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História Sangue Maldito - Confidências


Escrita por: Natia-sama

Notas do Autor


Gomenasai pela demora, minna, é que eu não estava em casa nesses últimos dois dias! Mas não se preocupem porque eu vou repor esses dois dias que eu fiquei sem postar nada!!

Capítulo 47 - Confidências


Fanfic / Fanfiction Sangue Maldito - Confidências

– Estamos recebendo muitas cartas, ou melhor, avisos dele ultimamente. – Shu reclamou. Pelo modo como ele disse concluí que o Karl só se comunicava com os filhos quando era para informar sobre algum assunto importante. Reiji pegou a carta da bandeja e usou um abridor de cartas para abri-la.

– Dá para ler em voz alta? – Ayato pediu logo que Reiji abriu a carta. Agradeci imensamente por ele ter pedido isso, assim eu poderia saber o que aquele lixo queria dessa vez. Reiji pigarreou e começou.

Carta On

Queridos filhos,

Gostaria de informar-lhes que o Baile Anual do Submundo irá ocorrer, este ano, em nossa casa e gostaria que vocês começassem os preparativos. É claro que dentro de uma semana estarei na mansão para supervisiona-los.

Atenciosamente, Tougo Sakamaki.

Carta Off

Com certeza o Karl Heinz era bem direto e sucinto em suas cartas, embora eu tivesse visto um leve tom de ironia da parte dele no trecho: “Queridos filhos”.

– Você só pode estar de brincadeira! – Subaru exclamou transbordando de raiva. Realmente ninguém parecia muito feliz com aquilo, embora eu estivesse satisfeita por já ter minha oportunidade de encontrar com ele eu ainda não sabia como faria para mata-lo e uma semana não me parecia muito tempo para formular um plano.

– Na última vez em que esse baile idiota aconteceu na nossa casa houve um monte de problemas. – Ayato disse irritado.

– Quando foi isso, Ayato-kun? – Yui perguntou curiosa. Droga, droga, droga! Eu precisava recolher o máximo de informações possíveis sobre o Heinz, só assim eu poderia começar a formular um plano e minhas melhores fontes eram as ex-esposas dele e talvez alguns dos filhos, mas se eu fosse perguntar sobre o Heinz para os Sakamaki eu precisaria ser muito cautelosa.

– Quando éramos crianças, Bitch-chan. – Laito respondeu pensativo. Eu realmente precisava de uma tática de abordagem para esse assunto, precisaria soar como se fosse somente curiosidade, afinal eu não poderia deixar explícita as minhas intenções.

– Foi um baile bem turbulento, não foi, Teddy? – Kanato disse para o ursinho. De um jeito ou de outro eu teria de começar com o filho menos bipolar e mais disposto a falar e este seria, muito provavelmente, o Laito. É isso mesmo, mas antes de começar a falar com os filhos eu precisava primeiro falar com as esposas.

– Chega com essa conversa. Nós já sabemos que não podemos desobedecer a essas ordens, além do quê ícones muito importantes da sociedade sobrenatural estarão presentes neste baile. Não podemos errar! – Reiji disse visivelmente incomodado por ter que seguir as ordens desse homem.

– É melhor nós irmos, já está na hora da escola. – Ruki avisou a todos. Nós nos levantamos da mesa e cada um seguiu para os seus quartos pegar os materiais da escola.

Quando entrei no meu quarto notei algo bem diferente em cima do meu criado-mudo, fui até lá e peguei uma bela tulipa vermelha, senti o cheiro dela e era magnífico. Olhei novamente no criado-mudo para ver se havia alguma pista de quem havia deixado aquela flor ali e tudo que encontrei foi um cubo de açúcar, não poderia ter sido uma pista mais óbvia. Não sei o que havia dado no Yuma, no entanto eu estava gostando muito.

Corri para o carro mascando meu cubo de açúcar e fui a ultima a chegar, felizmente não estava atrasada. Sentei-me entre Azusa e Subaru, a viagem até a escola estava muito silenciosa e como eu não queria passar o trajeto todo tendo que participar daquele silêncio mórbido peguei meu mp3 e meus fones e coloquei uma música.

Infelizmente quando eu ouvia música era impossível não cantar, principalmente quando era alguma que eu gostava, inclusive estava passando uma agora e eu comecei a cantar Hot da Avril Lavigne. Assim que comecei todos do carro me encararam e eu, só para provocar, na hora do refrão que fala sobre o jeito como ele me faz sentir tão quente e sobre como ele é tão bom para mim, eu fitei cada um deles com um sorrisinho como se a música traduzisse o que eu sinto. E de certa forma traduz sim.

Então quando a música acabou nós já havíamos chegado a escola, eu dei uma piscadela para eles e arrastei Yui para fora do quarto enquanto dava um risinho pela cara que eles fizeram. Corri com Yui até uma sala vazia e nos tranquei á dentro, mesmo que eu não quisesse nos encrencar com o Reiji ainda assim eu tinha algo muito importante para conversar com ela.

– O que você está fazendo, Tora-chan? – perguntou completamente confusa.

– Gomen,Yui-chan, mas há algo muito urgente que eu preciso falar com você. Só que você precisa me prometer que vai ouvir até o fim sem me chamar de louca, está bem? – expliquei calmamente. Eu queria falar com ela sobre os fantasmas das esposas do Karl Heinz e sobre a maldição, eu precisava da ajuda dela com o jardim e também queria que ela soubesse sobre as coisas que eu andava descobrindo, não queria continuar escondendo coisas dela. A não ser a parte sobre eu matar o Heinz, isso era para sua própria proteção, assim se meu plano falhasse ninguém poderia ser culpado de ser meu cúmplice.

– Tudo bem. – concordou sentando-se em uma das cadeiras da sala.

– Certo. – eu pigarreei e sentei-me de frente para ela, então contei tudo que eu tinha visto, começando pelo meu sonho e terminando pela maldição. Omiti qualquer informação sobre o Karl que pudesse fazê-la desconfiar do eu pretendia. Ao terminar a Yui estava completamente pasma com a minha história.

– E-eu não estou acreditando que as almas de todas as esposas estão aprisionadas na mansão. E como você consegue vê-las? – perguntou abismada.

– Eu não sei, acho que elas aparecem para mim porque querem, não é? – respondi em dúvida.

– Bem, se é assim por que eu nunca as vi já que eu sempre tive a habilidade de ver fantasmas?

– Você é paranormal? – perguntei surpresa. Ela nunca havia me dito isso.

– Não exatamente, na verdade eu só consigo ver essas coisas sobrenaturais porque eu tenho o coração da Cordelia. – respondeu pensativa, meu queixo foi parar no chão.

– Você tem o “coração da Cordelia”? – questionei incrédula.

– Eu nunca te contei o que aconteceu comigo, não é? – eu neguei com a cabeça e ela continuou. – Bem, logo que eu cheguei à mansão aconteceram muitas coisas, primeiro eu descobri que era adotada, depois conheci Richter que dizia ter transplantado o coração da Cordelia em mim e que no Despertar eu deveria aceitar a alma dela. De alguma forma isso acabou acontecendo mesmo que eu não quisesse, não me lembro direito disso já que eu meio que perdia a consciência quando ela assumia o meu corpo.

– Então como é que é você quem está aqui agora e não a vaca? – perguntei confusa e Yui deu uma risada pelo modo como chamei a Cordelia. Cá entre nós, Yui tinha chorado de tanto rir quando eu disse que soquei aquela vadia e eu ri junto com ela.

– O Reiji preparou uma poção que expulsaria Cordelia do meu corpo para sempre, eu pensava que eles iriam manda-la para o inferno definitivamente, mas acho que só conseguiram afasta-la de mim. – explicou calmamente.

– Essa vaca não tem jeito! Eu ainda me sinto muito triste por tudo que ela fez para os meninos e com raiva também! – revoltei-me, toda vez que eu ouvisse algo sobre Cordelia acabaria me irritando.

– Pense pelo lado bom, – disse Yui com um sorrisinho. – você pôde soca-la. – acrescentou e nós duas caímos na risada, pior que era verdade. Depois de nos recuperarmos eu perguntei.

– Então, você vai me ajudar com o jardim?

– É claro que vou! – respondeu alegremente.

– É isso aí! Bate aqui, baby! – exclamei entusiasmada e nós batemos as mãos e demos um pulinho ao mesmo tempo.

– Então era aqui que vocês estavam, não é! – Reiji disse e pelo seu tom não estava nada satisfeito. Eu olhei para Yui e ela olhou para mim, nós demos um aceno com a cabeça e olhamos para o Reiji, que estava nos fitando com desconfiança, provavelmente devia achar que nós tentaríamos alguma coisa.

– Gomenasai! – gritamos em coro enquanto fazíamos uma reverência.


Notas Finais


Hot - Avril Lavigne: https://www.youtube.com/watch?v=fzb75m8NuMQ
Tradução: http://www.vagalume.com.br/avril-lavigne/hot-traducao.html

Eu não tenho mais medo. Consegui coragem e tornei-me uma pessoa forte, mesmo que um pouco triste. Era ingênua e talvez infantil, mas hoje sou muito mais sábia e posso enfrentar cada barreira que se opuser em frente a mim. Não lamento pelo que eu sofri, pois foi o sofrimento que passei que me fez assim.
Yui Komori


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