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História Same Love - Pain


Escrita por: opsstylinson

Notas do Autor


resolvi postar adiantado pra vocês, espero que gostem! <3

Capítulo 3 - Pain


Louis POV

Não queria ter deixado Harry ali sozinho, nem ter recusado sua ajuda muito menos ter sido grosseiro com ele nessa manhã, mas simplesmente não pude evitar. Entrei em casa e Troy estava deitado no sofá enquanto Tyler estava em algum lugar da casa fazendo qualquer coisa inútil.

Troy é meu pai, mas eu simplesmente não o chamo de pai e nem o considero um. Minha mãe nos deixou quando eu tinha 10 anos e simplesmente sumiu do mapa. Ninguém sabe para onde ela foi, muito menos se ela ainda está viva. Depois disso, meu pai não parou mais de beber. Meu irmão saia para festas, com ficantes, amigos e me deixava sozinho. Meu pai, alcoólatra, chegava em casa de madrugada e me culpava por tudo. Conclusão: eu apanhava todos os dias. E isso acontece a exatamente 6 anos seguidos. Já cheguei a ir em uma delegacia para denunciá-lo, mas eu desisti na hora, pois eu tenho certeza que se eu tivesse o feito, eu não estaria mais aqui para contar história. Tyler, meu irmão se aproveita da situação e também me bate, mas com ele e pelo menos posso revidar.

Larguei minha mochila sobre a cama e fui para a cozinha fazer o almoço. Não tinha muita opção de comida, então decidi que faria um simples e rápido risoto.A comida já estava quase pronta. Deixei-a dourar um pouquinho enquanto olhava através da janela. Harry ainda estava ali parado com um cigarro aceso entre seus dedos. Ele parecia distraído. Uma touca cinza cobria seus cachos, uma blusa fina cinza claro cobria seu corpo magro levemente definido. Um jeans apertado marcava suas cochas levemente torneadas. Suas covinhas apareciam raramente quando ele soltava a fumaça. Falando em fumaça, logo logo senti um cheiro de queimado.. Puta que pariu, a comida!

Desliguei o fogão rapidamente, mas não deu muito certo, a comida tinha queimado 65%. Troy acordou, e logo dei o prato de comida em sua mão. Tentei ao máximo colocar as partes que não queimaram para ele e para o Tyler, resumindo, deixei todo o queimado pra mim. Tyler comeu 70% do que tinha no prato, mas não reclamou. Em compensação, Troy só olhou para a comida, nem tocou no garfo. Quando Tyler e eu acabamos de comer, Troy se levantou, jogou seu prato em cima do meu e cuspiu em mim.

- Essa comida tá como um lixo, que nem você. - ele disse e saiu de casa.

Levantei e joguei a comida dele no lixo e pus os pratos na pia já que Tyler estava lavando a louça por algum milagre.

- Da próxima vez tenta não ficar babando muito pelo nosso vizinho e presta atenção na porra da comida que tá fazendo. - quando ele disse isso eu gelei. Ele percebeu? Tava muito na cara? Eu não sou gay, talvez bi, é que eu só acho ele atraente, nada demais nisso, eu acho.

- Eu? Babando por quem? Steph? - perguntei limpando a mesa e tentando disfarçar o nervosismo.

- Tu sabe de quem eu to falando. Eu não vou te dedurar, mas só vou mandar um aviso. Tu sabe que se ele te pegar com ouro cara, ainda mais o nosso vizinho, tu tá fudido né?

- Por que você não me deduraria? Você sempre faz de tudo pra me fuder! - perguntei parando para olhá-lo e ele estava de cabeça baixa. - Perai, você...? - perguntei mas ele não respondeu. - Se você é gay, quem era aquela garota que você dizia que era sua namorada? Então quando você dizia que ia sair com os amigos na verdade você tava indo encontrar o seu namorado né?

- Cala a boca Louis - ele disse com a voz baixa.

- Quem era a garota? - perguntei novamente.

- Minha cunhada. - ele respondeu com um olhar triste.

- Ei, não fica triste, não vou te dedurar. - ele subiu o olhar pra mim. - Desde que você pare de me bater e de me xingar. - disse e ele riu anasalado.

- Fechado. - ele disse e então me abraçou. Fiquei muito surpreso com tal ato, já que fazia mais de 4 anos que não nos abraçávamos. Retribui o abraço e algumas horas depois, desci para o pátio do prédio com uma touca vermelha no cabelo.

Estava sozinho lá, apenas pensando em tudo o que aconteceu hoje, até que Steph chegou. Nossa vizinha de 15 anos, olhos azuis e cabelo castanho médio. Super legal e simpática, porém maluca.

- Loueh! - Steph disse rindo e rodopiando em seguida.

- O que você usou dessa vez? - perguntei fazendo sinal para ela se sentar ao meu lado.

- Nada, vim te chamar para tomar umas doses por aí.. - ela disse sentando-se ao meu lado rindo sem parar.

- Por aí você diz em sua casa né? E cadê sua mãe? Trabalhando? - perguntei e ela assentiu. - Então vamos! - disse e fomos para a casa dela. 

Steph e eu ligamos o rádio no volume bem alto e começamos a beber uma garrava de vodka que tinha lá. Doses aqui, doses ali e o som só aumentava cada vez mais até que percebemos que tinha alguém praticamente esmurrando a porta.

- STEPH! DÁ PRA DESLIGAR O CARALHO DO SOM? - ouvi alguém gritar do outro lado da porta e então, decidi abri-la.

- HARRY! - disse rindo e ele, vermelho de raiva.

- Louis?! Ah pelo amor de Deus, abaixem isso por favor! - Harry disse com um beicinho muito fofo.

- Para de ser chato Harry, vem tomar umas com a gente. - convidei-o com um sorrisinho bobo no rosto.

- Não, eu não vou. - Harry disse fazendo birra.

[...]

- VAI VAI VAI VAI VAI UHUUUUUUUUUUUUUL - Steph e eu gritamos enquanto Harry tomava sua trigésima dose, eu acho.

- Que horas são? - perguntei a Steph.

- Oito horas. 

- OITO? Desculpa gente, mas eu tenho que ir logo antes que.. - disse e acabei tropeçando no sofá - Tchau. - disse e saí correndo. Merda, eu esqueci da janta!

Atravessei o corredor o mais rápido possível e entrei em casa. Tyler tinha feito o jantar, mas eu sabia o que viria a acontecer.

- Onde você estava? - Troy perguntou.

- No condomínio. - respondi.

- E por que você não fez o jantar? - ele disse levantando e parando em minha frente, enquanto eu ouvia de cabeça baixa. - OLHA PRA MIM ENQUANTO EU ESTIVER FALANDO COM VOCÊ - ele gritou e puxou o meu cabelo com toda a força que tinha. - Você não presta pra nada mesmo seu inútil. - ele disse com um certo nojo na voz e então, me deu um soco no estômago, fazendo com que meu corpo se curvasse involuntariamente para frente. - Sai daqui - ele disse e me empurrou até a porta. - e vê se não volta. - ele disse e me deu um soco nas costas antes que batesse a porta.
 


Notas Finais




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