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História Royals - Second Season - Autossuficiente


Escrita por: wtfalasca

Notas do Autor


HEEEEEI, espero que gostem desse capítulo, obrigada a todas que estão me acompanhando nesta temporada também, eu amo muito vocês, suas lindas!!!!!

Capítulo 2 - Autossuficiente


Horas antes 

— Pensou no que te falei? — Perguntou Megan, enquanto eu retocava meu batom. 

— Sim. — Suspirei pensadamente, o fechando. — Acha que eu não fiz nada para impedir que Justin entrasse por qual motivo? — Ela pareceu surpresa, abrindo um sorriso. — Se ele não vier, o que acho meio difícil, eu vou atrás dele. 

— Está tomando a decisão certa.

— Assim espero. Mas eu meio que quero dar um susto neles. — Ela riu. 

— Que tipo de susto? — Arqueou as sobrancelhas. 

***

— Sentiram saudades? — Perguntei de uma forma irônica, e logo depois abaixei minha arma, soltando uma risada. 

Eles estavam chocados por me ver ali, ainda mais por ter uma arma, e até que era divertido ver isso, entretanto, eu não conseguia abraçá-los e falar que estava com saudades, mesmo que estivesse, as lembranças de todos me julgando não seriam apagadas facilmente, e não seria meras desculpas que faria meu coração amolecer. 

— Aí meu Deus, eu senti tanta saudade. — Katherine veio em minha direção, mas eu desviei. 

— É legal ver você também. — Dei de ombros, dizendo de um modo casual. Sua feição era de dor e isso me machucava também. Eu apenas não poderia ceder. Fácil, não é? 

— Como passou todos esses anos? — Perguntou Ryan, desconfortável, na verdade, todos ali estavam. 

— Bem. Como chegaram as putas de semana passada na Empire? — Perguntei a Justin, que franziu o cenho.

— Como sabe que chegaram putas novas na Empire? — Perguntou. Céus, era tão bom ouvir sua voz.

— Porque as putas eram minhas, ué. — Ri. — A frase não saiu legal, mas você entendeu. 

— Não, não entendi. — Bufei. 

— Nossa, eu vou ter que desenhar? — Talvez eu estivesse sendo rude demais, mas nada que ele não merecia. — Oh, me desculpe, acho que vocês não sabem. Eu tenho o monopólio do tráfico de mulheres agora e estou pensando seriamente em expandir o meu ponto de drogas, mas não sei se eu me daria bem nesta área. — Falei com naturalidade, recebendo olhares chocados. 

— Você tem uma máfia? — Perguntou Chaz, boquiaberto. 

— Sim, mas não levem isso como concorrência, pelo menos não por hora. — Os encarei com um olhar sínico. — Olha, adorei esse reencontro, de verdade mesmo, mas eu tenho um evento para estar presente, aproveitem. — Rumei até a porta e disse por fim. — E, Justin, vou pedir para Hesther lhe passar meu endereço, precisamos de tratar em respeito dos meus... nossos filhos. Creio que queria conhecê-los. 

— Claro que quero, porra, é tudo que eu mais quero. — Ele disse, com um misto de irritação e animação. 

— Vai querer um exame de DNA ou realmente acredita que sejam seus? — Digo em tom de gozo, fazendo seu olhar se tornar triste. — To brincando, mas enfim, se quiseram, podem ir com Justin para resolver assuntos pendentes e tudo mais. Até logo. — Então, saio da sala. 

No corredor, soltei todo ar preso. Eu queria chorar. Queria voltar no tempo nos dias felizes, que éramos uma família, mas, infelizmente, isso era impossível. Eles tomaram suas decisões e eu tomei as minhas. Essa situação é irreversível, e eu teria que saber lidar com ela, querendo ou não. 

***

— Não meninas, eu não vou neste racha. — Digo, mexendo nos cabelos de James, e Jessica estava no colo de Hesther. 

— Por favor, esse racha vai ser foda. — Implora Megan. 

— Oda. — Disse Jess, balançando seus bracinhos no ar. A olhamos chocadas. 

— O que ela disse? — Perguntou Megan. 

— Acho que foi foda. — Disse Hesther e começamos a rir descontroladamente. 

— Olha o que vocês estão ensinando pros meus filhos, suas imbecis. — As repreendo, mas era impossível não rir. — É um alívio que a primeira palavra deles foi mamãe.

— Ainda acho que foi titia, mas você é chata demais para admitir. — Mandei um dedo para Megan. 

— Mas voltando ao assunto do racha... — Bufei. — Cara, faz quanto tempo que não vamos em um? Desde que voltamos do Havaí, faz alguns meses. Desta vez eu concordo com Megan, e isso é bem raro. 

— Vocês não vão desistir, não é? — Perguntei de uma forma manhosa. — Poxa, poderíamos muito bem fazer uma panela de brigadeiro e assistir filmes da netflix. 

— Não, não vamos desistir. Pode ir ligando para Clary ficar com essas pestinhas. — Disse Hesther, beijando a bochecha de Jessica. 

— Peste é você. — Rebati, a fazendo rir.

Peguei meu celular na cômoda, buscando seu número em minha lista de contatos. Quando achei, comecei a chamada. 

— Oi, Clary, meu amor. 

— Oi, Mel. Está tudo bem com você? Com as crianças?

— Está sim, obrigada. Só queria perguntar se poderia ficar com eles esta noite, mesmo não sendo mais seu expediente. 

— Claro que posso, chego aí em 10 minutos. 

— Obrigada, Clary, de verdade mesmo. 

— Que isso, é um prazer ficar com as crianças. Estou indo, tchau. 

— Tchau. 

Desliguei o celular, o colocando pra carregar. 

— Vocês duas se arrumam primeiro, aí ficam tomando conta deles enquanto eu me arrumo. — Elas assentem. Megan foi tomar banheiro no meu quarto e Hesther em algum quarto de hóspedes. 

Em duas horas já estávamos prontas e maravilhosas. Megan usava um short de cintura alta e um cropped curtinho de mangas cumpridas, branco. Botas pretas na altura do joelho e altíssimas. Sua maquiagem era leve, mas nos lábios havia um batom vermelho. Seus cabelos loiros estavam soltos e com volume, a deixando extremamente sexy. 

Hesther estava com um uma saia preta e colada, que ia acima do umbigo, uma blusa tomara que caia, deixado um pouco de sua barriga à mostra. Sua maquiagem era carregada de preto e nos lábios um batom nude. Em seus pés haviam saltos também pretos. Prendeu seu cabelo em um rabo de cabelo alto, lhe dando um ar poderoso. 

Eu estava com uma calça jeans preta bem apertada, que marcava bem minha bunda e coxas. Em meus pés haviam tênis de cano alto metálico, no qual chamava bastante atenção pelo brilho. Um topper branco com alguns desenhos na frente e uma jaqueta preta. Deixei meus cabelos soltos, fazendo uma maquiagem bem marcante.

— Vamos? — Perguntei. 

— Você demorou mais que nós duas juntas, sua vaca. — Reclamou Megan. 

— Eu estou indo, praticamente, obrigada. E vocês ainda reclamam da demora? — Digo em um tom ofendido. 

— Sim. — Disseram em uníssono, recebendo um dedo.

— Clary, qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, você me liga sem pensar duas vezes, ok? — Ela assentiu. 

Fomos até a garagem, entrando em nossos carros. Eu em minha Bugatti, Megan em sua ferrari e Hesther em sua Lamborghini.

O lugar era bem restrito e longe, e isso só me fez sentir mais raiva delas por me fazerem ir. Quando estacionamos, coloquei minha arma no cós da calça, e elas fizeram o mesmo. 

— Já falei que odeio segurar isso? — Perguntou Hesther. 

— Se não quiser levar um tiro nessa sua bunda enorme, acho melhor passar a gostar. — Digo, as fazendo rir. 

Quando entramos, os olhares se fixaram em nós. Há alguns anos atrás, esses olhares eram por eu ser a “mulher do Bieber”, mas hoje era porquê eu tinha meu próprio poder, e até que isso me agradava. 

— Vão correr hoje? — Perguntou Hesther. 

— Claro, não perco a chance de detonar essa daí na pista. — Disse Megan. 

— Até parece que não come poeira. — Digo irônica. 

— Veremos, meu amor. — Piscou. 

   Pegamos nossas bebidas, nos encostando em qualquer carro. Pessoas vinham falar com a gente e eu não sabia metade dos nomes, ou nenhum, e, para falar a verdade, não faço nenhum pouco de questão de saber. 

— Corrida feminina entre Melissa Carter e Megan Hadid. — Uma voz soou no microfone. Olhamos maliciosas para uma outra, indo em direção aos carros postos. 

— Vale tudo? — Perguntou o homem e assentimos. — Vale tudo, galera. — Ele gritou e a galera foi ao delírio. — O que vão apostar? 

— Vou querer sua lambo roxa. — A olhei incrédula. — O que? Não se garante? 

— Tudo bem. — Digo entredentes. Recapitulando: Eu estava ali contra minha vontade e, caso perdesse, teria que dar minha linda Lamborghini roxa para ela. Que vida mais injusta! — Eu vou querer sua casa na Riviera Francesa. — Seu sorriso se desmanchou. 

— Sua puta! Você sabe que aquela casa é o meu xodó. — Resmungou. 

— Ué, não se garante? — Assentiu, ainda contrariada.

Entramos em nossos carros. Uma mulher ficou entre os dois veículos, retirando seu sutiã. Começou a contagem, e quando chegou no 1, levantou a peça para o alto, começando a corrida. Nossos carros passaram por alta velocidade ao seu lado, fazendo seus cabelos voarem. 

Ficamos lado a lado. Ela bateu seu carro no meu, o fazendo rodar um pouco. Xinguei baixo, retomando meu lugar. Entramos em uma curva, então, revidei sua batida, só que com mais força. 

Liguei o nível 1 do nitro, conseguindo a ultrapassar. Ela estava por pouco atrás de mim e quando vi que ia me passar novamente, aumentei mais a velocidade. 

Vi ela abrindo o vidro, começando a tentar atirar no meu pneu. Fiz a mesma coisa. 

— Sua piranha! — Esbravejei, quando um dos tiros quase me acertou. Ela apenas riu. Estávamos controlando o carro e tentando atingir uma a outra, perigoso? Talvez.

Ela conseguiu acertar o meu, fazendo meu carro ficar bem atrás do dela. A xinguei de todos os nomes possíveis, mas consegui acertar o seu também, fincando quase colocada com seu carro. 

Quando Megan passou pela linha de chegada, o público foi ao delírio e ela fez uma reverência, se vangloriando. 

— Já estou imaginando aquela maravilha roxa em minha garagem. — Disse animada. 

— Vai se foder! — Fechei a cara.

Quando encontramos com Hesther, ela estava com um sorriso divertido nos lábios. 

— Você teve a chance de matar a Megan e desperdiçou, Melissa. — Ri, fazendo Meg lhe mandar um dedo.

— A vida nem sempre é justa, He. — Lamento. 

Ficamos bebendo e dançando como se não houvesse amanhã, até que vi Justin e os outros vindo em nossa direção. 

— Boa corrida. — Disse ele. 

— Um dia é da caça, outro do caçador. —Digo, o fazendo rir.

— Está me chamando de presa? Melissa, estou desconfiando que você é lésbica! — Disse Megan, fazendo todos rirem. 

— Meninas, essas são Katherine, minha irmã, Cailtin, Chaz, Chris, Khalil e Justin. — Apontei. — Galera, essas são Megan e Hesther. 

— Tá boa de amiga. — Disse Chris, nos fazendo rir. 

— Ainda solteiro, Chris? — Perguntei. 

— Claro, tem alguma coisa melhor do que estar na pista? — Perguntou, puxando a gola da camisa para cima, se gabando. 

— Viu! — Disse Hesther e Megan ao mesmo tempo e todos rimos. 

— Cara, eu quero mais uma bebida, mas esqueci onde é, será que pode me guiar, Chris? — Perguntou Hesther de um modo sedutor. Ele sorriu sacana.

— Claro gata, pode me chamar de bússola e tudo. — Gargalhamos. Eles foram até sala e, provavelmente, se pegariam. 

— O único que não tem dona é o Khalil. — Sussurrei para Megan. 

— Eu me amarro em um moreninho. — Ri baixo. — Parece que o Alzheimer da He passou pra mim, vamos comigo também, Khalil? — Ele assentiu rapidamente, indo com ela. 

— Alzheimer não passa, sua mula. — Gritei, a fazendo me mandar um dedo. 

— Vamos dançar, Ryan. — Katherine puxou o mesmo. 

— Eu amo essa música, Chaz. — Caitlin fez o mesmo. Justin me olhou malicioso. Bem, eu acho, só acho, que isso foi combinado. 

— Tá me olhando assim por quê, doido? — Encostei em um carro, virando minha vodca. 

— Você está mudada. — Disse. — Até demais para o meu gosto. 

— Esse é o ponto, Bieber, não vivo mais para o seu gosto. Eu estou mudada, sim, e devo agradecer a você por isso. Obrigada por me fazer mais forte e independente. Conseguir conciliar a máfia, meus filhos e de quebra ter Lil me controlando e me forçando a fazer o que ele quisesse. Mas sabe o que eu fiz? Passei por cima de tudo isso. Matei aquele desgraçado e provei que eu sou bem mais forte que todos pensam. Você conseguiu me destruir, Justin, e eu consegui me reerguer, mas por dentro? Ainda tem um buraco aqui. — Apontei para o meu peito. Ele estava chocado com minhas revelações. — E eu, sinceramente, acho que ele nunca vai se fechar. 

— Mel, por favor, me deixa ajudar você. Nós dois, juntos, conseguiremos ultrapassar tudo que aconteceu, com nossos filhos, como uma família. Eu ainda te amo e sei que me ama também. Me perdoa, por favor. — Seus olhos transbordavam arrependimento e meu coração se apertou. 

— Não é tão fácil assim, Bieber. Não sei se o que você fez tem perdão. O tempo vai me dizer isso, e caso a resposta for não, eu vou fechar esse buraco sozinha, pois esse tempo que fiquei longe de você, percebi que sou autossuficiente para muito coisa. — Virei as costas, pronta para sair dali, pois as lágrimas já ardiam em meus olhos. — O convite de ver nossos filhos ainda está de pé, vá na minha casa amanhã. 

— Qual o nome deles? — Perguntou, com a voz tão embargada quanto a minha. 

— Jessica e James. — Senti ele sorrir. 

— Lindos nomes. Eu amei, de verdade mesmo. — Sorri fraco. — Me passa uma foto deles, a curiosamente tá me matando. 

— Qual seu número? — Perguntei. 

— Meu número é o mesmo, e a saudade de você também. — Dito isto, saiu no aglomerado de pessoas. Uma lágrima caiu. Então me virei. 

Tudo foi muito rápido. 

Uma arma estava apontada para Bieber.

Meu coração parou.

Justin estava distraído. 

Um tiro foi escutado. 
   


Notas Finais




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