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História Rolwse Academy of Magic ( INTERATIVA) - A Aluna favorita de Marco: Celin


Escrita por: Temomen_Orim

Capítulo 35 - A Aluna favorita de Marco: Celin


Que a força esteja com vocês meus queridos! Cá estou novamente alegrando esse infeliz dia da vida de cada um com minha simples presença. Não se preocupem, garanto que teremos mais um capitulo entediante... Até que esse torneio chegue parece que a ação vai ficar um pouco de lado, infelizmente. Mas vocês também gostam dessas porcarias de romances, fazer o que...

— Viu? Eu disse que ele concordaria — Chaya puxava a enorme mala com dificuldade, lutando para subir as escadas do aerodromo — Qual é o problema dessa gente? Não podia ter uma rampa?

— Vamos passar só passar dois dias foras, porque essa mala enorme? — Questionou Helena que carregava sua própria mala, bem pequena.

— E se acharmos bonitões por lá? Tenho que estar preparada.

— Não há outras pessoas da nossa idade no castelo...

— Mas na cidade deve ter, qual o nome mesmo?

— Lutheria, capital de Salander — Respondeu Helena — Mas você não está indo buscar informações sobre o Senhor Zarpss?

— Isso não vai demorar, é só um velho e algumas historias. Só resumir tudo e depois eu e você vamos mostrar aquela cidade o que são duas garotas perigosas.

— O único perigo que eu sinto são seus planos...

— Estão um pouco atrasadas — Zack apareceu no fim das escadas — Ah... Bom dia, Helena. Precisa de ajuda com as malas?

— Ela não, eu preciso — Disse Chaya.

— É claro — Ele desceu para ajudá-la — Mas o que você carrega aqui dentro? — Resmungou ele ao notar o peso.

— Só o Harvey...

— O Harvey está ai?! — Helena espantou-se.

— Eu estou brincado, por favor, não levem tudo a serio. Vamos lá — Ela subiu as escadas rapidamente.

— Agora sei por que estavam demorando — Zack esforçava-se para puxar a mala.

— Desculpe pela Chaya...

— Tudo bem. Estou feliz que tenha vindo falar comigo...

— Foi pedido da Chaya...

— Mesmo assim. Eu fiquei feliz...

Os dois trocaram um longo e demorado olhar.

— Vocês vão atrasar a viagem — Disse Chaya do topo das escadas — Terão dois inteiros para se pegar, mas antes temos que chegar lá.

Helena ficou vermelha e desviou o olhar. Apresaram o passo e chegaram a uma plataforma reservada. Uma enorme aeronave os esperava, mas apesar de grande não era um modelo novo, era um antigo, ainda utilizava um enorme balão de cheio de ar para voar, os motores serviam apenas para dar o impulso. Na plataforma toda a equipe de Zack esperava, assim como Dylan e a professora Maria.

— Seu time também vai... — Notou Helena.

— Achei injusto passar esses dias em casa sem levá-los comigo.

— Acho que é justo — Concordou ela — Mas e o Dylan?

— Ele está só se despedindo da Sol.

— Verdade, a Sol voltou a andar.

— Devia ter visto a felicidade dela — Zack sorriu — Parecia uma criança.

— Você se entende tão bem com seu time...

— Você não? Pelo menos com a Chaya parece não haver problemas, mesmo vocês sendo tão diferentes...

— Kayla é distante e o Harvey é legal, mas ainda não sabe lidar com as outras duas. É compreensível.

— Chaya — Chamou Maria — Devo dizer que sua idéia me surpreendeu, não esperava que estivesse tão empenhada em sua pesquisa que iria até Salander conhecer o próprio Zarpss.

— Você me conhece professora, sou muito esforçada com minhas responsabilidades — Ela fez um pequena pose — Mas a senhora? Irá com a gente?

— Só até o castelo, de lá irei até onde os outros alunos estão, uma cidade não muito longe de Lutheria. Aquela é sua mala? — Ela estranhou — Você está indo fazer uma pesquisa, o que é isso que você leva?

— hum... São... Livros — Ela sorriu.

— Livros? — A professora estranhou.

— Isso explicaria o peso — Brincou Zack.

Então a mala abriu, literalmente abriu porque não fora feita para carregar tantas coisas. Varias roupas se espalharam pelo chão, algumas das quais eu prefiro não comentar... Todos passaram a encarar Chaya.

— Helena — Chaya virou-se para amiga — Onde estão meus livros? Olha, eu entendo que queira se divertir comigo, mas eu estou indo fazer uma pesquisa...

— Não coloque a culpa em mim! — Brigou Helena sacudindo o braço e apontando para ela.

— Tenho malas extras na aeronave, só um minuto, vou buscá-las para você — Avisou Zack deixando-as por um instante.

Chaya se abaixou, recolhendo tudo, Helena foi ajudá-la.

— Como você usa isso, é menor que uma fita de cabelo — Helana segurava uma calcinha nas mãos a olhando com estranheza.

— Por isso que se chama fio dental!

— Eu nunca precisei usar isso para impressionar garotos quando era mais jovem... — Comentou Maria observando as duas.

— Mas é claro professora, olhe para você — Disse Chaya — Ruiva e poderosa, não precisa de mais nada. Alem disso, a senhora não é velha,  nem deve ter passado dos trinta.

— Tenho vinte e oito.

— Viu só. Zeon é um pais um pouco cultural, mas temos algumas coisinhas de Rorche. Inclusive revistas masculinas, aquela mulheres ganham muito dinheiro para se mostrarem em algumas fotos. Aposto que a senhora seria bem paga...

— Eu sou maga! E uma historiadora! Não uma qualquer que posaria nua por dinheiro!

— O que é belo é pra ser mostrado, eu sempre digo isso — Chaya sorriu.

— É a primeira vez que você diz isso — Falou Helena.

— Aqui estão as malas — Disse Zack trazendo mais duas bolsas — Querem ajuda?

— Safado... — Riu Chaya.

— Não... Essa não era minha intenção...

— Não precisamos de ajuda Zack, obrigado assim mesmo — Agradeceu Helena o dispensando.

— Queria que você viesse também — Disse Sol abraçou Dylan e fazendo um pequeno bico de choro com a boca.

— Eu adoraria minha linda. Mas minha equipe precisa de mim nesse momento...

— Espero que fique tudo bem com a Lis.

— Eu também — Concordou Dylan — Aproveite a viagem, da próxima vez que for a Salander, iremos os dois e então te mostrarei minha casa e minha família.

— Tudo pronto com as malas! — Informou Chaya.

— Então vamos indo, já estamos um pouco atrasados — Disse Zack.

— Então até logo amor — Despediu-se Dylan beijando Sol.

E eles partiram, que fofo. Fofo, amo essa palavra. E enquanto despedidas eram feitas, Kayla aproveita um bom e velho café, não que ela quisesse acordar tão cedo, mas Chaya não havia feito questão de ser silenciosa ao deixar o dormitório.

— Espero que isso me ajude a acordar de verdade — Disse olhando para a bebida, antes de finalmente prová-la — Estou melhorando em fazer isso... O gosto não está tão, horrível...

A loira sentou um pouco no sofá enquanto apreciava sua bebida, ficar sozinha em um pequeno momento de silencio era algo raro por ali, agora que Chaya e Helena viajaram as coisas mudariam por um curto período de tempo. A Rolwse sempre foi o sonho de Kayla, ela trabalhou sozinha para chegar onde está agora, mas ainda havia um vazio em si mesma, que nem mesmo ela conseguia entender. Torna-se uma verdadeira maga traria uma boa vida para ela em Salander, por muito tempo isso foi o suficiente para seguir em frente, mas após encontrar todas essas pessoas ela sentia que carecia de um sonho, algo que todos tinham ali. Durante o teste com sua equipe eles tiveram que confessar seus medos, todos os outros temiam não por eles mesmo, mas por outras pessoas, enquanto tudo que Kayla conseguiu dizer foi que temia morrer sozinha.

— Será que eles ao menos lembram disso? — Questionou-se — Acho que não...

O silencio era bom, mas também era algo que a lembrava seu próprio medo. Talvez as pequenas confusões de Helena e Chaya faziam falta. Mas ainda havia outro membro do grupo, Harvey, ela decidiu ver o que ele fazia. Inicialmente o procurou no quarto, mas ele não estava lá, então ela deu uma pequena volta pelo Castelo, até encontrar o líder de sua equipe. Harvey praticava alguns movimentos de alguma arte marcial, Kayla não entendia muito sobre isso, ele estava em um dos campos da Academia.

— Sabe, você é um homem bonito, então ficar treinando sem camisa atrai a atenção de algumas garotas — Disse Kayla notando que outras alunas paravam para assistir Harvey.

— Você acha? — Perguntou ele, de forma inocente, mas logo percebeu que havia uma certa insinuação na frase — Desculpe... não era minha intenção disser isso assim...

— Eu entendi — Ela o acalmou — Mas é verdade.

— Obrigado — Ele fez um cara pensativa.

— Algum problema?

— O torneio — Desabafou — Olhando para cada um de nós agora, não tenho muita certeza se podemos ganhar... Não que eu não confie em vocês, mas tem muitos alunos poderosos.

— Arya, o garoto tarado e o de cabelos brancos da  Black Crow...

— Ziggyard. Ele com certeza é o pior oponente para se lutar.

— O garoto é assustador mesmo... Mas o resto de seu time não parece ter o mesmo nível que ele.

— Aquela ruiva, acho que se chama Hanna. Ela bem parece bem forte também...

— Andou olhando para ela?

— Não... — Ele atrapalhou-se — Que tipo de pergunta é essa? Eu falo sobre habilidades de luta.

Kayla riu.

— Eu só estava brincando, alguém tem que brincar enquanto a Chaya estiver fora.

— Acho que o nosso grupo tem os membros mais diferentes um do outro...

— Talvez isso seja bom. Quero dizer, no sentido de batalha...

— Talvez eu que precise ser um líder melhor — Disse ele em um tom um tanto decepcionado.

— Acho que você só precisa de um momento para provar as outras sua determinação. Talvez esse momento seja o próprio torneio.

— Kayla, você está... diferente hoje — Ele estranhou — Eu digo isso, porque geralmente você não fala muito...

— Acho que me sentindo meio solitária hoje... Mas deixa isso pra lá. Queria te perguntar algo. Porque está treinando artes marciais se você usa a água?

— Você mesmo foi falar com a Gabriela, ela usa artes marciais com suas magias de fogo.

— Eu sei, mas ela usa movimentos rápidos para ajudar a criar as chamas, você poderia fazer o mesmo com a água, mas eu te vi treinando um estilo mais pesado de parado. Eu vejo isso em que usa a terra ou magia corporal.

— Eu luto de um jeito um pouco diferente — Explicou ele.

E na sala da Merlin...

— Senhora, café ou chá? — Perguntou Mary.

— Café... não, chá. Preciso acordar, mas preciso mais ainda ficar calma.

— Ainda nervosa com a viagem dos alunos? — Ela perguntou enquanto preparava a bebida.

— Parece que cada vez que eles pisam fora daqui algo acontece... Eu temo outros ataques...

— Sem querer ofender, mas um ataque aconteceu aqui dentro mesmo. Não adianta querer prende-los, uma hora ou outra eles terão que encarar as coisas sozinhos...

— Sabe Mary, se você tivesse nascido com magia, seria uma grande maga — Merlin sorriu.

— Acho que algumas pessoas não devem ter magia — Ela sorriu de volta — Alem disso, se fosse assim talvez eu não tivesse conhecido o Isaac e o Warlick. Eles são duas pessoas importantes para mim, não mudaria nada do que eu passei caso eu não pudesse conhecê-los de novo.

— Eu vejo que gosta muito deles. Mas sobre a viagem, você tem razão. Alem disso eles irão para o Castelo da família real, com certeza não há lugar mais seguro.

— Soube que o Rei é um poderoso mago — Comentou Mary servindo o chá.

— Acho que ele é... — Merlin bebeu um pouco — Apesar de nunca ter me vencido em nenhuma das lutas que tivemos...

— Sempre com suas historias — Disse uma jovem de longos cabelos brancos entrando na sala.

— Celin — Animou-se Merlin — Não me informaram que havia chegado.

— Isso porque vim escondida, estava a Miraney... Ela ainda continua psicótica com cabelos brancos e prateados?

— Sim. Miraney nunca muda — Merlin sorriu.

— Aparências não significam muito para mim, mas... Ah, quase esqueci de cumprimentar essa adorável jovem. Muito prazer, me chamo Celin — Ela claramente falava com Mary, mas sequer olhou para ela, continuou encarando o que estava a sua frente.

— Me chamo Mary, o prazer é meu. Por favor, sente-se, aceita um pouco de chá?

— Prefiro não sentar agora, mas eu adoraria o chá. Então você trabalha aqui, deve ser por isso que esse lugar não tem tanta poeira com antes...

Foi então que Mary notou outra coisa estranha, a tal de Celin andava descalça.

— Não precisava ter tirado os sapatos para entrar — Disse Mary.

Celin e Merlin riram um pouco, Mary apenas as observou confusa.

— Celin não usa sapatos — Explicou Merlin — Ou então enxergar seria difícil para ela...

— Enxergar? — Mary estava mais confusa ainda.

— Eu posso saber como você é, como por exemplo, que tem seios grandes e cabelos curtos — Disse Celin — Mas quanto a cor de seus olhos, cabelos ou das roupas que usa eu já não posso dizer. Na verdade eu não conhecer nenhuma outra cor alem do preto. Por que nasci sem visão.

Agora as coisas faziam mais sentido para Mary, como quando ela falou que aparências não significavam nada, ou quando ela a cumprimentou sem virar o rosto.

— Desculpe, eu não sabia mas... Como você sabe isso tudo sobre mim sem poder em ver?

— Gabriela me contou enquanto eu subia — Ela riu — Brincadeira, eu enxergo através das vibrações emitidas pelo chão, se não houver vibrações sendo emitidas eu mesmo as emitidos, tudo graças a eu ter nascido com o signo da terra. Acho que dei sorte.

— Acho que entendi como funciona — Mary serviu o chá — Mas essas vibrações são tão poderosas para que veja até meus cabelos?

— Sim e não. Enxergar pequenos detalhes com vibrações é mais difícil, é por isso que faço isso com uma magia especial, assim posso sentir outras coisas. Eu o chamo do elemento de partículas, tão pequenas que não podem ser vistas, mas podem ser sentidas. Eu simplesmente te cobri com elas e pude ver todos os detalhes de seu corpo.

— Você é mesmo uma pessoa incrível Celin — Elogiou Mary, mas ao mesmo tempo pensado "Quando ela diz todos os detalhes do corpo... Seria assustador se o Isaac tivesse um poder assim."

— É só minha forma de ver o mundo, tão natural para mim quanto a sua visão é para você. Obrigado pelo chá, você é mesmo boa nisso.

— Então Celin — Chamou Merlin — Como vão as coisas com a família?

— Muito bem, acho que eles me entendem melhor agora. Já não sou a garotinha cega e indefesa.

— E o seu time, tem noticias dos outros três?

— Servindo ao conselho... Em Rorche — Ela soou bem triste.

— Não se preocupe, vão ficar bem.

— Eu espero... E ai vem meu professor favorito! — Ela animou-se de repente.

— Mary! Eu sei que você escondeu minha vodka de novo! — Reclamava Marco até ver a ex-aluna — Celin?! Celin!

Ele correu a abraçou, levantando-a do chão e a girando no ar. Celin sorria e o abraçava de volta.

— A quanto tempo, olhe só pra você... Foi uma piada...

— Por isso sempre foi meu professor favorito — Ela riu.

— Assim você me faz chorar — Ele sorriu a abraçando pela cintura — Você está mais alta.

— E você continua bebendo.

— Só as vezes...

— Onde estão Lucas e Jack? Sinto falta dos dois também.

— Eles estão em Salander, em uma escavação.

— A mesma da garota do acidente? — Perguntou ela.

— Sim — Confirmou Merlin — Gostaria que fosse vê-la... quero dizer, ir até ela assim que puder.

— Porque não terminou a fala? Teria sido um grande piada — Disse Marco.

— Eu não me sinto confortável fazendo esse tipo de coisa... — Merlin revirou os olhos.

— Por isso eu sou o professor favorito. Não é mesmo?

— É claro — Confirmou Celin sorrindo — Então irei até a garota agora mesmo, quando eu tiver tempo para descansar podemos ver o álbum de fotografias dos velhos tempos professor marco.

— Eu estava pronta para usar essa piada...

— Lento de mais.

Um novo capitulo na historia de Lis estava prestes a ser iniciado, já para Isaac, um novo capitulo do livro de historia também.

— Eles começaram uma guerra por causa de um casamento... Que coisa absurda — Comentou Isaac esticando-se no sofá.

— Mas eram famílias de rivalidade a longa data — Explicou Nyu — As coisas no pais de Ikari ainda são tradicionais em relação a... a...

— Qual o problema? você está ficando vermelha.

— Sua mão...

Ele olhou para o espaço entre os dois. Como estavam os dois sentados lado a lado no sofá ao esticar-se ele acabou por deixar a mão tocando a coxa da garota, mas nem ele havia percebido.

— Desculpe — Ele ajeitou-se — Foi involuntário, nem eu tinha percebido.

— Tudo bem...

— Acho que chega de historia por hoje. Obrigado Nyu, você tem me ajudado bastante com isso...

— De nada...

— Se eu puder fazer qualquer coisa por você esses dias, pode me avisar — Ele estava pronto para deixar o sofá.

— Tem algo... — Ela disse timidamente.

— Serio? Pode dizer então.

— Saia comigo hoje a noite... — O ar ficou bem frio ao seu redor.

— Se acalme um pouco, você vai me congelando...

— Desculpe... Foi um idéia tola...

— Não, tudo bem. Eu estou de repouso, mas acho que andar um pouco pela cidade não tem problemas...

— Obrigada! Obrigada! — Ela agradeceu apressada e correu para o quarto.

Logo apos ela fechar a mesma congelou instantaneamente, provavelmente todo o quarto estava do mesmo jeito.

— Nyu anda congelando as coisas de novo? — Perguntou Sarah abrindo a porta de seu quarto.

— Acho que ela só ficou meio feliz por eu ter aceitado o convite dela...

— Convite, para que?

— Andar um pouco pela cidade hoje a noite.

— As duas já estão atacando... — Resmungou ela.

— O que você  está dizendo?

— Coisas de garotas.

— Vai começar de novo...

— Espere um pouco — Ela entrou um minuto no quarto e saiu, vestindo um pequeno casaco de seda sobre a roupa de dormir — Posso? — Perguntou referindo-se ao lugar no sofá ao lado dele.

— Claro...

Ela sentou-se ao lado dele.

— E então... Você gosta da Nyu?

— Gosto... Mas não da forma que você está pensando.

— Então porque aceitou sair com ela?

— Uma hora ou outra vou ter que falar com ela sobre isso — Ele falava um pouco mais baixo para que Nyu não escutasse — Quanto mais cedo eu o fizer menos ela vai ficar chateada...

— E a Celine? Gosta dela?

— Com a Celine as coisas ficaram um pouco mais complicadas, mas acho que também não a amo, por assim dizer...

— Você mencionando amor em um frase, quem diria? — Ela brincou.

— Você está bem ao meu lado, usando roupas de dormir e não está tentando me matar com uma espada. Sou eu quem devia estar dizendo "Quem diria?" — Ele brincou de volta.

— Desculpa por tudo que eu te disse... E pelo que jeito que eu te tratava...

— Você não precisa pedir desculpas de novo, você já fez isso.

— Mas eu sinto que ainda não foi o suficiente...

Sarah aproximou-se mais dele, abraçando-o e deitando sobre seu ombro.

— Quando vai ser minha vez? — Perguntou ela.

— Sua vez?

— De sair com você...

— Se queria sair era só te chamado...

— Até parece que eu sou do tipo de mulher que convida um homem para sair, você tem que me convidar. Afinal, ainda sou uma princesa — Ela sorriu, o abraçando mais forte, tomando cuidado para não forçar de mais.

— Então, vamos sair amanhã?

— Não...

 Ele a olhou com uma cara de desentendido.

— É brincadeira — Ela sorriu — É claro que aceito. Mas você será meu pelo dia inteiro, nada de outras atrapalhando.

— Estou começando a achar que estou dormindo e isso é um sonho... Ai! — Praguejou com o beliscão que recebeu no braço — Que me deixar sem um braço? Ainda não estou recuperado.

— Não exagere, nem foi tão forte. Foi só pra você saber que não está sonhando. Não confunda as coisas, ainda não sou boazinha.

— Ei Sarah, Celine não mencionou nada estranho a você?

— Acho que sim...

— Sobre o que? — Perguntou ele preocupado.

Sarah o largou e o encarou.

— Por que está nervoso?

— Nada...

 Ela continuou a encará-lo, até que deu de ombros e voltou a abraçá-lo.

— Isso é melhor do que parece — Comentou ela — Ajudaria se você me abraçasse de volta ao invés de ficar parado como uma estatua.

 Ele passou o braço direito sobre ela, trazendo-a mais para perto e enrolando os dedos nos cachos ruivos de seus cabelos.

— Se eu disser... que eu...

— Pare de gaguejar! — Reclamou ela.

Ele suspirou, Sarah não mesmo como as outras garotas.

— Se eu disser que gostei de você desde que eu te vi...

— Eu digo que não acredito — Ela pensou um pouco — Na verdade, acho que acredito, só um pouquinho...

Mais um casal praticamente formado, que coisa fofa — fofa, como sou irônico\irônica — mas um casal está momentaneamente separado, apenas pela distancia, os dois idiotas ainda se amam.

— Arya? Você está bem? — Chamou Dylan a acordando.

A garota havia dormido na cadeira ao lado da cama de Lis. Ela bateu a mão nos óculos ao tentar levá-las aos olhos, ainda não tinha costume de usar o acessório.

— Dylan? Porque está aqui?

— Você precisa descansar um pouco, está ai praticamente o dia todo desde que houve o acidente com a Lis. Temos que repor as aulas e...

— Não me importo, vou ficar aqui mesmo... É onde eu deveria estar...

— Punir-se por isso não vai resolver nada — Disse ele — Não era o que a Lis iria querer. Por favor, vá um pouco ao seu quarto, tome um banho, vista outras roupas e durma um pouco...

— Dylan — Ela o interrompeu, um pouco brava — Eu agradeço sua ajuda, mas eu não preciso disso agora. Eu tenho que ficar ao lado da Lis...

— Então essa é a Lis — Disse Celin entrando no quarto — Muito bom dia meus jovens, me chamo Celin e vim ajudar a amiga de vocês.

— Como? — Perguntou Arya, um pouco curiosa, um pouco incrédula.

— Porque eu entendo a situação dela melhor do que ninguém, eu vivo assim desde que nasci.

— Você é cega também... — Pronunciou Dylan admirado por como ela se movia tão bem mesmo não enxergando, ele a havia visto mais cedo — Desculpe por ficar tão espantado assim.

— Tudo bem. Eu não ligo para isso — Ela sorriu — Sua amiga está acordada?

— Não — Informou Arya.

— Então irei aguardá-la, poderiam me deixar a sós com ela?

— Eu não posso ficar? — Perguntou Arya.

— Olha, eu nasci cega, então eu enxergo o mundo de uma forma única desde que nasci. Já sua amiga não nasceu assim, ela terá que reaprender a ver, isso vai ser muito mais difícil para ela do que para mim...

— Mas o que você vai fazer? — Arya continuava a questionar — Como você mesma vê as coisas...

— Acalma-se garota. Eu sei que está preocupada com sua amiga, mas tudo que pode fazer agora é confiar em mim. Eu posso ensinar a Lis a enxergar tão bem quanto qualquer um que possua olhos saudáveis...

— Então pode fazer isso comigo. Merlin disse que há como eu devolver a visão da Lis se eu mesma ficar com a maldição. Eu poderia fazer isso e você me ensinaria a enxergar...

— Que historia é essa? — Dylan estava confuso — Você pode dar a sua visão para a Lis. Arya, ela não ia querer isso...

— Eu também não queria que ela perdesse a dela para salvar a minha. Então tenho o direito a me sacrificar também!

— Arya não é? — Disse Celin — Acredito que você não possua o signo na terra, alem disso fui informada que seu semblante funciona com sua visão. Eu não posso te ensinar a enxergar se você não possui o signo da terra, mas a Lis possui. Você estaria apenas perdendo sua visão e seu semblante. Por favor, confie em mim. Lis ficara bem.

— Então você enxergar pela terra, mas... Isso é a mesma coisa? Lis poderá viver normalmente?

— Pode não parecer, mas enxergar assim tem suas vantagens. Peço  novamente que confie em mim, eu vejo muito mais do que você imagina... E por falar nisso, garotas de óculos ficam mais bonitas com cabelos mais curtos.



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