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História Save Your Tears. Taekook, vkook - Capítulo 17


Escrita por: CopinhuYoongi e nebulouszy

Capítulo 17 - Capítulo 17


Eu sei que eu sou idiota. Ninguém precisa me falar isso.

Eu odeio essas mudanças de humor que grávidos têm. Odeio porque qualquer coisa pode acabar com nosso dia.

Nem é culpa de Jungkook. Eu não pedi exclusividade, não disse que não podia dar os mesmos apelidos a todos e os mesmos elogios.

Mas eu não podia negar que ficava mal com esse tipo de coisa. Sabe, parecia que eu só era mais um, que era descartável como todos os outros, que era apenas mais um beijo, mais uma foda.

E eu acabava entrando numa crise existencial por coisas pequenas como essas. Será que eu era alguém legal? Com qualidades. Ou só alguém usado pra engravidar, pra ser fodido e repudiado pelos pais?

Sim, sou um idiota. Qualquer coisa me faz ficar pensando nessas coisas. Era simplesmente impossível não pensar. Cara, imagina seus pais que te amavam, que te criaram, e ai do nada eles te odeiam.

Meu estágio triste estava aqui. Depois vem o irritado de novo, eu sei.

Quando o sinal pro intervalo passou, eu peguei meu salgadinho e fui pra fora me sentar no gramado onde não tinha muita gente por perto.

Também tinha uma coisa que eu não conseguia entender.

Por que ninguém vinha falar comigo? Só Jungkook se aproximou, ninguém mais. Eu vi novatos e eles se entrosavam tão bem. Parecia que o problema estava exclusivamente em mim

Foi impossível não ficar cabisbaixo, ainda mais quando Jeon se sentou perto de mim.

— resolvi trazer uma lista de nomes coreanos desta vez. São os que eu mais gostei.

Continuei calado, somente comendo meu salgado de frango.

— aqui vai uns. Hye, Hyuk, Namu, Saem e Siwoo. Foram os mais bonitos que eu encontrei e- o que foi, denguinho? Tá triste? — ele arregalou os olhos, mexendo seus ombros numa dancinha. — o que aconteceu? Olha! Tá até fazendo biquingo. O que foi?

— acho que não vou ser um bom pai.

Suspirei, ainda olhando para frente. Prestando atenção nas pessoas andando.

— por que diz isso?

— porque eu fiz tudo errado. Eu decepcionei meus pais, sou um peso morto pro meu tio, ninguém quer ser meu amigo e eu vivo chorando. Sabe, eu nem sei fazer nada de bom... tudo que eu fiz até agora foi pura burrice.

— acha que seu bebê foi burrice?

— claro que foi. Ele devia ter pais legais, pais que já têm seus empregos, ele devia ter seus avós, e não ter um peso que nem eu. Eu sinto que todo mundo pensa isso de mim. Ah, desculpa, desculpa. — pedi, balançando a cabeça. — eu não devo dizer essas coisas pra você. Nem somos amigos.

— claro que somos amigos! Pelo menos, pra mim você é meu amigo. — garante, se aproximando mais de mim. Ainda estou olhando pra frente. — Tae, você engravidou. Pronto, aconteceu. Seus pais foram babacas por te expulsarem, mas seu tio te ajudou porque ele te ama e ama o bebê também. Você estuda pra cacete, se cuida, ué! Ta fazendo sua parte.

— minha obrigação. Não faço nada além do que é minha obrigação, você quer dizer.

— não é obrigação alguma, é força, é inteligência. Nem sei como você não tem uma cabeçona, porque do jeito que você é inteligente... — ele suspira, olhando pro céu, parecendo estar focado nisso. — você é o primeiro da turma. Sempre acerta quase tudo das atividades. Isso é de sentir orgulho, cara.

— você só fala isso pra me animar, Jungkook. — me deitei na grama, deixando meus braços pelos matinhos verdes. — eu tenho tanto medo dessa insegurança, desses medos, dessa tristeza virar algo mais sério. Eu tenho um bebê pra criar e eu não quero ser aquele pai sem vontade de viver. Isso tá me assustando. — bufo, passando a mão por meu rosto. A mão cheia de farelo de salgadinho.

Jungkook se deitou ao meu lado, apoiando sua grande e tatuada mão em minha barriga, começando a afaga-la lentamente.

— você não vai ser esse pai. Se precisar de ajuda, pode me chamar. EU VOU TE AJUDAR!

— POR QUE GRITOU DO NADA?!

— pra dar ênfase. — piscou pra mim, se aproximando pra fazer algo... no mínimo inusitado.

Ele havia beijado minha barriga.

Assim. Beijado. Tipo, beijado mesmo.

E parece que o bebê indiano-mexiano-coreano gostou, já que começou a se mexer.

— ele parece estar feliz em me ver, não é?

— ele sempre fica feliz em te ver. Não sei o porquê disso, mas ele fica.

Suspirei fundo, arrancando uma grama para simplesmente joga-la no ar.

— ele acha que sou o papai dele. — constatou, deitando sua cabeça em minha barriga. O bebê ainda chutava, agora bem no ouvido do falso pai. — e se você quiser, eu posso ser.

— não quero um homenrento que nem você, que pega um e outro a cada cinco segundos. Meu filho merece um pai legal.

— eu sou rico, não preciso ser legal.

Rolei os olhos, olhando pra sua bochecha esmagada contra minha barriga redonda.

— acho que Hye é um nome legal. — comentei de repente.

— então vai ser esse?

— sim. Taehye.

— Jeon Taehye.

— sem o Jeon. Você não é nada dele.

— futuramente o namorado do pai dele. Do pai anão.

Empurrei Jungkook pro lado, me levantando. As gramas que estavam na minha mão? Joguei em sua cara.

— vai se foder. E não me segue! Vou fazer xixi e eu não quero ninguém me seguindo. Já escolheu o maldito nome!

— que não tem nada indiano. Não sei se valeu mesmo a pena.

Deixei Jungkook reclamando sozinho e fui pro banheiro, abrindo uma das cabines pra fazer xixi.

Apenas o som do xixi caindo no vaso por bons segundos. Quando eu olhei pro lado, nada. Quando olhei pro outro, Jungkook estava me vendo mijar.

— posso secar seu pau?

— NÃO! LARGA DE SER DOENTE E ME DEIXA MIJAR! AFF!

Tentei me controlar pra não mijar nele só de raiva.


Notas Finais


"possoo secar seu p4u🥺?"


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