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História Screamin' - CONFORTO


Escrita por: The_Yssah

Capítulo 18 - CONFORTO


Já eram 23hs, estávamos abraçados no sofá assistindo Shakespeare in Love.

Depois de um tempo, percebi que ela estava dormindo nos meus braços. Eu também estava meio grogue e fiquei olhando para ela, enquanto minhas pálpebras abaixavam lentamente.

Eu já estava semi acordado, e a porta se abriu. Acordei e olhei assustado para a entrada e vi Bill parado no batente da porta nos fitando com a expressão irritada, triste e preocupada.

–O que está fazendo com ela? - Disse Bill fechando a porta atrás de si e cruzando os braços onde estava sua jaqueta. Ele parecia exausto.

–Ela... – Cuidadosamente tirei Jessie de cima de mim e me levantei. – Estávamos assistindo um filme triste de um cachorro, daí ela começou á ficar triste, eu a abracei e ela dormiu.

–Deixe-me adivinhar: Sempre ao seu lado? – Perguntou ele com um sorriso cansado.

-Esse mesmo.

Ele riu.

-Desculpe a demora.

–Demora? Você disse que só viria amanhã á noite.

–É, mas consegui vir mais cedo! – Ele se aproximou edepositou um beijo no alto da cabeça de Jessie. - Obrigado por ter cuidado dela!

–Por nada. Jessie já é uma amiga. - Bill pegou Jessie no colo e a levou para o quarto, minutos depois voltou.

–Como ela estava hoje? – Perguntou enquanto sentava no sofá. Ele fechou os olhos e começou á massagear as temporas.

-Nos divertimos muito. Ela sentiu sua falta.

–Você contou pra ela?

–Não.

–Tem certeza?

–Claro! – Sentei ao seu lado. – Mas e aí, como foi lá com a psicopata?

–David vai tomar umas providências, ninguém vai de nós dois, e sobre a foto, a gente já tem uma desculpa.

–E quando você vai contar pra ela?

–Não sei, Georg...

–Mas você sabe que um dia ela vai precisar saber, não é? Tem a ver com a vida dela.

–Pense nas conseqüências, Georg. Não consigo nem imaginar qual seria a reação dela. Ela poderia terminar comigo e ir embora de volta para o Brasil...

–Mas ela ficaria segura, Bill.

–Também não precisamos levar isso tão á sério. Pode ser um blefe de alguma fã.

–Ela vai ter que saber, Bill.

–Obrigado por ter vindo aqui hoje, Georg. – Ele me olhou e eu entendi que ele estava me pedindo para ir.

–Só não seja covarde. Não minta pra ela, Bill.  

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Quando cheguei em casa, Anne estava sentada no sofá da sala com os olhos vermelhos de choro.

–O que houve? - perguntei me aproximando.

–Onde estava á uma hora dessas?

–O quê? – Perguntei irritado. – Essa é a droga da minha casa. O que você faz aqui?

–Eu ainda tenho a cópia da chave.

–E entrou sem me avisar? Não tem mais nada seu aqui, pode ir!

–Georg! - Ela me abraçou e começou á dizer que me amava e que me queria de volta.

Suspirei sem saber o que fazer.

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P.O.V BILL

Depois que Georg saiu, fiquei pensando no que ele disse, eu realmente estava sendo presunçoso demais e não era certo esconder a situação de Jessie.

Fui até o quarto dela, me sentei ao seu lado, dei um beijo em seu rosto e continuei lá observando-a.

–Bill? - Ela sussurrou.

–Sim?

–Já é amanhã antes do jantar? – Ela perguntou sonolenta, sem abrir os olhos.

–Não, linda! – Falei enquanto mexia em seus cabelos. - cheguei antes pra ficar com você.

Ela sorriu.

–E Georg?

–Já foi.

–Hmm.

–Como foi seu dia?

–Divertido! Nós assistimos filmes, comemos besteira... Georg é muito desengonçado. E o seu dia?

–Legal...

–Tem certeza? – Ela abriu os olhos e me fitou.

–Hoje foi um dos dias mais exaustivos da minha vida. – Falei em tom baixo.

–Aconteceu alguma coisa?

–Não. O dia só foi muito cansativo.

–Há algo que eu posso fazer por você?

Suspirei, sem dizer nada, tirei os sapatos e me deitei ao seu lado. Ficamos frente á frente, nos observando.

–Você vai dormir aqui hoje? – Perguntou.

–Não sei... Você iria se incomodar se eu ficasse? É que hoje estou muito manhoso, e quero muito carinho! – Falei fechando os olhos e tentando fazer uma carinha fofa.

Senti ela suspirar perto de mim e acariciar meu rosto. Sorri.

–Você não tem idéia do quão fofo está agora!

Abri os olhos novamente e deitei minha cabeça em seu peito. Ela começou á fazer cafuné na minha cabeça de modo que eu fiquei bastante sonolento.

Naquele momento me senti tão confortável que não tive palavras para descrever o alívio que sentia. Era um daqueles raros momentos, como aqueles quando nós vamos dormir no escuro do nosso quarto e pensamos no quanto aquilo é um lar, no quanto podemos chorar sem sermos interrompidos.

–Senti sua falta. - Ela sussurrou.

–Eu também senti a sua.

–Isso é novo pra mim. – Ela disse. – Como eu já te disse... Bem, percebi que não gosto de ficar longe de você.

Apoiei meu queixo em seu tórax e olhei para ela.

–Você teria coragem de se separar de mim pra salvar sua própria vida? – Perguntei olhando para seu colar, evitando seu olhar. – Vi isso em um filme uma vez.

–Que filme?

-Não me lembro o nome. – Menti.

-Quanto tempo leva até que um casal diga que se ama? – Perguntou ela. Dessa vez, eu a olhei e ela que desviou o olhar.

-Acho que não tem um tempo determinado. – Falei com um meio sorriso, encarando-a de forma meio que esperançosa. Seus olhos fitavam o teto. – Acho que você só sente e espera até que esteja pronta para dizer em voz alta.

-Sem pressão. – Ela disse.

-Sem pressão. – Confirmei sorrindo. Ela ficou calada e eu disse: – Sabe, no filme que eu vi... A garota estava correndo risco de vida, mas não sabia. Para salvá-la, eles teriam que se separar, mas o rapaz não queria deixá-la.

-Eu não o largaria se fosse ela. – Disse ela enquanto brincava com o meu cabelo. – Mas acho que se fosse ele...

–Se fosse ele...? – Incentivei-a.

-Se fosse ele, eu a deixaria... Bem, tem aquela frase: “Se você ama, deixe ir. Se for pra ser, ele volta pra você”. E é caso de vida ou morte, certo? Se você ama alguém, não deixaria essa pessoa morrer se soubesse como salvá-la, não é?

–É. – Murmurei.

Então eu deveria deixá-la para salvá-la? Ela não me largaria para salvar a si próprio, mas por mim, sim, se eu entendi direito...

–Jessie, e se a sua vida estivesse em jogo, e nós tivéssemos que nos separar para te salvar, você não se separaria de mim, mas... E eu? Deveria me separar de você pra te salvar?!

Ela suspirou enquanto pensava no que responder, e então me encarou sorrindo.

–Me responde uma coisa, Bill: você gosta de mim o suficiente para enfrentar qualquer obstáculo, ou pelo menos esse?

–Sim.

–Você quer me ver triste?

–Não.

São vários pontos de vista, não é? Não tem uma resposta certa pra isso. – Disse ela. – De qualquer forma, prefiro que você não me deixe.

–Não! Só, estava pensando... Nesse filme.

–Cuidado com esses filmes. – Ela sorriu.

-Tudo bem.

-Estou apaixonada por você. - Ela disse em português, e mais uma vez eu não entendi.

-Não falo português, Jessie.

-Falando nisso, o que você me disse naquela noite lá na boate?

-Isso. – Falei puxando-a para um beijo calmo e profundo.

Quando nos separamos ela me encarou confusa.

-Aquele monte de coisa que você falou em alemão, significa “Beijo?”.

Ri alto e a abracei.

Comecei á cantarolar uma das músicas novas do CD que ainda lançaríamos enquanto ela me acariciava.

Ela começou á arranhar minha nuca de leve, e eu comecei á distribuir beijos pelo seu colo. Quando ela começou á puxar os cabelos da minha nuca, eu a beijei novamente, dessa vez mais intensamente, acariciei a cintura dela por debaixo da blusa que logo tirei dela, acariciando cada pedaço de seu colo.

Vendo o que ia acontecer, ela tirou a minha camisa e, com os pés, abaixou minha calça, começou á passar as mãos pelo meu corpo, me arranhando de leve até chegar no interior da minha boxer,começou á me masturbar.

Comecei á ofegar enquanto beijava seu pescoço e apertava suas delineadas coxas. Quando vi que não ia mais agüentar, fiz com que ela parasse, peguei uma camisinha na minha carteira, tirei a calça e a calcinha dela e a minha boxer, entrelacei nossos dedos e a penetrei lentamente. Beijei seu pescoço, e acariciei seus seios, apertava sua coxa enquanto ela arranhava minhas costas de leve.

No apartamento vazio só se ouvia o som dos nossos gemidos e respirações pesadas, ela gemia meu nome me deixando louco, comecei á aumentar a intensidade dos movimentos, até o Clímax. Primeiro ela chegou lá, depois eu.

Tirei a camisinha de mim e joguei na lixeira ao lado da cama, em seguida me deitei ao seu lado e a puxei para meu peitoral. Assim que nossa respiração voltou ao normal nós dois dormimos.

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Os dias foram passando, e com eles nossa folga de duas semanas.

Jessie e eu nos divertíamos de todas as formas, sempre incluindo Tom, Andreas, Georg e Gustav. Até David nos procurava quando estava afim de fechar algum parque de diversões para brincarmos um pouco.

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Era uma segunda-feira fria em Hamburgo, eu havia acordado e Jessie não estava ao meu lado. Havia virado rotina eu ir dormir em seu apartamento.

Senti uma fome tão forte que me deu ânsias. Olhei ao meu redor, eu estava nu e tinha algumas peças de roupas minhas dobradas delicadamente em cima da cômoda.

Vesti as roupas, escovei os dentes e saí pela casa á procura dela. Estava na cozinha, apoiada no balcão e de costas para mim. Ela observava a parede vazia enquanto ouvia Elvis Presley no aparelho de som, e só percebeu minha presença quando a abracei por trás.

–Bom dia! – Sussurrei em seu ouvido, depositando um beijo ali.

–Boa tarde, Bill! – Ela disse rindo e virando-se de frente para mim. –São duas da tarde!

–Me desculpe eu não tive noção do tempo! Estava tão cansado ontem que... Só dormi.

–Não tem problema.

–E você estava fazendo o quê, olhando pro nada?

–Eu só estava pensando

–Em quê?

–Besteiras!

–Eu sou besteira?! – Eu disse com ar de convencido.

–Você lê pensamentos, por um acaso? – Ela perguntou com um ar irônico.

–Pra uma pessoa que só pensa em mim... Não é preciso ler pensamentos...

–Bobão!  

Ela depositou um selinho em meus lábios.

–Fome! – Falei.

–Ouvi seu estômago enquanto você dormia, mas eu não tive coragem de te acordar! Tem café com bolo de milho que eu mesma fiz, e tem suco de laranja, e se você preferir eu esquento comida no micro-ondas pra você.

–Tudo bem, vou querer a comida, tem coca?

–Claro! – Ela encheu um copo de coca-cola e me entregou, tirou a comida da geladeira e  fez meu prato, colocando-o no micro-ondas. Fiquei observando cada gesto que ela fazia.

–Você está linda hoje! Mais do que o normal!

–Obrigada!

–Fez algo de diferente?

–Não. Mas estou pensando em cortar o cabelo, o que você acha?

–Não!

–Não?

–Seu cabelo está perfeito!

–Certo, eu não corto se você me prometer que vai voltar á usar a juba. – Ela sorriu.

–Juba?

–O penteado de leão, Bill! Ví umas fotos sua com o cabelo de juba e me apaixonei!

–Sério? – ri. – Juba? De onde tirou isso?

-Suas fãs chamam assim.

-Andou me stalkeando virtualmente?

-Exatamente.  Suas fãs sabem de tudo mesmo. É assustador.

-Elas são lindas. – Sorri.

Ela tirou o meu prato do micro-ondas, pegou os talheres e me entregou no balcão.

–E então, o que vai fazer hoje? – Perguntou.

–Vou te levar na Natalie. O que acha?

–Ótimo! – Ela começou á lavar a louça. – Ah, Tom veio aqui há algumas horas atrás. Parecia meio preocupado, acho que foi porque você veio dormir aqui sem avisá-lo.

–Ele queria alguma coisa?

-Não. Só queria saber onde você estava. E seu celular tocou, mas eu não atendi porque acho que seria falta de educação, então o Tom, que almoçou comigo hoje, atendeu de intrometido.

–E quem era?

–David. Ele só ligou para saber se você já tinha chegado com o Tom, e se eu estava bem, aí ele disse que chega hoje á noite. Eu acho que era importante, seu irmão ficou meio nervoso depois da ligação e saiu. Ele parecia preocupado, nem terminou de comer!

–Ele comeu aqui?

–Sim, ele chegou ao meio dia, me ajudou á fazer o almoço e comeu aqui.

–Ah. – Tentei parecer desinteressado.

Assim que terminei de almoçar, Jessie foi tomar banho e eu aproveitei para ligar para David.

–David, a Jessie disse que você ligou aqui.

–Sim, eu falei com Tom... – Ele fez uma pausa. - Outra carta, dessa vez não é uma fã é um paparazzi que tirou fotos de vocês e ele está pedindo muito dinheiro em troca do silêncio.

–Que inferno! – sussurrei. - Deixa eles falarem então! Vamos acabar com essa merda de uma vez.

–Bill, não é bem assim! Hoje nós temos a psicopata e esse paparazzi maluco. Se todos souberem, serão centenas de psicopatas malucas.

–E eu vou passar minha vida inteira recebendo ameaças?

-Se vocês se assumirem agora, vai ser pior.

-E o que eu faço até lá?

–Você sabe! Espere mais!

-Tenho que desligar, a Jessie tá vindo.

-Boa sorte!

Assim que desliguei o celular, fui até o quarto ver se ela estava pronta.

Estava linda com um grande suéter de lã branco com listras pretas, bota de salto preta, calça leg que eu havia ajudado-a á rasgar e maquiagem escura com um batom vermelho.

E eu estava com minha camisa preta e uma jaqueta de couro preta com a calça vermelha quadriculada e bota de couro preta. Ainda não sabia como andar discreto.

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Saímos no meu Audi e fomos direto para a casa da Natalie.

Toquei a campainha, e Josh, o noivo dela, atendeu.

–Olá Josh! – Falei sorrindo.

–Bill! – Disse ele sorridente - Quanto tempo!

–Sim! Essa é minha nova maquiadora, Jessie! – Falei. - E esse é o noivo da Nat, Josh!

–Prazer! – Ele disse lhe estendendo a mão que ela apertou.

–Prazer! – Ela sorriu tímida.

–Entrem, por favor! Natalie está lá dentro. – Ele disse nos dando passagem para entrar.

–Que casa linda! – Jessie falou maravilhada.

–Vou chamá-la. Ela vai ficar tão feliz quando ver vocês aqui! Ela fala tanto de você, Jessie!

Josh nos deixou na sala e foi á procura de Natalie. Jessie e eu nos sentamos no sofá.

Natalie entrou na sala gritando alegremente e nos abraçou fortemente de um jeito meio atrapalhado por causa da barriga volumosa.

 

–Como está, sua barriguda? – Falei brincando

–Meio barriguda, e vocês? – Ela disse irônica

–Bem... – Entrelacei meus dedos nos da Jessie, meio que passando uma mensagem á ela que nos olhou mais animada ainda.

-Nãaao?! – Ela exclamou sorridente.

-Siiiim. – Disse Jessie rindo.

–Meu Deus! Que lindo! Dois casamentos juntos, então! – Gritou Natalie.

Jessie e eu nos entreolhamos assustados.

Foi uma tarde extremamente agradável.

 


Notas Finais




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