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História Se Eu Ficar - Capítulo VII - Algumas falhas


Escrita por: IsobelCostles

Notas do Autor


Olá, gente!!
Como vocês estão?! Eu espero que bem!!
Bom, como prometido, eu trouxe mais dois capítulos de UMA só vez para vocês!!
Era para ser um capítulo único. Eu escrevi e escrevi, mas no final percebi que ficaria muito cansativo e resolvi dividi ele. Eu espero que gostem!

IMPORTANTE
Algumas partes entre o capítulo VII e o capítulo VIII pode conter certos mini "gatilhos". Nada pesado e detalhado, mas eu me sinto mais tranquila em avisar.

Bjus e até mais!!

Capítulo 7 - Capítulo VII - Algumas falhas


Fanfic / Fanfiction Se Eu Ficar - Capítulo VII - Algumas falhas

POV - Sakura

_ Ei, Sakura… Sakura… - Ouvi uma voz me chamando suavemente e uma mão afagar-me os cabelos. 

_ Hm?! - Abri os olhos, vendo Sasori sentado na cama, apenas de calça. Nossa, aquilo era realmente uma tentação. 

_ Eu preciso ir. Acabei de receber uma ligação do meu agente e temos uma reunião marcada para às dez… - Ele bufou. _ Coisas idiotas e chatas de trabalho. 

_ Ah, sim!! - Eu me levantei rapidamente, pegando as peças de roupas espalhadas pelo quarto. 

No meu consciente, era apenas uma desculpa para me chutar, mas o que eu poderia dizer?! Nós éramos apenas dois estranhos que estavam muito afim de um sexo casual e que agora, tinham que seguir com as suas vidas. 

_ Calma, eu disse que “eu” preciso ir… - Ele riu, segurando a minha mão, enquanto eu passava o vestido pela cintura. _ Você pode sair daqui quando quiser, eu já conversei lá no saguão e acertei tudo. 

_ Mas é lógico que não! - Disse séria. 

_ Tudo bem, mas pode ao menos tomar um café, a mesa está posta na cozinha… - Ele me encarou, esperando uma resposta. 

_ Tomo café quando chegar em casa. - Rebati, tentando fechar o zíper do vestido. 

_ Ao menos pode deixar que eu feche o zíper?! - Ele se levantou da cama, parando atrás de mim. Calafrios me fizeram soltar todo o ar, quando suas mãos tocaram o meu corpo e eu corei. _ Não fique com vergonha, também causa esse efeito em mim. 

_ Você disse que precisa ir, certo?! - Eu desviei o meu olhar e ele arqueou uma sobrancelha. 

_ Sim, eu preciso. - Respondeu, me virando e dando um rápido selinho. _ Vamos, eu vou te deixar em casa. 

_ O que?! Não, eu posso pegar um uber… - Disse, seguindo Sasori para fora do apartamento. 

_ Olha, tudo bem você não querer ficar aqui ou simplesmente não tomar café, mas querendo ou não, eu vou te levar até em casa. - Ele me encarou seriamente e eu revirei os olhos assentindo. _ Ótimo.

Para falar a verdade, eu mal sabia como tínhamos chegado naquele Hotel, mas ao abrir a porta da sua Mercedes Conversível, pude jurar que fiquei um pouco boquiaberta. Não pelo fato de Sasori ser rico, mas por realmente não saber nada a respeito dele e ainda sim ter aceitado o seu convite sem avisar ninguém… 

_ Você não me falou se trabalha ou apenas estuda… - Disse com os olhos presos no trânsito. _ Fiquei curioso… 

_ Bom, depois das aulas, eu trabalho em uma cafeteria no centro. - Respondi timidamente. 

_ Certo, parece um bom emprego. - Sorriu de canto. Dava para ver que ele estava se esforçando para tentar deixar uma última boa impressão. 

_ É, eu gosto. - Foi a única coisa que consegui dizer depois de um longo e constrangedor silêncio. 

Por sorte, em poucos segundos estávamos em frente ao meu apartamento. Quando abri a porta, senti Sasori puxar-me o braço mais uma vez. Vagarosamente, ele depositou um beijo nos meus lábios. Agora mais lento e com um toque de malícia que deixou o meu corpo quente em segundos…

_ Te vejo por aí?! - Arqueou uma das sobrancelhas com um cretino sorriso de canto. 

_ Não seria difícil, agora que sabe onde me encontrar… - Falei, dando de ombros e seguindo para as escadarias, ouvindo ao fundo, ele arrancar com o seu carro. 

Abri a porta do apartamento retirando os meus saltos e jogando-os em qualquer lugar entre a porta e o corredor. Fui direto para o quarto, me jogando na cama e sentindo toda a maciez dos meus lençóis. Depois de mandar mensagem para Naruto e conversar um pouco com a Temari, confirmando que todos estavam bem, voltei para a cama. O resto do meu dia foi como qualquer outro, eu apenas dormi.

================== um mês depois ====================

“TRIIIMMM” “TRIIIMMM” “TRIIIMMM” “TRIIIMMM” “TRIIIMMM” 

_ Alô… - Atendi com ódio. 

_ Ei, menina! - A voz embargada do Shikamaru era como um deleite aos meus ouvidos cansados. 

Depois que Temari terminou com ele, Shikamaru largou o emprego na cafeteria e simplesmente desapareceu. Eu liguei, mandei mensagens, fui até o apartamento dele, mas não adiantou em nada. Por conta disso, eu precisei dobrar os meus turnos na cafeteria e evitar pegar qualquer folga… Na verdade, esse era o primeiro dia de folga que eu tirava em semanas. 

_ Shikamaru?! Shikamaru, é você?! - Me sentei na cama em um salto, ouvindo ao fundo a sua risada anasalada. 

_ Claro que sou eu, sua idiota. - Abusou com escárnio. 

_ Idiota?! Você que é um cretino, sabe o quanto eu procurei por você?! - Esbravejei, me levantando da cama e indo até a janela. _ Como você pode fazer isso, não só comigo, mas com a Temari?!

_ Eu já estava esperando pelas suas broncas, mas será que podem ser pessoalmente?! - Indagou com certo tédio.  

_ Onde você está?! - Perguntei, pegando o casaco sobre a cama e já saindo do quarto. 

_ Eu tô no restaurante perto da faculdade, vou pedir alguma coisa e ficar te esperando. - Disse, desligando. 

Bufei, descendo as escadas e pegando o primeiro uber que aceitou a corrida. Parei em frente ao Itiraku, e pelas grandes janelas de vidro, eu já consegui ver o mais velho. Desci do carro, entrando no estabelecimento e indo direto para a sua mesa… 

_ Como é bom ver essa sua cara acabada de novo! - Exclamei, me sentando na sua frente. 

_ Eu sabia que alguém ficaria feliz em me ver… - Deu um breve sorriso de canto. 

_ O que aconteceu?! - Perguntei com seriedade e ele torceu os lábios sem muito ânimo. 

_ Eu sei lá… - Riu por acaso. _ Ela terminou comigo e eu me senti a pessoa mais vazia do mundo. Então, eu juntei tudo e fui embora para Osaka, arrumei um trabalho legal, conheci pessoas legais e estava tudo dando certo… 

_ Deixa eu adivinhar, você ainda se sentia vazio?! - Deduzi e ele assentiu. 

_ Eu sei que fui um idiota com ela, Sakura… - Ele passou as mãos no rosto com chateação. _ Mas na hora, eu senti tanta raiva. Ela me falou do aborto como se fosse uma coisa simples e eu só consegui sentir raiva… 

_ Você nasceu em uma família ótima, então nunca poderia entender a realidade de outras pessoas… - Disse olhando em sua direção. _ Sabe como é ser criado por alguém que não te quer?! Eu sei. Saber que está atrapalhando a vida e a carreira da sua mãe?! Eu sei. Crescer em um lugar onde a sua presença é insuportável para a maioria das pessoas?! Bom, eu vivi isso até os meus dez anos, quando eu saí de casa e nunca mais voltei. 

_ Você nunca me contou… - Ele disse com a voz baixa. 

_ E porque contaria?! É apenas uma parte do meu passado e eu não vivo mais lá. - Dei um fraco sorriso de canto. _ Você é um homem bom ou não teria voltado, mas naquele momento, foi covarde… 

_ Eu sei, falhei com ela, era para eu ter ficado e insistido… - Disse, olhando para a rua, evitando me encarar. Talvez pela vergonha ou apenas por saber que eu estaria julgando algumas das suas ações.

_ Era para você estar no meu lugar… - Exclamei, abaixando a cabeça e me lembrando do quanto Temari chorou naquele dia. _ Era para você ter segurado a mão dela. Era para você estar lá, Shikamaru. Para chorar junto com ela e perceber que ela não fez aquilo por egoísmo, porque ela sofreu a cada segundo do procedimento. 

_ O que eu vou fazer se ela não me perdoar?! - Suspirou segurando as lágrimas. 

_ Eu não sei, eu não perdoaria… - Afirmei, vendo o seu rosto em um tremendo conflito entre o choro e a raiva. _ Mas no fundo, eu acho que ela vai perdoar, porque não interessa o quanto algo nos machuca, às vezes nos livrar disso dói ainda mais.  

==========================================

À noite, quando cheguei em casa, Temari estava na cozinha preparando algo que pelo cheiro seria a nossa janta. Da porta de entrada, eu fiquei observando os flashes dela passando de um lado para o outro e agradecendo, pois apesar de tudo o que passamos, o universo ainda foi gentil em nos aproximar…

_ Ei, finalmente você chegou, eu estou fazendo o jantar! - Exclamou da porta, me encarando com um sorriso. _ Achei que era a sua folga…

_ E era… - Suspirei, guardando o casaco, pegando um vinho no armário e me sentando no balcão da cozinha. _ Fui até a faculdade resolver alguns problemas.

_ Aconteceu alguma coisa? - Perguntou, enquanto mexia o risoto e eu servia-nos o vinho. 

_ Nada demais, só algumas notas que caíram errado no sistema. - Menti. Eu não queria falar sobre o Shikamaru agora. Não era a minha obrigação traçar um caminho fácil para ele. 

_ Eu já pedi mil vezes para que alguém arrume aquela porcaria, mas parece que ninguém daquele lugar conhece um técnico decente. - Exclamou, escorando o corpo no batente da pia. 

_ Relaxa, loira… - Fiz um gesto de descaso com a mão, enquanto ela bufava. _ Aliás, porque não tiramos a noite de amanhã para sairmos?! Tipo, podemos ir ao cinema ou em uma daquelas peças de teatro que você ama?!

_ Mas você não vai trabalhar amanhã?! - Contrapôs se aproximando do balcão. 

_ Vou, mas apenas no turno da tarde… - Informei, piscando. _ A noite eu sou toda sua. 

_ Então, está marcado… - Ela estendeu a taça e brindamos, como duas senhoras ricas. 

Depois do jantar, Temari foi para o quarto estudar para os seus exames da admissão, e eu, por outro lado, fiquei arrumando toda a bagunça. Ao terminar, peguei a garrafa de vinho e me sentei na varanda observando a noite. Era uma das poucas vezes em que não estava chovendo, mas o céu permanecia nublado. 

“_ Sasuke, eu preciso falar com você… - Minha voz estava trêmula e eu sentia que o meu coração poderia parar a qualquer segundo. 

_ Tem que ser agora?! - Ele parou de escrever e me encarou. _ Eu estava realmente afim de terminar isso aqui e ir jogar com os garotos. 

_ Por favor… - Pedi, vendo o seu semblante mudar. 

_ Está tudo bem, Sakura?! - Perguntou com preocupação. 

_ Claro, eu só preciso que venha comigo… - Segurei a sua mão, puxando-o até a biblioteca. Era o lugar mais calmo da escola e a senhora que cuidava do lugar tinha um certo apego por mim. Logo, não seria um problema estarmos ali. 

_ Está me preocupando… - Ele parou, me encarando com a sua famosa feição de entediada. _ Dá pra falar logo!

_ Eu… Eu amo você! - Exclamei. Talvez um pouco mais alto do que deveria. _  E eu morro de medo de amar você, mas eu te amo de uma forma ou de outra, Sasuke!

Os olhos alheios se arregalaram e um tom meio pálido tomou conta dos seus lábios. Por um segundo, eu pensei que Sasuke iria desconversar ou apenas dar as costas e me deixar falando sozinha como muitas vezes fazia com outras garotas. E enquanto o silêncio se tornava cada vez mais ensurdecedor, o meu peito parecia se espremer com a ideia de que ele poderia não sentir o mesmo ou até não sentir nada…

_ Ótimo… - Ele falou, sorrindo.  

_ Ótimo?! - Repeti sem entender. 

_ Agora eu não preciso mais de motivos idiotas para estar com você o tempo todo… - Segurou na minha cintura, se aproximando cautelosamente. _ Posso apenas dizer que a gente namora. 

_ Espera, você… - Arregalei os olhos sentindo todo o ar se esvair dos meus pulmões. _ Quer dizer que você também gosta de mim?! 

_ Eu te amo, Sakura… - Sorriu de canto, amolecendo-me um pouco mais em seus braços. _ E agora, eu vou te beijar!”

“TRIIIMMM” “TRIIIMMM” “TRIIIMMM” “TRIIIMMM” “TRIIIMMM” 

O barulho estridente do celular fez com que eu saltasse sobre a cadeira, pegando o aparelho com certo ódio e atendendo-o de imediato. 

_ O que foi?! - Falei em um tom grosso.

_ Poxa, Saky, desculpa por te acordar… - Deidara murmurou choroso. _ Juro que não era a minha intenção. 

_ Não acordou. - Falei, agora de uma forma mais gentil. _ O que aconteceu, Deidara?!

_ Será que hoje eu posso ir dormir aí?! - Pediu em um soluço seco. 

_ Claro, já falei que você é uma das poucas pessoas que não precisam pedir, é só vir… - Respondi, me levantando e indo até o parapeito da varanda. _ Agora me fala, o que aconteceu?!

_ Te conto quando chegar. - Disse, desligando. 

Em poucos minutos o loiro estava batendo na porta e ao abrir, eu fiquei boquiaberta com os machucados pelo seu rosto. Ele tinha um olho roxo, alguns cortes na bochecha e hematomas nas mãos. Deidara, sorriu envergonhado e esperou que eu desse passagem, o que fiz logo em seguida. 

_ O que aconteceu?! - Perguntei, fechando a porta e seguindo ele até a varanda. 

_ Eu me meti em uma briga idiota, nada demais… - Respondeu, olhando para a paisagem nublada. Logo, eu constatei que se tratava de uma mentira, mas não quis pressioná-lo. 

_ Tudo bem… - Me aproximei, apoiando a mão em seu ombro. _ Quando quiser me contar, eu estarei aqui. Agora, vai tomar um banho e tirar todo esse sangue. Tem roupas do Naruto na última gaveta da minha cômoda e a toalha fica ao lado.  

_ Obrigado… - Disse, passando por mim e indo em direção ao quarto. 

Enquanto o loiro se banhava, eu voltei a me sentar na varanda. A garrafa de vinho estava pela metade e infelizmente eu ainda conseguia ouvir os meus pensamentos. Suspirei, enchendo mais uma taça e acendendo outro cigarro… Isso era estranho. Não pelo fato da noite estar mais escura que o habitual ou pela chuva tardar cair do céu, ainda que fosse visível o chorar das nuvens. Mas era estranho que depois de relembrar momentos passados, eu me sinta tão tranquila, como se o meu coração soubesse que apesar da saudade ou da dor, ele ainda continuaria a bater… 

_ Atrapalho? - Deidara parou na porta, olhando-me como uma criança indefesa. 

_ Claro que não… - Me ajeitei sobre o sofá, vendo ele se sentar ao meu lado. _ Se sente melhor?!

_ Não… - Respondeu em um sussurro vago. _ Mas estou vivo, não é isso o que importa?!

_ Deidara, quem te bateu?! - Fui invasiva, mas eu estava começando a me preocupar.

_ Olha, não foi por querer… - Disse, desviando o olhar. _ A gente discutiu e o Obito acabou perdendo o controle.

_ Não acredito, você está defendendo ele de novo?! - Exclamei, segurando na sua mão. _ Deidara, aquele cara sempre foi um otário, porque você voltou pra ele?! 

_ Eu não voltei pra ele, tá legal?! - Vociferou, puxando a mão. _ Ele estava na festa, eu bebi e acabamos conversando, não achei que uma noite de sexo acabaria me levando pra isso… 

_ Droga, você prometeu que não ficaria com ele novamente… - Passei as mãos no rosto indignada. _ Sabe que no final ele só te machuca… 

_ Achei que fosse diferente, Saky… - Encostou a cabeça no meu ombro. _ Eu queria que fosse pelo menos. 

_ Tem que parar de ficar dando chances para esse babaca, Deidara… - Acariciei os seus cabelos. _ Ele nunca mereceu você.

_ É fácil pra você falar, quando a pessoa que você ama simplesmente foi embora. Desculpa… - Falou, se desculpando segundos depois ao notar que foi rude. 

_ Tudo bem, é verdade… - Falei, fitando o céu. _ Mas também é verdade que ele voltou. 

_ O que?! Como assim?! - Deidara ergueu o rosto me encarando. 

_ Eu vi ele na cafeteria algumas semanas atrás… - Respondi me encolhendo. _ Ele estava de costas e isso me ajudou a sair correndo, mas ele estava tão… Eu não sei, parecia que os anos não tinham passado. 

_ Que droga… - Disse me abraçando. _ Somos dois babacas.

_ Não, eu sou uma babaca e você precisa dar um basta nessa merda que se enfiou. - Rebati, vendo ele bufar. 

_ Vou falar com ele amanhã… - Disse, vendo a minha feição rispida. _ Na faculdade, onde todo mundo possa ver. 

_ Ótimo! - Me afastei do abraço, segurando em seus ombros. _ Agora vai para a minha cama, deita e dorme um pouco. Você precisa descansar.

_ Mas e você?! - Olhou-me com uma das sobrancelhas arqueadas.

_ Vou daqui a pouco… - Respondi, vendo ele se levantar e entrar. 

Minutos depois, o loiro voltou com um cobertor e se sentou novamente ao meu lado, nos cobrindo. 

 



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