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História Screamin' - CONFISSÕES


Escrita por: The_Yssah

Notas do Autor


Desculpem a demora.
A outra versão desse capítulo estava HORRÍVEL, por isso a demora pra postar.
ENJOY!

Capítulo 19 - CONFISSÕES


Natalie não parava de nos olhar com seus olhos brilhando de alegria.

Então, indiscreta como só ela, começou á perguntar sobre nossa vida pessoal, casamento filhos... O que deixava Jessie muito sem graça. Ela ficava calada sempre que a Natalie começava á falar de mim, do quão gentil eu era, ou de casamento. Aquilo me deixou meio incomodado. Era como se Jessie não quisesse pensar naquilo, como se ela não quisesse estar ali.

Longos minutos antes de ir, Josh me ofereceu whisky e nós ficamos bebendo enquanto conversávamos.

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P.O.V Jessie

Quando chegamos em casa exaustos, Bill logo disse que ia para o seu apartamento. Tom não estava lá naquela noite, pois tinha saído para se divertir um pouco e deixou claro que não dormiria em casa.

Depois que tomei um banho e me vesti com um confortável vestido de algodão branco, fiz o jantar e fui chamar Bill para comer.

Jantamos em silêncio. Aquilo me deixou preocupada.

–O que eu fiz dessa vez? – Perguntei quando entramos no elevador.

–Nada! Você nunca faz nada! – Ele disse com o olhar distante. Talvez não fosse sua intenso, mas aquilo me soou irônico e seco.

–Me desculpe. – Falei em um tom confuso. – Por seja lá o que for... Não quer conversar?

–Não foi nada. – Ele me encarou e abriu um pequeno sorriso que não chegou aos seus olhos. – É... Essa situação com a Natalie. Ela parece tão diferente... Só estou pensando um pouco. – Ele voltou seu olhar para o prato á sua frente. – E você, porque estava tão preocupada com as perguntas da Natalie?

-Como assim?

-Não sei... – Ele me olhou de forma tímida, mas decidida. - Talvez na parte em que você ficou vermelha, tensa e quase gritou quando Natalie disse que, quando a gente se casasse, ela seria a madrinha.

-B-bem... Hm...

-Foi só uma brincadeira. – Ele riu ironicamente.

Percebi que ele estava bêbado. Talvez fosse por causa da garrafa de Whisky que ele havia tomado com Josh.

–Foi, não foi? – Sorri nervosamente.

-Até parece que não quer se casar comigo. – Ele disse com um sorriso sarcástico. – Ou você realmente não quer se casar comigo?

–Nós não temos nem um mês de “namoro”, que na verdade nem é um namoro. Nos conhecemos há o quê? Dois ou três meses? – Ri. – Querido, não precisamos falar disso agora.

–Você não respondeu minha pergunta!

–E não preciso responder. – Sorri tentando tranqüilizá-lo.

–Qual o problema que você tem contra os sentimentos? – Ele riu amargamente e me perfurou com seus olhos felinos. – Qual é a da sua reação por causa do assunto do casamento?

–Que droga. – Suspirei. - Realmente vai causar uma discussão por causa disso, Bill?

–Eu não. – Ele riu. – Só estou conversando pacificamente.

–Você está bêbado. Daqui á, no mínimo, quatro anos te respondo essa pergunta!

–O que fazemos até lá? – Ele sorriu, dessa vez, amavelmente, e me lançou um beijo no ar. – Estou brincando, não se preocupe.

Terminamos de comer e fomos assistir um pouco de TV.

Depois de um tempo, Bill recebeu uma ligação, disse que era David que precisava se encontrar com ele, se despediu de mim e eu o acompanhei até a porta.

Ainda fiquei parada, esperando ele bater a porta do apartamento dele, mas ele não o fez. Ouvi passos se afastando e a porta do elevador se fechando. Fui até a grande parede de vidro que dava para a vista da cidade, e esperei... Até que ele saiu do prédio, segui seus passos com o olhar, ele entrou na boate. “Droga!”

Então talvez não fosse David no telefone.

Cretino!

Eu não sabia o que fazer, se eu fosse atrás dele eu seria muito “chiclete” e se eu não fosse eu seria dada como “idiota que finge que não sabe onde o namorado anda” ou “Liberal” e liberal significa “Amor, pode ir, come as putas que você quiser, mas não deixe que eu saiba, ok?”.

“O que eu faço agora?!”

Meu celular tocou.

-E aí, gata? – A voz de Georg soou alegre e uma música alta tocava no fundo.

-Georg? Tudo bem?

-Tudo sim. – Ele riu. – Tá em casa?

-Sim... Você tá bêbado?

-Claro que não. – Sua voz ficou mais séria, e eu constatei que ele falava a verdade. – Eu estou naquela boate na frente da sua casa, você não quer vir e dançar um pouco? Gustav está aqui também, Tom acabou de sair com uma menina.

-E o Bill? – Perguntei desconfiada.

-Acho que David queria conversar com ele... – Sua voz estava pausada e em um tom mais baixo. – Eles... Eles iam conversar sobre... Sobre outra sessão de gravação que o Bill vai ter que fazer.

-Hum. – Murmurei descrente. – Chego aí em quinze minutos.

Cheguei em 10 minutos, eu não agüentava aquela demora toda, então resolvi vestir um casaco de couro e ir até a boate.

Entrei lá e procurei por Bill com os olhos em todos os lugares, mas não o achei. De longe vi Georg e Gustav conversando com uma garota morena, mas não me aproximei ainda. Precisava ver o que Bill estava fazendo antes.

Fui até o bar, olhei para o canto mais escuro da boate (o canto onde nos reconciliamos pela primeira vez) e lá estava ele sentado com um copo de cerveja na mão, ele encarava o chão e tinha um meio sorriso nos lábios.

-Você por aqui? – Uma voz grossa disse ao meu lado. Me virei e vi Brandon, o rapaz bonitão que havia tentado dar em cima de mim no outro dia.

-Oi. – Sorri gentilmente e voltei meu olhar para Bill.

-Brigaram? – Perguntou Brandon.

-Não sei. – Respondi saindo de lá.

Me aproximei de Bill e me sentei ao seu lado. Ele não havia me notado ainda, parecia pensativo.

–E aí, vem sempre aqui? – Sussurrei em seu ouvido. Ele olhou para mim e sorriu lindamente.

-O que faz aqui? – Perguntou com o cenho franzido.

-Pergunto o mesmo.

-David me ligou. Marcamos uma reunião, ele já está por aqui, mas ainda não o encontrei.

-Georg me convidou. Gustav está aqui também.

-Georg está aqui? – Bill levantou os olhos para a multidão á nossa frente. – Eu pensei que... – Sua voz morreu e ele me encarou em silêncio.

Peguei em sua mão e fui puxando-o até o lado de fora da boate, ele puxou a mão bruscamente.

–Não podemos ser vistos! – Disse presunçoso.

–Desculpe. – Engoli em seco. Eu deveria estar parecendo uma idiota.

David apareceu do nada e cumprimentou Bill. Em seguida, me olhou com o cenho franzido e os olhos preocupados.

-Oi, chefe! – Cumprimentei-o sorrindo.

-Jessie. – Disse ele me dando um curto abraço. – Desculpe a demora, Bill. Acabei de descobrir que Georg está aqui. – Ele e Bill trocaram um olhar profundo, como se estivessem conversando por telepatia. Me senti uma intrusa mais idiota ainda.

-Eu... – Comecei. – Vou procurar Georg e Gustav.

Assim que terminei de falar, Georg e Gustav surgiram ao nosso redor. Nos cumprimentaram com abraços calorosos e depois caímos em silêncio.

-Precisamos de Tom também. – Disse David ainda sério. – Bill, podemos ir ao seu apartamento buscá-lo?

-Ele está lá? – Perguntou Bill, sem desgrudar os olhos de David.

-Ele está. – Respondeu David.

-Hm... – Georg começou. – Gustav e eu estamos cansados. Podemos ir para o seu apartamento, Jessie? A gente pode assistir á uns filmes e tomar sorvete.

-Claro. – Olhei-os desconfiada.

–Vamos juntos, como amigos! – Alertou David. – Jessie, você entende que precisamos de discrição, certo?

-Claro.

 

Saímos da boate todos juntos e voltamos ao prédio.

Todos paramos no corredor entre as portas do apartamento dos Kaulitz e do meu.

Bill pareceu incomodado.

Destranquei a porta do meu apartamento enquanto Bill destrancava a do dele. Georg e Gustav entraram fazendo bagunça no meu apartamento e Bill e David ficaram me encarando.

-Boa noite. – Murmurei cabisbaixa. Me sentia estranha.

-Boa noite. – Disse David com um sorriso mais amigável, em seguida ele entrou no apartamento de Bill.

-Está acontecendo alguma coisa? – Perguntei presunçosa.

–Não, só... Só trabalho. – Bill sorriu. – Se cuida, tá?

-Você também.

-Boa noite! – Ele me beijou com carinho e entrou.

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A última semana de folga dos meninos do Tokio Hotel já havia acabado. Ficamos juntos o tempo todo. Haviam dias em que nós nem saíamos de casa, só para aproveitar a companhia um do outro e nos conhecermos melhor.

No dia da viajem da banda para continuar com a turnê, nos reunimos na casa do David. Ele pareceu surpreso com a minha presença.

–Jessica? – Exclamou surpreso. - O que faz aqui?

–Trabalhando. – Respondi confusa.

–Mas o Bill não te falou que...

–Esquece isso, David. Ela não vai deixar escapar informações da banda – Disse Bill, sério.

–O que foi, gente? – Perguntei aflita

–Bill, me ajuda aqui! – Disse Tom, visivelmente tentando tirá-lo da sala.

–Esperem! Antes de vocês irem, temos que revisar as regras de viagem! – Começou David com um discurso já conhecido pelos caras. Tom revirou os olhos. - 1°, Nada de brigas dentro do ônibus ou avião. Se quiserem se matar, peçam para o motorista do ônibus parar em algum acostamento.

-E se for no avião? – Perguntou Tom, fazendo graça.

-Aí, vocês esperam o avião pousar. Ouviram, meninos?

-Sim. – Todos disseram em uníssono.

-2°, Quebrou pagou, Ouviu, Georg? – Georg assentiu com um sorriso traquina. - 3°, Nada de trazer pessoas desconhecidas para o ônibus. Certo, Tom?

-Foi só uma vez. – Resmungou Tom.

-4° Sujou, limpou! Gustav?

-Como se eu fosse o desorganizado daqui.

 - Silêncio! E 5° Nada de sexo no ônibus de turnê. – David olhou para mim e para Bill, fiquei envergonhada, mas ainda revidei:

–Você tem essa pose de durão, mas vive cheio de mulheres, David Você acha que eu não ouvi os gemidos que viam do seu quarto lá no ônibus quando eu comecei á trabalhar aqui? – Nessa hora, todos olharam assustados para David.

Ele ficou vermelho de vergonha e riu.

-Eu sou o chefe. – E saiu da sala cantarolando.

De repente, todos começaram á rir loucamente.

–Mandou bem! – Gritou Georg batendo em minha mão

–É tão estranho isso. – Disse Tom. - Antes o aviso do sexo no ônibus era pra mim!

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Assim que terminamos de arrumar as coisas fomos para o ônibus, rumo á Berlin.

20 minutos de viagem depois, Bill já estava dormindo, fui conversar com Georg e ele também estava dormindo, fui conversar com Gustav e ele estava na cozinha comendo doces.

Não tinha muito assunto com ele e nem queria interromper sua “gordice”. David estava afundado em trabalho e Tom... Tom estava dedilhando na sua guitarra.

–Oi, Tom! – Eu disse me sentando ao lado dele na poltrona.

–Oi, cunhada! Tudo bem?

–-Tudo sim. E você?

–Bem. Só pensando um pouco.

–Anda acontecendo algo por aqui que vocês não querem me contar, não é?

–Não. Nada que você precise se preocupar. – Ele começou á afinar as cordas da guitarra.

Logo engatamos uma conversa sobre os restaurantes de estrada, sorvete e meu relacionamento com Bill.

– Qual é a sensação?

-Que sensação?

–Você e o Bill... É tão bom ver vocês dois juntos! Georg e a namorada dele brigaram feio e estão juntos de novo, e é tão estranho isso. E o Gustav é casado com os doces dele. Meio estranho, mas ele se sente tão bem sozinho! Eu era assim, sabe? E agora me importo em estar só! É que... Bem, eu preciso de uma opinião feminina. – Ele colocou a guitarra ao lado e me encarou.

-Pode dizer. – Falei.

-É que... Tinha uma garota... Mas ela... Bem, eu não quis nada sério e ela se foi.

–E você sente a falta dela.

-Não exatamente. Não é falta dela, ela não valia isso tudo. – Ele sorriu meio desconcertado. É falta de ter alguém, além do meu irmão e dos meus amigos, sabe?

-Bem, alguém vai aparecer, Tom.

–É? Eu procuro a “Minha garota especial” a vida toda e nunca a encontrei, e o Bill que só a esperava sem sair do lugar, conseguiu tão facilmente!

–Não foi fácil.  E talvez você esteja procurando do jeito errado!

–Como?

–Tom, uma mulher por dia não ajuda.

–Três.

–Três por dia?!

–Aham!

–Tom! – Olhei-o cética. - Isso não vai te ajudar á encontrar a garota certa! Isso só vai fazer todas as garotas acharem que são a garota certa, mas quando você vai embora? Já viu o estrago que você deixa no coração delas?!

–Eu...

–Já pensou no estrago que você poderia ter feito comigo. – Sorri envergonhada por ter tocado naquele assunto.

–Não pensei. Desculpe. – Ele me olhou. – Pelo menos você não se apaixonou por mim, não é?

–Depois daquela noite... Bem, eu pensei muito em você, sabe? Eu não sabia nada sobre você e pensei: É melhor cortar logo isso, antes que ele estrague tudo. Daí te falei aquelas coisas, mas eu meio que sempre esperei que você me chamasse pra conversar mais vezes.

–Sério?

–Eu não deveria te contar isso!

–Não, não espera! – Ele desviou o olhar. - Eu quero ouvir.

–Eu...  Eu me entreguei á você naquela noite e... Ai meu Deus, como dizer isso?

–O quê?! – Tom sorriu.

–Você me provocou, Tom!

–Eu sei!

–Você provocou muito.

–Sim...

–Eueravirgem!

–Quê? Não entendi.

–Eu... – Respirei fundo. – Eu era virgem, Tom.

–Caralho. – Ele me olhou boquiaberto de olhos arregalados.

–Pois é. – Desviei o olhar do dele e comecei á mexer em minhas mãos. – Sabe, eu tive medo de Bill me despedir. – Olhei para ele que me encarava ainda boquiaberto.

-Eu gostava mesmo de você, Jessie. – Disse ele pausadamente. – Se não te chamei mais vezes, não foi porque eu sou um cafajeste. Foi porque tive medo do Bill pirar... Eu sentia que ele te olhava diferente, mas também sabia que ele estava louco pra te dispensar. Você foi muito especial pra mim.

-Sabe, Tom... – Comecei meio insegura. – Parando pra pensar agora, acho que eu também gostei de você... Sei lá, acho que tinha esperanças de que você me conquistasse.

-Sério?

-Acho que esse foi um dos motivos pra que eu não aceitasse ficar com o Bill.

-Dessa eu não sabia. – Tom riu meio sem graça e me encarou. – E como você fez pra me esquecer?

Olhando para Tom ali, tão perto de mim, flashes da noite em que ficamos passaram por minha cabeça. Tom com seus olhos tão castanhos e profundos... Tão lindo.

Olhei para seus lábios que eram como os lábios de Bill e senti que o beijaria se não saísse dali logo. Tom e eu não éramos tão próximos desde que Bill e eu começamos á namorar, mas agora, tendo-o tão perto de mim...

-Digamos que eu ainda estou trabalhando nisso. – Falei suspirando. – Quer dizer... Não. Hm... Esquece, não deveria ter dito isso.

Me levantei e vi Bill parado de pé atrás de nós. Seus olhos eram tão duros que poderiam me esmagar.

Estava tudo acabado.

 


Notas Finais


Heeeey!
Não gosto desse capítulo =X Mas as coisas vão melhorar...
Enfim. O que acharam? *-*


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