História Romanogers: Making Amends - Memorial

Ao chegar no complexo dos Vingadores Natasha se deparou de cara com uma estátua para o Bucky em construção logo ali no gramado do complexo, ela ficou parada um tempo encarando a porta do lugar, desde que matou Barnes ela não andou por ali. A porta se abriu rapidamente a assustando.

— Srtaª Romanoff, é bom te ver.

— Vis. – Ela deu um sorriso de canto. – Bom te ver também.

— Eu não sei o que é o sentimento da saudade, mas Wanda me explicou que é mais ou menos quando você percebe a falta de uma pessoa... Eu percebi que a sala de treinamento ficou bem vazia sem você por aqui. Acho que ela está com “saudade”.

Ela sorriu e deu um passo a frente entrando no lugar. – Obrigado Vis.

— Não precisa ter medo, Wanda me disse que suas sessões telepáticas com ela, foram efetivas em 100%, ninguém vai mandar em você a não ser que você queira... Capitão Rogers irá gostar de te ver por aqui, devo anunciar sua chegada?

— Não, por favor. Eu vejo ele amanhã. Você sabe onde a Maria está?

— Na sala dela com o Stark.

— Ok, obrigado. Foi bom te ver... – Ela saiu andando.

Nat entrou no elevador e se encaminhou para o andar do escritório da Hill, sua mente já estava a mil, pensando que da última vez que esteve andando sozinha por aqueles corredores... Bom...  Mirando a porta de Hill ela abriu a porta sem bater. – Maria Cristina Hill! – Natasha gritou o nome dela. – Ah meu deus, o que vocês estão fazendo? – Ela pegou Hill e Tony se beijando, rapidamente eles se largaram.

— Eu posso explicar! – Tony falou. – Ela me seduziu, eu sou inocente!

— E a Pepper? – Ela perguntou boquiaberta.

— A gente terminou.

— O QUÊ!? COMO ASSIM TERMINARAM? – Ela entrou e jogou a bolsa no sofá.—  Você e a Pepper não "TERMINAM", ela é dona da sua empresa, como assim? TERMINARAM? —

—  Do jeito que você fala, até aparece que eu sou uma pessoa ruim, estamos separados desde que você... você... hmm... Vai ficar ruim se eu me referir ao tempo que você sem culpa nenhuma matou o...

— Ok, já entendi. – Natasha olhou para Hill. – Ele? Sério? Pensei que tinha me dito que era um crush.

— Não! – Maria falou com a voz fina e sem graça.

— Você tinha um crush em mim? – Tony perguntou todo felizinho.

— É claro que não! – Maria continuou falando com a voz fina e sem graça. – Cala boca. – ela falou baixo pra Natasha.

— Você. – Natasha apontou pro Tony e logo apontou pra porta. 

Ele saiu e quando bateu a porta, Natasha se virou pra Maria. – Sério mesmo?

— Foi totalmente sem intenção, sem sentimentos. Sem razão pra ficar lembrando. Olha só! Já nem lembro quem era mais, e você? – Maria estava falando toda sem graça.

— Não vai passar um dia em que eu não vou te lembrar que você vez isso... 

Maria se jogou na cadeira e soltou o ar. – Com certeza, o pior erro da minha vida. Mas mudando de assunto... Você está aqui, qual a sensação? —  ela esfregava os olhos.

— A sensação é que tem alguma coisa errada.

— Já viu ele? —  se referia a Steve.

— Não. Eu só quero dormir e pensar nisso amanhã... —  Natasha ficou conversando um pouco com Hill, e depois realmente foi para seu quarto e dormiu, o memorial estava marcado para as 10 a.m. no outro dia, e ela não apareceu pelo complexo até dar o horário, só pra não correr o risco de esbarrar com Rogers. Steve já sabia que ela estava por lá, mas também não quis procura-la. Natasha se trocou e se vestiu toda de preto ( o que já era de costume dela). Camisa, calças pretas, e sua a jaqueta de couro.

 Ela desceu e viu já todos reunidos lá, todos também de preto. Steve estava na frente para fazer um discurso. E ela ficou bem atrás assistindo. Como nao fizesse parte dali, como se não deveria estar ali.

– Todos nós sofremos um pouco e ainda estamos sofrendo com esse ataque do Caveira Vermelha, Sharon ainda está em coma, perdemos o Barton no time, e infelizmente Bucky não está mais conosco... — ele parou um pouco. —  Além de todas as outras coisas que James era, ele era meu grande amigo, e esteve comigo desde o princípio. Infelizmente essa é a segunda vez que tenho que dizer adeus a ele, e acreditem dói tanto quanto. Ele foi e pra sempre vai ser meu herói, e a pessoa que eu quero ser um dia. – Ele ficou quieto por um tempo. – Acho que é isso...

— Acho que devemos fazer um minuto de silêncio pra ele. – Sam falou, Natasha instantaneamente revirou os olhos. “Sério”? Após todos tomando seu caminho ao final do funeral, Natasha ficou ali parada, como Steve havia se afastado da estátua ela chegou perto e encarava o chão onde ele havia sido enterrado.

— Eu não sei porque continuo insistir em falar com o chão, porque sei que não está me ouvindo. Mas acho que alivia minha consciência. – Ela mordeu o canto do lábio. – Não vai passar um dia em que eu não vou me culpar por ter feito isso com você. Não passa um minuto que não me culpo por não ter  apontado a arma pra minha cabeça, e não pra você. Você foi a primeira pessoa que eu amei, a primeira que eu me apaixonei, e eu nunca vou me esquecer de você. Eu prometo que vou tentar viver de uma forma que eu possa recompensar você ter confiado em mim, mesmo quando eu estava com sua vida nas pontas dos meus dedos...

— Nat? – Steve a chamou, ele estava atrás dela, antes de se virar ela limpou uma lágrima solitária que escorreu em seu rosto, e encarou Steve.

— Eu sint... —  ela franziu o cenho.

— Para, por favor. Você não pode ficar se desculpando por uma coisa que não foi culpa sua. —  falou ele;

— Você sabe muito bem que é, eu que puxei o gatilho.

— E eu não me importo com isso!

Ela fechou os olhos com força. – O que você quer?

— Quero você de volta, não só aqui no complexo, mas na minha vida também. Eu sei que essa situação é...

— Eu não posso. É muito pra mim. Eu não posso ficar perto de você, eu não consigo olhar pra você por muito tempo porque tudo que aconteceu volta na minha cabeça.

— Nat, não precisa ser assim...

— SIM! PRECISA! Você que não precisa ser todo compreensível desse jeito, você tem que me odiar! Assim como estava me odiando antes... Eu matei seu melhor amigo! Você entende isso? Eu tenho que ser a última pessoa que você deseja estar perto.

— Isso é impossível, eu te amo Natasha. – Ela balançava a cabeça negativamente, até que ele colocou a mão no rosto dela e a beijou, era a última coisa que ela pensava que iria acontecer... Quando eles se soltaram ela olhou para os olhos dele.

— Eu vou me mudar pra base da SHIELD. —  sua voz falhou. 

— Você não pode tá falando sério...

— Eu estou me desligando oficialmente dos Vingadores. – Ela mudou seu rosto e ficou séria. – Não existe uma realidade, ou um futuro onde Steve Rogers e Natasha Romanoff possam ficar juntos. Adeus Steve. – Ela não quis dar tempo de Rogers a convencer de que estava errada. Natasha saiu andando e deixou Steve lá parado.

Ela deve ter andando quase um metro de distância dele, quando uma explosão a fez virar assustada. Um vortex azul se abriu no ar e uma mulher e um homem pularam dele, ela olhou para Steve e os dois saíram correndo em direção aos portal. O vortex se desfez e virou uma pedra que caiu na mão da mulher que saíra dele.

— Essa é uma das pedras das nornes* – Natasha olhou assustada para eles até que notou que...

*Pedras Nornes são mencionadas no primeiro capítulo de We are both of us out of time.

— É ela mesma, nós aprendemos a controla-la. — a mulher jogou a pedra pra cima e agarrou novamente. —  Sim, nós somos parecidas, sim, eu sou você do futuro. – Ela estendeu a mão pra Natasha. – E aí. – Natasha não conseguia falar, só ficou com a boca entreaberta encarando sua réplica.

Steve estava na mesma situação ele estendeu a mão para o homem que era sua réplica com barba.

— Olha só, sem barba eu pareço mais novo. – Rogers do futuro falou enquanto cumprimentava ele.

— Nós não envelhecemos, a barba é a única diferença entre vocês. – Romanoff do futuro respondeu. –

— Você também, a única diferença é o seu cabelo cumprido. – Ele disse.

— Ok. – Natasha tossiu enquanto encarava os dois conversando. – Vocês entendem que vocês falando assim da gente não faz esse momento menos estranho, certo? Vocês são nós...  do futuro... Podem explicar  que estão fazendo aqui?

— Gostei da barba. – Steve ainda não entendo nada, falou encarando seu eu mais velho.

— Valeu. —  ele sorriu de canto.

— O futuro do nosso presente está em perigo e precisamos da ajuda de vocês. – Natasha do futuro falou.

— Futuro do seu futuro. Huh. – Natasha olhou para o Steve de barba. – E o presente de vocês...?

— É a 10 anos daqui. – Ele respondeu para ela. – Precisamos reunir o time.

...Continua...