solitária lagrima correu por seu rosto, mas Mary a enxugou por ele — Mary, quando eu a vi daquele jeito, e a segurei nos braços, eu não vi a Sarah. Eu fiquei tão furioso por perde-la, como nunca fiquei em minha vida, depois disso eu não lembro mais de nada daquele. Lembro dela me visitando no hospital, me olhando com outros olhos, aquilo me trouxe uma sensação tão estranha, como eu nunca senti antes...

— Porque você a ama.

— Como você pode dizer com tanta facilidade.

— Por que não há motivos para você gostar dela, você simplesmente gosta. Todo esse tempo você esteve sendo o melhor líder não só para as outras duas, mas você mesmo disse, que queria que ela te olhasse de outra forma. Você conseguiu. Ela te ama também...

— Assim como as outras duas...

— Isaac — Ela segurou a mão dele — Você pode escolher quem quiser, todas vão te amar e com o tempo as outras irão compreender. Mas não pode enganar seu coração e não pode me enganar, por que eu te conheço melhor do qualquer outra pessoa. Meu conselho é para que siga seu verdadeiro amor, isso não é algo que se encontra duas vezes. Você é uma pessoa muito boa para que alguém guarde magoas de você, mesmo que esse alguém seja você mesmo.

— Como você pode entender mais de mim do que eu mesmo?

— Talvez esse seja meu semblante. Te ajudar quando você precisa...



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